Arquivo da categoria: Apenas Arte

Textos sobre variados tipos de arte

PAISAGENS ESQUILINAS

Autoria de Lu Dias Carvalho

              

A Antiguidade foi estipulada como um período de tempo que compreende cerca de quatro milênios antes de Cristo (a.C.) até o século V. Foram poucas as imagens, criadas nesse período, que chegaram até nossos dias. Através de afrescos, encontrados nas cidades italianas de Pompeia, Herculano e em Roma, é possível ter uma noção da arte daquela época. Os afrescos mostram diversos gêneros de pintura.

As Paisagens Esquilinas, formidável conjunto de paisagens da Antiguidade, encontradas em Roma, na Itália, em 1848, são compostas por sete e meia composições que narram as viagens de Ulisses, personagem grego da Odisseia, um dos mais importantes poemas épicos da Grécia Antiga, que foi creditado a Homero. As Paisagens Esquilinas foram encontradas durante uma escavação na velha via Graziosa, em Roma, no monte Esquilino, uma das sete colinas da capital italiana. Estavam em excelente estado de conservação, sendo removidas depois das paredes e “delicadamente” restauradas por um pintor desconhecido. Segundo Marcos Vitrúvio, arquiteto romano, que viveu no século I a.C., o tema dessas paisagens (paisagens com figuras), era um dos preferidos pelas gerações precedentes, sendo muito usado nas decorações domésticas.

Acima são apresentadas duas cenas: Ulisses na Terra dos Mortos e Ulisses na Terra dos Lestrigões, ambas pertencentes à série Paisagens da Odisseia, achadas no monte Esquilino.

 Ficha técnica
Data: c. I a.C.
Altura: 150 cm
Localização: Museus do Vaticano, Roma, Itália

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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O NU FEMININO NA ARTE

Autoria de Lu Dias Carvalho

                           

O corpo feminino tem fascinado os artistas de todos os tempos. Tem sido motivo de inspiração em todas as manifestações artísticas, sendo representado das mais diferentes maneiras. Alguns artistas abriram mão das características interiores da modelo nua para centrar em sua feminilidade. Retrataram-na em seu dia a dia, entrando ou saindo do banho, por exemplo, apresentando uma sensualidade natural, dentro de uma situação realista, fazendo com que houvesse uma melhor aceitação em relação ao corpo feminino nu.

 O século XVIII mostrou na arte a imagem natural e erótica da mulher, fruto de uma sociedade em plena decadência. Houve, então, a busca por um novo modelo. O neoclassicismo tentou trazer a imagem de uma mulher privada de qualquer sensualidade, esforço totalmente ilusório, uma vez que tal característica é intrínseca a ela. Nos quadros criados sob a orientação de tal estilo, a sexualidade feminina vem à tona, ainda que enclausurada. Os extremos, portanto, acabaram tirando a naturalidade da arte.

No século XIX, em sua primeira metade, a arte ainda se encontrava amordaçada no que se refere ao nu. Era necessário que o artista justificasse a sua presença na cena, ou seja, que levasse ao observador a compreensão de que se tratava de um nu mitológico. E não poderia ser apresentado em primeiro plano. Caso contrário, teria que ser pintado como uma figura irreal, indefinida, sem nenhum respingo de atrativo sexual. Mas tal proibição só fez com que os trabalhos artísticos, representando o nu feminino, fossem mais desejados e valorizados comercialmente, uma vez que se encontravam proibidos pelos padrões morais da época.

A partir da metade do século XIX, alguns artistas, inconformados com a falta de liberdade na arte, rebelaram-se e passaram a representar o corpo feminino com naturalidade, em atividades corriqueiras, ainda que se mostrassem sensuais. Mandavam a mensagem de que ele era belo por si só, não necessitando de atributos ou significados ao ser representado. E mais, unicamente ao artista cabia o papel da representação, sem, contudo, interferir na sua beleza, ampliando-a ou minimizando-a. No século XX, os artistas não tinham mais que se preocupar com a retratação da modelo, sobrando-lhes tempo para pesquisar sobre as cores e as formas.

Nota: Grande Figura Nua Deitada (Modigliani)/ Sem nome (Di Cavalcanti)

Fontes de pesquisa
Vida a Dois/ Editora Três

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O PAISAGISMO DE BURLE MARX EM TIRADENTES

Autoria de Luiz Cruz

         

No final da década de 1970, por iniciativa de Maria do Carmo Nabuco, então presidente da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, com o patrocínio da Embratur, Tiradentes ganhou um expressivo presente: projetos paisagísticos de Roberto Burle Marx (1904-1994). O artista plástico teve seus primeiros contatos com plantas no Jardim Botânico de Darlem, na Alemanha, entre 1928 e 1929. Ao retornar ao Brasil, seu primeiro projeto de jardim foi para uma casa projetada por Gregori Warchavchik e Lúcio Costa, em 1932 – ambos ícones do Modernismo Brasileiro.

Burle Marx foi um artista interdisciplinar e soube como poucos usar sua percepção para criar: pintura, desenho, litografia, cerâmica, azulejaria, tapeçaria, arquitetura e paisagismo. No espírito do antropofagismo buscou nas plantas nativas a beleza e a identidade. Realizou em nosso país e no exterior mais de dois mil projetos. Aqui seria impossível listar os mais célebres, mas vale destacar o Calçadão de Copacabana, os jardins de Brasília e os da Pampulha – hoje Patrimônio da Humanidade. Vários de seus trabalhos estão em sítios históricos tombados pelo IPHAN.

Para Tiradentes, Roberto criou os projetos para os largos das Forras, do Chafariz, do Sol, das Mercês, do Rosário e para os cemitérios da Matriz de Santo Antônio e das Mercês. Para cada projeto foram escolhidas plantas que estariam floridas na época em que o local tivesse mais uso. Por exemplo, no Largo do Sol a presença das quaresmeiras e as cássias para colorir o dia 21 de abril – feriado do Alferes Tiradentes. O início da implantação foi em 1980, mas infelizmente não foi possível executar o projeto do Largo das Forras, a praça principal. Em 1989, quando assumi a Secretaria de Turismo e Cultura, tive como um dos primeiros objetivos conseguir recursos e implantar o projeto de Burle Marx para o Largo das Forras. Foi um grande desafio! O prefeito era Nivaldo José de Andrade e juntos tivemos que enfrentar muitas adversidades. Inicialmente, foi propor adaptação do projeto ao autor, uma vez que acreditávamos que a cidade tornar-se-ia um polo turístico e precisaria de uma praça ampla.

Depois de longas conversas com Burle Marx e Haruyoshi Ono, no Escritório de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, chegamos a um senso comum de que seria um projeto para o largo. Assim que o projeto ficou pronto, foi exposto no próprio local, para que interessados conhecessem. Logo partimos para conseguir os recursos para torná-lo realidade. Apresentamo-lo em Minas, Rio e Brasília, sem sucesso. Através de Yves Alves, com o apoio da Fundação Roberto Marinho e de seu superintendente Joaquim Falcão, conseguimos o patrocínio. À frente, na execução, estava a arquiteta Sílvia Finguerut, desde então amiga e colaboradora de Tiradentes.

A implantação demandou muita atenção e dedicação. Não havia mão de obra em Tiradentes e precisávamos cumprir o cronograma. Fui até o Bichinho procurar mão de obra, uma vez que muitos homens de lá já haviam trabalhado na construção civil em São Paulo. Conseguimos e aos poucos alguns voltaram de São Paulo, para se dedicar ao projeto de Burle Marx. Na proposta inicial estava previsto o uso da pedra da Serra de São José, mas a área já estava protegida. Como se tratava de bem público, conseguimos licença junto à FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente para catar as pedras já preparadas e estocadas. A outra pedra usada seria o paralelepípedo, que à época teria que vir da região de Divinópolis, mas o preço ficaria elevado e não havia como cobri-lo. Optou-se, então, pelo uso da ardósia, pedra que foi possível comprar com os recursos disponíveis. A obra foi inaugurada no dia 19 de janeiro de 1990, com a presença de Roberto Burle Marx, Maria do Carmo Nabuco, Joaquim Falcão e muitos outros. Paralelamente, foi implantado o Projeto de Programação Visual de Tiradentes. Tudo executado a custo zero para a municipalidade.

Lamentavelmente não se fez a manutenção dos projetos de Burle Marx, inclusive do Largo das Forras. Como o autor previu também, o largo seria palco de grandes eventos. E realmente assim tem sido. Porém, a cada evento usa-se o largo e nada contribui para sua manutenção. Às vezes nem limpam o caldo fétido de um evento e logo vem outro por cima. O largo está passando por segunda reforma, em cumprimento de TAC-Termo de Ajuste de Conduta de um empreendimento hoteleiro. Na primeira reforma utilizou-se terra vermelha, ácida e estéril para preencher os canteiros. Plantaram as mudas sem nenhum esterco ou fertilizante e essas não foram regadas, resultando num desastre absoluto. No segundo TAC, torcemos para que a Prefeitura e o IPHAN acompanhem sua realização e a obra seja digna de um projeto idealizado por Roberto Burle Marx, um dos mais consagrados paisagistas do mundo!

Nota: fotografias do autor: Burle Marx e Joaquim Falcão, o largo atual, e obra do TAC

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SEXO E MITOLOGIA

Autoria de Lu Dias Carvalho

               

A mitologia, através da vida dos deuses, retratava todos os problemas humanos agregados ao nascimento, vida e morte. A estatueta pré-histórica, denominada “Vênus de Laussel”, que tem cerca de 20 mil anos, já mostra a preocupação que o homem pré-histórico tinha com a reprodução, o que para ele era um grande mistério. A representação (figura à eaquerda) é de uma mulher gorda, sem rosto, com os seios grandes a despencarem-se em direção à barriga, que por sua vez é tão saliente, que dá a impressão de que ela esteja grávida.

Para nós é mais do que compreensível a reprodução humana, assim como a da flora e a da fauna. Nas culturas primitivas, porém, isso era creditado aos deuses. Era preciso homenageá-los para que houvesse abundância na reprodução. O tamanho da prole também estava ligado à fartura, pois os filhos eram os responsáveis por auxiliar os pais na labuta e ampará-los na velhice. A terra era uma personagem feminina, fecundada pelo céu, personagem masculina que a inseminava através da chuva. É por isso que as deusas relacionadas à maternidade, nas culturas primitivas, eram sempre ligadas à terra.

Para explicar o sexo e o nascimento, a mitologia egípcia ensinava que o deus Atum, que morava sozinho no caos, através de suas sementes (sêmen) gerou o deus Shu e a deusa Tefnut. Esses formaram um casal e geraram Geb (a terra) e Nut (o céu), que por sua vez deram origem a Osíris (deus da vegetação e da vida no Além), a Ísis (deusa do amor e da magia), a Seth (deus do caos) e a Neftis (deusa dos túmulos e da morte). O incesto está presente na união desses deuses, situação mitológica condizente com o Egito Antigo, que tinha como costume real o casamento entre irmãos, sendo a rainha esposa e irmã do faraó, como revela a história da rainha Cleópatra, que se casou com seu irmão Ptolomeu XIV.

A prostituição sagrada estava ligada à fertilidade na história de muitos povos antigos. Na Babilônia, por exemplo, toda mulher tinha por obrigação prostituir-se, pelo menos uma vez na vida, no templo sagrado da deusa prostituta Ishtar que, segundo um hino babilônico, nem mesmo 120 homens conseguiriam cansá-la. O dinheiro, que a devota prostituída recebia pela prática do ato sexual, era doado ao tesouro do templo. O homem também poderia reverenciar a deusa, castrando-se, conforme explica o mito da deusa Cibele. A seu respeito, diz a lenda que, originalmente, ela tinha os dois sexos, mas outros deuses extirparam o sexo masculino.

Perséfone foi raptada por Hades, deus dos mundos subterrâneos, que por ela havia se apaixonado, passando a reinar junto com ele. Inconsolável naquele lugar bizarro, o marido permitiu-lhe visitar a superfície terrestre, ocasionalmente. É por isso que ela representa os cereais que surgem na face da terra e depois desaparecem. Ela era sobrinha de Hades. Embora o incesto fosse aprovado entre os deuses, muitas culturas reprovavam-no.

Zeus (Júpiter na mitologia romana), o deus dos deuses, casou-se três vezes, sendo uma delas com sua irmã Hera. Ele era uma espécie de dom-juan da mitologia grega, tendo protagonizado inúmeras aventuras eróticas com deuses, deusas, ninfas e mortais comuns, o que o levou a ter um grande número de filhos fora de seus casamentos. Ele usava seu poder de sedução, além de metamorfosear-se, para fazer suas conquistas amorosas. Suas mais conhecidas conquistas são: a sua transformação em Cisne, para seduzir Leda, rainha de Esparta e esposa de Tíndaro; e sua metamorfose em Touro, para enganar Europa, filha do rei da Fenícia (segunda e terceira imagens postadas acima)

A maioria das instituições sociais e religiosas tenta dominar a força dos impulsos sexuais. Na mitologia dos mais diferentes povos também é possível sentir a força de tais impulsos em seus mitos, quando os amantes desafiam as normas estabelecidas, até mesmo enfrentando a própria destruição. Podem ser citados: Tristão e Isolda; Apolo e Dafne; Apolo e Jacinto; Cupido e Psique; Ácis, Galateia e Polifemo; Baco e Ariadne, Céfalo, Prócris e Brisa; Alcíone e Ceix; Orfeu e Eurídice; Pigmaleão e Galateia; Píramo e Tisbe; Teseu, Ariadne e o Minotauro; Vertuno e Pomona e Vênus e Adônis, entre outros (descritos no site em Mitos e Lendas).

Nota: as imagens acima retratam: Vênus de Laussel (autor desconhecido)/ Leda e o Cisne (Paolo Veronese)/ O Touro e Europa (Nöel-Nicolas Coypel)

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PRESÉPIO DE PEPE DE CÓRDOBA

Autoria de Luiz Cruz

 

“Trouxeram flores, folhagens, dispuseram frutos e pássaros, desceram o céu num pálio de seda azul, colheram as estrelas, dos ramos que se alongam na noite. Caçaram a lua no meio de suas viagens e pescaram o sol, redondo peixe de nadadeiras flamejantes.” (Cecília Meireles)

Os primeiros dias do mês de dezembro eram sempre dedicados aos preparativos da montagem dos presépios. Em latinhas de manteiga, de sardinha ou de goiabada a meninada plantava arroz e alpiste para enfeitá-los. Tudo ficava verdinho e com enorme frescor. Buscar enfeites de presépios na Serra de São José era uma grande aventura, e nós passávamos tempos aguardando pelo dia da subida à serra. Construir serras de papel, catar pedras polidas, buscar areias coloridas e tantas outras providências para a montagem do presépio preparavam-nos para a chegada do Natal.

A tradicional cidade de Tiradentes/MG sempre teve belos presépios, sendo que agora, em 2016, foi montado o grande e significativo “Presépio de Pepe de Córdoba”, que se encontra exposto no Museu da Liturgia e pode ser visitado de quinta-feira a segunda-feira, de 10 às 17h, e no domingo de 10 às 14h. Esse presépio tem cerca de 300 peças, quase todas de origem espanhola, e a cada ano recebe novas. Essa é a terceira vez que Pepe de Córdoba monta seu presépio em local público. A primeira vez foi no Barroco Espaço de Arte, a segunda na antiga sede da Biblioteca do Ó e agora.

Pepe de Córdoba (Espanha-1944) monta presépios desde seus oito anos. Ele nos conta com muito orgulho que, em sua cidade, as crianças aprendiam a construir presépios nas escolas, começando com os animais e depois os pintando. Em Córdoba, presépio sempre foi muito respeitado e considerado, há até as “Penhas”, locais onde se discutem sobre os presépios, o fazer e o Evangelho associado ao tema. Pepe tornou-se dançarino da dança flamenca e ganhou os palcos do mundo, mas no mês de dezembro sempre se dedicou aos presépios, desde os pequeninos em marfim até os maiores, com mais de mil peças, que compõem sua coleção.

Seguindo a tradição espanhola, o “Presépio de Pepe de Córdoba” foi inaugurado em 8 de dezembro, dia da “Imaculada Conceição”, com brilhante concerto de violino de Douglas José de Castro e em seguida apresentação do grupo de Seresta da Oficina de Teatro Entre & Vista, apresentando canções sobre o tema “Jesus”. Foi uma noite memorável, tudo muito delicado e inspirador, levando-nos a refletir sobre o tempo de Natal.

Além do “Presépio de Pepe de Córdoba”, outros podem ser visitados em Tiradentes, como o da Mariz de Santo Antônio, da Capela de Nossa Senhora do Rosário, da Capela de São João Evangelista, da Capela de Nossa Senhora das Mercês, da Capela do Bom Jesus e o do Santuário da Santíssima Trindade – o santuário está fechado para obras, mas o Salão dos Romeiros foi adaptado para os atos litúrgicos e também para a montagem do presépio. No Centro Cultural Yves Alves – SESI-Tiradentes está exposto o mais antigo presépio da cidade, de autoria do artista popular Antônio Gomes. Agora, o leitor está convidado a visitar Tiradentes novamente e fazer o Circuito de Presépios, que estarão expostos até o dia 6 de janeiro – Dia dos Santos Reis.

 

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Escola de Fontainebleau – DIANA A CAÇADORA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Diana a Caçadora é uma obra da Escola de Fontainebleau que ficava situada nos arredores de Paris. Por ela passaram inúmeros pintores. Não se sabe exatamente quem foi o criador desta pintura.

A pintura mostra a esbelta Diana (Artemis) – a deusa romana da caça – andando pelo bosque, andando da direita para a esquerda, acompanhada de um cão. Seu corpo é visto de perfil, mas sua cabeça está voltada para o observador. Ela se encontra coberta apenas por um manto amarelo que desce por seu ombro direito, e por um véu, quase imperceptível, a cobrir-lhe a genitália. Todo o resto do corpo encontra-se nu. Na mão esquerda carrega seu arco, na direita traz uma flecha e nas costas leva sua aljava. Um grupo de árvores serve de fundo para o corpo da deusa e de seu cão.

Diana era muito diligente com sua virgindade, por isso, segundo a mitologia romana, ela transformou o caçador Acteão em cervo, por tê-la visto nua durante o banho. A deusa parece fitar o observador, como a censurá-lo por invadir seus domínios.

Ficha técnica
Ano: c. 1550
Técnica: óleo sobre madeira, transferido para tela
Dimensões: 191 x 122 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fonte de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Renascimento/ Editora Taschen

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