AÇÚCAR – OS RISCOS PARA A SAÚDE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Obesidade e diabetes serão o desafio de saúde pública do século XXI. (Walter Willett, pesquisador da Universidade de Harvard)

Em nenhuma época da história da humanidade, o homem inflou tanto o seu corpo como vem acontecendo nos dias de hoje, movido pelo excesso de energia calórica, cada vez mais consumida. O que temos é uma verdadeira maratona entre os países ricos, para ver quem consome mais calorias, trazendo como consequência uma série de doenças. E, para a infelicidade dos países pobres, suas populações estão seguindo o mesmo caminho de seus conhecidos endinheirados.

O vilão do século XXI (ao lado do sal, do sedentarismo, das gorduras, etc.) é o “dulcíssimo” açúcar, presente em nossa vida desde os mais tenros anos. Este nosso velho conhecido, que antes parecia o mais desejável de todos os sabores, está sendo crucificado por todos os segmentos ligados à saúde, considerado não apenas como um problema  médico, mas também político, econômico, social e cultural.

O açúcar começou a ser usado na Idade Média, ocasionando grandes transformações na história das civilizações. E, com certeza, a conscientização sobre os males que ele provoca reescreverá uma nova história para a humanidade. A sua redução trará impacto em todo o mundo, pois está presente em quase todos os alimentos elaborados pelo homem. Muitos paradigmas terão que ser mudados, transformando antigos e enraizados hábitos para o bem da vida humana.

Associações de saúde vêm alertando no sentido de que o açúcar deve receber a mesma atenção que o tabaco, pois, em quaisquer que sejam as formas usadas, é o maior responsável pela obesidade que assola a humanidade. Também é responsável por inúmeras doenças degenerativas, pelo ataque cardíaco, derrame cerebral e diabetes. Pesquisas evidenciam que o açúcar também pode ser o responsável por alguns tipos de cânceres. Dentre esses, o câncer de pâncreas e o de intestino.

Cientistas estadunidenses revelam que, assim como o cigarro está para o fumo, o refrigerante está para o açúcar, sendo que o consumo de tal bebida vem crescendo assustadoramente em todo o planeta, tanto nos países ricos quanto nos pobres. As autoridades, comprometidas com a saúde humana, reconhecem que o lobby do açúcar e dos refrigerantes é fortíssimo em todo o mundo, e o desafio ao enfrentá-lo é bem mais complexo do que se pode imaginar. Esperam eles, pelo menos, que a indústria de refrigerantes opte por uma fórmula menos nociva ao organismo humano. E que ninguém se engane quanto aos alimentos “diet”.

A American Hear Association, representante dos cardiologistas americanos, divulgou uma tabela, onde mostra os limites possíveis para o consumo de açúcar, limites esses bem abaixo dos até então recomendados:

  •  as mulheres devem consumir, no máximo, 100 calorias por dia (aproximadamente 6 e ½ colheres de chá de açúcar);
  •  os homens podem consumir até 150 calorias (dez colheres de chá de açúcar).

A previsão para aquele, que ultrapassa tais limites, é assustadora, pois quem estiver com excesso de peso hoje e não levar a sério tal aviso, pode se ver em sérios apuros:

  •  em cinco anos estará obeso;
  •  em 5 e dez anos terá diabetes;
  •  entre 15 e 20 anos, estará sujeito a várias doenças oriundas do diabetes, na seguinte proporção:
  •  70% dos diabéticos são vitimados por ataque cardíaco ou derrame cerebral;
  •  até 20% morrem por falência dos rins;
  •  10% desenvolvem deficiência visual grave, sendo que 2% desses, depois de 15 anos de diabetes, chegam à cegueira.
  •  50% são afetados por doenças nervosas que, combinadas com problemas de circulação nas pernas, aumentam o risco de amputações.

Alguns países já estão investindo firme no controle do açúcar. Como exemplo podemos citar a França e a Inglaterra, que passaram a proibir propagandas de refrigerantes na televisão. O México está banindo os refrigerantes das escolas e a Alemanha e a Bélgica não permitem que refrigerantes sejam vendidos nas escolas ou em suas imediações.

O nosso planeta está cada vez mais pesado, e o Brasil não se encontra fora do pódio. Tanto é que o termo globesidade, um neologismo, nasceu para chamar a atenção para o risco da obesidade no mundo atual. O açúcar encontrado naturalmente nas frutas, no leite, no mel, nos legumes e temperos já é o bastante para nosso corpo, sendo desnecessário, sob o ponto de vista exclusivo do funcionamento metabólico do corpo humano, que seja ingerido de outra forma. Muitas causas levam à obesidade. Dentre elas podem ser citadas:

  •  o costume de comer fora;
  •  o crescimento das redes de fast- food;
  •  a invenção do forno e do microondas;
  •  o sedentarismo;
  •  a grande oferta de alimentos;
  •  o preço cada vez mais acessível dos alimentos;
  •  o aumento no tamanho das porções.

O problema tem se tornado tão sério que uma nova infraestrutura vem sendo criada para atender o batalhão de obesos, que se estende por todas as fronteiras do planeta, passando pelo tamanho das mesas de cirurgias e espaços especiais aos caixões reforçados para os defuntos obesos. O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países consumidores de açúcar, sendo a Índia o que mais consome tal produto. As pesquisas também advertem que entre o velho açúcar e o adoçante, é preferível ficar com o primeiro.

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