Mestres da Pintura – TINTORETTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Tintoretto (1518-1594), cujo nome de registro era Jacopo Robusti, nasceu e morreu na cidade de Veneza. O nome “Tintoretto” está ligado à profissão de de tintureiro de seu pai (tintore em italiano). Recebeu o apelido de “O Furioso” em razão da energia com que pintava e de seu dramático uso da perspectiva e dos efeitos da luz. Não se sabe ao certo quais foram os seus mestres, embora os nomes de Ticiano, Andrea Schiavone e Paris Bordone sejam muitas vezes citados. Cita-se, inclusive que, notando o seu dom artístico, seu pai enviou-o ao estúdio de Ticiano, ficando ele ali poucos dias em razão do gênio difícil do mestre.

No ano de 1539, aos 21 anos de idade, Tintoretto foi oficialmente registrado como pintor independente de Veneza, tendo seu próprio estúdio e passando a viver por conta própria. Era uma época em que aconteciam muitas mudanças na arte em Veneza. O estilo maneirista foi ganhando vida, assim como o conhecimento sobre a obra de Michelangelo. Tintoretto gostava sobretudo dos temas religiosos. Suas obras eram cheias de dramaticidade, como se vê em sua famosa tela intitulada São Marcos Libertando um Escravo, que apresenta cores brilhantes e textura densa em que apresenta um estilo ardente e original, vindo a figurar-se entre os grandes nomes da arte veneziana. Ao estudar seu estilo, presume-se que tenha estudado em Roma. O pintor é tido como um dos melhores retratistas de seu tempo, sendo também o mais importante nome do Maneirismo veneziano.

Tintoretto gostava de pintar milagres cristão, tendo decorado paredes inteiras em Veneza com representações dramáticas de episódios bíblicos. Ao apresentar anjos e santos em sua obra, Tintoretto normalmente os coloca flutuando. Foram pouquíssimas as cenas eróticas da mitologia pagã pintadas por ele.

O artista casou-se aos 32 anos com Faustina dei Vescovi, com quem teve filhos, sendo que dois deles também se tornaram pintores. Segundo o escritor Giorgio Vasari, “Tintoretto vivia distante das futilidades, em vista do volume de trabalho e das preocupações a que estava sujeito para desenvolver e aprimorar o seu estilo. (…) Dificilmente permitia a entrada de criados no estúdio, nem mesmo os amigos”. Ainda assim, foi amigo de Paolo Veronese, Jacopo Bassano e do escultor Alessandro Vittoria.

Fontes de pesquisa:
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Konemann
Los secretos de las obras de arte/ Editora Taschen

 

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