Autoria de LuDiasBH
Em 2013, a Índia comemorou sessenta e seis anos de democracia soberana. E de país subdesenvolvido vai adentrando no rol dos desenvolvidos, carregando consigo as mazelas e os pontos positivos do capitalismo. Ela faz parte do Brics (grupo formado pelo Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia).
Ainda hoje, uma imensa parte de sua população vive na pobreza extrema e são muitos os problemas a contornar, sendo os mais graves: o sistema cruel de castas, a burocracia paquidérmica, a corrupção avassaladora, o alto índice de poluição ambiental, a agiotagem, etc.
Para o turista desavisado, a visão de um trânsito caótico é o primeiro susto. Talvez seja o pior do mundo, onde riquixás, automóveis, bicicletas, motos, automóveis e outras formas esdrúxulas de transporte coabitam ao lado de vacas, macacos, porcos, búfalos, cabras e gente. A não ser os estrangeiros que levam um susto a cada metro, os indianos parecem viver na mais perfeita harmonia com o trânsito, quer seja nas cidades ou nas estradas. Tudo funciona na base da paciência.
Quem imagina que os animais carreguem um rasgo de medo está muito enganado. São uns verdadeiros paxás, donos da situação. Quem quiser que se desvie do caminho em que eles se encontram. E se você odeia buzina, marque a Índia como o último roteiro de viagem de sua vida. Imagine que ali os motoristas, em vez de escreverem nas traseiras de caminhão “Dirigido por mim, guiado por Brahma”, trazem impressa a recomendação “Please, sound horn!”, trocando em miúdos, “Buzine, quando for ultrapassar!”.
A Índia só fica atrás da China, em número de habitantes, sendo o sétimo país em extensão territorial (Rússia, Canadá, EUA, China, Brasil, Austrália). Já foi uma das grandes economias do mundo antigo, com suas famosas especiarias. Caiu em declínio, mas vem se recuperando, de modo que alguns economistas já a apontam como uma das grandes potências que se projetarão no século XXI, levando em conta o grande crescimento do mercado de tecnologia de ponta.
Contudo, ao depararmos com a pobreza extrema de grande parte dos indianos, muitos vivendo em condições subumanas, essa projeção parece meio esdrúxula a nós ocidentais. Principalmente quando pensamos num país onde a comida costuma ser servida em folhas de bananeira e consumida com a mão direita.
Pedir uma informação em qualquer lugar da Índia demanda muita coragem. Pois à vista de um estrangeiro, uma dezena de crianças miseráveis e mendigos de todo tipo rodeiam-no, no intuito de lhe tirar a última rúpia (dizem que só aceitam, no mínimo, sete rúpias). E, se os visitantes se encontram de carro, a sensação é de que esse vai ser virado, ou não se safarão daquele embaraço.
Outro ponto de notória dificuldade é decifrar se o indiano está querendo falar “sim” ou “não”. Para os ocidentais torna-se difícil interpretar as viradinhas de cabeça para um lado e para outro, dessa gente. Dizem que tal gesto pode significar “sim”/ “não”/ “talvez”/ “quem sabe”/ “não faço a menor ideia”/ “de jeito nenhum”
Nota: Imagem copiada de http://mochilandopelomundo.wordpress.com
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