O SABOROSO QUEIJO MINAS

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

O queijo é uma paixão que está disseminada em vários países mundo afora e a aceitação da iguaria em Minas Gerais é fato mais que consumado. O queijo não é só um alimento saboroso e que agrada o paladar de todos, mas também é especialmente saudável. Pesquisas recentes já o apontam como protetor cardiocirculatório.

Entende-se por queijo, de forma genérica e resumida, o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite. Todos os queijos apresentam em sua composição vários elementos, incluindo água, proteínas, gorduras, sal, lactose, sais minerais e vitaminas. À medida que o queijo vai envelhecendo ou curando, há uma diminuição do teor de água contida no produto.

Apesar da variação na composição dos queijos, do tipo de leite utilizado como matéria-prima e do processo aplicado à sua fabricação, os queijos, de maneira geral, destacam-se por possuir vários benefícios nutricionais à saúde humana. Primeiramente, o alto teor de cálcio, que é um mineral fundamental para formação e manutenção dos dentes e ossos, além de diversas outras funções no organismo.

Assim como os iogurtes, alguns queijos podem beneficiar o desenvolvimento de bactérias benéficas ao intestino, além de ajudar a prevenir o desenvolvimento de bactérias maléficas – conhecido efeito probiótico. Também tem o efeito de fortalecer o sistema imunológico. De igual forma, apresenta quantidades razoáveis de vitaminas A, D, E, B e os minerais zinco, iodo, selênio, potássio e fósforo. As quantidades desses elementos dependem do teor de gordura e de água em cada um dos queijos.

Um novo estudo publicado no “European Journal of Nutrition” corrobora o que outras pesquisas estão chegando à conclusão. Ele sugere que comer um pouquinho de queijo todo dia nos deixa menos propensos a desenvolver doenças cardíacas ou ter um acidente vascular cerebral. Para saber como o consumo de queijo em longo prazo afeta o risco de doenças cardiovasculares, pesquisadores da China e da Holanda combinaram e analisaram dados de 15 outros estudos observacionais com mais de 200 mil pessoas.

Os pesquisadores descobriram que, no geral, as pessoas que consumiam mais queijo tinham um risco 14% menor de desenvolver doença cardíaca coronária e 10% menos chances de ter um acidente vascular cerebral do que aqueles que raramente ou nunca comiam queijo. As pessoas que tiveram menores riscos de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais consumiam, em média, cerca de 40 g por dia.

O queijo contém ácido linoleico, um ácido graxo insaturado que aumenta a quantidade de colesterol HDL, considerado “bom”, e diminui os níveis de LDL, o colesterol “ruim”. Também há evidências de que o queijo como substituto do leite tem efeito protetor cardíaco.

Como o estudo não analisou diferentes tipos de queijo, os pesquisadores acreditam que são necessárias mais pesquisas para identificar quais são os mais benéficos. Será que o nosso queijo mineiro está entre eles? Bom, espero e torço para que sim! Minas Gerais não tem só trem bom. Trem broa, trem feijão tropeiro, trem queijo e pão de queijo.

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Michelangelo – A BARCA DE CARONTE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

abarcaront

A composição denominada A Barca de Caronte é um pormenor da pintura Juízo Final, obra do pintor italiano Michelangelo Buonarroti.

Na pintura, o barqueiro Caronte, enfurecido e ajudado por seres diabólicos, expulsa as almas não capacitadas para a travessia, com o seu remo. Elas são jogadas à porta do mundo infernal, onde se encontra Minos, o Juiz dos Mortos, responsável por ouvir suas confissões. Ele traz uma serpente enrolada ao corpo. É possível observar o horror estampado no rosto das  almas.

Segundo a mitologia grega, Caronte, filho de Nix, a Noite, era o barqueiro de Hades (Plutão), deus do mundo inferior e dos mortos, cujo reino situava-se nas profundezas da Terra, sendo também conhecido por Hades.

Tal tarefa nada lisonjeira de levar as almas dos que morriam em seu barco para atravessar o rio Estige e o Aqueronte, responsáveis por separar o mundo dos vivos do mundo dos mortos, coube ao barqueiro, em razão de um castigo que lhe foi aplicado por Zeus, quando ele tentou afanar a Caixa de Pandora.

Apesar de velho e macilento, Caronte possuía uma energia inimaginável. Sua barca estava sempre cheia, com ele sozinho ao remo, conduzindo as almas. Carregava desde mortais comuns a heróis. Era também quem determinava os que deveriam embarcar ou não. As escolhidas eram as almas que passaram pelos ritos fúnebres. E aos infelizes, que não tinham como pagar sua passagem, ou cujos corpos não foram enterrados (mortos em tempestades, por exemplo), cabia a triste sina de perambular, durante cem anos, pelas margens de tais rios. Havia uma tradição na Grécia antiga que era a de colocar na boca do morto uma moeda, para pagar ao barqueiro a travessia.

Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
Mitologia/ Thomas Bulfinch
Mitologia/ LM

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CONHECENDO A DOENÇA DIVERTICULAR

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

A doença diverticular é mais prevalente e tem uma maior incidência em pessoas de mais idade, ou seja, está estimada em 33% nas pessoas acima de 45 anos, 50% em indivíduos com mais de 70 anos, podendo atingir 80% da população da chamada quarta idade – com mais de 80 anos. Cerca de 20% destes vão evoluir para os quadros de diverticulite, complicação mais grave que deve ser prontamente diagnosticada e tratada, dada aos episódios de maior mortalidade na população. No texto de hoje, vamos ver que dá para conviver bem com o problema e quais as formas de minimizá-lo.

Divertículo é uma saliência ou uma reentrância na parede do intestino, notadamente no intestino grosso. Em outras palavras, são vários “saquinhos” no intestino representando uma fragilidade naquele local – de onde advém o nome diverticulose. No divertículo, podem penetrar e ficar retidas pequenas quantidades de restos alimentares, o que pode ocasionar sua inflamação e ou infecção. Se este divertículo inflamado se romper, ocorre evolução para um quadro de peritonite, podendo culminar com óbito por infecção generalizada. Dada à gravidade do quadro, é importante percebermos quais são os sintomas para evitar uma evolução para cenários mais dramáticos.

Para o leitor ter uma ideia de quem está predisposto a ter doença diverticular, vamos às dicas:

  • pessoas de mais idade, por perda da elasticidade da musculatura intestinal, são as mais predispostas;
  • pessoas que se alimentam com poucas fibras e com baixa hidratação podem seguir para o mesmo caminho;
  • os indivíduos com predisposição genética a apresentar esta fragilidade da parede intestinal.

Como já citado, a doença diverticular cursa de forma assintomática na maioria dos casos, sendo diagnosticada em um achado de exame, como ocorre nas colonoscopias. Porém, cerca de 20% da população com este problema podem ter sintomas relacionados à diverticulite como: dor abdominal abaixo do umbigo, notadamente do lado esquerdo; constipação ou diarreia, sangue nas fezes, febre, náuseas, vômitos, etc.

Se não houver sinais de gravidade, o tratamento inicial pode ser feito no domicílio com dieta leve e líquida associada à prescrição de analgésicos e antibióticos. Em geral, em 72 horas, 80% dos casos evoluem para sua resolução. Se a resposta não for satisfatória, o tratamento deverá ocorrer no hospital sob a supervisão médica direta. Para finalizar, as recomendações gerais para as pessoas com doença diverticular são:

  • incluir alimentos com alto teor de fibras na sua dieta habitual (frutas, vegetais, cereais integrais e grãos são importantes para o processo digestivo saudável);
  • não ingerir sementes de difícil digestão (como por exemplo, a semente do gergelim);
  • beber pelo menos 2 litros de líquidos por dia para facilitar a formação do bolo fecal;
  • não tomar laxantes por conta própria;
  • fazer atividades físicas, o que melhora enormemente o trânsito intestinal.

Nota: imagem copiada de [Foco] Magazine

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XANDECO DEIXA MARTE (I)

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Autoria de Lu Dias Carvalho

O planeta vermelho, cujo nome originou-se de Marte, denominação do deus mitológico romano da guerra, dá visíveis sinais de destruição. Grandes tempestades de poeira, ventos fortíssimos e baixas temperaturas passaram a assolá-lo. O Monte Olimpo, tido como o maior vulcão do Sistema Solar, e três vezes mais alto do que o Everest, está a botar as unhas de fora. A temperatura cai e, segundo os cientistas de lá, não tardará a ficar entre 10 e 140 graus negativos. Os marcianos sabem que não tardarão a abandonar o navio, se ali não quiserem abotoar o paletó. É necessário começar a abrir as ideias para o futuro. Diante das catastróficas previsões, seus governantes optaram por estudar a Terra, cujo ambiente assemelha-se ao deles. Dez indivíduos foram enviados ao nosso planeta, a fim de abrir caminho para o estudo.

Xandeco, já bem próximo do planeta terrestre, viu um extenso e esverdeado país – Brasil – e escolheu-o para fincar barraca. A vasta floresta Amazônica, situada ao norte, fez com que abrisse olhos grandes diante de tanta exuberância, não sabendo que, assim como seu planeta, ela está por um fio para ser dizimada, não por ventos e baixas temperaturas, mas pela ganância desenfreada que abala as estruturas do país. O povo omisso se ausenta, abaixando a guarda e fazendo ouvidos de mercador diante de sérias advertências. Os governantes do país que ele escolheu estão a abrir a torneira para o desmatamento, a fim de agradar os grandes latifundiários e empresas, principalmente estrangeiras. Os corruptos – cuja grande parte jamais alisou os bancos da ciência – estão a abrir o cadeado, entregando tudo a preço de banana. O povo precisa abrir o olho antes que a vaca vá para o brejo, pois não adianta chorar o leite derramado. Corruptores e corruptíveis estão almoçando, jantando e ceando  a nação brasileira.

A nave de Xandeco aterrissou no coração doentio de seu novo país – Brasília –, onde ele logo assumiu a identidade humana, disposto a não abrir a boca, até se assenhorear de mais informações. Sabe que em terra estranha não se pode abrir a guarda. E olhe que nem imagina em que boca de lobo caiu. É bom que coloque suas barbas de molho e faça ouvidos moucos. Quem terá coragem de abrir os olhos do inocente marciano? Ele haverá de entender com o tempo, que naquelas bandas se acende uma vela a Deus e outra ao Diabo. A maioria daquela gente sempre age de má fé, de olho no próprio umbigo, almoçando na copa. Enquanto os mandantes sempre acertam no milhar, o povo só acerta na trave, aguentando a rebordosa, como se tivesse alugado o passe. Assim segue a carruagem, ao deus-dará, sem alterar nem uma vírgula em relação aos desmandos, à falta de ética e ao descompromisso com a nação.

Xandeco ainda não sabe que o povo brasileiro só faz aguentar as pontas, enquanto “os dominantes” vêm com a ladainha de sempre, dizendo que tudo está melhorando. São exímios fanfarrões, apregoando seus cantos de sereia. E, se contestados, viram cachorro doido. Alguns poucos tentam abrir o jogo, mas o povo continua aguentando pianinho, adormecido à sombra da bananeira, sem se preocupar em ajustar os ponteiros. Então, que aguente o tombo! O marciano não sabe que a democracia brasileira é tão forte que não aguenta um gato pelo rabo, ou – usando uma linguagem chula –, não aguenta um peido, mas os “grandes” estão sempre a ajuntar as camas. Ainda assim, dizem eles – os mandachuvas – que todas as instituições estão funcionando a contento, que estão ajustando as contas e outras baboseiras mais.  Poucos de nós estão a alertar os gansos. Brevemente Xandeco irá torcer para que o povo brasileiro  levante com a avó atrás do toco ou de chinelos trocados e leve os dissipadores da pátria brasileira a amarrar a égua nos quintos dos infernos, onde terão que amassar o pão com o suor do rosto.

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Lorenzo Lotto – UMA DAMA COMO LUCRÉCIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A pintura Uma Dama como Lucrécia é uma obra-prima do pintor, desenhista e ilustrador italiano Lorenzo Lotto (c.1480 -1556). O artista serviu de ponte de transição entre os velhos mestres de Veneza e a arte do Barroco tardio, no norte da Itália. Dentre os pintores que exerceram influência em sua obra estão Giovanni Bellini, Antonello da Messina, Giorgione, Ticiano e Rafael. Ele pintou altares, obras religiosas e retratos.

A tela mostra uma mulher a três quartos. Sua pose – inclinada para a sua direita–  é instável e seus gestos mostram-se meio rústicos. Seu vestido verde, pintado com laranja brilhante, e o arranjo branco dos cabelos são finamente trabalhados. Um colar de ouro com muitas voltas do qual pende um pingente com pedras preciosas que refletem luz e pérola enfeita o decote amplo de seu vestido com mangas bufantes.

Na frente da modelo – não foi identificada –, sobre uma mesa com toalha cor-de-rosa, há um ramo de flores amarelas e um pedaço de papel com a inscrição: “Após o exemplo de Lucrécia não deixe nenhuma mulher violada viver”. A retratada parece mostrar em sua mão esquerda o desenho de Lucrécia Bórgia que se encontra nua, momentos antes de apunhalar-se no coração. O dedo indicador de sua mão direita também se direciona para o desenho da romana prestes a apunhalar-se, após ter sido estuprada.

Nota: Lucrécia Bórgia foi mulher de Lucius Tarquinius, tendo sido violada pelo filho dele. Ela se suicidou em razão da desonra.

Ficha técnica
Ano: c. 1570
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 96,5 x 73,5 cm
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha

Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
Renascimento/ Editora Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
https://www.nationalgallery.org.uk/paintings/lorenzo-lotto-portrait-of-a-woman-inspired-by-

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Pisanello – A VIRGEM E O MENINO COM…

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O medalhista, desenhador e pintor italiano Pisanello (1395–1455) tinha como nome original o de Antonio di Pucci Pisano. Foi criado em Verona, mas estudou em Veneza com o mestre Gentile Fabriano, servindo-lhe de assistente nos trabalhos do palácio do Dodge. Mudou-se para Florença e de lá foi para Roma, após a morte da mãe. Veio a tornar-se um dos pintores mais importantes de seu tempo, sendo chamado para executar trabalhos nas cortes de Mântua, Ferrara e Milão. Também trabalhou em Nápoles para o rei Afonso de Aragão. Em razão de sua pintura que unia a elegância e a delicadeza, aliada a uma alegre narrativa e uma observação afiada da natureza, Pisanelio tornou-se um dos maiores representantes do Gótico Internacional.

A pintura do artista, denominada A Virgem e o Menino com São Jorge e Santo Antônio Abade  mostra o encontro de São Jorge (à direita), exemplo de virtude, com Santo Antônio Abade (à esquerda), protetor contra a peste a lepra, sob a presença da Virgem com o seu Menino em sua visão fulgurante.

Maria encontra-se acima da cena entre os dois santos, meio de perfil, como se flutuasse no ar dentro de uma enorme esfera de luz dourada da qual emergem muitos raios de ouro que se contrapõem à cena abaixo, dando luminosidade ao dia.  Apenas metade de seu corpo é vista. Suas vestes trazem as cores e as formas do Gótico Internacional. Ela traz o seu Menino nos braços. Abaixo, na terra, tendo como fundo uma floresta, estão São Jorge e Santo Antônio Abade.

O santo à direita usa uma complexa armadura, com uma cruz nas costas e traz na cabeça um grande chapéu, mostrando que se trata de um cavaleiro com posses. Pisa nas asas do dragão, cuja cabeça toca sua perna direita. Parte das cabeças de dois cavalos é vista à sua direita. O santo à esquerda é um velho eremita de expressão irritadiça que se apresenta curvado, trazendo nas mãos um sino, o qual toca com um galho de árvore. Um halo dourado circunda sua cabeça. A seus pés está um porco que, assim como o sino, é também seu atributo. A relação entre ambos é formal.

Pisanello mostra a sua capacidade artística sobretudo no chapéu de São Jorge, na pintura da volumosa e arredonda armadura e pelos maravilhosos efeitos da luz sobre o metal, mas não apresenta uma figura convincente com a santidade. Uma floresta serve de pano de fundo para a cena.

Ficha técnica
Ano: 1435-1441
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 29,2  x 47 cm
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha

Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
Obras-primas da arte ocidental/ Taschen
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann

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