O pintor italiano Amedeo Modigliani (1884 – 1920) era o mais novo dos quatro filhos de uma próspera família judia. Ainda na infância, ele foi vitimado pela tuberculose, enfermidade que o acompanhou ao longo de sua curta e conturbada existência de apenas 35 anos. Além da doença, o pintor também fazia uso de álcool e drogas, principalmente do haxixe, e tinha grande atração pelas mulheres. A cultura visual de Modigliani foi grandemente favorecida em sua adolescência, pelas viagens que fazia às cidades italianas, em companhia de sua mãe, na tentativa de encontrar cura para o tifo e a tuberculose que o maltratavam. Apesar da doença, tornou-se um homem charmoso e elegante, dono de uma atração magnética que encantava homens e mulheres. Durante a sua vida, Modigliani teve que conviver com o pouco caso da crítica e do mercado por sua pintura.
A composição acima, denominadas Léopold Zborowski, é obra do artista. Trata-se do retrato do polonês Léopold Zborowski, escritor e negociante de artes, e também grande amigo do artista. Esta obra faz parte do Acervo do MASP desde 1950.
Em toda a obra de Modigliani, assim como neste retrato, é possível captar um grande lirismo que nasce de três características principais da pintura do artista: a sinuosidade dos traços, embebidos na arte de Simone Martini, dentre outros mestres sienenses; a estruturação tonal do grande mestre francês Cézanne; e a influência das máscaras rituais africanas encontradas nos totens.
Ficha técnica
Ano: 1916 a 1919
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 65 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil
Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
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