O egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos. (Oscar Wilde)
O egoísta é um indivíduo que tende a olhar somente na direção de suas opiniões, de seus interesses e de suas necessidades e, ao mesmo tempo, tem a tendência em desprezar as necessidades dos outros. O egoísta é um exclusivista por natureza. Você é egoísta ou existem pessoas com traços de egoísmo a sua volta?
Pessoas egoístas são muito ciumentas e centralizadoras – só olham para si mesmas. Já o altruísta é o oposto. É uma pessoa solidária e abnegada para com o outro – sempre aberta a ajudar. Há discussões acerca do tema, em especial se o egoísta nasce com o problema ou se é adquirido com o tempo, como se tivesse contraído um vício moral.
Então, como saber se somos egoístas ou se estamos cercados de pessoas com estes traços? Existem algumas características marcantes em pessoas com personalidade egocêntrica. São pessoas que só te procuram por interesses próprios. Nunca olham para o outro, somente para seu umbigo. De igual forma, têm extrema dificuldade em ajudar o próximo. E, se em alguma hora der uma ajuda, vão cobrar a fatura lá na frente – certamente irá exigir de você um retorno em contrapartida ao favor realizado. Muito comumente são pessoas dissimuladas, pois procuram esconder suas falhas. Frequentemente se passam por pessoas generosas e, de forma antagônica, detestam dar presentes.
É muito comum ocorrer em filhos únicos ou nos “mais velhos”. Quando crescem, demonstram grande dificuldade de escutar o que os outros querem transmitir, pois, normalmente, “não têm tempo para as suas histórias”, salvo se tiver alguma vantagem em jogo. Também falta interesse em ouvir os seus problemas. São pessoas com extrema dificuldade em ter e criar os filhos, pois isso demanda doação plena ao outro – justamente o que falta no egocêntrico. E, finalmente, o egoísta não gosta de ver a felicidade do outro. Uma promoção, uma viagem sua ou qualquer coisa que o beneficie e deixa-o bem, certamente vão incomodar muito. O egoísta gosta de ver aqueles a sua volta com muitos problemas.
Se você tem pessoas com as características citadas acima, abra bem os olhos e saiba se defender ou se manter afastado delas. Caso você, caro leitor (a), veja-se com algumas destas características, é importante que inicie uma autoanálise, pois isso irá ajudar muito em suas relações interpessoais. As brigas e desavenças irão reduzir de forma considerável. A prática do altruísmo pode ser feita através de atitudes simples e podem fazer uma enorme diferença na vida de quem você ajuda. Você pode fazer coisas como:
- dar uma carona,
- doar sangue,
- ser doador de medula,
- ser gentil e solidário com seu novo colega de trabalho,
- dar a devida atenção a alguém que se sente excluído,
- deixar alguém que está com muita pressa passar na sua frente,
- envolver-se em projetos de serviço para beneficiar os menos favorecidos,
- compartilhar seu alimento com os necessitados, etc.
Se somos egoístas ou temos traços egocêntricos, devemos saber lidar melhor com eles, procurando ter atitudes altruístas e um olhar de compaixão. Quem melhor descreveu o egoísmo foi o escritor e poeta irlandês Oscar Wilde: “Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos”.
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Lu
Nos primórdios da civilização verifica-se que o homem sapiens vivia de uma forma muito parecida com a dos outros animais, tinha que lutar diariamente para sobreviver, vivendo em grupos para fortalecer os laços de amizade para enfrentar as intempéries da vida que por sinal eram muitas. Verifica-se que o homem primitivo sendo desprovido de posses e interagindo com a natureza, torna-se livre e extremamente ligado a sua espécie, evidentemente a seu”eu”.
À medida que o homem começa a interferir nas leis universais e passa a mudar seu ecossistema com intuito de obter recursos para melhorar sua qualidade de vida sem sustentabilidade, iniciam-se alterações externas e concomitante internas, provocando muitos conflitos ecológicos, econômicos, interpessoais, psíquicos…
Todas as transformações promovidas com a “evolução” da espécie distanciou o homem do seu “eu”primitivo e aproximou do ego, e ele se torna o protagonista de todas a metamorfose planetária e o “centro” de tudo é de todos. O ego está ligado diretamente a posses, quer seja no âmbito material e ou emocional, enfim é um desejo de poder pessoal, individual. Isso transforma numa obsessão nefasta que prejudica todos os envolvidos, porque para atingir os fins, as pessoas são capazes de utilizar quaisquer meios para obtê-los.
Precisamos reformular os conceitos de vida estabelecidos por uma cultura decadente que valoriza o “ter” ao invés do “ser”, porque “humano é “ser” e desumano é “não ser”.
Hernando
Sua análise é precisa. Não há como negar o que você coloca tão sabiamente:
“À medida que o homem começa a interferir nas leis universais e passa a mudar seu ecossistema com intuito de obter recursos para melhorar sua qualidade de vida sem sustentabilidade, iniciam-se alterações externas e concomitante internas, provocando muitos conflitos ecológicos, econômicos, interpessoais, psíquicos…”
A pergunta que me faço é: Seria possível o homem voltar à sua origem humanizada, convivendo intimamente com as leis universais, respeitando-as e sentindo-se parte do Universo e não senhor dele? Penso eu que somente um cataclismo generalizado, ou seja, aquilo que foi chamado de “dilúvio bíblico”, poderá trazer homem aos trilhos do bom-senso e da humildade. Fora disso, estamos todos fadados ao caos…
Abraços,
Lu