VÍCIOS CAUSAM DANOS AO PSIQUISMO

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre o perigo que os vícios nos trazem.

“Tenho que deixar isto, que está me matando”, dizia o indivíduo sob um ataque de tosse brônquica e meio afogado em gosma, mostrando um toco de cigarro entre os dedos amarelados de nicotina. Ele é o símbolo do homem acorrentado. Seus grilhões são feitos de fumo. De outros, podem ser de álcool. Todos os grilhões são fortíssimos e o são exatamente na medida da fragilidade dos acorrentados. A maioria deles quer se libertar ou necessita de libertar-se porque, seja o fumo, seja o álcool, o jogo ou alguns maus hábitos, seus tiranos lhe trazem enfermidade, sofrimento e, às vezes, abjeção.

Todos os grilhões causam prejuízos ao psiquismo, mercê de demonstrarem ao próprio homem que ele está vencido e que é escravo, tíbio e sem vontade. Quem quer que chegue a esta condição sofre muito com o reconhecimento de sua servidão que considera ser sem esperança. Diante de cada frustrada tentativa de resistir, mais infeliz se torna e mais vencido se sente. Seja toxicômano, alcoólatra, tabagista, viciado em jogo ou vítima de comportamentos compulsivos, pensamentos obsessivos e tiques nervosos, o homem é uma presa dum círculo vicioso que inexoravelmente o domina e o deprecia.

O álcool, os tóxicos e o fumo, além do mais, interferem também destrutivamente sobre o próprio organismo. E este efeito nefando provoca medo no viciado. A situação daquele que, vítima das garras do pecado (erro) necessita deixá-lo, sentindo a impotência de fazê-lo, Ramakrishna comparou à de uma serpente, que tendo abocanhado um malcheiroso rato almiscarado, quer dele se livrar, mas não pode, pois em virtude do formato dos dentes, o rato não se desprega. Assim é o viciado que conhece o mal que o vício lhe faz e, no entanto, não consegue deixá-lo. Nesta situação é comum o viciado recorrer ao que a psicanálise chama uma racionalização, isto é, usar a razão para forjar “razões” consoladoras e explicativas, para com elas “justificar-se” diante de si mesmo e dos outros, pelos atos que é coagido a praticar, que não pode evitar, mercê de compulsões subconscientes.

O ébrio bebe “para esquecer”, ou porque “o álcool é vaso dilatador”, ou “para desinibir-se”, ou “porque está fazendo frio”. A primeira forma de vencer o vício é não permitir que nasça. A segunda é impedir que cresça. A terceira é a erradicação progressiva e inteligente. Evitar que a semente daninha caía em seu quintal é a mais eficiente maneira de não precisar arrancar a frondosa árvore depois. Um vício se forma aos poucos, seguindo estágios. O primeiro cigarro que se fuma, com certo desprazer, é o início de um processo que poderá vir a tomar conta da vítima. O meninote acendeu seu primeiro cigarro, por força da sugestão dos de sua idade e também porque o cigarro representa para ele a masculinidade que, ainda imaturo, deseja ter.

O início de um vício é quase sempre destituído de prazer, e especialmente no caso do cigarro e do álcool, chega até a ser desagradável. Constitui mesmo um sacrifício necessário àquele que deseja “se mesmificar” isto é, ficar igual aos outros. A segunda fase surge quando, imperceptivelmente, o desagrado vai cedendo e já não há sacrifício. Aquilo que era mal recebido pelo organismo, por ser antinatural, começa a ser aceito. Podemos dizer que o fumo ou o álcool, nesta fase, nem dá prazer nem desprazer. São neutros. Ainda aqui é simples cortar o processamento. Está-se entrando na terceira fase quando já se fuma ou bebe com certo gosto. Agora mais fortes vão se tornando as correntes e o indivíduo começa a capitular de sua condição de agente livre, de ser humano dono de si mesmo.

A quarta fase é aquela na qual o organismo, já condicionado, só se sente normal quando é atendido em suas necessidades do agente condicionante. Daí por diante, também o psiquismo só se acalma depois que o viciado cumpre o “ritual”. Está a árvore daninha dominando a área. O viciado, embora se sentindo covarde e desgraçado, embora sabendo que está minando o corpo e a alma, não tem como resistir às imposições da necessidade de aplacar seu psiquismo e seu corpo sedentos do objeto do vício: seja o copo, o cigarro ou o barbitúrico. É a fase da dependência orgânica e psíquica.

No caso do jogo, o processamento é semelhante, atendendo, naturalmente às peculiaridades. O fascínio pelo risco de perder e a esperança de ganhar ou recuperar o que já perdeu, prisioneiro mantém o jogador, que embora veja que está sacrificando tempo, energias, nervos, saúde, dinheiro, família e, às vezes, dignidade, é impotente para afastar-se da mesa do vício. O bêbado de hoje poderia ser pessoa sóbria e com autodomínio se, em certo momento do passado, não tivesse cedido à “iniciação”.

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF.

Nota: O Absinto, obra de Edgar Degas

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Poussin – MARTE E VÊNUS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor francês Nicolas Poussin (1594 – 1665) aspirava muito mais que a formação recebida em sua terra e, por isso, mudou-se para Paris, onde se fixou por mais de dez anos, sobrevivendo com dificuldade. Provavelmente deve ter estudado com Georges Lallement e Ferdinand Elle. Esteve em Veneza e Roma, onde se sentiu atraído pela arte clássica e pelos grandes mestres do Renascimento, dentre os quais estavam Rafael Sanzio com seus belos temas de inspiração clássica e Ticiano com suas cores vibrantes. O artista é tido como o fundador do Neoclassicismo francês, tendo produzido pinturas históricas, mitológicas, retratos e paisagens.

A composição intitulada Marte e Vênus é obra do artista e mostra a influência que ele teve do mundo clássico da Grécia e de Roma assim como da arte de Ticiano aqui expressa na intensidade das cores e na interação entre personagens e paisagem. A cena acontece ao ar livre em meio a uma paisagem idílica, pintada com tonalidades quentes, que se harmonizam com o humor sensual dos deuses enamorados.

A pintura é uma alegoria do amor sobre a guerra. Os deuses mitológicos Vênus e Marte encontram-se nus debaixo de um imenso dossel vermelho, sentados sobre um imenso manto vermelho escarlate. Marte, o deus da guerra, é abraçado por Vênus, a deusa da beleza e do amor. Eles se fitam com paixão. Seis cupidos estão presentes na cena.

O manto e a espada de Marte estão jogados não chão em primeiro plano. Dois cupidos à sua esquerda seguram sua armadura, enquanto um terceiro brinca com seu elmo.  À esquerda, dois cupidos brincam com sua aljava e setas, enquanto outro, trazendo uma seta na mão, postado atrás de Vênus, segura o sobrecéu. À direita, uma ninfa e um deus (possivelmente Baco) estão recostados em grandes vasos de guardar vinho. Outra figura aparece à direita de Vênus, possivelmente uma ninfa sua acompanhante.

Ficha técnica
Ano: c.1630
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 155 x 214 cm
Localização: Museu de Arte, Boston, EUA

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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TRANSTORNOS MENTAIS E ARTES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A Ciência sempre se perguntou qual seria a relação entre os transtornos mentais e a arte. Qual seria a analogia entre a genialidade e a criatividade? É sabido que grandes nomes do mundo das artes foram (ou são) afetados por doenças metais. Vejamos alguns: Schumann, Tchaikosvky, Elvis Presley, Peter Gabriel, Axl Rose, Victor Hugo, Hemingway, Van Gogh, Francis Ford Copóla, Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Florbela Espanca, Isaac Newton, Viginia Woolf, Kurt Cobain, Catherine Zeta-Jones, Patty Duke, etc. Contudo, ainda é impossível para a Ciência saber se isso refletiu no trabalho criativo de cada um deles. Caso a resposta seja positiva, em que medida esses artistas tiveram sua criatividade estimulada?

Vincent van Gogh é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos tanto por seu talento quanto pelas crises depressivas que o acometiam. Aliado a isso, pelo fato de beber muito absinto (bebida alcoólica muito amarga, preparada com as folhas do absinto – Artemisia absinthium) acabou obtendo uma lesão no cérebro que ocasionava seus ataques epiléticos. O genial pintor, num momento de crise, cortou a própria orelha esquerda e, posteriormente, veio a tirar a sua vida, aos 37 anos de idade, no auge de sua criatividade. A variação constante de seu humor leva a crer que fosse acometido pelo Transtorno Bipolar.

Outro grande nome das artes foi o compositor Ludwig van Beethoven, portador de Transtorno Bipolar, de acordo com certos estudiosos de sua vida. Teve uma infância muito sofrida nas mãos de um pai agressor que o surrava constantemente, obrigando-o a estudar música. Em razão das surras levadas, esse gênio acabou perdendo o sentido da audição, fundamental para sua criatividade. Segundo as muitas biografias do compositor, ele passava por grandes períodos de extremada excitação e energia e por outros de grande depressão. O fenomenal compositor acabou usando o álcool e as drogas como saída usada para se livrar das crises que, na verdade, acabavam apenas se  ampliando.

Edgar Allan Poe, poeta, editor e crítico literário americano, foi outro artista a sofrer de Transtorno Bipolar. Também buscou ajuda no álcool, tendo, certa vez, descrito numa carta seus pensamentos suicidas. Adeline Virginia Woolf, escritora, ensaísta e editora britânica, e também uma das importantes figuras do modernismo, apresentava severas crises de depressão. Em 1941, ela se despediu de seu esposo e de sua irmã e cometeu suicídio.

Nota:  obra de Vincent van Gogh

Fonte de pesquisa
Grandes Temas do Conhecimento – Psicologia/ Mythos Editora

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A MÚSICA PODE REALIZAR MILAGRES

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Autoria do Prof. Hermógenes

O Professor Hermógenes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a saúde física e mental.  Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos fala sobre as maravilhas da música em nossa vida.

Os estadunidenses têm usado a música para anodizar. O paciente, com a cabeça coberta por um capacete receptor, através de música que vai ouvindo, despercebe-se da dor. Os sons de baixa frequência ou “sons brancos” têm efeito de bloqueio nervoso e, consequentemente, são anestésicos. O Hospital da Ordem Terceira do Carmo, de Lisboa, fez pioneirismo (1953) em Portugal, na utilização de música durante pequenas intervenções. Em Barcelona (Espanha) um grupo de generosos médicos organizou um coral para levar a musicoterapia aos muitos pacientes hospitalizados. O canto coral, pelo seu alto valor educativo e terapêutico, está se desenvolvendo em instituições com regime de internato, inclusive entre os detentos. No Hospital Juliano Moreira, o Professor Wasson Aranha vem aplicando música no tratamento de doentes mentais.

Como você pode ver, a música, agindo pelo ritmo, ou pela melodia ou pela harmonia, ou por tudo junto e mais algum outro elemento impalpável, pode realizar verdadeiros milagres na preservação e na recuperação do equilíbrio mental e na rearmonização dos sistemas nervoso e endócrino. As divinas vibrações da lira de Orfeu que acalmava as feras e dava placidez ao mar por onde singravam os argonautas, as repercussões cósmicas do canto do mantram sagrado (OM), a tranquilização profunda produzida pelo som branco da ciência eletrônica, finalmente os poderes infinitos do Verbo Onipresente juntam-se numa divina musicoterapia que não podemos ignorar.

As vibrações sonoras que tão beneficamente repercutem em nossa mente, em nossos nervos, em nosso mundo moral, podem também, infelizmente, se dirigidas noutra direção, acarretar prejuízos sérios ao organismo e ao psiquismo. A música também pode irritar, fatigar, entediar, excitar e desequilibrar. A flauta do Deus Shiva levava o bem às almas, mas as trombetas sopradas diante da cidade de Jericó derrubaram-lhe as muralhas. Enquanto a execução de uma sonata de Beethoven deu alívio a uma tísica com hemoptise e febre, uma charanga militar acende o ardor combativo de soldados; enquanto Mozart acalma, pacifica e eleva uma alma em exaltação doentia, a repetição da música rítmica dos jovens acaba excitando, fatigando, instalando na mente um estado desagradável de exaustão e inquietude, podendo destruir o nervo auditivo.

A música de dança dos jovens, quase toda ela à base de ritmo e indigente de melodia e harmonia, fala muito mais às pernas do que à alma. É boa para estimular um deprimido, mas, mesmo esse, acaba cansando com o sensualismo primitivo e monótono de que é feita. Na música atual dos jovens, psicólogos têm assinalado um processo de regressão à mentalidade primitiva. As letras das canções são pobres e, se são expressivas, o são de um nível mental muito rudimentar. Nelas, as palavras são substituídas por gritos guturais, próprios de uma era muito recuada, antes de o homem ter inventado a linguagem articulada.

Aprenda, meu amigo, a tirar da música alívio, saúde, paz e nutrição para a alma. Defenda-se dos malefícios da música nefasta aos nervos e a seu psiquismo. Os jovens precisam experimentar música adulta. Lucrariam muito aqueles que resolvessem tomar coragem de parecerem diferentes da maioria dos de sua idade e, sem que abandonassem os ritmos de seu tempo, também aprendessem a (silentes, atentos, em relax) se deixar tocar pela música santa dos grandes e inspiradores compositores e, com elas, vivenciar as emoções mais ternas, mais suaves e mais repousantes.

Cante, meu amigo. Isto lhe fará muito bem aos nervos. Quem foi que disse que é preciso fazer um curso de canto para ter o direito de cantar? Se você é naturalmente desafinado, cante assim mesmo. Cante baixo para não amolar os outros. Mas cante. Se estiver só, cante alto, mesmo que venha a espantar os pássaros. Se puder se incorporar a um coral, não deixe passar a oportunidade. Vai ver como isto lhe vai ser proveitoso em relação a seu estado nervoso. Vá aprender a cantar em cooperação e ver como seu pianíssimo num instante, seu canto monótono noutro e mesmo seu silêncio, enquanto os outros cantam, criam beleza para si e para os que vierem a escutar.

*O livro “Yoga para Nervosos” encontra-se em PDF no Google.

Nota: obra do russo Leonid Afremov

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Perugino e Pinturicchio – BATISMO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O afresco intitulado Batismo de Cristo é uma obra dos pintores italianos Pietro Perugino e Pinturicchio. O pintor e arquiteto italiano Giorgio Vasari identificou este trabalho apenas como sendo obra de Perugino, mas, segundo a crítica moderna, esse é responsável por pintar as duas figuras principais (Jesus Cristo e João Batista) e a que se encontra sentada, cabendo o restante a Pinturicchio, mas sem excluir a possibilidade de assistentes na confecção do grande afresco que faz parte da ornamentação da Capela Sistina, em Roma, Itália,  e que tinha por objetivo fazer um paralelo entre a vida do profeta Moisés (Antigo Testamento) e a de Jesus Cristo (Segundo Testamento).

A composição mostra Jesus Cristo sendo batizado por João Batista. Dividindo a obra ao meio está o rio Jordão, passando pelos pés de Jesus e de João que se encontram sobre pedras, e correndo em direção ao observador. Acima da cabeça de Cristo está uma pomba branca, simbolizando o Espírito Santo que envia sete raios representando os seus sete dons (Fortaleza, Sabedoria, Ciência, Conselho, Entendimento, Piedade e Temor de Deus). Deus-Pai encontra-se no centro da parte superior, em meio a uma nuvem dourada, dentro de um círculo ornado com cabecinhas de anjos, tendo dois grandes anjos, um de cada lado, fora do círculo, e quatro pequeninos.

Inúmeras pessoas, em primeiro plano, vestidas com roupas da época, acompanham a cerimônia do batismo de Jesus Cristo. Um homem despindo-se, sentado à margem, parece esperar a sua vez para ser batizado. À direita do Salvador estão três anjos ajoelhados. Dois deles trazem nos braços uma toalha (uma branca e outra escura). Ao fundo, em segundo plano, dois episódios secundários, separados pelo rio Jordão, são retratados: a pregação de Jesus, à direita, e o sermão de João Batista à esquerda. A paisagem, onde se desenrola a cena, é uma visão simbólica de Roma, na qual se vê o Arco do Triunfo, o Coliseu e o Panteão.

Ficha técnica
Ano: 1481/1482
Técnica: afresco
Dimensões: 340 x 541 cm
Localização: Museus do Vaticano, Roma, Itália

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirado
http://www.wga.hu/html/p/perugino/sistina/baptism.html
Http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/p/perugino/sistina/baptism.html

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SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Vivemos em uma sociedade em que os excessos ocupam a mente das pessoas, muitas vezes, são coisas inúteis. No nosso atual modelo, tudo ocorre em um ritmo muito rápido e com muita ansiedade. A modernidade alterou o ritmo da construção dos pensamentos e isso gerou sérias consequências para nossa saúde física e mental – a chamada Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA).

Como toda síndrome, a SPA se constitui de um conjunto de sintomas, mas é algo pouco conhecido das pessoas. Ela foi descrita pelo psiquiatra e escritor Augusto Cury. Segundo ele, trata-se de uma mente repleta de pensamentos, completamente tomada por informações durante o tempo em que a pessoa está desperta, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a saúde física e mental.A SPA não consta nos manuais de psiquiatria de transtornos mentais que usamos (CID 10 e DSM IV). Atualmente deve estar vinculada ao grupo dos transtornos de ansiedade.

O excesso de informações que recebemos das mídias sociais e no dia a dia está dificultando a absorção, a racionalização e apuração das mesmas. Isso interfere no gerenciamento dos pensamentos. Normalmente, essa síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente atentas, produtivas e que ficam sob um constante estresse.

A Síndrome do Pensamento Acelerado ocorre muito comumente em executivos, profissionais de saúde, escritores, professores e jornalistas. No entanto, tem se observado que até mesmo as crianças e adolescentes têm demonstrado essa síndrome. As principais características de uma pessoa com SPA incluem:

  • ansiedade;
  • dificuldade para se concentrar;
  • pequenos lapsos de memória de forma frequente;
  • cansaço excessivo;
  • dificuldade para pegar no sono;
  • irritabilidade;
  • não conseguir descansar o suficiente e acordar cansado;
  • inquietação;
  • intolerância ao ser contrariado;
  • mudança de humor repentina, insatisfação constante;
  • sintomas psicossomáticos como: dor de cabeça, dor nos músculos, queda de cabelo, gastrite, etc.
  • É comum a sensação de que as 24 horas do dia não são suficientes para fazer tudo o que se deseja.

O tratamento contra a Síndrome do Pensamento Acelerado deve ser orientado por um profissional especializado, como psicólogo ou psiquiatra. Geralmente o foco do tratamento mira na melhoria dos hábitos de vida, procurando incluir pausas durante o dia, fazer atividades físicas, incluir momentos de prazer no dia a dia, como ouvir uma música, ler um livro, fazer uma meditação, etc. Tudo isso com objetivo único de desacelerar os pensamentos.

É ainda aconselhado evitar as longas jornadas de trabalho, fazendo as tarefas relacionadas apenas durante o horário laboral e tirar férias por curtos períodos de forma mais frequente. Uma boa dica é, ao invés de tirar um mês de férias, que a pessoa possa usufruir alguns dias de descanso a cada três ou quatro meses, porque assim há mais tempo para recuperar as energias e desligar a mente das tarefas do trabalho e dos estudos.

Sigmund Freud disse que o “pensamento é o ensaio da ação”. Concordo, mas desde que o pensamento seja depurado por dias mais tranquilos e menos acelerado.

 Nota: obra de Pablo Picasso , A Musa.

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