Autoria de Lu Dias Carvalho
As casas de banho, com suas águas frias e quentes, eram uma fonte de prazer no Império Romano. Elas nada tinham a ver com a prática de higiene, como alguns são levados a imaginar. Poderiam ser comparadas à ida à praia nos dias de hoje. Para elas se dirigiam homens livres, escravos, mulheres e crianças. Todos podiam desfrutar de tal lazer. Tampouco havia preconceito contra quem quer que fosse. Existiam os espaços destinados às mulheres e aos homens, separadamente. O povaréu pagava uma quantia simbólica, e podia passar um bom tempo em ambientes luxuosos, tidos como uma dádiva do imperador ou de algum notável.
Um gongo era o responsável por sinalizar, diariamente, a abertura das casas de banho públicas. Em qualquer cidade havia, pelo menos, um banho público. As famílias ricas também tinham salas de banho particulares em suas casas. Contudo, havia aqueles contrários a tal prazer, como os cristãos e os pensadores, que viam como fraqueza a ida a tais lugares, em busca de divertimento. Eles só tomavam banho uma a duas vezes ao mês. A sujeira, ao contrário dos dias de hoje, em que a higiene, além de ser vista como limpeza e asseio e é também um ramo da medicina que tem como objetivo a prevenção de doenças, era uma prova de orgulho para aquela gente. Os emporcalhados mostravam com altivez que não sucumbiam ao aprazimento ocasionado pela limpeza. Um filósofo, por exemplo, que trazia sua barba suja, apenas confirmava o quão rígido era o seu caráter.
Era nas casas de banho públicas que as famílias reuniam-se, os amigos encontravam-se, anedotas eram contadas e falava-se das novidades e fofocas do Império.
Nota: imagem copiada de www.sewerhistory.org
Fonte de pesquisa
História da Vida Privada I / Comp. das Letras
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