Claude Lorrain – A EXPULSÃO DE AGAR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor francês Claude Lorrain (1600 – 1682), cujo nome legítimo era Claude Gellée, tornou-se conhecido como “Le Lorrain”, nome relacionado com a região em que nascera. Ao mudar-se para Roma, o artista teve como mestre o pintor de arquitetura Agostino Tassi, vindo posteriormente a estudar com Gottfried Sals, pintor de arquitetura e paisagens, quando se encontrava em Nápoles.  Acabou se tornando um dos famosos paisagistas de Roma, tendo se inspirado, inicialmente, nas paisagens idealizadas de Annibale Carraci e na dos pintores holandeses que residiam naquela cidade. Embora seu estilo fosse lírico e romântico, acabou aproximando-se de Nicolas Poussin, mais tarde. A vista do mar era um tema constante nas obras de Lorrain, assim como lembranças da Antiguidade Clássica que sempre davam um toque de solenidade antiga às suas obras.

A composição A Expulsão de Agar – também conhecida como Partida de Agar e Ismael – mistura uma paisagem imaginária com uma história bíblica. Apresenta quatro personagens bíblicos: Abraão, Agar e Ismael na frente de uma imponente edificação arquitetônica de aspecto clássico, e Sara, a esposa de Abraão, na parte de cima, acompanhando a cena. Agar, a escrava egípcia que dera um filho ao patriarca, está sendo expulsa de casa com seu filho, por ordem de Sara, esposa de Abraão que se dizia desprezada. Ismael segura na saia da mãe, enquanto essa é escorraçada por seu pai. Agar parece surpresa e preocupada, conforme mostram os gestos de suas mãos. Abraão aponta ao longe para a escrava, provavelmente mostrando-lhe a direção que deverá tomar.

Pode-se ver um cenário natural campestre à frente e à esquerda da edificação. Diante dos personagens diversos animais pastam. Mais adiante dois pastores tomam conta de um rebanho. Instrumentos de trabalhar a terra aparecem na base inferior da tela.  Ao fundo, um braço de mar ou um rio de águas prateadas embelezam a composição.

Nota: quem quiser entender melhor a passagem bíblica em que se baseou o artista para criar esta obra, veja o link: https://www.bibliaonline.com.br/vc/gn/21.

Ficha técnica
Ano: 1625
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 105 x 139,5 cm
Localização: Pinacoteca de Munique, Alemanha

 Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

Views: 2

A LOUCURA NA IDADE MÉDIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

feno123

A indústria farmacêutica tem colocado  no mercado uma infinidade de antidepressivos, criados a partir das mais variadas substâncias, com o objetivo de conter os transtornos mentais que se avolumam cada vez mais em todo o nosso planeta. A venda de tais medicamentos  tem sido uma fonte inesgotável de lucros para tal indústria. As pessoas estão se conscientizando de que o cérebro – como parte do corpo – também adoece, necessitando de tratamento como qualquer outro órgão. Assim, o estigma do transtorno mental aos poucos vem sendo derrubado, o que possibilita buscar tratamento o mais rápido possível, contendo-o ainda no seu nascedouro, sem que a pessoa venha a sofrer interminavelmente.

Nós, que hoje convivemos com os antidepressivos, não fazemos a menor ideia do sofrimento passado pelas pessoas com problemas mentais que viveram na Idade Média. Tal conhecimento leva-nos à observância de como foi grande o salto dado pela ciência médica e como vem se transformando a visão sobre os transtornos mentais e seus portadores nos nossos dias, ainda que não apenas nos rincões esquecidos de nosso triste Brasil ainda existam muito infortúnio e preconceito a ser desmitificado em relação às doenças do cérebro. Muito ainda se tem por fazer em prol de nossa gente.

Na Idade Média e princípio da Idade Moderna, os relatos sobre a vida das pessoas acometidas pelos transtornos mentais eram tenebrosos. Elas eram deixadas à mercê das correntezas da existência, sendo jogadas de uma cidade para outra, dentre as muitas maneiras de livrar-se delas. Na Europa, o sistema mais usado era o banimento dos doentes, tanto por barco quanto por terra, sendo levados de um lugar para outro na companhia de transportadores de mercadorias – uma espécie de tropeiros. Os mendigos, os errantes, os soldados licenciados e os aleijados também eram banidos .

As pessoas sem teto na Idade Média correspondiam a um número altíssimo, muitas vezes chegavam a 30% dos moradores das cidades. Como essas (as cidades) fossem protegidas por muralhas e fortificados portões, tornava-se fácil impedir a entrada dos grupos errantes que ali iam bater. Mesmo quando um sujeito mais sortudo conseguia adentrar-se numa vila ou cidade, acabava ferozmente banido, muitas vezes debaixo de chicotadas. Certa diferença era feita entre os aventureiros e os loucos, havendo um pouco de consideração para com os últimos. Uma vez constada a insanidade mental do indivíduo, um barqueiro ou um guia recebia o encargo de distanciá-lo da cidade, caso a ela não pertencesse. Era enviado para seu local de origem, ou deixado em qualquer outro lugar, sendo muitas vezes soltos nas estradas. A única preocupação dos citadinos era a de que jamais voltasse a aparecer.

Na Idade Média, o conceito de “louco” e o de  “pecador” – em razão da ignorância da época e do fervor religioso fanático e doentio – tinham definições similares. Aqueles que infringiam os mandamentos da lei de Deus – os chamados pecadores – e os portadores de transtornos mentais – os intitulados de loucos – encontravam-se no mesmo barco, pois tanto uns quanto outros não “reconheciam” o caminho que levava ao Paraíso, segundo as crenças de então. Os “pecadores” ainda tinham melhores chances de serem salvos. Religião e transtorno mental, portanto, faziam parte do mesmo balaio numa época de grande desconhecimento do funcionamento do corpo. Para a época, todo “pecador” era também um “louco”.

Os loucos, quando pertencentes a uma determinada cidade, eram tomados como propriedades dessa, não sendo expulsos, mas encarcerados em cadeias ou em casas de dementes, caso manifestassem um comportamento violento. O local era vigiado por um funcionário da cidade, detentor de uma baixa categoria. É bom que fique claro para o leitor que o local funcionava apenas como um depósito de pessoas, sem que os doentes recebessem qualquer tipo de tratamento. O mesmo acontecia às vítimas de outras doenças graves, tidas como incuráveis. O único tratamento era a crença depositada num milagre para lhes restituir a saúde. Embora isso possa parecer a nós, cidadãos do século XXI, um ato hediondo, havia motivos justificáveis para tanto, se observadas as lacunas da época:

• A ciência engatinhava, desconhecendo as causas de muitas doenças, incluindo as mentais.
• A religião direcionava a vida das pessoas, sendo tudo atribuído ao poder onipresente de Deus, sem a necessidade da interferência humana, pois Ele era o senhor da vida e da morte, o que ainda vemos hoje em dia em certas religiões.
• O sofrimento era inerente e necessário à vida, logo, o que importava era a outra vida no Céu, sendo a na Terra de pouca importância.

Se o doente não apresentava sinais de violência, ele vivia normalmente com a família, integrando-se a ela e à sociedade, pois sua doença era “mandada” por Deus e todos dependiam de suas graças. Contudo, se não tivesse quem cuidasse dele, era enviado para um asilo, ou melhor, para um depósito humano. Para as pessoas saudáveis, ajudar um demente propiciava-lhes uma boa ação aos olhos de Deus, pois as boas obras contribuíam para a salvação da alma. Os loucos eram, portanto, vistos como necessários porque ofereciam às pessoas uma oportunidade de – com suas boas ações – ganharem o reino dos céus.

Com a entrada da Idade Moderna, quando a Igreja Católica passou a perder sua unidade e força, as coisas mudaram, pois Lutero e seus reformadores passaram a apregoar que as boas obras não tinham valor algum para a entrada no reino dos céus. O que foi péssimo para as vítimas dos transtornos mentais dentre outros. Ajudar os loucos, mendigos e aleijados perdeu o valor religioso de antes, para infelicidade desses pobres sofredores. Assim, de necessários à salvação da alma de terceiros, eles passaram a ser indesejáveis e cruelmente segregados. Para retirá-los do seio da sociedade foram criados inúmeros asilos e prisões, onde se empilhavam doentes psíquicos, ladrões, mendigos e errantes. A reforma religiosa (protestante), portanto, em nada contribuiu para minorar o sofrimento dos necessitados, ao contrário, aumentou-o.

O uniforme do louco era muito conhecido, sendo usado pelo bobo da corte e em festas de Carnaval. Dele fazia parte sinos que deveriam tocar sempre que o demente movia-se. Eram representados com um espelho na mão ou com um cetro ou bengala. Muitas vezes o louco carregava uma crista de galo sobre o gorro ou orelhas de burro. O aloucado simbolizava a condição humana, fazendo parte do reino dos instintos e também do reino do espírito, pois todo indivíduo era, por natureza, um louco. Por volta de 1500 vários livros foram publicados sobre as vítimas da loucura. Hoje existe uma nova visão em relação àquele que é chamado de “louco”, não sendo mais visto como um “pecador”, incapaz de encontrar o caminho do céu, mas como alguém com um modo de ser diferente dos demais, necessitando de tratamento.

Nota: pormenor do quadro O Barco dos Loucos, de Bosch

Fontes de Pesquisa
Los secretos de las obras de arte/ Taschen

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Poussin – A INSPIRAÇÃO DO POETA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor francês Nicolas Poussin (1594 – 1665) é oriundo de uma família humilde. Ele aspirava muito mais que a formação recebida em sua terra e, por isso, mudou-se para Paris, onde se fixou por mais de dez anos, sobrevivendo com dificuldade. Deve ter estudado com Georges Lallement e Ferdinand Elle. Esteve em Veneza e Roma, onde se sentiu atraído pela arte clássica e pelos grandes mestres do Renascimento, dentre os quais estavam Rafael Sanzio, com seus belos temas de inspiração clássica e Ticiano com suas cores vibrantes. O artista é tido como o fundador do Neoclassicismo francês, tendo produzido pinturas históricas, mitológicas, retratos e paisagens.

A composição A Inspiração do Poeta é uma obra-prima de Poussin, tida como um de seus mais belos trabalhos. Trata-se de uma pintura idílica e alegórica, sendo muito difícil de ser interpretada, pois não se sabe a que a obra alude ou qual seja seu tema exato. Contudo, a presença de Calíope (que alguns veem como Euterpe) – musa grega da eloquência, tida como uma divindade inspiradora da poesia épica ou histórica e da ciência – leva a crer que se trata de uma celebração alegórica da poesia épica.

A musa com sua coroa de louros encontra-se posicionada à esquerda, segurando uma flauta. Abaixo dela veem-se livros no primeiro plano, com os títulos: a Odisseia, a Ilíada e a Eneida. A ela foi dada a missão de inspirar os seres humanos a fim de torná-los criativos na Arte e na Ciência.

No centro da composição está Apolo – deus grego da juventude, da luz e da beleza – descansando o braço direito sobre uma lira sem cordas, simbolizando a música e a poesia. Na cabeça traz uma coroa de louros. Ele está inspirando o poeta representado à sua frente que alguns estudiosos dizem ser Virgílio.

Apolo usa um manto vermelho que deixa parte de seu corpo a descoberto e sandálias douradas. Seu dedo indicador da mão direita aponta para a escrita do poeta. Esse traz os olhos levantados para cima em busca de inspiração, enquanto é coroado por um querubim que segura duas coroas de louro.

À esquerda de Apolo encontra-se a musa Calíope (ou seria Euterpe?), segurando uma flauta na mão direita, atenta à cena. Sua vestimenta deixa seu seio esquerdo a descoberto. Outro querubim encontra-se abaixo dela, com uma coroa de louros na mão e um livro, aparentemente de poesias.

A cena acontece ao ar livre, debaixo de três árvores, das quais não se vê a copa, mas apenas uns poucos galhos. Aparentemente trata-se de um final de tarde, pois a luz mais forte, vista atrás de Apolo, sugere o pôr-do-sol. O enquadramento apertado da obra comprime três colossais personagens e dois querubins.

Ficha técnica
Ano: c. 1630
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 183 x 213 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.louvre.fr/oeuvre-notices/linspiration-du-poete

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Simone Martini – CRISTO CARREGANDO A CRUZ

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Simone Martini (c. 1284 -1344) foi um dos mais famosos mestres do Gótico de Siena, tendo sido muito admirado em sua arte. Trabalhou para o Rei Roberto d’Anjou e foi amigo do poeta Francisco Petrarca. Recebeu influências dos pintores Duccio e Giotto e do escultor Giovanni Pisano, assim como da arte francesa. Sua obra tornou-se admirada pela elegância, sensibilidade e lirismo, ultrapassando as fronteiras italianas. É também tida como a mais importante do século XIV.

A sua composição intitulada Cristo Carregando a Cruz é um pequeno painel que antigamente fazia parte de um retábulo representativo da “Paixão de Cristo”, mas que atualmente tem as suas partes separadas. Apesar de seu pequeno tamanho esta pintura apresenta inúmeros personagens. Os muros da cidade de Jerusalém — vistos em perspectiva de baixo — à esquerda, contrastam com a multidão que acompanha Cristo e que parece formar uma cruz. O grupo desce um declive. Um homem de chapéu ajuda a levar a Cruz, simbolizando toda a humanidade em seu sofrimento.

O grupo colorido de pessoas, algumas delas descendo uma escada, segue o Mestre que carrega uma pesada cruz de madeira, sendo empurrado por um verdugo e puxado pelo pescoço por outro em direção ao Gólgota. À sua esquerda um grupo de soldados armados com lanças está pronto para agir. O rosto humanizado de Jesus é de extrema angústia e tristeza. Ele usa um manto vermelho vivo com dourado na barra e nas mangas. Sua auréola maravilhosamente trabalhada paira atrás de sua cabeça. O Salvador é o foco da composição, postado na parte central inferior da pintura.

Usando um manto azul sobre um vestido vermelho segue a Virgem Maria com os braços erguidos em direção a Jesus, sendo interceptada pelo escudo de um dos inimigos de seu Filho — de costas para o observador —, usando uma vestimenta dourada muito bem trabalhada. Maria Madalena usa uma vestimenta vermelha e, ainda na escada, abre os abraços e a boca em sinal de grande sofrimento. Apóstolos e pessoas do povo seguem o Mestre, assim como seus inimigos. Duas crianças são vistas no canto inferior da composição.

Simone Martini em sua sensibilidade conseguiu criar diversos tipos de expressão: surpresa, tristeza, desespero, sofrimento, raiva, indiferença, bestialidade, etc. O artista também estabelece um diálogo pictórico entre Cristo e Maria Madalena, ao usar o mesmo vermelho brilhante de suas roupas.

Ficha técnica
Ano: c. 1335
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 25 x 16 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
image: http://www.rivagedeboheme.fr/medias/images/simone-martini.-le-portement-

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MULHERES – CUIDADO COM OS “SCAMMERS”

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Autoria de Helena Monteiro

Lendo os posts deste blog, achei que deveria deixar minha contribuição, ou melhor, minha experiência com golpistas estrangeiros.

Tenho hoje 70 anos, mas há quatro anos conheci um “americano” de nome Herbert, no aplicativo TINDER. A foto do perfil era de um cara maravilhoso, tipo modelo, tinha 45 anos, era viúvo, tinha perdido a mulher em um acidente de carro, após ter brigado com ela, tinha dois filhos, (deu os nomes deles). Disse-me que era encarregado de equipe de equipamentos de segurança e que se encontrava em outro país a trabalho.

Nós nunca nos falamos por vídeo e o Facebook dele só tinha como amigas duas mulheres e quatro fotos dele. Achei estranho. Começamos a nos corresponder por e-mail e percebi que ele nunca respondia às minhas perguntas dos e-mails anteriores. O inglês dele era muito cheio de erros e todos muito cheios de amor e paixão.

Dizia que todos os seus subordinados (deu os nomes deles, todos, uns sete) tinham visto a minha foto e que todos disseram que eu era linda e que se ele não me quisesse, eles iriam se casar comigo (hahaha).

Após o sexto e-mail, ele escreveu que estava voltando para a Flórida, onde morava e que pretendia comprar uma casa lá (?) para eu ir e me casar com ele.  Achei estranho e resolvi pesquisar o nome dele no Google, porém não achei nada.  Então, copiei a conversa dele com o nome dos seus sete subordinados e, pasmem: achei a mesma conversa num site que procura SCAMMERS ( scammers on match.com) e descobri que essa mesma conversa havia sido enviada por um outro perfil  a uma outra mulher.

Esse site registra golpes sofridos por mulheres e que são aplicados pela máfia nigeriana. Há relatos de uma mulher brasileira, de certa idade, que chegou a trazer um nigeriano para cá e depois de três dias foi encontrada morta no hotel. Outra mulher se suicidou por conta de se sentir envergonhada de ter sido enganada e roubada de todas as suas economias.

Jogando a imagem do tal Herbert na internet, descobri que se tratava realmente de um modelo, não sei de que país.  Jogando no Google os nomes dos dois filhos dele, descobri que esses correspondiam a personagens do Harry Potter. Quando recebi o sétimo e-mail, veio a confirmação: o tal Herbert dizia que ia comprar a casa, porém o dinheiro dele estava bloqueado e que ele estava desesperado, pois queria que eu fosse logo para lá… Nesse momento, não tive paciência e respondi: você é um scammer ? Eu também sou uma scammer (kkkk). Enfim, o cara sumiu de uma vez, mas confesso, o “Herbert” era muuuiiito envolvente….

Fica a dica: Se não encontrarem a foto no Google imagens, jogue a conversa deles no Google pesquisa… quem sabe não aparece algum relato sobre o mesmo golpe que ele está querendo aplicar.

Boa sorte, meninas e muito juízo!

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Chardin – DE VOLTA DO MERCADO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O francês Jean-Baptiste-Siméon Chardin é tido como um dos mais importantes pintores de naturezas-mortas da arte europeia, sendo suas obras muito estudadas pelos artistas do gênero, posteriores a ele. As suas naturezas-mortas, assim como sua pintura de gênero, são elementos importantes da arte francesa. Sobre o pintor, assim escreveram os Goncourt, dois irmãos franceses: “Ele limita a sua pintura ao mundo humilde ao qual pertence, e ao qual pertencem seus hábitos, seus pensamentos, suas afeições […] adere à ilustração e à representação das cenas que tocam e o comovem…”.

A composição denominada De Volta do Mercado é uma obra do artista que havia criado um estilo próprio, facilmente reconhecível. Esta pintura parece antecipar o Realismo que surgiria apenas no século XIX, tamanha é a liberdade com que o tema é tratado. Ela mostra uma criada chegando à casa de seus patrões, depois de fazer compras no mercado. Na mão esquerda segura uma sacola com víveres, enquanto a direita ainda repousa sobre dois pães redondos depositados sobre o tampo de um armário de madeira. Ela parece descansar de uma longa caminhada.

A moça, vestida com seu uniforme de criada, composto por um casaco claro de mangas largas, uma saia rodada, um avental azul e uma touca na cabeça, usa uma fita com uma medalha no pescoço, também envolto por um cachecol estampado. Calça sapatos pontiagudos, conforme a moda da época. Ela se mostra de frente, ocupando o centro da tela, sendo banhada por uma delicada luz. Seu rosto possui pele branca e bochechas rosadas. Sua cabeça volta-se ligeiramente para trás, como se quisesse ouvir a conversa que se passa no aposento contíguo, onde duas pessoas conversam entre si, sendo que apenas a criada é totalmente visualizada. Da outra figura, próxima à porta, vê-se apenas uma pequena parte, sendo impossível defini-la.

O ambiente em que se encontra a criada é singelo. Sobre o armário de madeira, de tampo aparentando mármore, repousa de pé uma bandeja de metal, encostada à parede, um vaso de cerâmica e os dois pães. Na parte visível do móvel há uma gaveta com uma grande chave e, abaixo, uma portinhola lavrada. No piso, à direita, estão duas grandes e escuras garrafas de vidro, uma de pé, com tampa de cortiça, e outra deitada, destampada. Elas refletem luz. Mais à esquerda vê-se uma vasilha redonda, possivelmente de cerâmica. No ambiente próximo, encostado ao canto da parede, vê-se parte do que parece ser um grande barril de madeira, onde se guarda vinho ou água. Ao lado está um balde de metal ou madeira.

Ficha técnica
Ano: c. 1739
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 46 x 37 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

 Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://beautyofbaroque.wordpress.com/back-from-the-market-by-jean-baptiste-simeon-

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