Autoria de Lu Dias Carvalho
Embora seja o quarto país do mundo em extensão territorial, a China é pobre em terras agricultáveis, pois grande parte de seu território é formada por montanhas e desertos. Apenas um quinto de seu tamanho é arável, contrastando com sua densidade populacional.
Os chineses tiveram que mudar seus hábitos para se adequarem a tão pouco espaço. Uma das mudanças foi a proibição dos cemitérios, de modo que os corpos são atualmente cremados. Como a cultura chinesa é muito ligada aos ancestrais, os familiares guardam as cinzas de seus mortos, durante várias gerações, em altares dentro de casa. Todos os dias acendem-lhes incenso e pedem orientação para todos os tipos de problemas. Como veem, na China nem os mortos descansam.
A maioria do povo chinês é extremamente mística. Vê fantasmas por todos os lados. Antigamente, a entrada das casas e templos era construída em zigue-zague ou em ângulos retos, para deter os espectros, pois, no conceito chinês, esses não conseguem atravessar esquinas. Os nossos fantasmas são bem diferentes dos deles: atravessam portas blindadas, recebem propinas e não têm medo de gabinetes fechados, com esquinas ou sem esquinas.
O governo chinês, para deter o perigo de uma superpopulação, teve que inserir no país a política de um filho por família, . O mais triste nesta história é que as meninas, assim como em outras culturas asiáticas, foram sempre preteridas, principalmente entre os camponeses. Por isso, eram abandonadas à própria sorte ou mortas. O resultado de tal comportamento gerou um déficit de mulheres no país. Milhões de homens já não conseguem encontrar esposas. Pelo visto, o castigo veio a jato. Apesar de toda a modernização chinesa, as mulheres ainda são consideradas inferiores aos homens.
Assim como acontece no Japão, os jovens chineses, frutos do milagre econômico, estão abandonando costumes milenares, como a obediência extremada aos pais, o respeito aos idosos e autoridades, para adotarem a cultura ocidental, principalmente a dos estadunidenses. O rap, hip hop, tecno, funk e outros ritmos modernos são bem aceitos por eles. O combate ao uso e tráfico de drogas é acirrado no país, com fuzilamento para os que desrespeitam as leis. Portanto, não é comum encontrá-las entre eles.
A comida chinesa é uma das maravilhas da gastronomia mundial, contudo, vem perdendo espaço para o fast food, o que é lamentável. A carne de cachorro faz parte do cardápio do país há milênios. Dizem que o freguês, candidato ao prato canino, pode até escolher a raça. Que eles comam escorpiões, ratos fritos, farofa de cupim e cobras, tudo bem, mas devorar os fiéis amigos do homem, isso não. Fico com o coração doído só de pensar nisso. Que loucura!
Cenas amorosas ainda são vistas pelos chineses com certa discrição, sendo difícil ver pessoas sendo acariciadas na rua ou em outros locais públicos. O que não quer dizer que eles não sejam calientes na alcova, se levado em conta o número de comprimidos de Viagra vendidos no país, desbancando o milenar ginseng e os cornos do rinoceronte, usados como afrodisíaco. O mamífero ungulado, perissodáctilo, ceratomorfo, rinocerotídeo agradece à Pfizer por lhe prolongar a vida.
O Viagra é produzido em fabriquetas de fundo de quintal, sendo vendido por um quinto do preço comercializado no Tio Sam. Se o estresse abaixa a guarda dos chineses, o Viagra supre o déficit. O grande filósofo Confúcio já dizia que “a mulher bem tratada escapa ao controle e, se mantida à distância, fica ressentida”. A verdade é que a mulher chinesa, durante milênios, funcionou apenas como procriadora de filhos machos, de preferência, e como cidadã de segunda categoria. Hoje estão presentes nas fábricas e noutras fontes de trabalhos. E como o artigo está escasso, imagino que comecem a ser olhadas com outros olhos.
A China de Mao mudou radicalmente, e o comunismo vem esquecendo suas origens. Os chineses cheios da grana vivem suntuosamente, e discriminam os mais pobres, principalmente os camponeses. O abismo entre a China rural e a urbana é cada vez mais visível.
É fato que nenhum povo tem se saído tão bem com a globalização quanto o chinês, apesar das nuvens de poluição que pairam sobre o país. Além de manter um comércio extremamente rentável, ainda tira proveito de tudo, quer vendendo ninharias, cópias ou satélites. Em todo o mundo se tem dito que os chineses transformaram a falsificação numa arte, copiando tudo com perfeição, sem dar bolas para a legalidade. Seus navios, verdadeiras fábricas móveis, permanecem fora das águas territoriais dos países, para produzir as mercadorias, e vendê-las com mais facilidade. Existem estimativas de que um terço do mercado mundial de falsificações é proveniente da China, incluindo a clonagem das histórias de Harry Porter. Mas não foram eles que inventaram a impressão e o dinheiro de papel? O que significa que foram alunos bem aplicados…
Fonte de pesquisa:
China, o Despertar do Dragão/ Luís Giffoni
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E o governo brasileiro tem visitado a China com frequência, para aprender com o presidente chinês como escravizar a população sem que eles reagem…
Magui
Concordo com você, só que o atual governo não tem muito a aprender com a China, como mostra a sua sede em acabar com os direitos dos trabalhadores, favorecendo o grande capital. No que tange aos salários, nós, trabalhadores, já somos escravizados. Agora, esta quadrilha está mexendo nos direitos trabalhista.
Agradeço sua visita e comentário.
Abraços,
Lu
Obrigada pela informação.
O artigo me ajudou bastante.
Lorenna
Que bom!
O que significa que você virá nos visitar muitas vezes, pois os assuntos aqui são bem variados.
Beijos,
Lu
Está ótimo para o meu trabalho da escola!
Nitta
Venha sempre nos visitar.
Grande beijo,
Lu