A SAÚDE NA ESTAÇÃO DO INVERNO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

INVERNO

O inverno já está chegando. A estação mais fria do ano normalmente vem acompanhada por um inimigo oculto – as baixas umidades relativas do ar, inconveniente climático causador de vários problemas respiratórios. Hoje vamos ver o que fazer para aliviar as crises e desconfortos nesta época do ano.

Neste período há uma grande preocupação com a umidade relativa do ar, porque ela representa uma variável que pode afetar o organismo como um todo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal gira entre 40% e 70% de umidade (abaixo de 30% é considerada como situação de alerta). O tempo seco, com baixa umidade do ar, dificulta a dispersão dos poluentes e provoca o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a crises de asma, infecções virais e bacterianas. Baixa umidade do ar pode também cursar com desidratação, o que favorece o aparecimento irritações oculares e piora das alergias.

O horário crítico, em geral, ocorre entre 15h e 16h. Quando o nível cai para menos de 20%, os prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes com dor de cabeça, piora dos quadros alérgicos, sangramento nasal, garganta irritada (acompanhada de tosse seca), sensação de “areia nos olhos” (ficam vermelhos e congestionados), ressecamento da pele e cansaço (a pessoa fica mais indisposta para as atividades do dia a dia), etc. É importante frisar que as crianças e idosos são grupos que merecem atenção especial nesta época.

O que fazer neste período de maior secura? Atitudes simples que, se inseridas em nosso dia a dia, é possível passar estes meses sem maiores transtornos. Pontos importantes a serem observados são:

  • lave as mãos com frequência e use álcool em gel sempre que possível;
  • procure manter o corpo sempre bem hidratado, bebendo bastante água, mesmo sem sentir sede;
  • opte por frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo.
  • em especial, fique atento à hidratação das crianças e idosos;
  • aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
  • evite a prática de exercícios físicos entre 10h e 16h;
  • use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
  • coloque bonés (ou chapéus) e óculos escuros para proteger-se do sol.

De igual forma não se pode negligenciar no controle do ambiente onde estamos. Cuidados a serem observados:

  • coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos aposentos, principalmente nos quartos, antes de dormir (fechar as janelas e a porta do quarto às 18h e ligar o nebulizador até na hora de dormir);
  • evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias respiratórias;
  • mantenha a casa sempre limpa e arejada (pela manhã, deixe janelas abertas para melhor ventilação e insolação dos cômodos);
  • o tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis e cortinas, portanto, não utilize vassouras de pelo. Faça a limpeza da casa com panos úmidos.

Feito tudo isso, que venha o inverno!

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Renoir – RETRATO DE MARTHE BÉRARD

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O pintor francês, Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) alegrava-se por ter nascido numa família de grande talento manual, onde havia alfaiates, ourives e desenhista de modas. Para ele teria sido mais difícil se tivesse nascido numa família de intelectuais, pois teria levado muito tempo para se livrar das ideias recebidas. De origem humilde, aos 13 anos de idade, Renoir deu início à sua carreira artística, pintando porcelanas, cortinas e leques para ajudar financeiramente sua família, composta por mais seis irmãos. Émile Laporte, seu colega nas aulas noturnas da Escola de Desenho e Arte Decorativa, incentivou-o a frequentar o ateliê do mestre suíço Charles Gleye, para que pudesse depois se ingressar na Academia, o que aconteceu dois anos depois.

A composição denominada Retrato de Marthe Bérard, também conhecida como Garota Vestindo uma Faixa Azul, é uma obra do pintor. Faz parte do acervo do MASP desde 1952. Renoir fez inúmeros retratos de crianças, na maioria das vezes valendo-se de uma técnica em que usa cores vistosas e trabalha minuciosamente nos detalhes. O retrato da gatorinha Marthe Bérard, porém, em relação aos demais, é mais comedido, ou seja, um tanto frio. Não é possível, contudo, deixar de observar a maestria do pintor, ao lidar com os pretos e azuis, brancos e cinzas da pintura.

Marthe Bérard, que tinha apenas nove anos quanto teve este seu retrato pintado, é apresentada numa pose de garota bem-comportada. Ela era filha de Paul Bérard, um importante diplomata e um dos mais significativos colecionadores das obras de Renoir.

Ficha técnica
Ano: 1879
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 128 x 75 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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EXERCÍCIOS PARA O CORPO E SAÚDE MENTAL

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Tenho pra mim que o melhor exercício é aquele do qual a pessoa gosta, ou seja, aquele em que o sujeito se sente bem, não tem monotonia ou preguiça durante sua execução. Entretanto, um relatório do departamento da Harvard Medical School listou quais seriam as melhores atividades que toda pessoa – independentemente da faixa etária – pode e deve fazer para melhorar a saúde e, consequentemente, diminuir os riscos de obter as chamadas doenças crônicas.

O estudo além de ranquear os melhores exercícios, traz também dicas de como manter a rotina e a motivação na hora de praticar alguma atividade física. De acordo com o levantamento, alguns tipos de exercícios podem fazer maravilhas para a saúde, pois ajudam no controle do peso, fortalecem os ossos, protegem as articulações e ajudam a melhorar até a memória.

Começamos pela natação, que é ideal para quem sofre com problemas nas articulações, pois não tem impactos para as juntas. Este tipo de atividade e outros esportes aquáticos, como a hidroginástica, são treinos poderosos, pois aliviam a tensão do corpo, reduzem os níveis de estresse, queimam calorias e ajudam a reduzir o peso, tonificam os músculos e melhoram até o estado mental da pessoa. Outro exercício listado foi o Tai Chi Chuan, arte marcial chinesa que não é boa apenas para mente, mas também para o corpo. Por conta dos movimentos suaves, o Tai Chi provoca relaxamento do corpo e ajuda a aliviar todo o estresse. Em idosos ajuda, e muito, no equilíbrio.

A musculação vai além do fortalecimento dos músculos. O estudo relata que a musculação melhora a força, controla o peso e preserva as funções cerebrais. Já a caminhada melhora os níveis de colesterol, fortalece os ossos, controla a pressão arterial e impacta positivamente até mesmo no humor e também na memória. Para quem quer começar a praticar caminhadas, a escolha do tênis ideal é o primeiro passo. O ritmo e a frequência também precisam ser levados em consideração a fim de que o exercício apresente algum tipo de resultado. Para quem não tem o hábito de caminhar, 10 a 15 minutos por dia em um ritmo moderado já é um bom começo.

Em fim, deixamos por último os exercícios Kegel. Menos conhecido em nosso meio, este tipo de exercício fortalece a musculatura da pelve e ajuda na prevenção de problemas nessa região, como prolapso uterino, por exemplo. Este tipo de atividade física normalmente previne a incontinência urinária e alguns estudos indicam que sua prática pode impactar também na melhora do desempenho sexual e consequentemente do humor.

Recentemente, uma paciente minha usando medicação psicotrópica para o controle de crises de ansiedade generalizada (conhecida pela sigla TAG) e transtorno obsessivo compulsivo (TOC), conseguiu parar com o medicamento e ter controle sobre os sintomas do transtorno ansioso simplesmente iniciando uma rotina de atividades físicas diárias. Não é milagre. É ciência! E está comprovando os reais benefícios das atividades físicas. Então, mexa-se.

Nota: O Acrobata, obra de Pablo Picasso

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Van Gogh – PASSEIO AO CREPÚSCULO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

As forças da alma estão presentes tanto no homem como na paisagem. (Van Gogh)

Não é muito mais belo, glorioso e magnífico imaginar as árvores da floresta a arder em direção aos céus como tochas da alma, do que velas apenas como focos de luz que iluminam a escuridão dos nossos fornos? Será por isso que atingem aquela altura imponente? O próprio sol não pode iluminar o mundo se não tiver almas que se apercebam da sua luz. (Van Gogh)

O genial pintor holandês Vincent van Gogh (1853 – 1890) é um dos grandes nomes da pintura universal. Mas não é fácil falar sobre ele, pois suas paixões e sentimentos estão ligados à arte de tal forma que não é possível ater-se ao seu trabalho sem mergulhar na nobreza de sua alma impregnada de nobres ideais, aos quais se entregou a ponto de sacrificar a própria vida, pois nele tudo funcionava como um todo indivisível e exacerbante ao extremo. Contudo, a sua genialidade artística só foi reconhecida após sua morte. Mesmo tendo pintado 879 quadros em menos de uma década, só conseguiu vender um – A Vinha Vermelha – por um valor insignificante. Atualmente, seus quadros estão entre os mais caros do mercado das grandes obras de arte. Quanta ironia!

A composição denominada Passeio ao Crepúsculo, também conhecida como Paisagem com Casal Caminhando e Lua-Crescente, é uma obra do artista, pintada durante a sua internação no sanatório de Saint-Paul de Mausole, em Saint-Rémy, na França. Ele se encontrava à época muito doente, tomado por alucinações, como mostram as suas árvores contorcidas, espalhadas por grande parte da tela, assim como a intensidade de suas pinceladas. É também um prenúncio da tempestuosidade de suas últimas paisagens de Auvers-sur-Oise, como “Campo de Trigo” em que corvos são vistos esvoaçando.

A paisagem crepuscular apresenta um casal em primeiro plano no meio de uma vegetação verde formada por oliveiras e ciprestes. Homem e mulher dialogam entre si, como mostra o gestual de seus corpos. O homem de barba e cabelos alaranjados (parecido com o próprio artista) usa roupa azul-violeta. A mulher usa um vestido amarelo que deixa visível um de seus pés. Sua mão direita está levantada e a cabeça voltada para a sua direita, como se mostrasse algo. O amarelo do vestido da mulher e o amarelo do céu contrastam com o azul da roupa do homem e o azul das montanhas. A energia das pinceladas e as cores fortes da paisagem demonstram o agitado mundo interior do artista.

Dois altos ciprestes aparecem ao fundo, à esquerda e à direita. Outros menores alinham-se a eles. Tanto as oliveiras quanto os ciprestes fizeram parte das paisagens do artista, quando ele se encontrava em Saint-Rémy. Uma lua-crescente estonteantemente amarela, envolta por uma auréola, aparece à esquerda, tendo um céu azul pincelado de amarelo como fundo. O horizonte flameja em tons vermelho e alaranjados. As montanhas ao fundo são pintadas em pinceladas diagonais, nas cores azul e preta.

Também nesta obra de Van Gogh está presente a influência da arte japonesa (japonismo), como mostram as cores vibrantes e o contorno de linhas grossas e escuras dos elementos presentes no solo. Esta composição pertence ao acervo do Masp deste 1958, sendo tida como um de suas obras  mais preciosas.

Ficha técnica
Ano: 1889/1890
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 52 x 47 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.1st-art-gallery.com/Vincent-Van-Gogh/Landscape-With-Couple-Walking-And-

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Monet – A CANOA SOBRE EPTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho


Estou novamente incomodado com coisas impossíveis de fazer: água com vegetação ondulante no fundo. (Monet)

Claude-Oscar Monet (1840 – 1926) nasceu em Paris, mas viveu a sua infância e adolescência em Le Havre, cidade portuária francesa para onde seus pais se mudaram, crescendo num ambiente burguês. Na sua casa, apenas a mãe, Louise, mostrava interesse pela pintura. O pai Adolphe não aceitava as inclinações do filho por tal arte, de modo que o relacionamento entre os dois começou a gerar conflitos. E piorou ainda mais quando o filho deixou a escola, pouco tempo antes de concluir os estudos.

A composição denominada A Canoa sobre o Epte ou também Passeio de Barco no Rio Epte ou simplesmente A Canoa no Epte, que faz parte de uma série, é uma obra do artista impressionista francês que a manteve em seu atelier até a sua morte, sendo herdada por seu filho Michel. Hoje se encontra em solo brasileiro. Faz parte do acervo do MASP desde 1953.

Monet sempre teve predileção por temas envolvendo água, como podemos ver em suas famosas “Ninfeias” e nas paisagens de Argenteuil. As duas garotas que serviram de modelo para este quadro e que posaram para uma série de trabalhos de Monet são as irmãs Blanche e Suzanne Hoschedé, filhas do primeiro casamento de Alice Hoschedé, segunda esposa do artista. O rio Epte banhava a propriedade de Giverny.

As moças estão sentadas dentro da canoa, uma de frente para a outra, sendo que apenas uma delas rema. Elas parecem fora de foco em razão do movimento da canoa na água. O pintor capta a luminosidade das figuras em cor-de-rosa que, além de contrastar com o verde das águas e da vegetação, parecem dissolver seus volumes em vibrações cromáticas. No fundo do rio é vista uma vegetação ondulante, algo difícil de fazer, segundo o artista. Chama à atenção a visualidade da água obtida pelo artista.

A embarcação é retratada na posição horizontal, começando pelo centro lateral da tela, à direita, e inclinando-se para cima, à medida que se dirige para a esquerda. A margem atrás da canoa é formada por folhas e flores de um azul-esverdeado, mostrando-se iluminada pelos raios do sol. As águas do rio que ocupa a maior parte da tela também recebem os reflexos luminosos do sol. A moça à direita não traz o corpo todo à vista, devendo o observador completá-lo com a imaginação, assim como o restante da canoa.

Ficha técnica
Ano: c. 1890
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 133 x 145 cm
Localização: Museu de Arte, São Paulo, Brasil

Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://wikivisually.com/wiki/Boating_on_the_River_Epte

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SUPERANDO O ESPÍRITO DE VINGANÇA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas. (Confúcio, filósofo chinês)

A vingança conceitualmente consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em resposta a algo que foi sentido como prejudicial. Embora muitos de seus possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem busca por ela deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e garantir que não seja capaz de repetir a ação novamente. Pergunta: a vingança traz bem-estar para a pessoa ou traz prejuízos?

A vingança é um dos comportamentos mais primitivos exibidos pelo homem. E, vale dizer, não precisamos de muito esforço para encontrar relatos de vingança ao longo de toda a história da humanidade. Na Idade Média, por exemplo, famílias feudais se envolviam em guerras sangrentas para “lavar a honra”.

Gandhi dizia que com a aplicação desenfreada do “olho por olho, o mundo acabará cego”. A vingança é uma tentativa falida de equilibrar a balança, pois, por mais ajustes que se façam, ela sempre ficará desequilibrada. A primeira emoção que costuma aparecer quando nos vingamos é de satisfação e o sentimento de que tudo recuperou o seu equilíbrio. Mas é uma falsa sensação, pois no médio e longo prazo, a vingança não traz boas sensações.

Uma pesquisa realizada na Suíça foi atrás de respostas para saber o que ocorre no cérebro de pessoas que acabaram de se vingar de algo ou alguém. O resultado final mostrou que a parte acionada nessas circunstâncias é o núcleo caudado, uma região do cérebro associada ao processo de recompensas. Entretanto, passado algum tempo, outro problema tomava lugar. Descobriu-se também que o gesto vingativo deixava de ser satisfatório no curto prazo. Após se concretizar uma vingança, parece que velhas feridas são reabertas, dando vazão a sentimentos de culpa, vergonha e mal-estar.

Em sentido oposto, foi demonstrado também que os indivíduos que escolheram não se vingar apresentavam uma maior satisfação com a vida, um humor mais positivo e menos sintomas psicossomáticos. Portanto, a revanche carrega um efeito paradoxal que, no início, traz alívio e satisfação e, no momento seguinte, suscita sentimentos mais acentuados e prolongados de aborrecimento e irritabilidade.

O que podemos fazer para deixar de lado uma vingança:

  • canalize toda sua energia de situações que geram raiva e injustiça para gerar ações positivas para seu desenvolvimento;
  • saia do papel de vítima e assuma responsabilidades na condução da sua vida;

perdoe, pois perdoar é a melhor coisa que você pode fazer por si mesmo. Por mais que você tenha sido machucado e por pior que tenha sido essa decepção, o perdão pode te libertar do rancor e da amargura;

  • deixe o que aconteceu no passado e leve essa experiência como aprendizado, pois esta é a melhor maneira de seguir em frente e focar no que realmente importa: você.
  • e, por fim, desenvolva sua inteligência emocional, que é a habilidade de saber lidar bem com as angústias da vida.

Nota: Jovem Adormecida, obra de Pablo Picasso.

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