Dürer – MADONA E CRIANÇA COM PERA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor Albrecht Dürer (1471 – 1528) foi o primeiro artista alemão a se preocupar com o real, ou seja, com o homem e a natureza, usando o método científico que tinha por base a observação e a pesquisa. Foi gravador, ilustrador, cientista, desenhista e pintor. Foi responsável por trazer o Renascimento para a Alemanha. Embora fosse um homem muito religioso que pendia para o misticismo, era dono de uma curiosidade ilimitada. Procurava compreender a aparência de todas as coisas perceptíveis através dos sentidos. Estava sempre em busca do novo. Era filho de um renomado mestre. A profissão do pai foi muito importante para que ele se enveredasse pelo caminho da arte, pois, naquela época, os ourives encontravam-se entre os mais importantes artesãos. Seus estúdios serviam de encontro para intelectuais e endinheirados.

A composição de fundo escuro intitulada Madona e Criança com Pera ou ainda Virgem e Criança Segurando um Pedaço de Pera é obra do artista e revela a sua capacidade criativa. O desenho sutil é preenchido por um poderoso claro-escuro a modelar as formas esculturalmente. A preocupação de Albrecht Dürer nesta pequena pintura não é sentimental, mas, sim, de estilo.

A Virgem mais se parece com uma camponesa com o filho nos braços. O artista não agregou símbolos religiosos à pintura para mostrar a divindade de Maria e Jesus, excetuando a roupa azul da Virgem, simbolizando sua virgindade e o véu transparente que reforça sua pureza, mas que poderiam passar despercebidos. Aqui são retratados em sua verdadeira humanidade.

Os olhos de Maria estão voltados para seu nu e rechonchudo Menino que se encontra sobre um pano azul, deitado em seus braços, como se o apresentasse ao observador. Na sua mãozinha esquerda ele traz a metade de uma pera. Mostra-se ativo, com a cabeça levantada e com seus olhos escuros direcionados a algo que se encontra diante de seus olhos.

A pera que o Menino Jesus segura – ao contrário da maçã que simboliza o pecado da humanidade – significa na iconografia renascentista o amor de Deus pela humanidade. A pera teve uma parte dela comida pela criança, como mostram as duas marcas de seus dentinhos, o que significa que o Menino está unido às suas criaturas.

Ficha técnica
Ano: entre 1512
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 49 x 37 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.wikiart.org/en/albrecht-durer/virgin-and-child-holding-a-half-eaten-pear-

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QUEM DÁ, É QUEM RECEBE…

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre a necessidade de ter e de dar alegria.

Um dos caminhos de realizar a paz e curar-se da angústia é seva, ou seja, agir no mundo visando à realização da felicidade e benefício dos outros. É a arte de ter a alegria e de dar alegria.

Todo aspirante ao Yoga e à conquista da mente precisa pensar o quanto é fonte de sofrimento e decepção o trabalhar egoisticamente, visando, com o fruto do trabalho, adquirir coisas e conquistar posições. Este agir em proveito próprio é o “normal” na sofredora espécie humana. Pelo Yoga é denunciado como um empecilho à realização espiritual, consequentemente, à conquista da paz da mente.  O agir do usurário (bhoga), do egoísta, do mercenário não o conduz a outro resultado senão à frustração. Já velho ou no leito da morte, o usurário sente, dramaticamente visível, a inutilidade do que juntou.

A moderna psiquiatria já reconheceu que o trabalho em proveito dos outros – que não se confunde com a mera caridade (tão caricaturada) – é uma solução para muitos casos de neurose. Um ansioso é geralmente uma pessoa doentiamente interessada em si mesma. Todo seu medo, todas as suas preocupações decorrem deste anômalo amor a si mesmo. O que se puder fazer para canalizar sua hiperatenção para um trabalho generoso constitui, portanto, tratamento.

“Quem dá aos pobres empresta a Deus” é uma fórmula de caridade vulgar, que, como se pode ver, não passa de uma barganha. Dar para depois receber é espúrio. É egoísmo. No final de contas, é ainda o ego do “caridoso” que vai receber a “recompensa”. Seva é diferente. Nada tem de negociata. A prática de seva é consequência natural de um elevado bhâvana ou atitude filosófica que diz que quem ajuda é o mesmo que recebe ajuda, em termos do Absoluto Uno. Quem ajuda os outros o faz por ter a certeza de que o outro não existe fora de si mesmo e que a separação é maya (ilusão); o que faz é na convicção de que Deus Uno é quem dá e é quem recebe. Quem assim age está livre de aspirar reconhecimento, retribuição ou recompensa.

Não se utiliza dos necessitados como instrumento de egoísticos planos de “salvação” ou “indulgências”. Seva é a característica do Yoga da ação ou Karma Yoga. É trabalho desinteressado. O passo seguinte é a oferenda de todos os frutos da ação ao Senhor. O último passo e também o mais libertador consiste em considerar o Senhor como o único autor das ações. Este é o agir que liberta. Chamado Karma Yoga.

O agir no mundo só não semeia sofrimentos se for conducente à Divindade; só não gera remorsos e frutos amargos, quando a vontade individual do agente se conforma com a Sábia Vontade Divina; quando o indivíduo cumpre seu papel no mundo, mantendo-se em harmonia com o Senhor do Mundo. Esta é a ação reta de que fala o Budismo.

A atividade que visa à autogratificação ou prazer pessoal chama-se Sakma karma. É, portanto, aseva, o oposto de seva. E, como bem enunciou Cristo, cada um atinge o objeto de seus desejos, o homem que trabalha por motivos egoísticos chegará a colher os frutos decepcionantes de seus vulgares anseios. E, no fim, só frustrações ele colherá. Nishama karma, ao contrário, nunca dará frutos amargos, pois é o agir inegoístico e em harmonia com o Divino.

“Dedicando todas as ações a Deus, considerando-se a si mesmo tão somente um servo ou instrumento, isento de desejos pela colheita dos frutos da ação, a salvo do egoísmo e sem qualquer sentimento de cobiça, engaja-te na batalha.” (Gita.)

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota: Roda de Samba, autoria de Carybé

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Degas – CARRUAGEM NAS CORRIDAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

As coisas mais bonitas da arte vêm da renúncia. (Degas)

O pintor impressionista Edgar Degas (1834 – 1917) nasceu em Paris. Era o primeiro filho de Pierre-Auguste Hyacinth de Gas, banqueiro, e de Celéstine Musson. Tratava-se de uma tradicional família francesa, muito rica e culta. Seu pai era um homem que nutria grande admiração pelas artes, especialmente pela música e pelos pintores italianos do Renascimento, portanto, não causa surpresa o fato de o garoto ter mostrado sua vocação artística desde cedo.

A composição intitulada Carruagem nas Corridas ou também Nas Corridas no Campo é obra do artista. Além de ser uma paisagem é também uma cena do cotidiano da vida francesa da época e um retrato de família. A carruagem é vista em primeiro plano, conduzida por dois belos cavalos. Nela se encontram o amigo de Devas – Paul Valpinçon – sua esposa e uma ama de leite com o bebê do casal no colo. Um buldogue – de costas para o observador – encontra-se na boleia. Um dos cavalos traz uma rosa atrás da orelha.

Degas, um magistral colorista, usou de grande delicadeza na feitura desta pintura, como é possível ver através do verde delicado da paisagem, do azul-claro do céu, ornado com suaves nuvens brancas, dos amarelos e cor-de-rosa sutis das roupas e sombrinhas femininas, contrastando com os tons marrons e negros da carruagem e dos cavalos em primeiro plano.  Uma luz delicada irradia por toda a tela.

O artista mostra a influência japonesa sobre sua arte, ao colocar a carruagem e os cavalos fora do centro da composição, ou seja, no canto inferior da tela, à direita, o que deve ter sido muito audacioso para a época. Outro detalhe desta influência é o modo como ele arbitrariamente, cortou a tela nas bordas direita e inferior.

Ao fundo, em meio à paisagem, as pessoas assistem à corrida dos jóqueis, estando algumas delas montadas a cavalo e outras de pé. À esquerda, vê-se parte de uma charrete que é conduzida por um homem. Bem mais ao fundo são vistas algumas edificações e grandes árvores. A cena mostra um estilo inglês, o que era muito comum na França de então.

Embora tenha começado sua carreira levando em conta a tradição acadêmica, inspirado em Rafael e Ingres, Degas aderiu ao grupo impressionista. Este quadro encontra-se dentre os seus primeiros trabalhos feitos de acordo os ditames do grupo.

Ficha técnica
Ano: 1869
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 36,5 x 56 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.mfa.org/collections/object/at-the-races-in-the-countryside-32250

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

 A mulher costuma sentir-se muito ansiosa, principalmente a respeito do bem-estar do bebê, se ele está se alimentando bem, e ela pode parecer cheia de culpa e de autocrítica, além de constantemente irritada. (Dr. Kwame Mckenzie)

Algumas leitoras deste espaço já se apresentaram como tendo depressão pós-parto. O mais preocupante é que muitas mulheres vivenciam isso sem saberem que se trata de uma doença depressiva, uma vez que uma dúzia de causas é atribuída ao seu abatimento e esmorecimento após o nascimento do bebê. A mais comum é atribuir seu estado depressivo às noites maldormidas e às preocupações com a criança que ainda está se adaptando a um mundo novo, necessitando de mamadas constantes e de trocas de fraldas.

Há muitos fatores que contribuem para a depressão pós-parto. Um deles é o fato de que uma mulher que já teve esse tipo de depressão terá 50% de chances de repeti-lo em outras gestações. Também podem ser listados como causas: problemas acontecidos durante o parto ou relativos à saúde do bebê, situação econômica ruim da família, etc. Contudo, o motivo mais frequente tem sido os hormônios sexuais que, ao agirem sobre o sistema nervoso central da nova mamãe, acabam alterando seus neurotransmissores, substâncias responsáveis por estabelecerem a ligação entre os neurônios.

Por que os hormônios sexuais mexem tanto com a mulher? O professor e escritor canadense Kwame Mckenzie explica: “Naturalmente as mulheres apresentam uma alta dosagem de estrogênio e progesterona, mas durante a gravidez os níveis dessas substâncias permanecem ainda mais elevados, caindo drasticamente em algumas horas depois do nascimento do bebê. Essa súbita alteração, muitas vezes, pode ser um gatilho para o surgimento da depressão”. Para maiores esclarecimentos, o estrogênio é a designação genérica dos hormônios femininos que criam as condições necessárias à fertilização do embrião e determinam os caracteres femininos secundários, enquanto a progesterona é um hormônio feminino responsável por preparar o útero para a implantação e fertilização do óvulo.

Os especialistas em depressão pós-parto afirmam que os tipos mais severos dessa doença ocorrem logo depois do parto, sendo esses mais incomuns. Os mais triviais, porém, acontecem entre duas semanas e até mesmo um ano após o nascimento do bebê. São também os mais ignorados, pois muitas mães sentem-se constrangidas, ou até mesmo envergonhadas para dizerem que não estão se sentindo bem com a maternidade. A cobrança da sociedade que sempre apregoou que a mãe, mesmo quando padece o faz no “paraíso”, amplia ainda mais a sensação de culpa e de incapacidade de cuidar de sua cria por parte da mulher, o que só faz aumentar o sofrimento da mãe depressiva, impedindo-a de procurar ajuda médica, achando que deve resolver o problema sozinha.

A atenção da família deve ficar voltada para a recém-mãe após o parto para que possa ajudá-la, caso pressinta mudanças em seu comportamento. O companheiro, principalmente, deve ficar atento às mudanças, em vez de se afastar. A psicóloga Marília Campos afirma que “É preciso que o marido acompanhe sua mulher em um curso pré-natal para que ele possa perceber que tudo vai mudar para ela. O cônjuge precisa compreender a sensação de vazio de sua esposa, além das mudanças no corpo e que sua aceitação demorará um tempo para acontecer”.

A medicina aponta três tipos de sintomas possíveis de aparecer no período da maternidade e orienta que nem todos eles podem ser vistos como depressão. São eles:

  • Baby blues – surge imediatamente após o parto. Pode ser oriundo, por exemplo, do fato de o bebê não ser como o esperado. O quadro pode durar duas semanas, necessitando apenas do apoio da família para o restabelecimento da estabilidade emocional da mulher.
  • 2- Depressão pós-parto leve e moderada – não tem data para aparecer, podendo durar meses ou anos. Os sintomas podem ser: choro, sensação de culpa, cansaço, perda da libido, isolamento, etc. Há necessidade de buscar ajuda médica.
  • Depressão pós-parto grave e psicose – a mãe pode apresentar sintomas como: delírios, alucinações, esgotamento físico, raiva, comportamento agressivo contra si mesma e contra o bebê, etc. Há necessidade de urgência na busca por ajuda médica, sendo que a mãe necessita ser internada e afastada do bebê.

Fatores que podem contribuir para o aparecimento da depressão pós-parto: problemas de fertilidade; histórico de doenças psiquiátricas; problemas financeiros; ser mãe solteira; ser mãe ainda muito jovem; parto difícil; bebê prematuro; isolamento social; falta de apoio do companheiro; preocupação com a volta ao trabalho, etc.

Assim como os outros tipos de depressão, a pós-parto precisa de ajuda especializada. Além da família, o ginecologista é uma das pessoas mais indicadas para saber se tudo está indo bem com a nova mãe. Ao perceber qualquer anormalidade, ele deve ajudar a mulher a buscar ajuda médica e também conversar com a família.

Nota: Entardecer, obra de Edvard Munch

Fonte de pesquisa
Guia 301: Dicas para não ter depressão / Editora Online

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Canaletto – BAÍA DE SÃO MARCOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor italiano Canaletto (1697 – 1768), cujo nome de batismo era Giovanni Antonio Canal, filho do pintor e cenógrafo Bernardo Canal, seu primeiro mestre, era também tio do pintor Bernardo Belloto. Tornou-se muito conhecido pelas paisagens venezianas que pintava. Mais tarde, quando morava em Londres, pintou inúmeras paisagens inglesas (vedute*). Canaletto também estudou com o paisagista Lucas Carlevarijs e foi influenciado por Giovanni Paolo Pannini. Segundo alguns estudiosos da obra do artista, ele fez uso da câmera escura, (instrumento óptico através do qual os raios solares passam, refletindo a imagem que se deseja pintar), o que lhe possibilitava fazer desenhos mais precisos, ao reproduzir proporções e perspectivas. Porém os desenhos ou meros esboços, deixados pelo artista, sugerem que ele tomava notas ao ar livre e, em seu estúdio, usava réguas e bússolas para aperfeiçoá-los.

A composição intitulada Baía de São Marcos foi executada pelo artista. A obra que retrata a entrada de Veneza mostra a habilidade de Canaletto ao pintar vistas de paisagens, sendo possivelmente o mais habilidoso entre todos os pintores deste gênero. Aqui ele retrata uma área de grande alcance, enriquecida com grande atividade humana, tendo a luz habilmente controlada em toda a composição.

A imensa baía traz inúmeras edificações em suas margens, incluindo a Igreja de San Giorgio Maggiore, à direita, e o palácio Doge, à esquerda, e apresenta um tráfego intenso de barcos de carga e gôndolas. O céu de fundo azul é decorado com nuvens brancas que sombreiam a imensidão de suas águas, ora intensificando detalhes e mudança de cor e ora desfazendo-os, dando grande unidade à composição.

As pinturas, gravuras ou desenhos topográficos recebiam o nome de “vedute” (vistas em italiano). Canaletto era um dos mais importantes pintores de “vedute”.

Ficha técnica
Ano: 1738
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 124,5 x 204 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.mfa.org/collections/object/bacino-di-san-marco-venice-32679

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CONHECENDO A DEPRESSÃO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O oposto da depressão não é felicidade e, sim, vitalidade. (Andrew Solomon)

 Nós, viventes do século XXI, podemos nos orgulhar de pertencer a uma época de grandes avanços científicos, médicos, tecnológicos e utilitários – embora uma grande parte da população mundial não tenha acesso a eles, pois vive à margem de tais conquistas, numa sociedade desigual e extremamente injusta – que vêm propiciando grandes mudanças.  Contudo, neste mundo cada vez mais rápido em que é impossível absorver toda uma gama de ideias, sensações e teorias, a depressão – um dos transtornos mentais mais conhecidos – vem se alastrando pelo globo, quer o homem encontre-se na casta dos privilegiados quer se encontre em meio aos marginalizados.

O escritor e palestrante Andrew Solomon – especialista em depressão – diz ter ficado impressionado com o número de pessoas depressivas entre os mais pobres – onde a doença costuma ser ainda mais severa – e o fato de não receberem dos governos o tratamento necessário. Ele diz que essas pessoas, por levarem uma vida de miserabilidade, privadas das necessidades mais básicas de um ser humano, “sentem-se péssimas o tempo todo”, por isso, acham que a vida é assim mesmo. Não lhes passa pela cabeça que se trata de uma doença e que existe tratamento para ela. Por outro lado, são totalmente ignoradas por aqueles que deles deveriam cuidar, vivendo na eterna ignorância.

A depressão, também conhecida como o “mal do século”, tira o ânimo de viver de sua vítima, não importando em que fase de vida ela se encontre. A realidade apresenta-lhe por demais sombria e árdua, tirando-lhe qualquer expectativa de vida, deixando-a, consequentemente, pessimista e impotente diante da complexidade de sua existência. Ela muitas vezes se pergunta sobre o que está fazendo no mundo, pois não vê graça alguma no seu existir.

Pesquisas na área médica vêm tentando desvendar as causas que levam à depressão. O que se sabe é que ela é multifatorial (causada pela junção de inúmeros fatores), podendo ser originada de um rompimento amoroso, por exemplo, como por nenhum motivo aparente. As causas podem ser hereditárias, familiares, sociais, econômicas (como vemos atualmente acontecer no Brasil), etc. Até mesmo o inverno pode causar depressão, como acontece em países de inverno rigoroso.  Também não podemos nos esquecer de que alguns medicamentos podem predispor a pessoa à depressão, assim como a depressão-pós parto. Contudo, é preciso estar atento ao diagnóstico para não confundir depressão com tristeza. Já na infância, os pais precisam ter cuidado para não confundir timidez com depressão, devendo, portanto, na dúvida, buscar ajuda médica.

Alguns sintomas podem estar ligados a um quadro de depressão, como:

  • Perda de prazer ou interesse até mesmo pelas atividades das quais gostava antes.
  • Pensamentos constantes ligados à morte ou ao suicídio.
  • Dores ou outros sintomas físicos persistentes, mas sem causas encontradas.
  • Perda ou diminuição da libido.
  • Excesso de sono ou insônia.
  • Perda do apetite ou aumento.
  • Inquietação ou irritabilidade sem causa aparente.
  • Indisposição para fazer qualquer coisa.
  • Dificuldade de concentração ou para se lembrar das coisas.
  • Dificuldade para tomar decisões.
  • Sentimento de vazio e falta de esperança.
  • Excessivo pessimismo e aparência chorosa.

Na presença de um desses sintomas, busque ajuda médica, pois a depressão, além de afetar o apetite e o sono, também pode levar ao uso do álcool e de drogas. Pode também levar a outras doenças psíquicas como ansiedade, síndrome do pânico e, em casos mais raros, sintomas psicóticos.

Nota: Edouard Manet e Mme. Manet, obra de Degas

Fonte de pesquisa
Guia 301: Dicas para não ter depressão / Editora Online

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