Arquivo da categoria: Vida Saudável

Temas diversos sobre saúde

ALERTA SOBRE REMÉDIOS CONTRA AZIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O uso das medicações para problemas do estômago tem indicações específicas e por tempo determinado pelo médico. Porém, há pessoas que usam essas medicações por meses e até anos, sem saber que podem provocar outros problemas de saúde a longo prazo. Já há pesquisas apontando neste sentido.

Tanto é que a FDA (agência norte-americana para controle de medicações e alimentos) passou a fazer alertas sobre essa classe de drogas, mais conhecidas no meio médico por inibidores da bomba de prótons (IBPs), da qual fazem parte o omeprazol, o pantoprazol e o esomeprazol. O uso prolongado, e mesmo abusivo e por automedicação por parte da população, pode causar a má absorção de nutrientes, vitaminas e minerais, além de fraturas e infecções intestinais.

Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) inibem a secreção de ácido gástrico por meio do bloqueio específico presente na célula gástrica. Devem ser usados criteriosamente, para indicações apropriadas, porque podem mascarar sintomas de câncer gástrico, por exemplo. Especialistas recomendam empregá-las sob a menor dose eficaz, durante o menor período possível. A necessidade de tratamento prolongado deve ser revista periodicamente com acompanhamento médico.

Por serem medicações normalmente bem toleradas com efeitos colaterais, muitas vezes, imperceptíveis, as pessoas continuam a usá-las mesmo sem o conhecimento médico. Elas reduzem cerca de 95% da produção diária do ácido clorídrico. Por isso, é importante ressaltar que a produção de ácido pelo estômago tem finalidades específicas, como ajudar na digestão dos alimentos, preparar o bolo alimentar e todos os nutrientes para serem absorvidos de forma adequada a nível intestinal e ser uma barreira de proteção (qualquer bactéria ou microrganismo que entrar pela via digestiva não resiste a ação do suco gástrico).

Portanto, se usamos essas medicações por longo tempo, corremos o risco de apresentar problemas para absorção de vários nutrientes, entre eles o cálcio, magnésio e vitamina B12. Os dois primeiros, muitos importantes para saúde óssea, e a B12 tem importância fundamental para a memória. Segundo a FDA, isso pode levar ao aumento do risco de fraturas ósseas, quadros de demência orgânica e de diarreias causadas pela bactéria Clostridium difficile, pois, como dito acima, o ácido anula o efeito de proteção, facilitando o crescimento de bactérias patogênicas.

É de grande relevância o uso racional destes medicamentos, especialmente em idosos, pois a falta da vitamina B12 vai favorecer o aparecimento de demências, anemia e dano neurológico. A ocorrência de diarreias e fraturas ósseas, pelo mesmo motivo, deve ter seu uso de longo prazo revisto em pessoas da terceira idade. Finalizando, quero afirmar que não sou contra estas medicações. Fazem parte integrante da minha rotina prescricional, pois são de grande utilidade em várias patologias gástricas. O alerta é para seu uso correto.

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O LEITE NA BERLINDA

Autoria de Dr. Telmo Diniz

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A máxima “você é o que você come” está mais relacionada à saúde do que à filosofia. Seguindo a tendência, alguns especialistas procuram incorporar o conceito de “alimento funcional” aos hábitos alimentares da população, defendendo as propriedades terapêuticas dos alimentos. Por sua vez, certas substâncias, que já estão consolidadas na alimentação tradicional, são reconhecidas por pesquisas recentes como vilãs do bem-estar de parte da população. E o leite é um desencadeador dessa polêmica.

Há pesquisadores que questionam, inclusive, a recomendação universal de que tomar a bebida, por conta da presença do cálcio, é fundamental para prevenir a osteoporose. Hoje já se sabe que a osteoporose não se previne somente pela ingestão de cálcio na dieta ou nos suplementos alimentares. Há aspectos importantes, como tomar sol brando diariamente, praticar atividades físicas, etc.

A exposição ao sol estimula a produção de vitamina D, que ajuda o organismo a absorver o cálcio em nível intestinal. Já os exercícios físicos e as caminhadas fortalecem os ossos, pois reduzem a reabsorção óssea. E também o consumo elevado de vegetais verdes, como brócolis, rúcula, couve, que são ricos no mineral cálcio, é de extrema relevância no processo. Demonstrando, portanto, que o leite não é insubstituível.

O consumo de leite e seus derivados por indivíduos adultos e até mesmo por crianças tem sido diagnóstico recorrente de problemas gástricos, como refluxos e intolerância à lactose (que é o açúcar do leite), enxaquecas, processos alérgicos diversos, etc. Existem pesquisas científicas que demonstram que o consumo de leite pode prejudicar a saúde em uma parcela das pessoas.

O leite de vaca tem vários tipos de proteína que o organismo não consegue digerir. Por consequência, essa proteína mal digerida causa várias inflamações pelo organismo, pois o sistema imunológico não reconhece tais substâncias. Entre os processos inflamatórios deflagrados podem incluir enxaqueca, bronquites, rinites, dermatites, entre outras. É importante frisar que nós somos os únicos mamíferos, que continuamos a consumir leite durante a fase adulta. É mais um hábito nosso mesmo!

Entretanto, o leite é um alimento muito completo devido a sua composição nutricional. Contêm proteínas, lipídios, carboidratos, minerais e vitaminas. É especialmente importante o seu consumo na infância e na adolescência para assegurar um crescimento ósseo adequado e sustentado. Portanto, o leite pode tanto ser vilão como mocinho. Vai depender de cada caso. Na dúvida, consulte seu médico e/ou nutricionista.

Nota: imagem copiada de revistavivasaude.uol.com.br

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RESFRIADO, GRIPE E VACINA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A maioria das pessoas pensa que gripe e resfriado são a mesma coisa. Apesar de apresentarem sintomas semelhantes e de serem causadas por vírus, a gripe e o resfriado são doenças diferentes, em especial quanto à evolução e complicações.

O resfriado, em comparação com a gripe, apresenta um quadro clínico mais leve, que cursa com coriza, obstrução nasal e irritação na garganta. Raramente tem febre e, quando ocorre, é baixa. O resfriado tem evolução e término rápidos, de poucos dias. Pode ser causado por diversos vírus, como rinovirus, adenovirus, entre outros.

A gripe tem uma sintomatologia mais exuberante quando comparada com o resfriado. Pode apresentar os mesmos sintomas do resfriado, porém, com um comprometimento geral do organismo, cursando com febre alta, dores pelo corpo, sensação de mal-estar, dores de cabeça, cansaço, fraqueza, tosses e calafrios. É uma doença causada pelo vírus do tipo influenza. Pode surgir inesperadamente e sua evolução é mais arrastada, podendo chegar a uma ou duas semanas. Pode também evoluir para complicações mais severas, como sinusites, otites, bronquites e até pneumonia. A gripe é uma doença altamente contagiosa. Sua transmissão acontece quando uma pessoa gripada tosse ou espirra, espalhando o vírus pelo ambiente. Por isso, devemos evitar ficar em locais fechados e sem ventilação. Da mesma forma, a higiene das mãos também é importante.

A vacina contra a gripe é a melhor maneira de se prevenir contra a doença e suas complicações. Não há vacina para os resfriados. Quando a pessoa é vacinada, após 30 dias, em média, já estará com os anticorpos formados e que irão protegê-la por cerca de um ano. Quem apresentar os sintomas citados acima, após uma vacinação, provavelmente estará com um resfriado e, não, uma gripe.

Os antigripais não previnem nem curam a gripe. Eles podem, em alguns casos, diminuir os sintomas. A vacina contra gripe é segura e não provoca efeitos colaterais de relevância, reduzindo as complicações, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir em até 45% o número de internações por pneumonias e em até 75% a mortalidade por complicações da influenza. A vacina protege contra três subtipos do vírus, que são anualmente determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As pessoas elencadas nos grupos de risco, como os idosos, crianças de seis meses até os cinco anos, cardiopatas, portadores de problemas pulmonares, portadores de doenças renais crônicas, imunodeprimidos, gestantes e profissionais da área da saúde devem ser vacinadas. Pessoas pertencentes a estes grupos apresentam mais riscos de complicações decorrentes das gripes. Quem se vacina estará também protegendo as pessoas que o cercam. Não fique de fora!

Nota: imagem copiada de www.hospitalflaviosantos.com.br

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INFARTOS x JOGOS DA COPA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Estamos em plena Copa do Mundo e a adrenalina só tende a crescer. Além de todas as tensões já provocadas, passando pela escalação dos jogadores, os jogos trazem também grandes emoções aos torcedores e ao coração de todos.

Um estudo realizado por pesquisadores da USP analisou dados do sistema único de saúde (SUS) entre os anos de 1998 e 2010 e percebeu um aumento na incidência de infartos em dias de jogos do Brasil. Segundo o levantamento da universidade, entre os Mundiais de 1998, 2002, 2006 e 2010, foram mais de 155 mil internações registradas pelo SUS, sendo que os ataques cardíacos durante os jogos da seleção brasileira aumentaram em 16%.

O trabalho intitulado “Copa do Mundo de Futebol como Desencadeador de Eventos Cardiovasculares” apontou um incremento em mais de 1/4 nos casos de internação por problemas cardiovasculares, em jogos com participação da seleção brasileira.

O jogo é, por si só, um fator de estresse, pois serve de gatilho para o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Esses eventos em pessoas saudáveis não acarretam problemas, mas em pessoas com fatores de risco, e sem a acompanhamento médico, podem provocar sérios danos ao coração.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para infartos são os problemas cardíacos já diagnosticados:
• a hipertensão arterial,
• o diabetes,
• o colesterol e/ou triglicerídeos aumentados,
• sedentarismo,
• obesidade ou sobrepeso,
• tabagismo
• e histórico familiar de cardiopatia prévia.

Tudo na vida gera estresse, desde ganhar na loteria (muita alegria) até a perda de parentes queridos (tristeza sem medida). Uma Copa do Mundo, ainda no Brasil, gera grandes estresses. Durante fortes emoções, o organismo libera adrenalina e cortisol, que aumentam a pressão arterial, a frequência cardíaca, e consequentemente o esforço do músculo cardíaco. Uma sequência de eventos cardiovasculares pode desencadear uma isquemia do miocárdio, que em ultima análise significa um “ataque do coração”.

Se você tem problemas cardíacos e fatores de risco citados acima, saiba que alguns pontos são importantes para evitar essa desagradável surpresa, não somente, mas principalmente durante os jogos da Copa:
• Primeiramente tenha certeza que sua pressão arterial esteja estável e controlada.
• Preste atenção à qualidade do seu sono, pois dormir melhor ajuda a diminuir o estresse.
• Não exagere na bebida. Baixas doses podem induzir o relaxamento, porém em doses maiores fazem o contrário, aumentado a tensão arterial e os riscos cardíacos.
• Não fume ou diminua o hábito tabagístico, pois isso reduz em até 40% as chances de ter infartos.
• Evite tomar muito café, pois a cafeína acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial.

Aproveite o jogo como situação de confraternização e não de angústia. Aceite a derrota (se isso ocorrer). Não dá pra ganhar sempre! Se você tem sérios problemas cardíacos e não consegue se controlar nas emoções, deve rever sua posição de assistir aos jogos. Isso pode ser uma questão de vida ou de morte.

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EVITANDO A OSTEOPOROSE

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Uma em cada três mulheres acima de 50 anos terá osteoporose, segundo a Fundação Internacional da Osteoporose. Entre os homens, o índice é de um em cada cinco. A doença deverá crescer 32% até 2050 no país. Portanto, é de suma importância que o governo faça campanhas conscientizando a população sobre a prevenção do problema.

As mulheres são mais acometidas pela doença do que homens, principalmente porque, depois da menopausa, o hormônio feminino estrogênio, importante para a fixação do cálcio no osso, sofre uma queda abrupta. Sem essa proteção, a perda de massa óssea se acelera e, quando atinge 25% do esqueleto, a osteoporose se instala. No caso do sexo masculino, a baixa da testosterona, também importante para a fixação do cálcio, é gradativa e afeta de maneira mais branda a saúde óssea dos homens.

A fratura do fêmur é a complicação mais ameaçadora da enfermidade. De 40% a 50% dos pacientes que sofrem essa fratura morrem até um ano depois do acidente por causa das complicações decorrentes da falta de mobilidade, como pneumonia, trombose e escaras. Portanto, algumas medidas são importantes para manutenção da saúde dos ossos.

Fazer atividades físicas de impacto, como a caminhada e/ou corrida, são essenciais para a saúde óssea. Por meio da força gravitacional, essa modalidade de exercício causa um atrito entre o músculo e o osso que transmite ao esqueleto a mensagem de que ele precisa aumentar a própria massa para resistir ao impacto. Para se ter uma ideia, os astronautas não podem ficar muito tempo em gravidade zero, pois um dos grandes problemas é a instalação da doença. Como ter ossos fortes:

• Tomar sol antes das 10h e após as 16h. A vitamina D convertida neste processo é importante para a absorção do cálcio pelo organismo e, assim, para a manutenção da massa óssea.
• Consumir alimentos ricos em cálcio, pois é o principal mineral do osso, responsável pelo crescimento, rigidez e estabilidade da massa óssea.
• Parar de fumar. O tabagismo prejudica a massa óssea diretamente. O cigarro pode enfraquecer os osteoblastos (células responsáveis pela formação óssea).
• Fazer a densitometria óssea, que é o exame que determina a densidade do osso (e avalia se o tecido está poroso e frágil). Ela é utilizada para o diagnóstico de osteoporose e controle da doença. A recomendação é que mulheres acima de 65 anos e homens com mais de 70 anos façam anualmente o exame. É comum a pessoa descobrir que tem osteoporose somente depois de sofrer uma fratura (daí a importância deste exame).

E, por fim, pessoas muito magras, com índice de massa corpórea abaixo do considerado saudável, têm ossos mais frágeis e, por isso, são mais predispostas à osteoporose.
São medidas simples que podem fazer grande diferença na qualidade de vida das pessoas, principalmente quando o tema é a prevenção de fraturas.

Nota: imagem copiada de www.sambemat.com.br

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O HOMEM E A ANDROPAUSA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Diferentemente do que ocorre nas mulheres durante a menopausa, quando há a interrupção das menstruações e a parada na produção dos hormônios femininos, na andropausa ocorre uma redução gradativa na produção dos hormônios masculinos, notadamente da testosterona. Se esta queda se dá de forma muito abrupta, advêm os sintomas da andropausa ou do distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (Daem).

A andropausa pode causar grande variedade de sinais e sintomas nos homens, que, se passarem desapercebidos, geram grandes transtornos para quem sofre do problema. No diagnóstico, leva-se em conta o que o indivíduo sente, ou seja, as suas queixas principais associadas à mensuração dos hormônios no sangue. A testosterona não apenas controla o desenvolvimento das características sexuais no homem e as funções de reprodução do seu corpo (desejo sexual, ereção, desenvolvimento e maturação do espermatozoide), mas também desempenha papel importante na memória e no bem-estar físico e emocional.

Algumas doenças e o próprio envelhecimento mimetizam os sinais da andropausa. Daí a dificuldade no diagnóstico diferencial. A deficiência de testosterona se manifesta clinicamente por múltiplos sintomas, desde os sexuais até os menos específicos, que se refletem na queda do desempenho físico e mental e em problemas neuropsiquiátricos como depressão, ansiedade, alta irritabilidade e dificuldade de concentração. Os sintomas raramente são reconhecidos como decorrentes de deficiência hormonal, sendo atribuídos ao estresse causado pelo trabalho ou a dificuldades do dia a dia.

A andropausa pode levar a sérias alterações de saúde. Portanto, deve ter seus sintomas levados a sério (vários homens têm vergonha de falar quando o assunto envolve a esfera da sexualidade). Os sinais e os sintomas variam e dependem da idade de cada indivíduo. Normalmente, o que chama a atenção é a disfunção da ereção e a diminuição da libido. Sintomas frequentemente presentes, e pouco relacionados com a andropausa, compreendem letargia, cansaço generalizado, perda de cabelo, diminuição dos testículos, perda da memória, desatenção e mudanças de humor (irritabilidade), diminuição da massa muscular e densidade óssea (osteoporose).

Os sintomas podem ser minimizados e tratados por meio da Terapia de Reposição Hormonal (TRH). A reposição está indicada quando a presença dos sintomas sugestivos de deficiência androgênica for acompanhada de níveis séricos de testosterona baixos. A TRH tem efeitos colaterais e, portanto, deve ter indicação e acompanhamento médico restrito. Os objetivos da TRH são restaurar a libido, melhorar o humor e vigor físicos, desenvolver a massa muscular e melhorar a densidade óssea. Em síntese, melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Nota: imagem copiada de cuidadosnaterceiraidade.blogspot.com

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