Pietro da Cartona – AS QUATRO IDADES DA VIDA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada As Quatro Idades da Vida é uma obra do pintor italiano Pietro da Cartona, baseada na mitologia grega.

Segundo a mitologia grega, a Terra passou por quatro idades:
• A Idade do Ouro
• A Idade da Prata
• A Idade do Bronze
• A Idade do Ferro

Os deuses criaram a Terra, os animais e a humanidade. Aqui embaixo tudo transcorria na mais perfeita paz e harmonia. Embora não houvesse leis determinadas, reinava a inocência, a verdade e a justiça. O homem era tido como animal superior, zelando pela flora, fauna, águas e tudo que fazia parte do novo mundo. Em troca, a Terra, que vivia numa eterna primavera, acumulava-o de bens, suprindo todas as suas necessidades, sem que tivesse que trabalhar. Ela era tão dadivosa que nem era preciso plantar sementes para a produção de alimentos. Os rios, em vez de água, eram cheios de leite e de vinho. As árvores vertiam mel abundantemente. Vivia-se a esplendorosa Idade de Ouro.

Transformações aconteceram com a humanidade que, imbuída de desejos personalistas, passou a desviar-se da retidão. O poderoso deus Júpiter optou por fazer mudanças na organização terrena, mas a humanidade não melhorou. Não aprendeu que era preciso retomar a vida de inocência, verdade e justiça. Ao contrário, piorava cada vez mais.

Os deuses então a abandonaram a Terra, ficando apenas Astreia, a deusa da justiça, da inocência e da pureza, talvez por acreditar, ingenuamente que ainda poderia salvar a humanidade. Ela ficou na Terra até o final da Idade do Bronze, quando viu que a espécie humana não tinha mais jeito, fadada aos muitos desatinos que viriam. Deixando-a assim que começou a Idade de Ferro. E foi habitar o firmamento na forma da constelação Virgem.

Ficha técnica
Ano: 1637
Técnica: afresco
Dimensões: 165 x 128 cm
Localização: Salla dela Stufa, Palazzo Pitti, Firenze, Itália

Fontes de pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

Views: 2

A IMPORTÂNCIA DO DESABAFO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Ah, o desabafo! Como é importante em nosso dia a dia e para a nossa saúde física e mental poder dar uma bela desabafada. O desabafo é a exteriorização de pensamentos ou sentimentos muito íntimos que ocorre de formas distintas em cada um de nós. É uma expressão espontânea e franca de uma ideia ou de alguma emoção. Enfim, é um desafogo para a alma e para o espírito. Vamos aprender agora como desabafar.

Dor, angústia, alegria, satisfação, grito, uma crise de choro. São várias as formas como podemos nos expressar para dar o nosso desabafo, que pode ser exteriorizado desde em uma conversa com alguém de confiança, passando por um terapeuta ou até mesmo um grito de choro. Desabafar é aliviar-se, abrindo o coração para alguém. As tensões fazem parte da vida e, portanto, devem ser aliviadas. Quando desabafamos, estamos invariavelmente buscando o equilíbrio físico e mental, tratando de alinhar as tensões.

Os episódios de estresse desencadeiam uma reação de descargas adrenérgicas por todo o corpo, provocando taquicardia, elevação da pressão arterial, etc. Ou seja, toda a gama de sintomas da chamada “reação de fuga ou luta” é ativada. Durante o desabafo ocorre justamente o contrário, com reações que irão levar a pessoa ao relaxamento. Depois de um longo e intenso período de estresse, é saudável e útil desabafar. Sempre será uma forma de manter a saúde mental e emocional. Desabafar de forma correta pode trazer muito alívio para cada um de nós. É sabido que quem “guarda tudo pra si” sofre mais, tem mais angústia e quadros de depressão.

Existem várias outras formas para desabafar. A escrita é a primeira delas. Quando uma pessoa escreve, uma importante área do cérebro, o córtex pré-frontal, é ativada. Isto, por consequência, reduz os níveis de estresse. Uma pesquisa realizada pelo International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) com mil pessoas nos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul investigou como elas lidavam com situações importantes e buscou compreender que atividades eram negativas ou positivas nesse contexto. Vinte e três por cento dos entrevistados afirmaram que o ato de escrever era um aspecto positivo e que ajudava a aliviar o estresse e as tensões. Quer desabafar? Pegue uma caneta e um papel e deixe as emoções fluírem. É simples assim!

Existem várias outras formas de desabafo. Cantar, por exemplo, faz muito bem para o espírito e para a saúde. Cante ao tomar banho e ao ouvir o rádio do seu carro. Outros exemplos úteis para o desabafo incluem pintura, teatro, bordado ou qualquer outra forma de expressão de arte. Já falamos nesta coluna da importância de se ter um hobby. Portanto, seu hobby pode ser, em última instância, sua forma de desabafar.

Anne Frank, menina judia que durante a Segunda Guerra Mundial teve que se esconder dos nazistas por longos dois anos em um sótão, literalmente escreveu sobre o tema: “Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de desabafar tudo que está preso no meu peito. O papel tem mais paciência que as pessoas.”.

Views: 2

XANDECO NO CONGRESSO NACIONAL (II)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Em seu novo país (Brasil), Xandeco procurou saber como funcionava sua governança. Tomou conhecimento de que o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, em sistema bicameral, ou seja, constituído por duas Casas: o Senado Federal (81 representantes) e a Câmara dos Deputados (513 membros).  Os representantes do Senado e da Câmara possuem funções comuns, como a elaboração das leis e a fiscalização dos atos do Executivo. Senadores e deputados também cumprem (pelo menos deveriam) atribuições específicas. E foi ao Congresso Nacional que o marciano direcionou a sua primeira visita, certo de que os deputados federais estavam a abafar a banca no que diz respeito ao Brasil, mas não perderia por esperar o abraço de tamanduá que ali recebe sua nova pátria.

Ao chegar à Câmara dos Deputados Federais, Xandeco já se encontrava botando a alma pela boca, pois não tinha sido moleza andar pela vastidão de Brasília. Aboletou-se numa das cadeiras da galeria e ali ficou, ansioso, aguardando os “nobres” deputados botarem a conversa em dia no que tange aos assuntos brasileiros. Contudo, o que viu foi um bate-boca sem fim, cada um querendo botar a bunda na janela, sem que o presidente da casa fosse capaz de chamá-los a botar a cabeça no lugar. Num determinado momento, pensou que a casa fosse ser botada abaixo, pois ninguém parecia querer botar a mão na massa, mas tão somente botar areia no falatório um do outro, na tentativa de botar fogo na fogueira. Havia também os que trabalhavam botando panos quentes, quando a rixa dizia respeito aos seus correligionários.

Aquela gente é capaz de botar bode na chuva sem titubear – concluiu Xandeco. Está sempre a botar fogo pelas ventas e a botar merda no ventilador, mas botar no bolso seus altos salários e outros ganhos inconfessáveis isso lá faz muito bem, pois sabe que a Justiça não a botará no cepo. Quem haverá de botá-la no eixo? Quem botará ordem naquela suruba? A Justiça faz de conta que nada vê, sob a ameaça de ser botada no ventilador, o que torna impossível botar os pingos nos ii/is. Além disso, botar os quartos de banda é muito menos comprometedor.  Sabe dona Justa que o povo brasileiro não tem pulso para botar para quebrar, apenas bota tudo nas mãos de Deus, o que muito agrada aos Podres Poderes, botando verde para colher maduro.

Xandeco compreendeu o porquê de o povo botar a boca no trombone em relação ao mau funcionamento do Congresso Nacional. O melhor mesmo é botar a boca no mundo, uma vez que não é possível botar tudo abaixo, botando o pau para quebrar. O brasileiro já está cansado de ser botado no chinelo e ver a maioria daquela gente botando a mão nas riquezas do país, revalidando seu repasse a estrangeiros, botando suas afiadas unhas de fora em tudo que lhe traga ganhos, em detrimento da nação. Ali não é possível botar a mão no fogo por quase ninguém. E pior, aquela gente bota tudo na conta do povo e espera que, quando vierem as eleições, esse mesmo povo bote uma pedra em cima de seu (deles) vergonhoso passado.

O marciano vai aos poucos compreendendo que é preciso botar as barbas de molho. Não  escolheu um país sério para viver e agora se encontra em palpos de aranha. Sentiu vontade de botar as tripas para fora diante de tanta hipocrisia vista. Agora que sua nave zarpara de volta a Marte, só lhe resta botar a vergonha de lado e reconhecer que fez uma péssima escolha. Nada em seu novo país parece ser botado em pratos limpos. A maioria dos governantes é capaz de dar nó em pingo d’água. Ele não bota fé em seus gestores. Tampouco irá botar o rabo entre as pernas e fingir que nada vê. Isso não faz parte de sua ética. Acha que o povo brasileiro deve botar os cachorros nos vendilhões da pátria. Ele, como novo cidadão deste país, compromete-se a ajudar a botar zebu ou não se chamará Xandeco, o marciano. Que o aguardem!

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Gavin Hamilton – O RAPTO DE HELENA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição denominada O Rapto de Helena é uma obra do pintor inglês Gavin Hamilton, baseada no mito que discorre sobre a Guerra de Troia.

Páris, o pastor, foi convidado a ser juiz de um concurso de beleza entre as deusas Minerva (Atena), Juno (Hera) e Vênus (Afrodite), uma vez que Zeus (Júpiter) abriu mão de tal empreitada. Cada uma delas oferecia-lhe um presente melhor do que o outro, caso fosse a escolhida. O moço via-se em maus lençóis. Ele deveria dar o pomo de ouro à vencedora, que não foi outra senão a bela Vênus (Afrodite).

Vênus cumpriu a sua promessa, dando a Páris, como esposa, a  mais linda mulher, Helena de Tróia, que era casada com o rei Menlau. Com a ajuda da deusa, Páris fugiu com ela, dando origem à guerra entre gregos e troianos.

Na pintura, Páris está fugindo com Helena, enquanto seus companheiros protegem-nos. Embora seja dito que Helena foi raptada, alguns estudiosos dizem que ela se apaixonou por Páris, consentindo, portanto, em fugir com ele. E é isso que mostra o pintor da obra acima, ao apresentar Helena segurando na armadura de Páris e acenando para as pessoas que ficam em Troia. Ele, por sua vez, não evidencia nenhuma forma de violência, ao contrário, protege-a com seu escudo.

Ano: c. 1784
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 306 x 367 cm
Localização: Museu de Roma, Roma, Itália

Ficha técnica
Fontes de pesquisa
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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ARROZ + FEIJÃO = UM CASÓRIO PERFEITO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Todo mundo sabe que arroz e feijão são a combinação mais tradicional da culinária brasileira. É uma combinação certamente saborosa e boa para a saúde. Quais os nutrientes que esta combinação possui? Como se deu este casamento culinário através dos séculos? É disso que vamos tratar neste texto.

Esta tradição teve início no século XVIII. As lavouras de arroz, que já ocupavam quilômetros de terras na Bahia, começaram a prosperar a partir de 1745, e o feijão, conhecido como “carne de pobre”, na época, era misturado à farinha de mandioca ou de milho para alimentar os escravos. Até esta época, os dois grãos não se misturavam. Segundo historiadores, foi por volta de 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil que os dois ficaram mais próximos. Isso porque o arroz foi incluído na alimentação dos soldados por determinação do rei D. João VI (possivelmente para dar mais energia a eles). Como soldados e escravos estavam sempre juntos, em algum momento a combinação foi feita e, para alegria dos brasileiros, se mantém até hoje.

O arroz e o feijão são importantes porque fornecem aminoácidos essenciais necessários à nossa saúde. Os aminoácidos são moléculas que formam as proteínas e são chamados de essenciais porque não são produzidos pelo corpo e, por isso, precisam ser conseguidos através da alimentação. A combinação do arroz e o feijão completam-se, pois, juntos, garantem que nosso corpo obtenha todos os aminoácidos essenciais para nosso organismo.

O arroz, por exemplo, constitui uma relevante fonte de energia (carboidrato) e ainda possui fosfato, ferro, cálcio e vitaminas B1 e B2. Caso seja feito o consumo do arroz integral, são fornecidas também as fibras, essenciais para o funcionamento adequado do intestino e a prevenção de algumas doenças, como câncer colorretal, obesidade e diabetes. Não podemos esquecer de que o arroz apresenta quantidade baixa de sódio e taxas mínimas de gordura. O feijão, por sua vez, fornece também importantes nutrientes, tais como o ferro, fósforo, magnésio, manganês e vitaminas do complexo B. Ele ainda é rico em fibras e tem função antioxidante. Vale destacar também que o feijão apresenta pouco teor de sódio e gordura. O Ministério da Saúde sugere o seguinte consumo: uma parte de feijão para duas de arroz.

Bom, parece que consumir arroz com feijão é bem saudável, mas eles têm que ser consumidos juntos. Também é bom ressaltar que é melhor trocar o arroz branco pelo integral e, sempre que possível, escolher o feijão preto – mais rico em nutrientes. Apesar do arroz e feijão juntos serem bastante nutritivos, o prato carece de vitaminas A e C. Uma boa sugestão é adicionar ao prato um tomate ou pimentão (o que trará cerca de 10% a 20% do valor diário recomendado de vitamina C), bem como espinafre e cenouras (ricos tanto em vitaminas C e A). O ideal é a associação do arroz com feijão e uma combinação de legumes e vegetais variados.

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Jacques Blanchard – VÊNUS E AS GRAÇAS…

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Autoria de LuDiasBH

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A composição denominada Vênus e as Graças Surpreendidas por um Mortal é uma obra do pintor francês Jacques Blanchard.

Cinco figuras estão presentes na tela: Vênus, deusa da beleza e do amor; as Três Graças (Tália, Eufrósina e Aglaia ou Abigail), deusas da felicidade, responsáveis pela harmonia, pelo encanto, pela alegria, pelo desabrochar e por outras graças; também estão correlacionadas aos trabalhos do espírito e às artes; e o pequeno Cupido, deus do amor, ser imortal.

Vênus e suas companheiras encontram-se prazerosamente deitadas sobre um manto cinza, enquanto outro vermelho, atado às árvores, serve-lhes de sobrecéu. A deusa do amor tem a seu lado o filho, que dorme profundamente. Elas recebem a visita de um homem que se mostra surpreso diante de tanta beleza. A deusa e as Três Graças parecem não se importar com sua presença, pois não há nenhum sinal de retraimento por parte delas.

Ficha técnica
Ano: c. 1632
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 170 x 218 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch

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