BINHO RIBEIRO NO BECO DO BATMAN

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Autoria de Marlene Francisco

Um dos pioneiros do grafite na América Latina, Binho Ribeiro inaugura exposição interativa e divertida para celebrar seus personagens old school mais icônicos que já rodaram mais de 40 países do globo. A Mostra é gratuita e acontece de 25 de junho a 25 de julho no Espaço Cultural Alma da Rua (Vila Madalena-SP).

“Dr. Barata, Jorge”, “A Tartaruga” e “Tubarone” são apenas três da larga coleção de personagens criados pelo artista e produtor cultural Binho Ribeiro em décadas de trabalho que ocupam tanto as ruas quanto galerias do mundo todo. Agora, reunidos em diversos cenários, os animais fantásticos compõem a mostra interativa batizada de “The Gang!” que acontece de 25 de junho a 25 de julho no Espaço Cultural Alma da Rua.

Vinda diretamente de Los Angeles (EUA), onde foi exposta por uma temporada, a mostra traz  20 obras cheias de história e ganha seis trabalhos inéditos, além de montagem interativa com obras flutuantes e backdrop para fotos com a “gangue” e seu universo mágico.

Ainda com ar de lançamento, os visitantes do vernissage poderão levar para casa o livro “Binho – The Graffiti Ambassador” autografado.  A publicação é uma edição de luxo, numerada, capa dura e com mais de 300 páginas com fotografias coloridas de registros da trajetória do artista. Além do livro, também estarão disponíveis uma série de produtos personalizados com trabalhos do artista.

“Cada personagem nasceu em um momento especial e tem suas características individuais e situações em que começaram a fazer parte do meu universo, contando histórias, superando desafios e vivendo fantasias”, explica Binho. “É uma grande satisfação ver o grupo reunido nesta exposição, trazendo a certeza de que sempre estive bem acompanhado”, completa.

ESPAÇO CULTURAL ALMA DA RUA

Localizada no coração da arte de São Paulo, revela-se como um novo ponto de encontro de artistas na Vila Madalena, junto ao Beco do Batman. Visando ser um centro gerador e articulador de arte urbana, expõe obras e gravuras de artistas conceituados da velha e da nova cena da rua, frutos da coleção do sócio fundador Tito Bertolucci. O espaço foi pensado para integrar, conectar, aproximar, sobretudo para mostrar que a arte acontece no cotidiano.

SERVIÇO
The Gang!, de Binho Ribeiro
Local                   Espaço Cultural Alma da Rua
Endereço           Rua Gonçalo Afonso, 96. Vila Madalena.
Visitação            25 de junho a 25 de julho, 2019.
Horário              De terça a domingo, das 11h às 19h.
Entrada Gratuita
Cachorros são bem-vindos!
Informações sobre o espaço     https://www.facebook.com/almadaruacult/

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Longhi – O RINOCERONTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O artista italiano Pietro Longhi (1702 –1785) era filho de um ourives. Iniciou sua carreira como pintor de temas religiosos e pinturas históricas. Seu primeiro mestre foi Antonio Balestra, vindo a trabalhar mais tarde com Giuseppe Maria Crespi – sua fonte de inspiração em relação ao estudo da natureza e dos temas de gênero. Pintor de retratos e de cenas de gênero do Rococó veneziano, Longhi também se tornou conhecido por pequenas pinturas, imagens religiosas e pinturas históricas.

A composição intitulada O Rinoceronte é uma obra do artista que era dono de um fino humor. Um grupo de sete pessoas encontra-se numa exposição, de pé em bancos de madeira, numa formação quase triangular, com o objetivo de observar o animal que come tranquilamente sua ração. Trata-se de um rinoceronte fêmea de nome Clara. O animal aparenta estar deprimido por se encontrar longe de seu habitat, pois fora trazida para a Europa (em 1741) por um capitão holandês, tendo sido exibido em outras cidades europeias.

O público não se mostra surpreso, pois ninguém o observa. Todos trazem o olhar direcionado para algo diferente. Três dos presentes fazem uso de máscaras de Carnaval (a exposição aconteceu na época do Carnaval em Veneza). O responsável pela exibição traz na mão levantada o chifre do animal e um chicote. Ele é o único a mostrar relação com o rinoceronte em exposição e o público. A mulher elegante – usando um xale de renda escuro debruado a ouro – é Catherine Grimani. Ela olha diretamente para o observador. O mascarado à sua esquerda é seu marido John Grimani – o comissário da pintura. À direita deles está o criado, olhando diretamente para frente. Nem mesmo a garotinha ali presente importa-se com Clara.

O homem vestindo um manto vermelho e fazendo uso de um cachimbo de barro olha para baixo, perdido em seus próprios pensamentos. Acima dele, o artista pintou um aviso de pergaminho sobre a pintura, dizendo: “Verdadeiro Retrato de um Rinoceronte realizado em Veneza ano 1751: feito para mão por Pietro Longhi Comissões S de Giovanni Grimani Servi Patrick Veneto “.

Obs.: segundo notas históricas, o chifre não foi cortado, mas caiu em razão da fricção contínua com a gaiola.

Ficha técnica
Ano: c. 1751
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 62 x 50 cm 
Localização: Ca’ Rezzonico, Veneza, Itália

Fontes de Pesquisa:
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Rococó/ Editora Taschen
https://mydailyartdisplay.wordpress.com/2011/07/26/the-rhinoceros-by-pietro-longhi/

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Joachim Patenier – O BATISMO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição denominada O Batismo de Cristo é uma obra do pintor Joachim Patenier (c.1485 – 1524), também conhecido como Joachim Patinir, que foi um grande mestre em Antuérpia. É tido como o pioneiro na pintura de paisagens na arte ocidental. O artista gostava de apresentar detalhadas descrições pictóricas com vários elementos naturais como rochedos, florestas, rios, mares. Trata-se de uma de suas poucas telas sobreviventes e assinadas por ele, sendo um de seus trabalhos mais conhecidos.

A tela mostra Cristo, imerso na água até quase os joelhos, sendo batizado por João Batista, ajoelhado sobre um rochedo onde se encontra o manto azul de Jesus. O Mestre encontra-se de frente para o observador, enquanto João Batista é visto de perfil. As duas figuras são rígidas e bem convencionais.  Em meio a uma nuvem azulada está a figura de Deus Pai, banhado em luz, apontando para a pomba branca, logo abaixo, simbolizando o Espírito Santo. Ela paira acima da mão de João Batista e a cabeça de Cristo.

Um grupo é visto em segundo plano, à esquerda, ouvindo o sermão de João Batista. Cristo é também repetido. Sua pequena figura encontra de pé em meio à vegetação, usando um manto azul, observando a cena de longe.

A paisagem meio sobrenatural, unida por uma inteligente modulação de cores, é preponderante na pintura, ocupando a maior parte da tela.

Ficha técnica
Ano: 1510-1520
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 59,7 x 76,3 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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A ALIMENTAÇÃO NO COMBATE AO TAG

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) é um distúrbio que, segundo o manual de classificação de doenças mentais – DSM. IV – caracteriza-se pelo excesso de preocupação ou expectativa apreensiva. Trata-se de uma das doenças mentais que mais crescem em todo o mundo. Dentre os seus sintomas mais comuns podem ser listados: dificuldade de concentração, irritabilidade, inquietação, fadiga, tensão muscular, taquicardia, palpitações, falta de ar, aperto no peito, sudorese e perturbação do sono. Esses sintomas variam de uma pessoa para outra. Os portadores de tal transtorno possuem um nível alarmante de ansiedade que não corresponde aos acontecimentos responsáveis por gerá-lo. Esse transtorno muitas vezes aparece sem nenhum motivo aparente.

O transtorno da ansiedade generalizada não respeita idade ou gênero, podendo afetar pessoas de todas as idades, desde criança à velhice. As mulheres normalmente são um pouco mais vulneráveis ao TAG do que os homens. O diagnóstico médico é muito importante, pois os sintomas de tal transtorno são comuns a muitas outras doenças. Uma vez diagnosticado o transtorno – diagnóstico feito através de uma avaliação criteriosa – o doente será orientado por seu médico quanto ao tratamento, sendo que, na maioria das vezes, terá que fazer uso de antidepressivos por um determinado tempo. Deve também ser alertado para o fato de que deve seguir corretamente a prescrição médica, jamais interrompendo o tratamento sem o aval do médico, pois a retirada do medicamento não pode ser súbita.

O Dr. Dráuzio Varella alerta: “Se você é visto como alguém de estopim curto que anda sempre com os nervos à flor da pele e tem muita dificuldade para relaxar, provavelmente chegou a hora de procurar um médico para avaliar esse estado permanente de tensão e ansiedade. Se você cobra muito de si mesmo, está sempre envolvido em inúmeras tarefas e pressionado pelos compromissos, tente pôr ordem não só na sua agenda, mas também na sua rotina de vida, sem se esquecer de reservar um tempo para o lazer. Se não conseguir sozinho, não se envergonhe, peça ajuda”. Quanto mais cedo houver a busca por ajuda, menor será o sofrimento do portador do TAG.

A alimentação desempenha vital importância no combate ao TAG, assim como pode contribuir para estimulá-lo. Se ela sozinha não é capaz de curar a ansiedade, seu uso adequado é responsável por amenizá-la e muitas vezes impedir que surja. Os ansiosos, portanto, devem ter cuidado com aquilo que lhes entra pela boca. É sabido que bebidas que contêm cafeína – alcaloide psicoestimulante –, como café, chá-mate, chá-verde, erva-mate, chá-preto e refrigerantes contribuem para o aumento da ansiedade. A nutricionista Isabella Correia adverte: “A cafeína estimula o sistema nervoso, eleva o hormônio do estresse – o cortisol – e diminui a produção de serotonina no cérebro. Como consequência aumenta a tensão, a irritabilidade, o estresse, as dores de cabeça, a ansiedade e a compulsão por doce.”. No entanto, existem alimentos e substâncias que ajudam a combater o TAG. Vejamos alguns:

1. Chás – existem muitos chás (valeriana, folhas de maracujá, camomila, erva-cidreira, melissa, etc.) que contêm substâncias que acalmam e relaxam os músculos, diminuindo a ansiedade. 2. Peixes – aqueles que contêm ômega 3 e vitaminas do complexo B (atum, salmão, sardinha, etc.) são importantíssimos para a saúde do cérebro.

3. Chocolate – os seus flavonoides – que são um antioxidante – ajudam na produção de serotonina. Mas isso somente nos chocolates com uma alta concentração de cacau (a partir de 70%), de preferência sem açúcar.

4. Verduras verde-escuras (principalmente espinafre) – contêm ácido fólico, uma vitamina do complexo B que também ajuda na produção de serotonina.

5. Vitamina C – presente nas frutas cítricas, como laranja, acerola, caju, etc. Essa vitamina diminui a produção de cortisol (hormônio produzido em resposta ao estresse e à ansiedade).

6. Triptofano – aminoácido que ajuda na produção da serotonina. Proporciona bem-estar, ajuda o cérebro em suas reações químicas, regula o apetite, o sono e leva a uma sensação de confiança. Dentre os alimentos em que encontra presente estão a banana, nozes, queijo, grão-de-bico, etc.

Fontes de pesquisa: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/ansiedade-transtorno-de-ansiedade- Segredos da Mente/ Cérebro e Depressão

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Boucher – MULHER NUA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Boucher possui todos os talentos que um pintor pode ter e é bem sucedido em todos os níveis. Nenhum pintor dos dias é capaz de igualá-lo quanto à graciosidade, mas ele pinta por dinheiro e isso corrompe seu talento. (Diderot)

O gravador, desenhista e pintor rococó francês François Boucher (1703 – 1770) era filho de um artista que criava padrões para bordados e ornamentos. Iniciou sua vida artística ainda muito jovem, como aprendiz de Fraçois Lemoyne, com quem ficou por um breve tempo, vindo depois a trabalhar para Jean François Cars, um gravador de cobre. Aos 20 anos de idade recebeu o “Grand Prix de Rome” – um incentivo aos novos artistas.

A composição intitulada Mulher Nua – também conhecida como A Odalisca Loura ou Rapariga em Repouso ou ainda Nu num Sofá – é uma das famosas obras do artista. Para esta pintura, segundo alguns, ele tomou como modelo uma jovem irlandesa (Marie-Louise O’Murphy) que foi, por um tempo, a amante preferida do rei francês Luís XV. Outros estudiosos, no entanto, dizem se tratar de outra cortesã, o que para nós não vem ao caso. Este tipo de pose era um dos preferidos do pintor, sendo que quadros como este eram bastante requisitados para ornamentar os ricos aposentos particulares da nobreza.

A garota encontra-se num ambiente luxuoso, em meio a pesadas cortinas de veludo e roupa de cama de seda. À esquerda, no chão, vê-se um braseiro fumegante próximo a uma almofada com fitas. Ela se mostra numa postura provocativa, reclinada sobre um sofá (chaise-longue), mas não se trata aqui de uma mulher exuberante. A delicadeza das cores usadas na pintura e o rosto terno da garota tornam-na aparentemente irreal. Apesar de encontrar-se nua, de costas para cima, a garota mostra-se meiga e absorta em seus pensamentos.  Segura uma fita azul que aparentemente prende seus cabelos loiros e desce pelo ombro direito, quase tocando o sofá que, em desordem, pode esconder um convite disfarçado.

A retratada, apesar de encontrar-se numa pose provocante, não tem por objetivo usar o apelo sexual, mas, sim, mostrar seus atributos de garota ingênua, uma vez que ainda é uma adolescente. A posição de suas pernas abertas deixa suas nádegas bem separadas. Ela se encontra em primeiro plano, mas distante do alcance do observador, uma vez que a coloração mostra-se bastante artificial, tornando tudo irreal.

François Bouchet não recebia apenas elogios em sua arte, pois críticos, a exemplo do filósofo Diderot, não aceitavam a sua maneira de retratar seus nus que deveriam ser apresentados dentro de um contexto mitológico ou alegórico – remetendo à beleza clássica. Achavam-no um imoral por representar “crianças-mulheres” em posturas provocantes, sendo muitas delas menores de idade. Segundo pesquisas, esta pintura foi encomendada quando a garota tinha somente 14 anos, época em que o rei tornou-a sua cortesã.

Ficha técnica
Ano: c. 1752
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 59 x 73 cm              
Localização: Alte Pinakothek, Munique, Alemanha

 Fontes de Pesquisa:
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Rococó/ Editora Taschen
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.orientalist-art.org/french/boucher-omurphy-1751.html&prev=search

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Greuze – LAMENTO PELA PASSAGEM…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Deixem a moral exprimir-se na arte. (Diderot)

O pintor francês Jean-Baptist Greuze (1725 – 1805) era filho de um mestre talhador. Desde pequeno mostrou interesse pelo desenho, vindo a estudar com Charles Gardon. Em Paris estudou na Academia com o professor Natoire. Foi influenciado pela pintura de gênero holandesa do século XVII, após contato com Phillippe Le Bas e Pierre Étienne Moitte. É tido como um grande representante da pintura de gênero moralizante (peinture morale), aclamado até mesmo pelo crítico Didorot, uma vez que o público da época exigia que a pintura primasse por mais moralidade, aparentemente cansada do estilo Rococó que dava mais ênfase à sensualidade.

A composição intitulada Lamento pela Passagem do Tempo – também conhecida como A Queixa do Relógio – é uma obra do artista. Embora tenha por objetivo o uso de um tema moralizante, a obra é também cheia de erotismo, mas não se limita apenas ao aspecto erótico, trazendo em seu bojo uma mensagem de cunho moral.

Uma jovem mulher mostra-se extremamente abatida, perdida em seus pensamentos. Ela se encontra em um quarto triste – aparentando ser um sótão –, sentada numa cadeira próxima à sua cama ainda desfeita, onde jaz a sua touca. Ela veste uma camisola, aparentando ter acabado de levantar-se. Fitas descem pelo espaldar de sua cadeira de madeira e palhinha. Seu seio esquerdo – semi despido – chama a atenção para o seu colo. Em volta dele o artista conduz a narrativa que leva ao título da obra.

A mulher traz um pequeno relógio redondo na palma da mão esquerda, possivelmente um presente da pessoa que a deixara. Como o relógio representa na simbologia da arte a transitoriedade do tempo, significa que ela rememora uma aventura amorosa desfeita, como reforça a carta aberta, cortando a relação amorosa, que se encontra sobre a mesinha dobrável, ao lado de um buquê de flores e de um cesto de trabalhos manuais.  Tênues raios de sol entram pela direita. Uma parede acinzentada serve de fundo. No chão, em primeiro plano, está um braseiro que aquece o ambiente humilde.

Ficha técnica
Ano: c. 1775
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 79 x 61 cm 
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

Fontes de Pesquisa:
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Rococó/ Editora Taschen
https://www.townsends.us/blogs/blog/the-complain-of-the-watch-by-jean-baptiste-greuze

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