Autoria de Lu Dias Carvalho
(Faça o curso gratuito de História da Arte, acessando: ÍNDICE – HISTÓRIA DA ARTE)
A arte e a cultura do Ocidente sofreram grande influência da cultura grega de 750 a. C. até o surgimento dos romanos. As obras de arte criadas pelos artistas gregos tinham por objetivo enfeitar templos e prédios públicos, celebrar vitórias e batalhas, celebrar pessoas famosas e os mortos, assim como servir de oferendas aos deuses. A arte Grega possui quatro períodos descritos em sua evolução: Período Geométrico (séculos IX e VIII a.C.); Período Arcaico (séculos VII e VI a.C.); Período Clássico (séculos V e IV a.C.); e Período Helenístico (séculos III e II a.C.).
Nos séculos VII e VI a. C., a Grécia era composta por cidades-estados autônomas. Foi uma fase muito importante, marcada pela estabilidade, prosperidade, ascensão de uma classe média e sobretudo pelo surgimento da democracia. O contato feito com outros centros comerciais em meados do século VII a.C. chamou a atenção dos artistas gregos para a arte do Egito e do Oriente próximo. O contato com arquitetura e com a escultura egípcia levaram os gregos a afastarem-se da arte geométrica e a adotarem estilos e temas que faziam parte da arte Grega arcaica. O que acabou por desenvolver uma identidade artística especificamente grega, levando à prosperidade das artes.
A nova arte Grega foi notável sobretudo no desenvolvimento rápido da escultura, passando do arquétipo arcaico simétrico, inicialmente geométrico — inspirado pelos egípcios — para uma anatomia e uma expressão realistas. Esse período arcaico contou com dois tipos de esculturas em larga escala:
- Kouros — jovem masculino nu e de pé;
- Kore — jovem vestida e de pé;
Tais esculturas traziam influências egípcias na postura, no estilo linear e nas proporções. Existem diferenças estilísticas entre a escultura grega arcaica e a do início do período clássico. Lá pela metade do século V a.C., as esculturas passaram a adotar o chamado “estilo austero” que apresentou formas simples, estilização das imagens e representação das emoções e dos movimentos.
A cerâmica grega de silhueta coríntia evoluiu para os vasos com pinturas em preto, nos quais símbolos e imagens sobressaíam contra o fundo vermelho da argila não esmaltada. Os vasos retratavam cenas da mitologia grega, aspectos da vida da época, como rituais funerários, competições esportivas e feitos heroicos do campo de batalha. Em cerca de 530 a.C. houve a invenção da técnica da pintura vermelha, o que permitiu que os artistas gregos tivessem mais oportunidade para desenhar.
Nos séculos V e VI a.C., os artistas gregos chegaram a um estilo de representação que transmitia a ideia de equilíbrio e harmonia. Eles referenciavam a proporção matemática, a racionalidade e a ordem. O escultor Policleto tornou-se famoso por criar um sistema de cálculo das proporções humanas que alcançou esse ideal clássico. Míron foi outro grande nome da escultura grega. Sua obra continua viva, sobretudo na forma de cópias romanas em mármore, como o seu famoso “O Lançador de Disco”.
Na época da guerra do Poloponeso (Atenas x Esparta e cidades-estados aliados), os artistas gregos criaram as culturas livres que podiam ser vistas por inteiro. Nesse período também houve avanços da representação das vestes, assim como na representação da forma feminina. Praxiteles, escultor ateniense, jogou por terra uma das mais sólidas tradições da arte Grega, ao representar Afrodite, deusa da beleza, nua, o que até então só era permitido aos homens.
O templo de Atena Partenos ou Partenon, como é conhecido, é dedicado a Atena, deusa protetora da cidade do mesmo nome. É feito de mármore e apresenta esculturas e um friso contínuo — mostrando alguns dos melhores exemplos do estilo clássico.
Nota: esculturas de Kouros e Kore/ Estátua que Policleto criou como ilustração de suas teorias.
Obs.: Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
A ARTE GREGA (II)
O LANÇADOR DE DISCOS
Teste – A ARTE GREGA I
Teste – A ARTE GREGA II
Fontes de pesquisa
Tudo sobre arte/ Editora Sextante
Manual compacto de arte/ Editora Rideel
A história da arte/ E. H. Gombrich
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