ESPERANÇAR DIFERE DE ESPERAR

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Esperança é acreditar na possibilidade de se ter resultados positivos na vida pessoal. A esperança requer perseverança e resiliência, ou seja, crer que algo seja possível mesmo quando há indicações apontando no sentido contrário. Você, caro leitor, tem esperança de que algo vai melhorar em sua vida? Acho que a maioria esmagadora diria que sim. Para termos esperança em algo é importante esperançar e não ficar esperando “as coisas caírem do céu”. O texto de hoje trata justamente na diferenciação destes dois padrões de comportamento – esperar e esperançar.

Esperar é deixar que os outros façam por você, que o problema se resolva por si ou deixar que a situação fique cada vez pior por falta de uma real atitude. Por quê? Porque a pessoa está esperando as coisas acontecerem, sem nada fazer. Já esperançar é agir, é fazer a sua parte, é ser responsável e dar o melhor de si, é ser um agente transformador da sociedade, aquele que faz as coisas acontecerem.

Uma passagem do escritor e filósofo Mário Sergio Cortella descreve com maestria sobre o tema: “Não se pode confundir esperança, do verbo esperançar, com esperança do verbo esperar. Aliás, uma das coisas mais perniciosas que temos neste momento é o apodrecimento da esperança; em várias situações, as pessoas acham que não tem mais jeito, que não tem alternativa, que a vida é assim mesmo… Violência? O que posso fazer? Espero que termine… Desemprego? O que posso fazer? Espero que resolvam… Fome? O que posso fazer? Espero que impeçam… Corrupção? O que posso fazer? Espero que liquidem… Isso não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.

A maioria de nós não sabe a diferença entre esperar e esperançar, e essa é uma das grandes razões pelas quais tão poucos têm real sucesso na vida, pois a maioria das pessoas fica apenas sonhando com ele. Já esperançar significa confiar, contribuir e agir verdadeiramente para que as coisas saiam da forma planejada. O primeiro é proativo, enquanto o segundo é completamente passivo. Em outras palavras, enquanto aquele que pratica o verbo esperançar tem confiança em um futuro de sucesso e se movimenta para que isso ocorra, o que espera apenas observa, sentado na plateia da vida, aguardando que algo de bom aconteça.

Esperançar significa, em última instância, levantar da cama todos os dias para fazer acontecer, cheio de esperança e força de vontade. É o verbo que caracteriza pessoas que arregaçam as mangas e caminham na direção de seus planos e sonhos. Esperançar é interferir ativamente na vida, mudando rumos e destinos finais. Enfim, é criar um futuro e não esperar por ele.

Não permita que sua esperança acabe por se transformar em espera. Levante-se e faça com que o seu futuro aconteça conforme você imaginou. Chega de ser um mero espectador da vida. Saia da plateia e suba no palco como um ator participativo. Deixe a esperança ganhar vida.

Nota: imagem copiada de Consultório Psiquê?

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Constable – WIVENHOE PARK ESSEX

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Estou pintando uma vista do parque […] com um maravilhoso bosque e uma área com água. (Constable em carta à sua noiva)

 O céu é o principal instrumento para se expressar sentimento. (Jonh Constable)

A composição intitulada Wivenhoe Park Essex retrata uma paisagem inglesa. É uma obra excepcional do pintor romântico inglês John Constable, que amava a vida simples em contato com a natureza. É também uma das atrações da National Gallery of Art, em Whashington, EUA. Trata-se de uma das obras mais bonitas do artista, em que cada elemento dá a sua cota de poesia à pintura, num todo silencioso e calmo. Uma atmosfera dourada e líquida banha a composição. As longas horizontais, formadas pelas margens do lago, dão o ritmo da obra.

A paisagem é tão nítida que chega a parecer-se com uma fotografia. Dela emana uma sensação de prazer e harmonia. O céu é um deslumbramento à parte. As nuvens densas movimentam-se para a esquerda, como se fossem cortinas douradas bordadas com pontos pretos – as aves. A luz encontra-se no ar, na água e na terra. O artista dispôs com maestria as áreas ensombradas e as iluminadas pelo sol. Uma cerca de madeira delimita o espaço das reses, à esquerda. Três delas encontram-se a pastar e uma a tomar água. Mais para a esquerda,  Mary Rebow, filha de sete anos do major-general Rebow, que encomendou a pintura, brinca com uma amiga num carrinho puxado por um burro.

O lago espelha luz e também a sombra das árvores, que se distribuem em grupos, à direita, ao meio e à esquerda. Um casal de cisnes brancos passeia tranquilamente pelas águas. Mais atrás, um grupo de patos nada em fila indiana. Dois pescadores, num barco, lançam suas redes em busca de peixes. Na margem do lago, em oposição à que se encontra próxima ao observador, duas vacas descansam debaixo de uma árvore, aves domésticas e silvestres encontram-se na relva e na água, homens trabalham no que parece ser a pesca. Até mesmo os vultos de uma criança e de uma mulher podem ser divisados. Uma pequena ponte, mais à esquerda, permite a travessia do lago.

Ao fundo, ocupando a parte central da composição, vê-se a casa cor-de-rosa de dois pavimentos, com seu telhado inundado pela luz solar, principal edificação da propriedade. Um vulto parece surgir em uma de suas janelas.

Ao encomendar a pintura, o major-general Rebow transmitiu a Constable o que gostaria de ver incluído na composição. Em razão disso houve a necessidade de mudar a localização de alguns elementos da propriedade, de modo que tudo fosse visto numa única visão. A casa e o lago, por exemplo, fazem parte da necessária transposição.

Obs.: Para melhor visão e compreensão da pintura, o leitor deverá ampliar a imagem o máximo possível, ou acessar o link abaixo que, com zoom, permitirá que ele vasculhe cantinho por cantinho da obra. Enquanto houver uma lupa com o sinal +, significa que a imagem pode ser ampliada.

https://www.google.com/culturalinstitute/beta/asset/-/vAG0ovJU1U65Rw?hl=pt-BR

Ficha técnica
Ano: 1816

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 56 x 101 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/highlights/highlight1147.html

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A IMPORTÂNCIA DO CAFÉ DA MANHÃ

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

Você, caro leitor, costuma tomar um bom café da manhã ou sai de casa sem comer nada? Pesquisas apontam no sentido de que quem se alimenta logo pela manhã tem mais saúde e mais disposição em relação aos jejuadores matinais, bem como tem menos eventos de mortalidade por doenças cardiovasculares.

No Brasil, boa parte da população não tem o hábito de tomar o café da manhã. No máximo o famoso e conhecido pão com manteiga e uma “media” (café com leite), e olhe lá! Falta de tempo, falta de costume, falta de fome logo pela manhã, “para não engordar” são algumas das desculpas para não se alimentar antes de sair de casa. O sujeito toma um cafezinho preto e logo segue pra rotina e correria do dia a dia.

Um estudo realizado pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, dá conta de que infarto do miocárdio e o derrame cerebral são mais comuns em quem não toma café da manhã. Sabemos que ignorar essa refeição faz com que as pessoas belisquem, em especial no período da noite. Como nosso corpo não processa a glicose à noite tão bem como o faz durante o dia, ocorrem picos de glicemia nesse período com consequente alteração do metabolismo, resultando em aumento ponderal, inflamação celular e resistência à insulina. O final da história: ganho de peso.

Para explicar melhor como ocorre o processo, durante a noite entramos em jejum, claramente, pois vamos dormir. Entretanto, nosso organismo continua gastando energia para manter-se em funcionamento. É o que se chama de metabolismo basal, gastando energia com funções primárias, como respiração, batimentos cardíacos, circulação do sangue, etc. Ao acordar, nossa necessidade energética aumenta com a liberação de hormônios como a adrenalina e o cortisol e, portanto, o café da manhã se torna a primeira fonte de energia disponível para repor o que foi gasto à noite e para as nossas necessidades do dia que está chegando. Portanto, pular o café da manhã provoca baixo ânimo e uma indisposição geral. No médio e longo prazo, isso pode causar ganho de peso e não emagrecimento como pensa a maioria.

O mesmo estudo norte-americano lembra ainda que as emoções podem desencadear episódios de compulsão alimentar, ou seja, a não alimentação pela manhã provocará mais fome no decorrer do dia. E ninguém vai buscar uma maçã, uma pera ou um iogurte quando está estressado, desanimado e com fome. A tendência é partir logo para itens calóricos e de baixo valor nutricional – tipo uma coxinha de catupiry.

Para quem deseja emagrecer e ter uma saúde mais robusta, realizar o café da manhã está associado à diminuição da fome nas refeições seguintes, o que reduz o risco de comer excessivamente no meio do dia. Pessoas que costumam fazer o desjejum logo que acordam têm mais chances de controlar o peso. De quebra, o café da manhã dá mais ânimo e energia, além de melhorar o desempenho físico e intelectual. E, no longo prazo, confere proteção cardiovascular.

O desjejum deverá ser sempre variado. Se você não tem uma ideia como fazer a composição da primeira refeição do dia, recorra a um nutrólogo ou a um nutricionista.

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Murillo – MENINA E SUA AIA

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada Menina e sua Aia, ou  Duas Mulheres à Janela, e também Duas Mulheres e uma Janela é uma obra do artista espanhol Bartolomé Esteban Murillo, o pintor mais popular de Sevilha no final do século XVII, sendo conhecido, sobretudo, por suas obras de temática religiosa. Aqui, as cabeças das duas mulheres, perfiladas, formam uma diagonal, numa prova de sua grande habilidade técnica. Uma moldura dentro de outra era um dos recursos engenhosos de Murillo.  O fundo escuro da tela destaca as duas figuras femininas.

A cena apresenta uma garota e sua aia à janela, ambas voltadas para o observador. A menina, sorridente e expansiva, está recostada no parapeito da janela de madeira. Traz o rosto juvenil apoiado na mão direita. Seu cabelo escuro está enfeitado com flores, assim como o corpete de sua vestimenta. Sua dama de companhia, de pé, recostada na folha aberta da janela, mostra-se tímida, escondendo seu sorriso atrás do xale que lhe cobre parte do cabelo, mas seus olhos e bochechas mostram que ela está a sorrir. Segundo o comportamento da época, relativo à aristocracia, tapar o sorriso fazia parte da boa etiqueta.

Ficha técnica
Ano: c.1670

Técnica: óleo sobre painel
Dimensões: 127 x 106 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

http://www.wga.hu/html_m/m/murillo/2/214muril.html
https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.1185.html

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TEPT – PALAVRAS PARA ALESSANDRO

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Autoria de Celina Telma Hohmann

Ler seu relato nos transporta para dentro de um problema que não é mais seu, pois se tornou nosso. Aqui é um cantinho que meio sem querer transformou-se em nossa árvore, sob a qual, nas angústias, nós nos sentamos e choramos, sabendo que de alguma forma virá um pouco de alívio. Não vou me estender em tentar explicar o que você está sentindo, se é que conseguimos explicar algo, após um trauma que fez com que a vida, num repente, nos mostrasse um lado que julgávamos preparados para entender, mas que sabemos, nunca estivemos! Os sentimentos são ambíguos. Até culpa nós sentimos, como se fôssemos, de alguma forma, responsáveis pelo que ocorreu e transformou a vida de rotineira calma num aparente calabouço, onde se sabe que há saída, mas quando a encontraremos, nós não sabemos.

A nossa era é talvez uma das piores, pois enfrentamos desafios que não exigem somente coragem. Como somos humanos, e humanos são passíveis de tormentosas dores psíquicas e emocionais, descobrimos que não estamos livres de sermos a próxima presa dessa aniquilante apatia, medo e solidão, ainda que rodeados de pessoas. O mal-estar que derruba, o sono que some, os pesadelos que viram rotina… A gente passa grande parte da vida numa luta e enquanto estamos lutando, não há sentimento que se sobreponha exceto o de fazer o que devemos. O cérebro, e toda a química que nele contém, movimenta-nos. Um dia, porém, como aconteceu com você, vem o pior e a aparente coragem, o destemor, aquele sangue frio que sempre nos fez seguir, deixa-nos na mão. Cito aqui o pronome “nós”, aproveitando-me da condição de também, como você e tantos outros amigos, estar na luta contra um mal que tenta nos fazer sucumbir. Não é isso o que ocorrerá, eu lhe garanto, usando o conhecimento adquirido a longas e duras penas, de que tudo isso passa, graças a Deus!

Identifiquei-me com seu problema (e muitos também se identificaram), mesmo que os motivos sejam diversos, não tão dolorosos, mas traumatizante é tudo aquilo que vem forte demais, quando não se espera, quando nos falta o chão, quando mexe com nossa alma. E nesses dolorosos momentos nem mesmo a medicina ou conversas conseguem aliviar. Não de pronto, mas só com o tempo. Há um caminho, sempre haverá, mas até que cheguemos a ele passaremos por tantos penhascos, que depois, olhando de volta, veremos que conseguimos transpô-los, nesse ímpeto maravilhoso que é a luta pela vida. Hoje, tudo o que você consegue é sentir-se um enigma, inclusive para si próprio. Imagina não ser mais o pai, o profissional, o amigo, o “cara”. É comum esse tipo de julgamento partir de nós próprios em certos momentos de nossa vida. Na verdade, nada disso mudou. Houve uma ruptura, uma atormentada incapacidade em mudar o rumo da própria vida. Naquele instante, por motivos que desconhecemos, você foi poupado e isso, amigo, por vezes nos faz mal, paradoxalmente, pois trata-se de um bem que julgamos não merecer, não é assim?

Alessandro, você não deixou de ser pai, tampouco esposo, menos ainda amigo, nada disso! Você vive, por ora, num redemoinho de emoções que o fazem sentir-se um papel em meio ao vendaval. Não sabe o rumo, não se rasga, mas é um papel à deriva. Diferente? Nem um pouco! Está vivendo o que muitos vivemos e que garantimos não ser bom, nem gostoso, nem fácil ou simples! É muito difícil e nos parece que jamais findará! Erramos ao achar que nada mais será como antes! Algumas coisas mudarão, e isso é um alívio para nossa alma, mas só perceberemos isso quando a tempestade realmente tiver passado. Deixará marcas, fez seu estrago, deixou o medo, mas como presente nos mostrou que se temos uma chance de viver – e você a teve – e isso, amigo, é o farol lá no meio da ilha que, se vista por quem está em alto mar sem conhecer o oceano, parece a anos luz de distância. Pode ser sofrido enxergá-lo e ver nele a possibilidade de desbravar todos os mares, mas sabemos, é a nossa luz! O nosso guia, a direção que nos mostra que estamos vivos! Que venham marés altas, águas que molham até os ossos, mas chegaremos ao destino que almejamos e o seu destino, hoje, é livrar-se dessa estagnação que o psiquismo nos impõe como limite – temporário – mas limitante!

Seu caminho, Alessandro, é o que muitos percorreram, percorrem e alguns ainda percorrerão. O caminho escuro que tira a visão, embaça a alma, desnorteia, freia nossa capacidade de raciocínio lógico, mas é hoje o seu caminho. Não foi você, por incapacidade ou vocação, quem o traçou. A vida o fez. Nós, os que nos perdemos em meio ao medo e que antes achávamos “frescura”, nos vemos incrustados nesse medo e sem saber como tirá-lo de nosso peito, pensamento e vida. Mas é necessário que o façamos. Não é fácil e a psiquiatria, psicologia e toda a emaranhada corrente que tenta desvendar os mistérios da mente ainda tropeça em tais possibilidades.

Confesso, os remédios, pela química que possuem, auxiliam. A conversa com o psiquiatra é o caminho para a condução de um tratamento medicamentoso e há mais para buscarmos. Contudo, amigo, a compreensão do outro e o nosso afeto para conosco são o que de melhor há. Olhe o rostinho de seus filhos, mesmo que lhe pareça não os ver, mas a alma enxerga melhor que os olhos. Ponha-se em pé e dispute consigo próprio o seu convalescimento, pois precisará muito de ajudar-se e essa capacidade você a tem! Não se culpe ou não julgue, pois há uma Mão Protetora (a mesma que o colocou em outra direção no dia da tragédia), protegendo-o.  Dela emanam gotas de doçura, mansidão, paz e serenidade. Você receberá de volta o homem que sempre foi. Sua insegurança atual é fruto de sua capacidade de emocionar-se, quedar-se perante a partida de amigos diários e a sensibilidade tão própria dos seres do bem.

Amigo, cuide-se e escreva tudo o que lhe vai à alma. É bom desabafar, jogar as dores pelo caminho e, sem que perceba, o que hoje pesa, logo será somente uma lembrança. Lembranças não se apagam, mas doem menos quando as tomamos como ensinamentos. Seja sempre sábio e verá que nada é em vão, mesmo que pareça terrível! Se tivermos que passar pelo fogo, que passemos, mas que o chamuscado seja uma marca de uma história valorosa. Deixo um afago em seu coração e a doce certeza de que logo nos dirá: VENCI! Agradeço por ter conseguido, tão ricamente, expor-se e fazer-nos refletir que não somos uma única estrela no Planeta. Somos muitas e cada uma com seu valor e finalidade! Fique em paz! Liberte-se! Se cair, não ligue, é assim mesmo. Imagine-se o menininho lá do passado, nas suas primeiras tentativas de descobrir o mundo. Tropeçou muitas vezes, mas aprendeu. Agora não é mais o menininho, mas o homem a quem a vida concedeu o dom de VIVER!

Nota: a ilustração é uma obra de Vincent van Gogh

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Pintor Anônimo – A DESCIDA DA CRUZ

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 Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição denominada A Descida da Cruz, cena clássica da arte cristã, é uma obra religiosa atribuída a um pintor anônimo e talentoso da oficina do pintor holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn. É provável que o pintor tenha sido Constantijn van Renesse. Embora o mestre tenha, sem dúvida, orientado na criação desta obra, não foram encontradas, pelos estudiosos de arte, evidências de suas próprias pinceladas.

A cena apresenta o corpo sem vida de Cristo sendo descido da Cruz para a preparação de seu sepultamento. Um grupo de pessoas, dentre elas sua Mãe Maria, José de Arimateia, Nicodemos e apóstolos, ali estão presentes. José de Arimateia, com sua vestimenta vermelha e uma expressão de grande sofrimento, recebe cuidadosamente nos braços o corpo do Mestre, como se o apresentasse aos presentes, silenciosos e sofridos. Atrás dele, um homem na escada, portando uma tocha de luz, alumia a descida. Sua mão esquerda diante do lume impede que este se apague. A luz que do archote emana, recai sobre José de Arimateia segurando o corpo de Jesus e sobre a Virgem Maria, à esquerda.

A palidez vista no rosto de Maria parece refletir o branco mortal do corpo sem vida de seu filho Jesus. Ela desmaia nos braços de uma mulher. A cruz, muito alta, forma um rígido ângulo reto com a massa de figuras, embaixo. Duas escadas escoram-se no madeiro, uma à esquerda e outro à direita, para possibilitar aos homens a retirada do corpo crucificado. Embaixo, dois homens trazem os braços abertos para receberem o corpo, enquanto uma mulher, próxima, expressa uma profunda dor. A cena acontece durante a noite.

Ficha técnica
Ano: c. 1653

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 143 x 111 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

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