A CAVERNA DO DIABO (III)

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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

Ficamos sabendo também que o caminho até a “Caverna do Diabo” era muito ruim, estreito e só possível de “jipe”. Mesmo o caminho precário para um jipe, não chegava até a caverna: os dois últimos quilômetros tinham que ser feitos  a pé por uma estreita picada no mato. Não havia ninguém na  gruta. Teríamos que assumir os riscos de uma aventura e nela entrar sem qualquer guia, contando com as informações colhidas à noite no armazém. Eu estava, com meus dois companheiros de viagem, em  minha camionete De Soto que, pelo tamanho e por não ter tração nas quatro rodas, era inadequada para  a precária estrada. Combinamos então com nossos recém conhecidos de São Paulo que iríamos os cinco no jipe deles.

Às três da madrugada seguinte saímos da modesta pensão em que havíamos dormido algumas horas e nos pusemos na estradinha para a gruta. Logo a estrada se tornou pouco mais que uma picada. Nos primeiros quilômetros, numa pequena “ponte”, tivemos que apear, tal a evidente precariedade da travessia pelo “mata burro”. Logo a estrada se tornara inteiramente envolta pela densa mata. Já distante da vila, no meio do mato, encontramos algumas reses deitadas no meio do caminho. Tivemos que diminuir a velocidade ou parar para que umas vacas mais sonolentas nos deixassem passar. Prosseguimos pelo mato. Já a última vaca deitada na estrada havia ficado bem para trás.

Outra vez topávamos com o que pensávamos fosse uma novilha marrom deitada bem no meio da estrada. Fomos nos aproximando. Quando já estávamos a poucos metros, aquele corpo marrom se levantou e foi trotando lentamente na estradinha à nossa frente. Só aí nos demos conta que aquilo que pensávamos ser uma novilha era uma grande onça, a suçuarana de que tanto havíamos ouvido. Custou-nos crer que estávamos mesmo diante, ou melhor atrás, de uma autêntica onça. Depois de trotar à frente de nosso jipe por alguns metros, a onça parou e armou um grande salto para cima do barranco marginal da estrada. Nesse momento pudemos ter uma completa visão daquele grande e ágil corpo num salto espetacular para ganhar o alto do barranco e a escuridão.

Todos nós havíamos ficado em um silêncio estupefato pela surpresa daquele encontro. Daí pra frente nós estávamos dando conta de que as onças de que tanto ouvíramos falar não eram apenas lendas. Tínhamos visto uma, e das grandes, bem de perto. Isso também acrescentava mais “adrenalina” à aventura em que estávamos metidos. Já não iríamos andar pelo mato tão despreocupadamente como até aí. Enfim chegamos ao fim da estradinha. Agora era preciso seguir a pé, mesmo sabendo que as onças existiam de fato. Já clareava o dia. Onde acabava a estradinha, uma tosca seta indicava a direção da trilha  para a gruta.

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Perugino – A CRUCIFICAÇÃO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A pintura denominada A Crucificação, também chamada de A Crucificação com a Virgem, São João, São Jerônimo e Santa Maria Madalena, é uma obra-prima da maturidade do pintor italiano Pietro Perugino, responsável por inúmeras obras religiosas. Ela é também conhecida como o “Tríptico Galitzin” que é o nome da coleção da qual fez parte. A obra foi uma doação de Bartolomeo Bartoli à igreja de S. Domenico, em San Giminiano, na Itália. Chegou a ser atribuída a Rafael Sanzio, no passado, mas hoje já não se tem dúvidas de que é um trabalho de Perugino, feito quando o artista trabalhava na Capela Sistina ou logo após. Suas pinturas tornaram-se conhecidas, sobretudo, pela graciosidade das madonas, pela delicadeza das santas e pelas suaves paisagens ao fundo.

Esta composição, maravilhosamente impregnada de humor poético, que exala uma piedade silenciosa, foi descrita por um contemporâneo do artista como “aria angelica et molto dolce” (ar angélico e muito doce). Apesar de mostrar-se subdividida em três painéis, compõe na verdade um todo, como mostra a paisagem que serve de fundo, contínua em toda a sua extensão, unindo as cenas.  Esta tem início com um grupo de rochas, passando por uma paisagem aberta ao meio, e finalizando com outro grupo de rochas. Em primeiro plano, uma fileira de plantinhas enfeita a composição em toda a sua base, também a unificando.

O primeiro painel apresenta São Jerônimo, seminu e sem barba, aparentando meia-idade, apoiado num cajado. Ele passou grande parte de sua vida vivendo numa caverna. Às suas costas, um pouco mais distante, vê-se a figura de um leão, animal que faz parte de sua simbologia, pois conta-se que, enquanto o santo trabalhava com alguns monges em sua caverna, ali adentrou um leão com a pata cheia de espinhos. Os religiosos correram, mas ele tirou os espinhos do animal e tratou-lhe as feridas, ganhando assim a sua confiança e amor. E esse passou a segui-lo por toda parte.

O segundo painel mostra Cristo pregado à Cruz, tendo à sua direita sua mãe Maria, com os olhos voltados para o chão,, e, à esquerda, São João Evangelista que o fita com ternura. A suavidade expressa no seu rosto repassa a impressão de que ele já se elevou acima do sofrimento humano. A Virgem e o santo encontram-se descalços sobre o chão terroso. Ao fundo desenrola-se uma delicada paisagem com uma ponte, árvores, edificações e serras, um castelo sobre uma elevação rochosa, enquanto o mar, onde são vistas algumas embarcações, funde-se com o azul do céu.

O terceiro painel traz Maria Madalena na mesma postura de São João Evangelista, com as mãos cruzadas junto ao corpo e com os olhos voltados para o seu amado Mestre. Apenas a postura de suas mãos apresenta uma pequena diferença. A expressão facial também é igual. Sua vestimenta é bem parecida com a do santo, divergindo nas cores e na posição do manto no seu lado esquerdo. Assim como os demais personagens, ela se encontra descalça.

Ficha técnica
Ano: c.1450 a 1523
Técnica: óleo em painel transferido para tela
Dimensões: painéis laterais: 95 x 35 cm cada um; central: 101,5 x 56,5 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.nga.gov/collection/gallery/gg20/gg20-29.html

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MEDITAÇÃO E BEM-ESTAR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

                       

A meditação fortalece nossa capacidade de concentração, aumenta a atividade em áreas relacionadas afeto positivo e equilibra nosso sistema imunológico. Promove uma mudança na plasticidade cerebral que nos favorece. (Denize de Castro Menezes)

A meditação promove alterações químicas de grande impacto. Neurotransmissores desejados, como é o caso da serotonina, o chamado hormônio da felicidade, têm sua liberação aumentada; outros, menos desejados, como o cortisol, têm sua produção diminuída. (Martin Porter)

Ao praticar a meditação, a pessoa atém-se ao momento presente. Ao desligar-se das preocupações, normalmente direcionadas ao passado e ao futuro,  ela sente uma sensação de relaxamento e prazer, resultantes de um rearranjo das sinapses dos neurônios.

Passos para a meditação:

1 – O momento certo

Deve-se procurar um momento propício para a prática, lembrando-se de que não é necessário muito tempo. Segundo Roberto Debski: “Para conseguir meditar ao menos 10 minutos por dia, precisamos de disciplina: fazer da prática uma obrigação com nossa saúde, agendar um horário definido e comprometer-se em usar este tempo para meditar”. O psicólogo e médico especialista em medicina integrativa também aconselha o uso de um despertador “para tocar suavemente ao término do tempo que você determinou; assim não há preocupação nem uma pausa a cada momento para observar o relógio”.

2 – Ambientes Variados

O ambiente deve ser o mais tranquilo possível, sem objetos que possam gerar distrações (celular, tevê, pessoas transitando, música alta, etc.). Contudo, pode-se aproveitar até mesmo a fila do Banco ou do supermercado para ficar atento à respiração. Locais em que haja contato com a natureza favorecem uma boa meditação.

3 – Posição

Pode se usar a “Postura de Lótus” ou de “Meia-Lótus” (ver imagens acima), mas não é necessário fazer uso de tais posições, pois deve-se levar em conta o conforto, embora a coluna deva sempre permanecer ereta. As mãos podem ficar no colo. Os olhos, porém, só podem ficar fechados se a pessoa não tiver facilidade para dormir. Caso contrário, deverão ficar entreabertos com o olhar fixo em algum objeto, como uma chama de vela, uma lâmpada fraca, um quadro, etc.

4 – Roupas Confortáveis

Devem ser usadas roupas que ofereçam o máximo de comodidade, sendo necessário retirar tudo que possa dificultar a circulação do sangue, incomodar ou causar qualquer distração (joias, cintos, relógios etc.).

5 – Respiração

A concentração é primordial para a meditação. No início é natural que algumas pessoas sintam dificuldades em manter a mente focada, sendo necessário concentrar na respiração, o que ajuda a aquietar a mente, ou seja, sair do nível “beta” (em que todos os órgãos dos sentidos estão ativados), para o “alfa” (em que o foco é a respiração). Assim, as ondas cerebrais desaceleram. Segundo a terapeuta Nara Louzada “Não existe meditação sem concentração”. Ela também ensina como fazer: “Respire lentamente, contando seis tempos (inspirar e expirar em seis tempos). Essa técnica, além de induzir a um relaxamento, libera as toxinas do corpo que geram tensões e ansiedade”.

6 – Tempo

A meditação deve ser um processo diário. Os efeitos da prática nem sempre são imediatos, pois algumas pessoas, no início, sentem dificuldades para treinar a mente. Mas isso não é motivo para desânimo. Neste caso, volte sempre para a respiração ou para a contagem ou para a música. Uma alternativa para quem tem dificuldades para meditar é ligar tal atividade à caminhada, como ensina o doutor Roberto Debski: “É uma meditação ativa. Devemos perceber os passos, o movimento das pernas, a respiração, os pés tocando o chão e se alternando nas passadas. Todos estes são chamados de âncoras e facilitam a atenção e a concentração. A junção das duas atividades favorece os que não conseguem ficar parados, aprimora o condicionamento físico e melhora a capacidade respiratória”.

O doutor Roberto Debski adverte que: “Para conseguir meditar ao menos 10 minutos por dia, precisamos de disciplina: fazer da prática uma obrigação com nossa saúde, agendar um horário definido e comprometer-se em usar este tempo para meditar”.

Meditação – Músicas e Mantras

Não resta dúvidas de que, entre os nossos cinco sentidos, a audição é aquele que mais nos chama a atenção. A resposta para isso encontra-se na história da humanidade, pois, em seus primórdios, os ouvidos humanos estavam sempre em alerta, treinados para identificar os sons que representassem perigo. É por isso que eles desviam a nossa atenção com tanta facilidade.

A meditação exige concentração e essa exige focar a mente, por isso, os sons desordenados que chegam aos nossos ouvidos constituem um grande empecilho para tal prática. Uma alternativa é buscar estímulos auditivos propícios à prática, como afirma o neurocientista Aristide Brito: “A música faz com que a pessoa se concentre, porque atrai a atenção para a audição, trabalhando no córtex cerebral de forma a anestesiá-lo. Além disso, também dá ritmo e, quanto mais lenta, mais se alinha ao batimento cardíaco e acalma. A mesma coisa para os mantras (e as orações) que fazem a mente focar em um ponto e desligar, caracterizando um estágio de relaxamento mais adequado”.

A prática da meditação, quando aliada à música e aos mantras, torna os resultados ainda mais eficientes, pois, segundo o Dr. Aristides Brito, traz os seguintes benefícios:

  • estimula a circulação
  • melhorar a oxigenação
  • libera dopamina (substância responsável pelo prazer)
  • desperta a memória (pois aciona o hipocampo)

O ritmo está ligado ao movimento e envolve circuitos do cérebro relacionados ao tempo e à ordenação motora. A harmonia também ativa o cerebelo e o tronco cerebral que despertam a cognição. Ademais, a repetição de mantras ou letras de música incitam área de broca e  Wernicke relacionados com a linguagem”. A escolha dos mantras e das músicas é de acordo com cada pessoa.

Fonte de pesquisa:
Revista Segredos da Mente, Cérebro e Meditação – nº 1

Nota: imagens copiadas de br.syvum.com

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Alessandro Magnasco – O BATISMO DE CRISTO

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição O Batismo de Cristo é uma obra do pintor italiano Alessandro Magnasco (1667 – 1749) que iniciou seus estudos com seu pai, o pintor Stefano Magnasco. Foi também aluno de Valerio Castello e Filippo Abiatti. Trabalhou para o grão-duque Fernando de Medici e para as famílias Borromeo e Visconti, entre outras. Em suas paisagens fantásticas, castigadas pelas intempéries, o artista dispõe suas figuras longilíneas e dramáticas através de uma pintura enérgica e de um jogo de luz responsável por produzir efeitos sombrios. Esta obra é certamente de sua última fase de vida, já nos seus 70 anos de idade.

Ao contrário de outros artistas que pintaram o batismo de Cristo no rio Jordão, Magnesco situa-o numa paisagem fantástica. Seus personagens, que mais se parecem com arabescos, encontram-se totalmente absorvidos pela natureza, composta por um conjunto de galhos, pedras, ondas e nuvens, bem ao estilo fantástico do artista. A imaginação do pintor acrescenta à cena uma tempestade bizarra, como se se tratasse de um acontecimento cósmico.

A figura de Jesus Cristo, meio ajoelhada, pode ser divisada através de um halo brilhante em torno de sua cabeça e uma estrela brilhante logo acima. À frente do Mestre está João Batista, de pé, derramando água sobre sua cabeça. Dois anjos encontram-se à direita de Jesus.

Ficha técnica
Ano: c.1730
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 117 x 147 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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A SAÚDE E A ONDA DE FAKE NEWS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

As falsas notícias, mais conhecidas por fake news, tomaram conta das redes sociais como um vírus que se propaga rapidamente. São notícias fabricadas e que informam mal o público que as lê, em especial quando se tratam de notícias relacionadas à saúde. Neste texto, vamos tratar de um tema atual e de grande preocupação – falsas notícias na saúde.

Imaginamos que, quando uma notícia é compartilhada por alguém que conhecemos e confiamos, ela seja legítima. Ou que os dados de algum veículo respeitado tenham sido rigorosamente checados. Mas não é sempre o caso. Notícias de saúde desonestas e falsas, especialmente as publicadas online, cresceram e são compartilhadas com mais frequência que as baseadas em evidências, segundo uma análise do jornal norte-americano “The Independent”.

Atualmente, vários estados, incluindo Minas Gerais, enfrentam uma epidemia de febre amarela e, em paralelo, estamos sendo bombardeados por informações falsas sobre o assunto, que têm afastado muita gente da vacinação, que é a forma mais eficiente de prevenção. Para se ter uma ideia, circulou no “WhatsApp” uma notícia que relacionava a vacina a casos de autismo. Outra fake news recente dá conta de que a vacina da febre amarela poderia levar a pessoa à morte. Estas e outras notícias maliciosas têm como pano de fundo principal o lucro.

As redes sociais transformaram isso em um modelo de negócio, onde donos de sites mal-intencionados e que produzem conteúdo falso lucram com anúncios. Não importa se a notícia é falsa ou verdadeira, pois o que importa é se ela irá atrair o público para aquele site, gerando um maior faturamento. Outro motivo é o compartilhamento instantâneo, sem antes fazer a leitura do conteúdo, baseando-se simplesmente na confiança. Fique atento a isso! Não replique ou compartilhe uma notícia sem ter a certeza de que o conteúdo é de fonte confiável.

As fake news se tornam um problema ainda maior quando o conteúdo é sobre saúde. Impressionantes 90% das pessoas afirmam que confiariam em informações sobre qualquer tema que elas leem nas redes sociais, mesmo que 60% dos links sejam compartilhados por pessoas que não leram o conteúdo da notícia, segundo a pesquisa do “The Independent”. Isto é assustador! Temos de enxergar as falsas notícias como baratas, ou seja, com uma tremenda repulsa.

O fácil acesso a informações nas redes sociais leva muita gente a seguir conselhos médicos que podem ter consequências sérias. É preciso ter um filtro e sempre checar as fontes de uma notícia em sites confiáveis de instituições de ensino e de pesquisa. O Google, por exemplo, criou recentemente um novo método sobre pesquisas em saúde. Ao digitar qualquer condição médica na plataforma, um painel é destacado na parte direita da página, mostrando informações importantes sobre a doença, como transmissão, sintomas e orientações médicas. Os dados são aprovados por médicos do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e, portanto, muito mais confiáveis.

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Boucher – O BANHO DE DIANA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

bandian

O gravador, desenhista e pintor francês François Boucher (1703 – 1770) era filho de um artista que criava padrões para bordados e ornamentos. Iniciou sua vida artística ainda muito jovem, como aprendiz de Fraçois Lemoyne, onde ficou por um breve tempo, vindo depois a trabalhar para Jean François Cars, um gravador de cobre. Aos 20 anos de idade recebeu o “Grand Prix de Rome” que era um incentivo aos novos artistas.

A composição denominada O Banho de Diana, também conhecida por Diana em Repouso, é uma obra do artista que nos mostra o porquê d ter sido um virtuose do pincel. Apresenta-nos uma cena íntima, em que Diana, a deusa da caça, toma banho à beira de um riacho, acompanhada por uma ninfa. Ambas estão totalmente desnudas, deixando à vista a pele dourada. Embora se mostrem inocentes em seu banho, a sensualidade não deixa de apresentar-se como um elemento erótico da pintura.

A deusa está sensualmente sentada num terreno inclinado, sobre tecidos sedosos e coloridos, com o tronco vergado para frente, com a perna esquerda sobre a direita. Seu pé não se apoia inteiramente no chão. Traz nas mãos um colar de pérolas e na cabeça um diadema semelhante, acrescido de uma meia-lua e de fitas vermelhas que se enroscam em seus cabelos, caindo-lhe pelas costas. Ela observa sua companheira, sentada à sua direita, cingida com fitas azuis, trazendo o olhar voltado para sua perna direita.

À esquerda da deusa estão seu arco e as aves caçadas por ela. À direita, mais distante, estão seus cães, um deles bebendo água e o outro aparentemente atento a algum ruído. À frente das duas figuras está um feixe de setas, dentro da aljava, usadas para caçar. Segundo a mitologia romana, Diana era a deusa da caça que, zelosa de sua virgindade, transformou o caçador Acteão em cervo, por tê-la visto nua durante o banho.

Ficha técnica
Ano: c. 1752
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 59 x 73 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fonte de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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