Arquivo da categoria: Pintores Brasileiros

Informações sobre pintores brasileiros e descrição de algumas de suas obras

Aldemir Martins – CACTUS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Cactus é uma das primorosas composições do artista cearense Aldemir Martins que, sempre comprometido com a temática brasileira, jamais poderia ter deixado de lado, em sua arte, essa planta que simboliza a região árida do Nordeste, onde se situa seu Estado, Ceará.

O artista apresenta o cacto em primeiro plano, tendo uma parte suprimida acima e outra abaixo, colocando em evidência o botão prestes a se abrir (só abre à noite) e sua enorme e alva flor já aberta, que chama a atenção do observador.

O fundo da tela, em azul, representa o céu azulado, desvestido de qualquer nuvem branca, e o amarelo que simboliza a claridade do sol e a aridez da terra. Todo o quadro é trabalhado geometricamente.

O cacto representado na composição é o mandacaru, também conhecido por jamacaru ou jaramacaru, que serve de alimento para o gado no tempo da seca, sendo a planta mais característica da caatinga nordestina.

Ficha técnica
Ano: 1972
Dimensões: 37 x 60 cm
Técnica: acrílica sobre tela
Localização: Coleção particular

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 4

Aldemir Martins – BAIANA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A baiana é uma figura muito comum na obra dos pintores brasileiros, lembrando parte de nosso passado de herança africana, com suas comidas típicas, ritos religiosos e vestimentas específicas.

Aldemir Martins, na composição Baiana, apresenta uma figura feminina assentada, com as mãos entrecruzadas no colo, de frente para o observador. Ela está lindamente trajada com seu vestido branco, com fundo azul-claro, de saia rodada e mangas descidas que deixam os ombros nus. Cinco colares coloridos descem-lhe pelo pescoço, chamando a atenção para o de bolas brancas, azuis e vermelhas. Seus braços nus estão enfeitados por pulseiras amarelas e brancas, que compõem com os brincos. Na cabeça ela traz um vistoso turbante branco. A baiana, com o seu rosto meio de perfil, parece olhar para o horizonte.

Como pano de fundo, o pintor dividiu a tela em duas cores: azul, à direita da figura,e vermelha, à esquerda, cores fortes que destacam ainda mais a exuberância da figura.

Ficha técnica
Ano: 1980
Dimensões: 81 x 60 cm
Técnica: acrílica sobre tela
Localização: Coleção particular

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 9

Aldemir Martins – GALO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor cearense Aldemir Martins possuía uma grande paixão por pintar galos e gatos, sendo a composição Galo, acima, um dos primeiros galos pintados por ele.

Na sua pintura, o artista desenha o galo de perfil, usando linhas bem simples, sendo o animal definido pela sua silhueta frontal e pés. Fora isso, ele poderia passar por outra ave qualquer, pois não existem outros detalhes que levem à sua identificação.

O pintor, através do uso de cores, faz sobressair a asa, a crista e o rabo. No fundo da composição destacam-se as cores amarela, onde se situa a parte frontal da ave, e o azul, em dois tons, onde se destaca a outra parte do animal.

O galo mostra-se bastante garboso.

Ficha técnica
Ano: 1966/1969
Dimensões: 100 x 100 cm
Técnica: óleo sobre tela
Localização: Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 8

Ademir Martins – CANGACEIRO (II)

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O artista cearense Aldemir Martins mais uma vez nos apresenta uma obra ligada ao universo tão presente em sua obra: o cangaço.

Em o Cangaceiro, ele mostra a figura de um bandoleiro deitado no chão, afastado de seu bando, relaxado, num momento visível de descanso, ao contrário do que comumente acontecia. Encontra-se de costas para o observador, com a cabeça recostada em seus bornais, que normalmente eram feitos de couro. Às suas costas, jogadas no solo, estão duas cartucheiras, enquanto uma terceira encontra-se na cintura. Um cantil está próximo aos bornais, enquanto outros atavios espalham-se pelo chão.

A carabina do cangaceiro encontra-se à sua frente, encostada no seu corpo. O seu chapéu de couro, modelo peculiar ao cangaço, cobre-lhe o rosto, para tapar a claridade da lua crescente que jaz alta no céu.

O lugar é ermo e desprovido de vegetação, mostrando apenas um pé de mandacaru, cacto peculiar à região de caatinga, e uma minúscula plantinha rasteira. A roupagem do cangaceiro, em couro, é desenhada com perfeição, levando em conta os adereços tão comuns à vestimenta dos bandos.

Esta obra deu a Aldemir Martins o Prêmio de Aquisição Nadir Figueiredo S.A. na II Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. O artista usa traços finos para desenhar sua obra. A mão cadavérica do personagem e suas pernas e pés finos contrastam com seu corpo volumoso.

Ficha técnica
Ano: 1953
Dimensões: 53,6 x 73,8 cm
Técnica: nanquim sobre papel
Localização: Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 8

Aldemir Martins – GATO AZUL

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O pintor cearense Aldemir Martins possuía uma grande paixão por pintar galos e gatos domésticos. A composição acima, denominada Gato Azul, permaneceu vários anos na sala de sua casa, pertencendo hoje a seus herdeiros.

O gatarrão aqui apresentado possui enormes bochechas brancas, grandes bigodes negros, olhos acentuados, amarelos e verdes, e uma boca vermelha, bem pequena para o seu tamanho. Possui três patas à vista, de onde emergem, dos dedos rosados, nove afiadas garras, que se aderem a uma superfície vermelha, como se fosse o parapeito de uma janela.

As cores verde e azul, em maior escala, dão um maravilhoso contraste na composição.

Ficha técnica
Ano: 1982
Dimensões: 115 x 146 cm
Técnica: acrílica sobre tela
Localização: Coleção particular

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 30

Aldemir Martins – BUMBA MEU BOI

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Bumba Meu Boi, obra do pintor cearense Aldemir Martins, retrata uma das mais festejadas festas folclóricas brasileiras, conhecida em todo o país, sempre presente na obra de pintores nacionais, ligados à temática popular do Brasil.

O artista usa três figuras em sua obra: o boi, o homem e o cachorro. Enquanto o boi encara o observador de frente, com seus grandes olhos, a figura masculina, o vaqueiro, está de costas para ele, bastando observar a posição de seus pés. Ele traz o braço direito na frente do boi, segurando um pau, e o esquerdo apontado para o céu. O cachorro encontra-se de frente para o boi, a observá-lo.

Os pés do boi denunciam que se trata de uma figura humana.

Ficha técnica
Ano: 1962
Dimensões: 131 x 163 cm
Técnica: tinta de imprensa sobre tela
Localização: Coleção particular

Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo

Views: 6