Arquivo da categoria: Pinacoteca

Pinturas de diferentes gêneros e estilos de vários museus do mundo. Descrição sobre o autor e a tela.

Carlo Crivelli – MARIA MADALENA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Maria Madalena é uma obra do pintor italiano Carlo Crivelli (c. 1433-1495), que também era conhecido como Donatino Creti. O artista era irmão do pintor renascentista Vittorio Crivelli. Por ter cometido atos criminosos foi obrigado a fugir de Veneza, sua cidade natal, indo para Zara, na Dalmácia.  Recebeu influências de pintores do círculo de Francesco Squarcione e dos trabalhos iniciais de Mantegna, e mais tarde do pintor Cosmè Tura. Sua obra é reconhecida por sua inclinação pela ornamentação e ostentação.

O artista tomou como tema de sua composição a figura de Maria Madalena, comum à pintura da época, tida como a discípula mais apegada ao Mestre Jesus, cuja história é descrita no Novo Testamento. Ela acreditava profundamente que ele era o Messias. Também esteve presente em sua crucificação e no seu funeral.

Maria Madalena é mostrada como uma mulher muito rica. Sua vestimenta é finamente trabalhada. Ela usa um colar de esferas vermelhas, parecidas de coral,  com um pingente redondo com pérolas e pedras. Os cabelos dourados têm uma parte enrolada em cachos, presos por uma presilha de pérolas. No alto da cabeça usa uma tiara de pérolas, com uma joia vermelha no meio, também rodeada por pérolas. A outra parte do cabelo cai-lhe abundantemente pelas costas e frente.

A discípula dileta de Jesus, que aqui é retratada muito jovem e bela, encontra-se em primeiro plano, de pé e perfilada. Pode ser identificada através do pote com unguento, usado para ungir os pés do Mestre. Ela o segura na mão direita, com a palma voltada para cima. Seu rosto delicado tem sobrancelhas finas. Seus grandes olhos estão enviesados para a direita. Sua mão esquerda levanta delicadamente a saia do vestido. Foi pintada como uma rica cortesã, numa referência à sua profissão anterior de meretriz.

 Ficha técnica
Ano: c. 1480
Técnica: têmpera em madeira
Dimensões:152 x 49 cm
Localização: Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda

Fontes de pesquisa
A Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.rijksmuseum.nl/en/collection/SK-A-3989

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Rubens – SATURNO DEVORANDO O FILHO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Saturno Devorando o Filho é uma obra mitológica do pintor francês Peter Paul Rubens, similar à pintura de Goya e com o mesmo nome.

Na mitologia romana, Saturno, chamado de Cronos na mitologia grega, é o deus do tempo. Ele era casado com Reia. Ao consultar um oráculo e tomar conhecimento de que seria destronado por um de seus filhos, passou a devorá-los assim que nasciam. Mas Reia conseguiu proteger Júpiter da gana do pai.

Métis (Prudência) casou-se com Júpiter e fez com que Saturno vomitasse todos os filhos devorados, após lhe dar um medicamento. Esses, sob a chefia de Júpiter, derrotaram o pai  e seus irmãos — os Titãs — fazendo-os prisioneiros no Tártaro, incluindo o titã Atlas que recebeu o castigo de apoiar o céu em seus ombros.

Ficha técnica
Ano: 1636-1638
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 182 x 87 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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Jan Steen – A FAMÍLIA FELIZ

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição A Família Feliz é uma obra do pintor holandês Jan Steen (c.1625-1679). O artista estudou com com Nicolaes Knüpfer, Adriaen van Ostade e Jan van Goyen, tendo se casado com Margaretha van Goyen, filha do último mestre. Fez parte da Guilda de São Luca de Leiden. É tido como um dos importantes pintores holandeses do século XVII. Sua obra é vasta e diversa, na qual se inclui trabalhos narrativos e alegóricos, paisagens, apesar de poucas, e retratos, mas seu gênero predileto era as pinturas de gênero. É visto como um grande observador e o mais vivaz dentre os grandes pintores holandeses de interiores.

O artista compôs inúmeras cenas de família, na maioria das vezes retratando as figuras com muita simpatia. A cena descrita acontece numa sala de jantar, onde a família reúne-se para comer, beber, tocar, cantar e fumar, em torno de uma mesa quadrada. Entre adultos e crianças são dez as figuras humanas presentes na sala e mais uma do lado de fora, na janela.

Uma vistoso tapete com franja cobre a mesa, postada no centro da sala, enquanto uma tolha branca cobre a parte em que estão a bandeja com carne, o pão, a faca e o vinho. Dependurado no armário, acima da lareira, encontra-se uma folha branca de papel, onde estão escritos os dizeres de um provérbio holandês que reza: “Enquanto os velhos cantam, os jovens chilreiam.”, ou “As crianças fazem o que seus pais fazem, mesmo quando eles são um mau exemplo, como é aqui.”. Com tal provérbio, o pintor faz um alerta sobre o efeito da má educação.

A família encontra-se muito animada. À esquerda está o chefe da casa, vestido com uma camisa vermelha debaixo do casaco escuro, cantando e erguendo uma enorme taça de vidro na mão esquerda, enquanto na direita descansa seu violino. Ele se volta para o observador, como se o convidasse a fazer parte da cena. Sua esposa, segurando o bebê, e sua mãe (ou sogra) também cantam, acompanhando a canção num papel. O bebê traz na mão esquerda um pratinho e na direita uma colher, com a qual tenta alcançar a flauta do irmão mais velho. Ainda no mesmo lado, um homem, de pé, toca gaita de fole, animando a reunião familiar.

À direita estão as crianças. A que usa um chapéu vermelho e capa da mesma cor, sentada num enorme banco de madeira, toca flauta doce. Atrás dela, uma menina e um menino fumam cachimbo. Na frente do grupo, e em primeiro plano, está uma garota que serve o vinho de uma jarra a uma criança menor, que o bebe no bico. Na janela, um garoto segura na mão esquerda um instrumento de sopro, enquanto com a direita segura seu cachimbo, que ora pita. Um cãozinho também faz parte da família. Ele encara, encantado, seu dono a cantar. Sua boca aberta leva a crer que também faz parte da cantoria.

A sala encontra-se em reboliço. No chão estão uma frigideira de metal, uma bandeja, um vidro, uma concha e um jarro de vinho. Sobre o armário de madeira estão um vaso com flores, dois pratos de enfeite, um vidro com líquido pela metade e um almofariz. Uma luz suave entra pela janela aberta, através da qual pode-se ver o telhado de uma casa e um galho de árvore. Chama a atenção a marca das dobras da toalha branca, que se encontrava guardada numa gaveta.

Obs.: O homem que toca gaita de fole, ao fundo, à esquerda, é um autorretrato do pintor, segundo alguns estudiosos.

Ficha técnica
Ano: entre 1668
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 110,5 x 141 cm
Localização: Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda

Fonte de pesquisa
A Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.flickr.com/photos/kunglnora/7998381586

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Hans Holbein, o Moço – OS EMBAIXADORES

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada Os Embaixadores é uma obra-prima do pintor renascentista alemão Hans Holbein, o Moço (c.1497-1543) que se especializou em retratos. Foi tido como um dos melhores retratistas de sua época. Aprendeu sua arte com o pai, Hans Holbein, o Velho, sendo posteriormente aceito na Guilda dos Pintores em Basileia. Embora tenha também pintado murais, retábulos e iluminuras, tinha predileção pelo retratismo, sendo exímio nos pormenores de sua obra. Hans Holbein dá à sua tela um formato quadrado, muito usado no Alto Renascimento. Os livros e instrumentos científicos presentes na obra dizem respeito à grande cultura e atualidade dos dois retratados.

O artista misturou realismo e idealização (ou enaltecimento) neste seu trabalho que se encontra entre as 50 pinturas mais famosas do mundo e tem sido descrita como “um dos mais incríveis e impressionantes retratos da arte renascentista.”. Em sua obra Holbein apresenta dois cortesãos franceses, embaixadores do rei Francisco I na corte inglesa de Henrique VIII. A eles cabia a difícil incumbência de impedir que a Inglaterra rompesse com a Igreja Romana, além de cuidar dos interesses da França. Os dois homens representam duas categorias de diplomatas, sendo identificados pelas roupas. Se fizessem uso de ternos curtos seriam embaixadores leigos. Aqueles que usavam mantos longos pertenciam ao clero. A aparência de um embaixador era muito importante, devendo ser digna de seu senhor.

O homem da esquerda é Jean de Dinteville, embaixador da França na Inglaterra, responsável por ter feito a encomenda do retrato. Jean foi um típico cavalheiro renascentista:  homem de formação humanística com interesse pela música, pintura e pelas Ciências Naturais. Está ricamente vestido com um traje secular e um casaco escuro forrado com pele. Carrega no peito uma ostensiva corrente de ouro com um medalhão da Ordem de São Miguel, muito ambicionado à época. Era a distinção francesa correspondente ao Velocino de Ouro espanhol e à Ordem da Jarreteira inglesa. A influência de uma ordem estava ligada ao número limitado de seus membros. Na ordem de São Miguel não podiam ser mais de 100 membros. Sua mão esquerda repousa na parte de cima da prateleira, enquanto a direita segura uma adaga na qual está escrita sua idade (29 anos).

Ao lado de Jan encontra-se seu amigo George de Selve, bispo de Lavaur na França. Ambos estão separados por uma prateleira. Os objetos vistos entre eles assinalam que possuem interesses comuns: música, matemática e astronomia, Ciências Naturais. Um embaixador era obrigado a dominar o latim, a língua diplomática da época, e desfrutar de uma vasta cultura que lhe permitisse conversar com cientistas e artistas. O bispo segura as luvas em sua mão direita. Traz o braço apoiado sobre um livro no qual se pode ler: “aetatis suae 25”, completando o texto com a palavra “anno”, traduzido como “25º ano de sua existência”.

Um cortinado de brocado verde ricamente trabalhado serve de fundo para os dois embaixadores. À esquerda, na parte superior da pintura, uma dobradura do cortinado deixa visível parte de um crucifixo para lembrar que os dois homens são tementes a Deus que os orienta em todos os campos da vida. Alguns estudiosos dizem que também alude à divisão da Igreja.

Em ambas as partes da prateleira estão muitos objetos. Quase todos eles possuem uma simbologia específica da época, sendo que alguns ainda não foram decifrados. No canto superior esquerdo há um globo celeste (é provável que remeta à descoberta de Nicolau Copérnico) e um quadrante solar cilíndrico, também conhecido como relógio do pastor. O poliedro apresenta vários relógios de sol e era usado em viagens.

Na prateleira de baixo estão um globo de mão (deixando em evidência os países importantes para os embaixadores), um quadrado e uma bússola sob um alaúde (naquela época a música era considerada uma arte matemática) que tem uma corda quebrada e que pode ser interpretada como os crescentes conflitos entre católicos e protestantes. Os tubos provavelmente seriam usados ??para guardar mapas. O relógio de sol marca a data de 11 de abril de 1533 (importante para ambos). Outros instrumentos científicos, usados na circum-navegação, ali também se encontram. Um livro de matemática encontra-se semiaberto por um esquadro. Um livro de hinos protestantes alemães está aberto em dois hinos luteranos.

Chama a atenção em especial uma enorme figura anamórfica (figura em perspectiva distorcida, imperceptível quando olhada de frente, mas que se revela ao ser olhada do canto inferior esquerdo) mostrando aqui uma caveira em diagonal, no primeiro plano do quadro. O crânio — insígnia pessoal de Jean de Dinteville — está presente em seu gorro. Também pode ser visto como um símbolo da finitude humana. O uso de anamorfoses ou imagens distorcidas era bem comum à época. Para a pintura do chão o artista fez uma cópia perfeita do piso do santuário da Abadia de Estminster, uma famosa obra de artesãos italianos. Tais mosaicos indicam que os dois embaixadores encontram-se de fato em solo inglês.

Os dois personagens em estudo são bem parecidos. O bispo traz olhos menores, com pálpebras caídas sobre as pupilas. Seu olhar mostra-se menos atento do que o de seu amigo. Jean de Dinteville com seu casaco de pele mostra-se mais volumoso do que George de Selve com sua capa cruzada. Ao colocar um com o manto longo e o outro com o manto curto, o artista quis representar duas diferentes classes sociais. Embora fosse comum os retratos duplos do século XVI apresentarem os retratados lado a lado, Holbein coloca-os nas extremidades da pintura, colocando entre eles a estante dupla, cheia de livros e instrumentos, possivelmente a fim de ressaltar o interesse dos dois pelas Ciências Naturais. Todos os instrumentos estão inseridos no campo da matemática aplicada.

Obs.: A matemática era uma das principais disciplinas no Renascimento. Tinha sido obscurecida durante a Idade Média, quando a visão religiosa do mundo pairava acima das Ciências Naturais. Durante o Renascimento, porém, os homens mostraram-se curiosos para conhecer as leis físicas e matemáticas que governavam o mundo. Os pintores também eram grandes adeptos da matemática, amplamente usada em suas obras.

Ficha técnica
Ano – 1533
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 207 x 209,5 cm
Localização: National Gallery, Londres, Grã-Bretanha

Fontes de pesquisa
Renascimento/ Taschen
Arte em detalhes/ Publifolha
Los secretos de las obras de arte/ Taschen
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://artstor.wordpress.com/2013/09/13/a-closer-look-at-hans-holbeins-the-

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Aert van der Neer – CENA DE RIO NO INVERNO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Cena de Rio no Inverno é uma obra do pintor holandês Aert van der Neer (c.1603-1677). Trata-se de um dos artistas que mais pintou paisagens com pessoas. Aludem alguns críticos de arte que a paisagem holandesa seiscentista tinha por objetivo retratar a classe média em ambientes familiares. Se isso é certo, o pintor Neer foi realmente comprometido com tal desejo, conforme mostra sua obra. Este tema era muito comum na Holanda e também na Inglaterra e França, como comprovam as obras relativas à época.

O quadro Cena de Rio no Inverno mostra um rio congelado. Sobre seu leito espalham inúmeras pessoas. Enquanto algumas trabalham, outras patinam, andam de trenó ou jogam hóquei. Encontram-se todas muito bem agasalhadas. Dois cavalos e um cachorro estão à vista, assim como algumas embarcações. À esquerda do rio congelado ergue-se a aldeia com suas casas e igrejas e, à direita vê-se um moinho e outras pequenas habitações. Muitas árvores desprovidas de folhas espalham-se pela paisagem. O céu mostra-se carregado, cheio de nuvens pesadas.

Esta tela de Neer, embora seja imaginativa na sua criação, repassa um alto grau de realidade concreta.

Ficha técnica
Ano: 1655 a 1660
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 64 x 79 cm
Localização: Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda

Fonte de pesquisa
A Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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Pisanello – A VISÃO DE SANTO EUSTÁQUIO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O medalhista, desenhador e pintor italiano Pisanello (1395-1455) tinha como nome original o de Antonio di Pucci Pisano. Foi criado em Verona, mas estudou em Veneza com o mestre Gentile Fabriano, servindo-lhe de assistente nos trabalhos do palácio do Dodge. Mudou-se para Florença e de lá foi para Roma, após a morte da mãe. Veio a tornar-se um dos pintores mais importantes de seu tempo, sendo chamado para executar trabalhos nas cortes de Mântua, Ferrara e Milão. Também trabalhou em Napóles para o rei Afonso de Aragão. Em razão de sua pintura que unia a elegância e a delicadeza, aliada a uma alegre narrativa e uma observação afiada da natureza, Pisanello tornou-se um dos maiores representantes do Gótico Internacional.

A pintura do artista denominada A Visão de Santo Eustáquio, feita no início do Renascimento italiano, é uma de suas mais conhecidas obras, embora tenha levado mais de 500 anos para ser reconhecida como de sua autoria. Sua complexa narrativa, imersa numa semi-obscuridade, o que dá à composição uma aparência mágica, ajunta inúmeras figuras. É baseada na lenda que narra que, durante uma caçada num bosque encantado, Santo Eustáquio viu um veado-galheiro que trazia em meio aos chifres um crucifixo com a imagem de Cristo. Em razão disso o caçador converteu-se ao cristianismo. A pintura é apresentada como sendo uma visão do santo.

No século XIV, os santos eram mostrados de corpo inteiro ou meio corpo, sendo identificados através de seus atributos. Santo Eustáquio usa um toucado em forma de turbante e uma túnica comprida e ornada de pele. Pelas vestes elegantes que usa e pelos ricos arreios de seu cavalo ele mostra que é um cavaleiro de grandes posses. Sua túnica dourada e os enfeites dos arreios foram pintados em ouro. Em seu sonho ele se encontra num bosque sagrado, rodeado por inúmeros animais, descritos com grande realismo, embora a disposição deles repasse uma sensação de magia. Vários cães de diferentes raças acompanham-no na caçada.

À frente do Santo, um enorme veado, com um crucifixo entre os chifres, fita-o. Às suas costas vê-se outro. Acima, mais no interior do bosque, podem ser vistos um urso, um elefante, o que parece ser uma cabra, uma ovelha, pelicanos, patos e cisnes nadando, e outras aves em voo. O artista mostra sua capacidade em retratar animais  em vários tamanhos na natureza . Deve ter consultado livros para o feitio desses com tamanha fidelidade.

Esta pintura apresenta vários níveis. No primeiro plano, na parte inferior, próximo a um cão que persegue um coelho, está uma faixa de rolagem que deveria conter alguma mensagem cristã ou o nome do artista. Não se sabe o porquê de ter sido deixada em branco, embora alguns digam que tenha sido intencional, com o intuito de mostrar que as palavras são desnecessárias diante da natureza exuberante em que se encontra o jovem cavaleiro.

Infelizmente esta obra tem sido redesenhada e retocada em razão do material usado, que vem escurecendo com o tempo. A túnica dourada de Santo Eustáquio e os enfeites dos arreios do cavalo foram pintados em ouro. A imagem se parece com uma fotografia tirada de cima para baixo, razão pela qual não aparece o céu. Por isso, a luz é pouca, incidindo apenas sobre as figuras do centro, enquanto as demais encontram-se envoltas pela penumbra.

Ficha técnica
Ano: 1338-1442
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 64,8  x 54 cm (controverso)
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Obras-primas da pintura ocidental/ Taschen

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