Autoria do cartunista Latuff
Nota: imagem copiada do “Blog do Garotinho”
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A extraordinária composição denominada A Marquesa de Pontejos é uma obra do pintor Francisco José de Goya y Lucientes, um dos grandes nomes da pintura espanhola. A retratada é Maria Ana de Pontejos e Sandoval, Marquesa de Pontejos. É provável que este retrato tenha sido pintado quando ela se casou com Francisco de Monino Y Redondo.
A marquesa, magra e pequena, encontra-se ao ar livre, de frente para o observador, diante de uma paisagem esmaecida, que realça a sua figura. Sua vestimenta, que para os dias de hoje parece excessivamente infantil, é composta por rendas, flores, fitas, véus, tecidos e laços, de acordo com os trajes das damas da aristocracia espanhola, à época, inspirados na moda da rainha francesa Maria Antonieta, que gostava de vestir-se como uma pastora. O enorme chapéu de palha é provavelmente inglês. Sua cintura fina está envolta por um laço de fita cor-de-rosa. Ela calça sapatos de saltos altos. Seu porte é ereto e seu olhar mostra-se distante, como se ela estivesse perdida em pensamentos.
O galho com um cravo e um botão que a marquesa segura delicadamente na mão direita é uma alusão ao amor, pois é provável que o retrato tenha acontecido na época em que se casou com o irmão do Conde Floriblanca, um dos mecenas de Goya. O cãozinho a seus pés, ornado com fitas e sinos, simboliza a fidelidade.
Ficha técnica
Ano: 1787
Técnica: óleo sobre painel
Dimensões: 211 x 126 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA
Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www.artehistoria.com/v2/obras/1758.html
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.92.html
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Autoria do Dr. Telmo Diniz
A redução ou a perda do paladar é uma condição muito comum na terceira idade e é tecnicamente chamada de ageusia. Com aumento exponencial da população idosa, este problema passou a ser uma queixa cada vez mais presente nos nossos dias e, por isso mesmo, é de suma importância que seja detectado e revertido, pois está envolvido com alto risco de perda ponderal de massa muscular e, inclusive, de desnutrição.
A literatura médica aponta uma relação direta entre o avanço da idade e a redução da percepção gustativa, especialmente quando se trata do gosto salgado. Daí vermos a preferência dos idosos pelo sabor doce. A idade compromete a identificação de alguns sabores e o problema fica mais acentuado para o salgado e o amargo. Isso faz com que o idoso aumente o consumo de alimentos mais temperados, em uma tentativa de recuperar os sabores, ou passe a consumir mais alimentos doces, o que pode evoluir ou piorar os quadros de diabetes. O declínio da acuidade gustativa ocorre, em geral, a partir dos 70 anos, quando diminui o número de receptores gustativos existentes na superfície da língua. A condição pode, muitas vezes, ser a porta de entrada para agravar doenças crônicas como a hipertensão arterial (pelo aumento do sal na comida) ou diabetes (pelo aumento da ingestão de doces).
Existem sinais indicativos de que o idoso está tendo uma perda do paladar: redução progressiva de peso, perda do apetite sem um motivo aparente, episódios de infecções de repetição associada a imunidade baixa e desinteresse por alimentos que antes eram prazerosos. Os distúrbios do paladar raramente constituem uma ameaça à vida e, portanto, eles devem receber a atenção clínica devida. Além da idade mais avançada, existem outros fatores que podem causar a ageusia: boca seca, o tabagismo intenso (especialmente fumar cachimbo), a radioterapia da cabeça e do pescoço e os efeitos colaterais de drogas como a vincristina (um medicamento anticâncer) ou de alguns antidepressivos (como os da classe dos tricíclicos).
O tratamento, inicialmente, visa a detecção de potenciais fatores causais, substituindo medicações ou suspendendo a droga em questão. De igual forma, fatores como refluxo gastroesofagiano, doenças das glândulas salivares, gengivites e outras doenças da boca devem ser tratadas como o objetivo de corrigir a ageusia. Em vários casos, suplementos à base de zinco podem ajudar bastante na melhora do paladar. Esse mineral é um elemento essencial em várias reações no organismo e está envolvido em diversas vias metabólicas, uma vez que é requerido para a atividade de mais de 200 reações químicas, entre elas para a percepção do paladar e secreção da saliva. Assim, a administração de zinco contribui para aumento da secreção de saliva e consequente melhora dos distúrbios do paladar.
Dúvidas? Converse com seu médico. Corroborando o que disse um autor desconhecido: “entre os odores e cores, prefiro o paladar…” – porque comer é bom demais!
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Autoria de Lu Dias Carvalho
Uma composição é a arte de combinar vários elementos de uma maneira decorativa. (Matisse)
A composição Natureza Morta: Maçãs sobre Toalha Cor-de-rosa é uma obra do pintor francês Henri-Émile-Benoît Matisse que se tornou conhecido pelo uso que fazia da cor e por sua maneira inconfundível de desenhar. Sua predileção era voltada para a decoração. O pintor manteve seu interesse pela cor e pela forma durante toda a sua carreira artística.
Em sua natureza morta, o artista apresenta uma mesa forrada com uma toalha cor-de-rosa, estampada com florezinhas brancas e um barrado. Ela se encontra mal ajeitada sobre o móvel, formando uma grande ondulação. Sobre ela se encontram quatro maças maduras e uma verde (ou seria uma laranja ou limão?). No canto direito da mesa, está uma jarra branca decorada com flores. Nesta composição, o artista usa as cores para modelar as formas e faz um uso um pouco tradicional de perspectiva e sombra.
O fundo azul-esverdeado da composição, ornamentado com arabescos em azul mais escuro, preto e branco, é tão importante quanto os demais elementos que a compõem. O fundo tanto pode ser uma cortina ou uma parede decorada. Duas barras verticais de cor amarela e mostarda, colocadas ao fundo, uma de cada lado da mesa, levam equilíbrio de cor e forma em relação ao bloco horizontal formado pela mesa. As formas curvas das frutas, por sua vez, mantêm-se equilibradas em relação às bordas alinhadas da mesa. Nenhuma parte (fundo e primeiro plano) da pintura é mais importante do que a outra.
Ficha técnica
Ano: c.1922
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 66 x 51 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA
Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
http://www.headforart.com/2010/04/12/in-the-pink/
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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato
Como todos os anos, a aproximação do Natal vinha acompanhada de grandes expectativas. Para minha mãe, suíça, vinda de sua terra com 15 anos de idade, a árvore de Natal era coisa obrigatória e a cada ano sua montagem ganhava algum acréscimo na ornamentação. Desde muito criança participei dessas montagens, ajudando minha mãe com uma dedicação quase religiosa.
Os ornamentos da árvore eram de muitas formas e me deixavam sempre deslumbrado pelo seu brilho. Além das bolotas coloridas, as velinhas e o seu cheiro ajudavam na formação de um ambiente que para mim era mágico. No topo de nossa árvore ia o adorno mais bonito e mais cheio de significado: uma estrela reluzente com um dispositivo para adaptá-la à ponta de nosso pinheiro. À medida que ia se aproximando a noite do Papai Noel, minha expectativa ia num crescendo de ansiedade. Ao chegar a noite de Natal minha ansiedade quase não me deixava dormir. A grande expectativa era pelos presentes que o bondoso Papai Noel deixaria aos pés da árvore naquela manhã de Natal.
Numa dessas noites de intensa ansiedade, eu estava mais agitado que de hábito. Esse agitamento estava impedindo que eu fosse dormir e, com isso, estava amolando meus pais com meu anseio desmedido. Eu não queria ir para a minha cama que ficava junto a uma janela. Mesmo na cama eu insistia em ficar de pé. Meu pai, talvez já impaciente com minha insistência para ver a “chegada” do Papai Noel, ordenou para que eu me deitasse. Diante de minha “resistência” em obedecer, ele procurou me explicar: “Não adianta esperar, porque o Papai Noel vem de muito longe”. –“Mas vem de onde?” –“Ele vem de uma estrela, lá do céu”, disse ele.
Em pé em minha cama junto à janela, eu olhei para fora, e devo ter visto uma estrela. Pela primeira vez uma estrela deixava de ser apenas o adorno maior de nossa árvore de Natal, e passava a ter o sentido de um lugar distante, de onde vinha o tão esperado Papai Noel. Esta é minha mais remota memória da palavra estrela.
Nota: Extraído do livro “Corrupira”, ainda inédito, do autor.
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É pelo estudo das invenções dos outros é que se aprende a inventar. (Reynolds)
Lady Delmé tem um rosto longo e elegante, olhos pesados e cabelos altos em pó. Ela usa um vestido branco e uma capa que cobre seus joelhos em uma cascata de rosas – cetim colorido que fala tanto para sua beleza quanto para o luxo a seu comando. (Cynthia Saltzman)
A composição intitulada Sra. Elizabeth Delmé e seus Filhos é uma obra do pintor e retratista inglês Joshua Reynolds, um das mais importantes e produtivos retratistas do século XVIII, tendo influenciado, através dos tempos, muitos pintores e retratistas. Ele se preocupava, sobretudo, com a técnica. Estudou os trabalhos dos mestres, principalmente de Rembrande e de Peter Paul Rubens.
O artista, nesta obra gigantesca, retratou membros de uma família aristocrática inglesa, em primeiro plano e ao ar livre, debaixo de uma frondosa árvore. Como pano de fundo, ele criou uma pitoresca paisagem com cores ricas e quentes, em que uma luz suave espalha-se pelos caminhos do bosque e reflete-se na vegetação. O grupo também se encontra iluminado.
Elizabeth Delmé, filha do conde de Carlisle, está sentada, tendo à sua esquerda os filhos John e Isabella Elizabeth, ambos de pé. O trio com suas bochechas rosadas forma uma composição piramidal. O garotinho está recostado na mãe e a irmãzinha encostada nele. A senhora Delmé envolve ternamente os dois filhos com seu braço esquerdo e também segura a mão do garoto, mas traz os olhos fixos no observador. As crianças mostram-se como realmente são, sem nenhuma formalidade. Um cãozinho felpudo, voltado para o grupo, faz parte da cena.
Esta pintura lembra as madonas renascentistas do pintor italiano Rafael Sanzio. Podemos notar tal parecença tanto na composição em forma de pirâmide como na maneira como a Sra. Delmé envolve silenciosamente seus filhos. Outro ponto de semelhança é a imagem de grande beleza, idealizada pelo artista, principalmente no que diz respeito às dobras do manto de cetim cor-de-rosa que envolve os membros inferiores da mulher, cobrindo-lhe os pés.
Ficha técnica
Ano: c.1777-80
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 239 x 147 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA
Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.102.html
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