A composição Luxo, Calma e Volúpia do pintor francês Henri Matisse mostra o seu interesse pelo pontilhismo (técnica neoimpressionista), mas ao contrário do pontilhismo do amigo Paul Seurat, ele usou pequenos retângulos de cor pura e não pontos. A pintura foi feita no ateliê do artista.
Matisse inspirou-se para pintar sua tela em O Ar da Tarde, de Henri Cross e No Tempo da Harmonia, de Paul Signac. O tema da obra é a harmonia presente entre o homem e a natureza, longe do corre-corre da vida urbana.
No piquenique, a senhora Matisse, assentada à esquerda da composição, na cabeceira da toalha estendida na areia, usa um vestido e chapéu de verão. Seu filho, de pé, está envolto numa toalha, enquanto cinco corpos nus jazem à volta. Três mulheres estão assentadas e outras duas de pé, sendo uma de costa para o observador e outra a estender seus longos cabelos.
Na toalha que serve de mesa, há cinco xícaras com pires, um prato com bolo e uma jarra. Em primeiro plano estão as pessoas, e, ao fundo, a natureza: céu, água e montanhas. Os dois planos estão separados pela árvore e os mastros do barco.
Tudo é simplificado na tela, a exemplo da árvore. A obra é também uma homenagem a Cézanne, a quem o artista muito admirou, numa referência clara às suas Banhistas. O quadro não foi bem aceito pela crítica, à época.
Ficha técnica
Ano: 1904
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 98,5 x 118,5
Localização: Museu d`Orsay, Paris, França
Fontes de pesquisa:
Matisse/ Abril Coleções
Matisse/ Coleção Folha
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