ARTISTAS MEDIEVAIS (Aula nº 24)

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Autoria de Lu Dias Carvalho  

                              

O conhecimento sobre os objetivos dos artistas da Idade Média é um facilitador na compreensão de suas obras. O ponto central é o entendimento de que a eles não interessava criar uma parecença convincente com a natureza ou dar vida a belas obras. Interessava-lhes tão somente repassar aos cristãos iguais a eles os conteúdos bíblicos. Exigir deles qualquer outro objetivo seria desconhecer a época em que viveram, época essa em que a fé cristã passou a assumir um papel cada vez maior no Ocidente, direcionando a vida das pessoas. Como já vimos, a arte é uma consequência dos fatos ocorridos num determinado período da história da humanidade, quer seja como adesão a esses ou como crítica.

A primeira ilustração acima intitulada “Cristo Lavando os Pés dos Apóstolos”, reproduzida de um livro dos Evangelhos que foi ilustrado (ou “iluminado”), é um exemplo do papel que os artífices medievais exerciam no que diz respeito à arte. O artista retratou a passagem bíblica (João:13, 8-9) que narra o gesto de Cristo que, após a Última Ceia, lava os pés de seus apóstolos. Ao artista somente interessou a interpretação do diálogo bíblico. Sentiu que não era necessário apresentar a sala onde a cena aconteceu, pois, conforme a visão religiosa da época, qualquer coisa que não fosse estritamente necessária desviaria a atenção dos fiéis do significado maior do acontecimento. Assim, as principais figuras são colocadas em primeiro plano, diante de um fundo dourado, plano e brilhante, retratando uma edificação, o que dá um destaque ainda maior aos gestos dos personagens da cena.

Na composição vemos a gesticulação de São Pedro, à esquerda, pedindo a Cristo que não o deixe lavar seus pés e em resposta vê o gesto sereno de seu Mestre. Atrás de Jesus encontra-se um apóstolo com uma bacia nas mãos, enquanto outro, logo atrás, descalça a sandália. Os demais discípulos, surpresos, amontoam-se atrás de S. Pedro. Todos os olhares dos personagens convergem para o centro da cena, onde se encontra Jesus, com a finalidade de mostrar que ali acontece algo de grande importância. Ao pintor não interessou o formato estranho da bacia, tampouco a elevação esquisita da perna de S. Pedro, a fim de mostrar o pé fora da água. Tudo tinha como único objetivo repassar a mensagem de humildade ensinada por Jesus Cristo.

A segunda ilustração também apresenta um lava-pés num vaso grego, pintado no século V a.C. Trata-se do herói grego Ulisses que, após 19 anos ausente de seu lar, volta para casa disfarçado de mendigo, carregando um cajado, alforje e tigela, mas é reconhecido por sua velha ama, enquanto lhe lava os pés, após ver que sua perna direita trazia a cicatriz de um antigo ferimento. Ao analisarmos as duas cenas, concluímos que foi na Grécia Antiga que se deu vida à arte de representar as “atividades da alma”, ou seja, a possibilidade de o artista expor seus sentimentos e emoções. E foi exatamente essa herança grega que permitiu que os artistas que serviam à Igreja medieval fossem capazes de também mostrar as “atividades da alma”.

As obras de escultura pertinentes à Idade Média também apresentam a mesma clareza do conteúdo vista na pintura, como mostra a terceira ilustração intitulada “Adão e Eva depois da Queda”, presente numa parte saliente de uma porta de bronze, sob encomenda de uma igreja alemã, e criada pouco depois do ano 1000 d.C. (séc. X). A cena apresenta Deus aproximando-se de Adão e Eva após a queda. Contém apenas as imagens necessárias para contar a história. Nada há que desvie a atenção do observador. Os gestos são precisos: Deus aponta para Adão que aponta para Eva que aponta para a serpente. A transferência da culpa e a origem do pecado ficam claras numa cena tão simples. Nem mesmo notamos a falta de proporções entre as figuras e a feiura vistas nos corpos dos dois desobedientes.

Ainda que seu trabalho predominante fosse na arte religiosa, os artistas medievais também trabalhavam para os barões e senhores feudais, construindo castelos e decorações. Acontece, porém, que os castelos eram destruídos nas guerras, enquanto as igrejas ficavam a salvo. Havia maior cuidado e ardor com a arte religiosa, enquanto as decorações de aposentos privados passavam por constantes trocas, muitas vezes sendo jogadas fora. Um exemplo de decoração que chegou até os nossos dias é a famosa tapeçaria Bayeux.

Exercício

  1. Qual era o objetivo do artista medieval? Por quê?
  2. Por que as obras religiosas resistiram ao tempo e os castelos e as decorações não?
  3. Anônimo: A TAPEÇARIA DE BAYEUX

Ilustração: 1. Cristo lavando os pés dos apóstolos, c.1000 d.C. / 2. Ulisses reconhecido por sua velha ama, séc. V a.C. / 3. Adão e Eva depois da queda, c.1015 d.C.

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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MESTRES ANTIGOS E ORIGINALIDADE (Aula nº 23)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                                                    

Os mestres do passado — egípcios, chineses ou bizantinos —, em sua maioria, não traziam consigo a noção de “originalidade” como vemos hoje. Um artista medieval da Europa Ocidental não seria capaz de compreender o porquê de se inventar maneiras diferentes para construção de uma igreja ou de representar as Escrituras Sagradas, por exemplo, se as existentes serviam prontamente para tais fins. Tampouco ele se sentiria incomodado ao ter que representar algo em conformidade com o que já havia sido feito. Um mecenas medieval, ao fazer uma encomenda, não queria que ela fugisse ao senso comum, ou seja, ao modo como vinha sendo representada. Não lhe interessava a criatividade do artista, mas que executasse a obra o mais parecida possível com as já existentes. Assim sendo, a criatividade era pouca exigida do artista. As duas ilustrações acima, às quais chamaremos de “A” e “B”, explicam melhor o assunto.

A ilustração “A” refere-se a uma página de uma Bíblia cristã, criada na corte do imperador medieval Carlos Magno. Apresenta a figura de São Mateus a escrever o Evangelho, pois era comum que livros gregos e romanos retratassem o autor na folha de rosto. A imagem do evangelista escrevendo tinha que ser uma cópia o mais fiel possível daquela já conhecida. O corpo do santo apresenta-se envolvido em uma toga branca em conformidade com a maneira clássica. Sua cabeça está modelada em várias tonalidades de luz e cor. Essa observância mostra-nos que o artista medieval preocupou-se muito em apresentar uma composição bem feita de um modelo já conhecido e venerado. Enquanto isso, o pintor da ilustração “B” provavelmente tinha diante de si o mesmo modelo antigo, ou muito parecido, de São Mateus, relativo aos primeiros templos cristãos, o mesmo que usara o pintor da ilustração “A”.

A ilustração “B” apresenta o evangelista sentado, segurando um tinteiro de chifre na mão esquerda que repousa sobre um suporte medieval apropriado para a escrita, enquanto segura uma pena com a direita. Apesar de diferentes, as duas ilustrações retratam o mesmo tema: São Mateus a escrever o Evangelho. Contudo, algo muito especial difere uma composição da outra — a originalidade. Enquanto o pintor da ilustração “A” tentou ser fiel ao modelo original o máximo que podia, o da figura “B” buscou representar o santo de uma maneira diferente, o que era extravagante para sua época. Ele retratou o evangelista de acordo com a sua percepção, sem nenhum compromisso com a fidelidade ou com a tradição cristã.

O fato de o criador da figura “B” não limitar sua composição a uma mera cópia, mas, sim, transmitir através dela seu sentimento e devoção, não pode classificá-lo como um pintor ruim, incapaz de reproduzir o modelo que certamente lhe fora apresentado na encomenda. Tampouco a representação de São Mateus com olhos arregalados e mãos imensas faz dele um pintor ignorante ou inepto. Seu objetivo, ainda que fugisse à regra comum à época, era o de que o santo repassasse uma expressão de intensa concentração, imbuído que estava da importância de seu trabalho. Essa tensão é repassada através do modo como pintou a túnica e o fundo da composição, desenhando linhas sinuosas e dobras ondulantes. Ao fugir da cópia, buscando a originalidade, artistas como o da ilustração “B” tornaram-se os responsáveis pelo surgimento de novos estilos e, no caso em questão, por um novo estilo medieval.

O Prof. E. H. Gombrich escreveu com propriedade que “os egípcios haviam desenhado principalmente o que sabiam existir, os gregos o que viam e na Idade Média o artista aprendeu também a expressar em sua composição o que sentia”.

Exercício

  1. Que tipo de artistas foram importantes no surgimento de novos estilos?
  2. Qual das duas pinturas o impressionou mais? Por quê?
  3. Explique com suas palavras a frase do Prof. Gombrich.

Ilustração: 1. São Mateus, c. 800 d.C. / 2. São Mateus, c. 830 d.C.

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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VIAJANDO PELA HISTÓRIA DA ARTE (Aula nº 22)

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Autoria de Lu Dias Carvalho    

(Clique em cima da figura para ampliá-la.)

 O estudo da História da Arte exige o conhecimento dos períodos da História, ou seja, a  divisão criada pelos historiadores no que diz respeito às épocas, a fim de facilitar a compreensão e análise dos acontecimentos históricos e, como consequência, as mudanças ocasionadas na arte. Tal periodização não é consenso entre eles, mas é a que usaremos em nossas aulas por serem as mais seguidas. Diz respeito às seguintes fases: Pré-História, Idade Antiga (ou Antiguidade), Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Segundo o Prof. E. H. Gombrich, “as datas são cabides indispensáveis para pendurar a tapeçaria da história”, por isso, postei à direita, no final da página principal de nosso blogue, um esquema bem explicativo dessas épocas com suas subdivisões, mostrando quando começaram e terminaram cada uma delas, de acordo com a visão da maioria dos historiadores. Sempre que houver necessidade de maior compreensão, revejam-nas.

Em nossa viagem pela História da Arte já passamos pela Pré-História, quando tivemos contato com as pinturas rupestres. A seguir navegamos pela Idade Antiga, também conhecida como Antiguidade, período que nos reportou à arte do Egito, da Grécia, da Roma Antiga e de Bizâncio — cidade que recebeu o nome de Constantinopla em homenagem ao Imperador Constantino e atualmente é conhecida como Istambul, situando-se na Turquia. A partir de agora iremos estudar a arte da Idade Média que é dividida pelos historiadores em duas fases: Alta Idade Média e Baixa Idade Média.

Durante a Alta Idade Média a Europa passou por grandes mudanças em razão, sobretudo, do esfacelamento do Império Romano. O feudalismo teve seu início, o cristianismo espalhou-se pela Europa ocidental e o Império Bizantino transformou-se numa grande potência. Na Baixa Idade Média o feudalismo alcançou o seu auge. Grandes transformações surgiram em razão do renascimento urbano e comercial, com o surgimento de técnicas que propiciavam maior produtividade relativas às colheitas.  Também aconteceram as Cruzadas — tentativa dos cristãos em recuperar o domínio sobre a Terra Santa que se encontrava em mãos dos muçulmanos. No primeiro período da Idade Média diferentes tribos (godos, saxões, vikings, etc.) destroçaram a Europa em razão da fragmentação do Império Romano do Ocidente, destruindo tudo que encontravam e saqueando as riquezas, enquanto formavam novos reinos, usando a estrutura deixada pelo outrora poderoso império.

Essas tribos eram chamadas de “povos bárbaros” por aqueles que prezavam as criações gregas e romanas na literatura e na arte. O que não significa que não possuíssem uma arte própria. Elas contavam com artistas hábeis e experientes, principalmente na criação de obras de metal maravilhosamente trabalhadas. Eram também habilidosos entalhadores. De sua arte fazem parte complexos padrões que abrangiam corpos contorcidos de dragões ou de aves enlaçadas. É possível que tais imagens tivessem ligações com a prática de magias e de exorcismo de espíritos. A arte produzida por essas tribos trouxe novas influências para a arte ocidental, fazendo surgir algo novo.

A Idade Média foi também chamada de “Idade das Trevas” — termo que deriva do latim (hoje língua morta) “saeculum obscurum” — pelos humanistas do século XVII, pois, segundo a análise feita por eles, não passou de um tempo de ruínas e flagelos para a humanidade. É fato que esses séculos foram muitas vezes caóticos, marcados por constantes levantes, motins e guerras, forçando as migrações das pessoas de um lado para outro do continente europeu, surgindo daí inúmeras diversidades tanto entre as classes sociais como entre os povos. As pessoas mostravam-se perdidas em meio ao obscurantismo da época, uma vez que o conhecimento era precário em quase todos os campos e as multidões pobres eram também analfabetas. Ainda assim houve progresso no campo das artes, por exemplo.

Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média foram terríveis. O século XIV foi um dos piores no que diz respeito aos acontecimentos catastróficos. Foi caracterizado pelo surgimento de uma crise sem limites, ocasionada pelas guerras que aniquilavam tudo, gerando carestias e fome, o que culminou com a terrível Peste Negra — surto de peste bubônica que matou um terço da população europeia entre 1347 e 1350. Houve também o chamado Grande Cisma do Ocidente — crise religiosa ocorrida no seio da Igreja e que ocasionou inúmeras guerras entre estados. A vida cultural desse período foi dominada pela escolástica (filosofia que buscava unir a fé à razão) e pela fundação das primeiras universidades. Dentre os mais importantes feitos dessa época encontram-se a obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante Alighieri e Geoffrey Chaucer, as viagens de Marco Polo e a construção das suntuosas catedrais góticas.

Obs.: As abreviações a.C. (ou A.C.)  e d.C. (ou D.C.) significam respectivamente: “antes de Cristo” e “depois de Cristo”. As datas relativas ao tempo antes de Cristo obedecem a uma ordem decrescente e as relativas ao tempo depois de Cristo obedecem a uma ordem crescente. A abreviação A.D. (Anno Domini) refere-se à expressão latina que significa “Ano do Senhor”, utilizada para marcar os anos seguintes ao ano 1 do calendário mais comumente utilizado no Ocidente, designado como “Era Cristã” ou ainda, como “Era Comum” que se refere ao ano de nascimento de Jesus Cristo (ver ilustração acima). Outro ponto importante é aprender a relação entre século em numeral e em algarismos romanos. Veja a tabela na página principal do blogue, à direita, acima dos períodos históricos.

Exercício

  1. Quais são os períodos da História e em qual deles o mundo se encontra?
  2. Quais tipos de arte estudamos na Idade Antiga?
  3. Por que o século XIV (Idade Média) foi um dos mais brutais para a humanidade?

Fonte de pesquisa
A História da Arte / Prof. E. H. Gombrich

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Ribera – SÃO JERÔNIMO E O ANJO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Jusepe de Ribera (1591 – 1652) embora tenha nascido na Espanha mudou-se muito jovem para a Itália, tendo, portanto, dupla nacionalidade, sendo reivindicado pelos dois países. Entre os italianos recebeu o apelido de “Lo Spagnoletto” (O Espanholinho) em razão de sua pequena estatura. Foi influenciado pela arte de Corregio e de Caravaggio. Foi muito admirado pelos patronos e colecionadores espanhóis, sendo tido como um dos mais famosos pintores espanhóis do século XVII, embora não tenha voltado ao seu país de origem. Pintou, sobretudo, obras religiosas. Foi professor de Luca Giordano, entre outros.

A composição intitulada São Jerônimo e o Anjo é uma ambiciosa obra do artista. Tinha por finalidade ornamentar a Santa Trinità delle Monache (antigo mosteiro e igreja no centro de Nápoles/Itália, fundado no início do século XVII. Serve hoje como hospital militar. As pinturas de Juseppe Ribera para a igreja foram transferidas para o Museu de Capodimonte). Tinha como fonte uma gravura do próprio artista — água-forte executada em c. 1621 — alterada apenas para fortalecer o impacto dramático do anjo.

A pintura mostra o grau de maturidade técnica adquirida pelo artista, como atesta a textura de suas pinceladas em toda a tela. Outra maravilha da obra diz respeito ao forte contraste entre luz e sombra, responsável por dar a impressão de que os objetos bidimensionais pareçam irromper da tela. O lençol vermelho colocado sobre as pernas do santo acentua a dramaticidade da cena.

A cena apresenta a aparição de um anjo a São Jerônimo — teólogo, escritor, filósofo e historiador e doutor nas Sagradas Escrituras — diante de sua caverna no deserto. Ele se encontrava fazendo a tradução da Bíblia, mostrada como um pergaminho no chão à sua frente, tendo ao lado uma pena branca. O ser alado toca a trombeta do Juízo Final, fazendo com que o santo, ajoelhado e descalço que vivia em oração, meditação e jejum desvie a atenção de seus estudos.

O santo é apresentado com uma barba branca, representativa de sua idade avançada e sabedoria. Os livros ali presentes simbolizam seu título de doutor da Igreja em razão dos escritos que fez. A pena no chão simboliza o trabalho de tradução das Sagradas Escrituras — foi o primeiro a traduzi-las para o latim (Vulgata = uso comum), versão usada até nossos dias. Nesta obra não há a presença do leão ao seu lado — um de seus atributos — que tem dupla significação: a primeira deve-se ao fato de o santo ter tratado da pata ferida do animal que trazia um espinho. O segundo diz respeito à simbologia do próprio animal — simboliza o próprio Cristo, por causa de sua majestade, força e serenidade. Jesus é chamado de o “Leão da Tribo de Judá”. O crânio diante dele simboliza a morte para o mundo e para os prazeres mundanos e passageiros.

Ficha técnica
Ano: 1626
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 262 x 164 cm
Localização: Museu e Galeria Nacional de Capodimonte, Nápoles, Itália

Fontes de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
https://cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-sao-jeronimo/144/103/#c

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TESTE – HISTÓRIA DA ARTE (MÓDULO II)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

  1. (Aula 12) Atenas era a mais conhecida e importante cidade grega em relação à arte, sendo responsável pelos primeiros passos de uma técnica que viria a fazer toda a diferença na história da arte: …………… (desenho ou pintura que reproduz seus motivos em escala menor, segundo as normas da perspectiva).

    1. sfumato
    2. escorço
    3. chiaroscuro
    4. têmpera

  2. (Aula 12) Ao compararmos os artistas gregos com os egípcios, afirmamos que:

    1. Os egípcios tomavam o conhecimento que tinham como incompleto.
    2. Os egípcios não seguiam as normas preestabelecidas.
    3. Os gregos acrescentavam ao que aprendiam suas próprias experiências.
    4. Os gregos deixavam claro que a criatividade tinha seus limites.

  3. (Aula 13) A fim de que arte grega garantisse seu ideal de beleza, os gregos criaram um Cânone sobre as proporções entre as partes do corpo humano, o que exerceu influência sobre a futura geração de escultores, ao assegurar que se obtinha a perfeição da forma através de relações numéricas precisas, tomando como base as figuras geométricas simples. Uma dessas regras mais conhecidas rezava que a altura do corpo humano deveria corresponder a…..

    1. sete vezes a altura da cabeça.
    2. cinco vezes a altura da cabeça.
    3. oito vezes a altura da cabeça.
    4. seis vezes a altura da cabeça.

  4. (13/link) ……….. é tida como uma das mais belas obras da escultura helenística, sendo vista como “o ícone prototípico da agonia humana” na arte ocidental, uma vez que, ao contrário dos martírios apresentados na arte cristã, esse não possui redenção ou qualquer outra forma de recompensa.

    1. O Lançador de Discos
    2.  Vênus de Milo
    3. A Pietá de Michelangelo
    4. Laocoonte e seus Filhos

  5. (Aula 14) O Império Romano foi erguido sobre as ruínas dos reinos helênicos (ou helenísticos). A civilização helenística foi, portanto, a soma da união de diversas sociedades com a predominância da grega, persa e egípcia. Sua arte escultórica era dotada de fortes emoções ou movimentos bruscos, efeitos que os artistas helenísticos conseguiam obter através….

    1. do uso do uso de cores vibrantes em excesso.
    2. de poses retorcidas ou de aprimorados drapeados.
    3. do uso do Cânone criado pelo escultor Policleto.
    4. de poses eretas copiadas dos artistas egípcios.

  6. (Aula 14) A maior parte dos artistas que exerciam sua profissão em Roma era grega, mas, quando Roma passou a ser a mandachuva do mundo, as coisas mudaram no que diz respeito à arte. Os artistas foram obrigados a adequar-se às imposições de seus mandantes, pois lhes foram destinadas tarefas diferentes das que executavam. O campo da …………… foi aquele que teve maiores realizações.

    1. engenharia civil
    2. arquitetura
    3. arte pictórica
    4. arte estatuária

  7. (Aula 15) Os romanos eram um povo de caráter prático que possuía uma maneira peculiar de narrar os feitos de seus heróis. Contavam a história de suas campanhas militares e apregoavam suas vitórias numa espécie de crônica ilustrada, como mostra …………., o que contribuiu para alterar a tendência da arte, levando a expressão dramática a sobrepor-se à harmonia e à beleza.

    1. os Arcos Triunfais
    2. o Panteão
    3. a Coluna de Trajano
    4. o Palácio Augustano

  8. (Aula 15) Os artistas romanos aprenderam muito com a arquitetura ……….. e fizeram uso de tudo que lhes interessava, o mesmo aconteceu nos demais campos da arte.

    1. egípcia
    2. persa
    3. mesopotâmica
    4. grega

  9. (Aula 16) No que diz respeito ao início da arte cristã, apenas uma das alternativas abaixo é falsa:

    1. Suas obras mais primitivas jamais representam Jesus Cristo em pessoa.
    2. Seus artistas conheciam os métodos da pintura helenística achada em Pompeia.
    3. Aos pintores cristãos interessava representar a figura humana com precisão.
    4. O objetivo de sua pintura era didático, servindo aos interesses da Igreja.

  10. (Aula 16) Em relação à pintura “Três Homens na Fornalha Ardente”, obra primitiva da arte cristã, não está correto dizer que:

    1. Refere-se à história bíblica de Daniel.
    2. A cena cristã pintada objetivava agradar o pintor.
    3. A figura dos três homens é extremamente tosca.
    4. O pintor se preocupou em dar clareza à obra.

  11. (Aula 17) Inicialmente as obras de arte dos cristãos eram portáteis ou ocultadas dos censores nas …………….. (galerias escavadas no subsolo, onde os primeiros cristãos eram sepultados, ali também se realizavam rituais fúnebres e muitas vezes serviram de esconderijo secreto dos cristãos).

    1. catacumbas
    2. zigurates
    3. pirâmides
    4. grutas

  12. (Aula 17) A arte cristã no Ocidente apareceu antes que o cristianismo viesse a tornar-se oficial. As paredes das galerias escavadas continham imagens simples que diziam respeito a uma simbologia própria dos cristãos. As obras mais ousadas da arte cristã em seus primeiros tempos eram inspiradas em modelos clássicos, a exemplo de ………….., obra inspirada em estátuas clássicas do deus Mercúrio.

    1. O Bom Cristão
    2. A Fornalha Ardente
    3. Caminhos da Salvação
    4. O Bom Pastor

  13. (Aula 18) Todas as afirmativas sobre os templos cristãos, após o cristianismo tornar-se a religião oficial do Império Romano estão corretas, exceto:
    1. Os templos que já possuíam eram  pequenos e simples para serem usados.
    2. Os templos pagãos eram diminutos, abrigavam apenas a estátua de um deus.
    3. Eram necessários espaços grandes, mesmo os adeptos sendo poucos.
    4. Os grandes salões tornaram-se conhecidos pelo nome de “basílica”.

  14. (Aula 18/link) No Brasil só os iniciados sabem o que é …………., o tipo iconográfico mais propagado e um dos mais significativos para a fé cristã, aquele que apresenta Jesus Cristo como Mestre Soberano de todas as coisas.

    1. O Bom Pastor
    2. O Cristo Pantocrator
    3. O Mestre dos Mestres
    4. O Cristo Primitivo

  15. (Aula 19) A arte bizantina (oriunda de Bizâncio) foi célebre na produção de ……… que reproduziam composições sacras.

    1. mosaicos
    2. vitrais
    3. afrescos
    4. têmperas

  16. (Aula 19/link) A cor azul já ocupou um dos piores lugares na paleta de cores, retroagindo ao primeiro século após o nascimento de Cristo, época em que nenhuma pessoa importante usaria um manto azul. A partir de 1200 d.C., essa cor tomou seu lugar de majestade ao ser usada nas vestes ………….

    1. de Jesus Cristo.
    2. da família real.
    3. da aristocracia.
    4. da Virgem Maria.

  17. (Aula 20) Os artífices do Oriente precisavam encontrar uma saída para expandir sua criatividade. Se não podiam representar figuras humanas, teriam que trabalhar com padrões e formas. Foi exatamente o que fizeram, criando magníficos ………… rendilhados nos mais variados padrões decorativos.

    1. mosaicos
    2. tapetes
    3. arabescos
    4. vitrais

  18. (Aula 20/link) Todas as afirmações sobre a “arte degenerada”, assim chamada por Hitler, estão corretas, exceto:

    1. Durante a II Guerra Mundial Hitler roubou as obras de arte de vários países.
    2. A “Lança de Longino”, usada para perfurar S. Pedro, também foi afanada.
    3. O ditador alemão nutria grande aversão pela arte moderna.
    4. Após sete décadas 1400 obras foram encontradas num sujo apartamento.

  19. (Aula 21) Todas as afirmações sobre a arte chinesa estão corretas, exceto:

    1. Os chineses eram exímios na técnica de fundir o ouro, criando vasos que remetem ao primeiro milênio antes de Cristo.
    2. Presume-se que alguns mestres chineses criam que a arte era um meio de lembrar ao povo os exemplos de virtude que existiam em eras passadas.
    3. As pinturas dos artistas chineses eram feitas em rolos de seda que eram guardados com o maior zelo em recipientes especiais e valiosos.
    4. Era comum aos artistas chineses o fato de escreverem alguns versos junto à composição no mesmo rolo de seda.

  20. (Aula 21/link) Os Guerreiros de Terracota — enterrados em valas entre três trincheiras — tinham a missão de “proteger” …………… de Quin Shi Huangdi.

    1. a vida terrena do imperador
    2. os ancestrais do imperador
    3. os soldados do imperador
    4. o reino subterrâneo imperial

Gabarito (Módulo II)


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Ribera – SILENO EMBRIAGADO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Jusepe de Ribera (1591 – 1652) embora tenha nascido na Espanha mudou-se muito jovem para a Itália, tendo, portanto, dupla nacionalidade, sendo reivindicado pelos dois países. Entre os italianos recebeu o apelido de “Lo Spagnoletto” (O Espanholinho) em razão de sua pequena estatura. Foi influenciado pela arte de Corregio e de Caravaggio. Foi muito admirado pelos patronos e colecionadores espanhóis, sendo tido, portanto, como um dos mais famosos pintores espanhóis do século XVII, embora não tenha voltado ao seu país de origem. Pintou, sobretudo, obras religiosas. Foi professor de Luca Giordano, dentre outros.

A composição intitulada Sileno Embriagado é uma ambiciosa obra do artista, tendo sido reproduzida em uma gravura dois anos depois, recebendo algumas mudanças em relação à pintura e sendo tido como um dos mais importantes trabalhos do artista como gravador. Alguns dizem que esta pintura foi encomendada pelo mercador flamengo Gaspar Roomer — ávido colecionador de quadros que adquiriu sete obras de Ribera — sendo também responsável pela escolha do tema. Outros, no entanto, dizem que ele a comprou do pintor Giacomo de Castro, alguns anos depois da morte do pintor. É uma das poucas telas do artista espanhol representando um tema da Antiguidade.

A cena mostra uma celebração em homenagem ao deus Baco. Sileno encontra-se em primeiro plano, nu, com uma folha de parreira a cobrir-lhe a genitália. Está reclinado ao lado de uma grande cuba de madeira (usada para espremer a uva na safra), ostentando uma barriga protuberante e flácida. Seu corpo — esparramado num pano que cobre o chão — está virado para o observador, mas sua cabeça encontra-se voltada para o sátiro que enche sua concha com o vinho que sai de um saco de pele que carrega no ombro.

O deus Pan — com orelhas, chifres e cascos de cabra — encontra-se à direita da tela. Ele coroa Sileno com uma guirlanda de folhas de videira. Ao lado dele são vistos alguns objetos relativos a ele: uma corda, alusiva ao pastoreio de ovelhas, uma tartaruga (símbolo da preguiça) e uma concha (símbolo que anuncia a morte). A cobra que se encontra no canto inferior à direita é o símbolo da sabedoria. Ela morde um pergaminho onde se encontra a assinatura do artista e a data da obra (Josephus de Ribera, Hispanus, Valentín / et academicus Romanus faciebat / partenope 1626).

A cabeça de uma ninfa aparece logo atrás de Pan, sendo olhada com desejo por Apolo (ou seria Priapo?) à sua direita. Um pequeno e alegre sátiro é visto na parte direita da tela, sentado, trazendo um copo de vinho na mão direita. Atrás dele um burro está a zurrar — animal associado a Sileno — dando um toque de comédia à cena.

Sileno, segundo a mitologia grega, era professor e companheiro fiel de Dionísio (deus do vinho, possuidor dos conhecimentos e segredos do plantio e colheita da uva, equivalente na mitologia romana a Baco). Gostava muito de beber vinho, sendo representado quase sempre bêbado, carregado pelos sátiros ou por um burro. Quando se encontrava sob o efeito do álcool, adquiria grandes conhecimentos e passava a ter o dom da profecia.

Ficha técnica
Ano: 1626
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 185 x 229 cm
Localização: Museu e Galeria Nacional de Capodimonte, Nápoles, Itália

Fonte de pesquisa
Pintura na Espanha/ Cosac e Naify Edições
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://es.wikipedia.org/wiki/Sileno_ebrio
https://cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-sao-jeronimo/144/103/#chttps://arte.laguia2000.com/pintura/sileno-ebrio-ribera

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