RELAÇÃO ENTRE AUTOESTIMA E SAÚDE

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

A baixa autoestima é um sentimento que se manifesta em pessoas inseguras, indecisas, depressivas e que buscam sempre agradar os outros. Autoestima elevada, de forma contrária, é uma condição vivida por pessoas que são elogiadas, apoiadas, autoconfiantes e que têm amor próprio.  Não vivem em constantes conflitos, bem como não são ansiosas e inseguras. Ter autoestima elevada pode melhorar nossa saúde. Esta é a conclusão de pesquisa realizada e conduzida pela Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia.

Ter uma autoestima elevada não gera só uma sensação de bem-estar. Este estado emocional também gera benefícios físicos clinicamente mensuráveis. Parece que pensar positivamente sobre nós mesmos pode oferecer uma proteção efetiva sobre o coração e o sistema imunológico, ou seja, uma autoestima elevada cria, em última instância, um ambiente favorável à saúde.

A pesquisa neozelandesa queria saber se os efeitos benéficos da autoestima vão além do nível emocional e se seriam capazes de interferir com respostas fisiológicas positivas para o organismo. Foram envolvidos 184 participantes. Para monitorar as respostas fisiológicas, os cientistas analisaram a atividade do tônus vagal cardíaco (parassimpático) dos participantes. O sistema nervoso parassimpático é aquele que age para “acalmar o coração”, enquanto o sistema nervoso simpático prepara o corpo para a ação, ou seja, para a luta ou fuga. Como o parassimpático ameniza o estresse e diminui as inflamações, quando ele fica deficiente o corpo pode sofrer com problemas cardiovasculares e com doenças autoimunes. Os resultados finais mostraram uma correlação entre uma autoestima elevada e um tônus vagal sob controle – tipo aprenda a controlar sua mente e, de quebra, sua saúde.

Como podemos melhorar nossa autoestima? Inicialmente, temos de focar no que chamamos de “os quatro pilares da autoestima”:

  • Tenha autoaceitação, ou seja, tenha uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Isto inclui pontos como estar satisfeito com consigo mesmo e ter respeito a si próprio.
  • Procure ter autoconfiança, buscando ter uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Isto inclui as convicções de conseguir fazer algo, de fazê-lo bem e de suportar as dificuldades – tendo resiliência.
  • De igual forma, procure ter competência social, que em última análise é a capacidade de fazer contatos, sabendo lidar com terceiros, se sentir capaz em lidar com situações difíceis, procurando ter reações flexíveis em momentos adversos e saber regular à distância-proximidade com outras pessoas.
  • E, finalmente, procure ter uma rede social, que inclui ter uma relação satisfatória com o parceiro (a) e com a família. Ter amigos e poder contar com eles e, na via oposta, estar à disposição deles. Pense o seguinte: Viver com baixa autoestima é como pilotar a vida com o freio de mão puxado.

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O CINEMA “AMERICANO” E O RELHO

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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

      

Eu não saberia dizer quando estive num cinema pela primeira vez. Entre as coisas mais remotas que vi no cinema e que me marcaram estão os filmes da menina Shirley Temple, que cantava e sapateava. Na época, anos trinta, foi a maior “febre” e campeã de bilheteria. Os filmes estrelados por essa pequena menina “prodígio” agradavam a todas as idades. Depois de ter visto vários filmes com minha mãe, quando eu tinha seis anos de idade, comecei a poder ir assistir às “matinês” no Cine Americano, com o Mário, meu amiguinho, pouco maior que eu.

O “Americano” ficava na mesma rua em que morávamos, na Avenida Copacabana, pouco além da Rua Santa Clara, para quem vinha do “Atalaia”, (posto dois) na direção de Ipanema. Quando comecei a frequentar o Colégio Teuto Brasileiro, na Rua Siqueira Campos, fui adquirindo certa autonomia, depois de começar ir a pé para a escola. Eu e meu amigo Mário começamos a ficar fregueses dos filmes de Tom Mix e Buck Johnes, os lendários mocinhos dos filmes de caubói.

Um dia, além do filme de faroeste, o cinema passou um seriado que terminou com uma cena eletrizante: o “mocinho”, “nosso amigo”, ia ser esmagado preso numa armadilha. Era uma parede que se movia para matá-lo. A cena terminava com o “mocinho” prestes a ser esmagado pela parede “movediça”. Aquela última cena nos deixou “gelados”. Ficamos tão impressionados que resolvemos ficar para ver mais uma vez. Com isso, nós assistimos tudo de novo e quase anoiteceu. Quando saímos felizes, depois de outra sessão, topamos com meu pai na porta do cinema e com um chicotinho na mão.

O chicote que meu pai trazia era meu conhecido de casa. Era objeto decorativo, parecido ao usado pelos jóqueis nas corridas de cavalos, mas com um adorno de prata, que era uma cabeça de cavalo. Logo levei, além da bronca, uma relhada nas pernas sem qualquer “exposição de motivos”. Meu amigo Mário, vendo o “clima”, foi correndo para sua casa. Tive que andar na frente de meu pai que, de vez em quando, aplicava mais uma pequena relhada nas minhas pernas. Cheguei a minha casa aos soluços e fui dormir.

Nota: Extraído do livro “Corrupira”, ainda inédito, do autor.

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El Greco – A ADORAÇÃO DOS PASTORES

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intitulada A Adoração dos Pastores é uma obra-prima do pintor, escultor e arquiteto grego Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido por El Greco, que passou grande parte de sua carreira na Espanha. Esta obra, relativa à fase final da vida do artista, é uma das mais comoventes. Ele a executou para ornar o túmulo de sua família, na igreja de Santo Domingo del Antiguo, na cidade espanhola de Toledo.

Esta cena noturna, baseada na temática da Natividade, acontece ao ar livre, diante de uma gruta, composta por dois arcos semicirculares, onde se deu o nascimento do Menino. O artista fez uma encantadora formação espacial no centro do quadro. Na parte de cima estão as figuras dos anjos sobre densas nuvens. Os dois anjos maiores, com suas asas abertas, um envolto num manto vermelho e o outro num amarelo, formam um meio círculo. Um deles carrega uma faixa com dizeres em latim. Entre eles estão três pequenos anjos, nus, que, por sua vez, esvoaçam em torno de três cabecinhas com asas. Todos voluteiam como se estivessem sendo movidos pelo vento que enfuna as nuvens atrás deles.

A Sagrada Família e os pastores encontram-se no espaço abaixo, formando um círculo menor. O Menino Jesus, deitado sobre um pano branco, no colo da mãe, é a personagem central do encontro. Ele emite uma intensa luz que banha tudo à sua volta. A Virgem Maria, com seu vestido vermelho e manto azul, segura delicadamente as pontas de seu pano. À sua direita, vestindo uma túnica azul e um manto amarelo, seu marido José abre os abraços em sinal de adoração. Os pés do anjo de vermelho, acima, estão em direção à sua cabeça, servindo de ligação para compor o círculo maior, à esquerda.

Três humildes pastores, com seus pés descalços e pernas à vista, acorreram à gruta para ver a criança que acabar de chegar ao mundo. Um deles, de verde, encontra-se à esquerda da Virgem, com as mãos na mesma postura das de José. Ao seu lado, o maior deles, de pé, usando roupas azul e vermelha, traz os braços cruzados no peito, em sinal de adoração. Ele serve de elo na formação da parte direita do círculo maior, unindo-se ao anjo acima, que faz o mesmo gesto que ele, e também usa uma vestimenta amarela. De costas para o observador, um homem mais idoso, traz as mãos em postura de oração.

O boi está deitado no meio do grupo, separando os dois pastores do recém-nascido. Sua cabeça levantada, em direção à criança, permite ver seu chifre torneado. O jumento, como uma mancha escura, encontra-se atrás do gigantesco pastor, à direita, sendo possível divisar seu focinho. Todos os elementos parecem vaguear, como um redemoinho, em volta do pequenino e reluzente Menino Jesus, e também girar em torno de si mesmos, como numa dança. As cores, formas e poses da composição contribuem para criar um grande êxtase.

Ficha técnica
Ano: c.1612/1614

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 320 x 180 cm
Localização: Museu do Prado, Madri, Espanha

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/the-adoration-of-the-shepherds/4fb170c0-d4cf-4c3e-8293-a8d7152aff78

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Domenico Ghirlandaio – ADORAÇÃO DOS MAGOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

adoma

A pintura Adoração dos Magos é obra do pintor italiano Domenico Ghirlandaio (1449-1494), o principal pintor de afrescos do Renascimento, em Florença, sua cidade natal. Depois de estudar a arte da ourivesaria, ele se tornou aluno do pintor Alessio Baldovinetti. Seu trabalho recebeu influência da arte da Antiguidade e da holandesa, em especial da obra de Andrea de Castagno, Fra Lippi e Andrea del Verochio. Uma tridimensionalidade forte e contornos definidos fazem parte de seu estilo. Suas cenas, normalmente, possuem muitas figuras. O pintor Michelangelo foi aluno de sua oficina.

Muitos artistas tentaram inserir a temática sobre os Reis Magos em um formato redondo (tondo), como Fra Angélico, Domenico Veneziano e Botticelli. A tentativa de Dominico aconteceu no final de sua carreira. Em sua obra, as caracterizações de suas figuras são bem mais nítidas, podendo o observador acompanhar melhor a cena (ou cenas).

A Virgem Maria, entronizada numa espécie de pedestal clássico, com seu Menino no colo, recebe a visita dos Reis Magos e de uma comitiva que os acompanha. Ela traz na cabeça um véu translúcido e um halo. Sua cabeça está inclinada para frente, com os olhos voltados para o Menino. José, postado à sua direita, usa um manto azul e demonstra júbilo. Sua cabeça descansa na mão direita e o cajado na esquerda. Atrás de Maria há um grande espaço circular vazio. O Menino Jesus, envolto por um tecido transparente, na altura dos quadris, observa o Mago mais velho à sua frente, com a mãozinha direita em pose de bênção.

Em primeiro plano estão as coroas dos reis visitantes, assim como uma pedra branca, com a data da obra, sobre um relvado florido. Ao lado encontram-se um saco de aniagem e um frasco com água, lembrando a jornada de Maria e José, antes de o Menino Jesus nascer. Embora se encontre aqui a presença de um mouro negro, com vestes listradas e coloridas, colocando a coroa em um dos reis, não há a presença de um Mago negro. Os Magos são quase sempre representados como as fases da vida: juventude, maturidade e velhice.

O grupo da Virgem possui a forma piramidal, cujas bordas inferiores são compostas pelos dois magos ajoelhados. Um deles está voltado para o observador, como se o chamasse para ajuntar-se ao grupo. O próprio pintor retratou-se no grupo à direita, ajoelhado, próximo a uma figura de amarelo. Ele aponta para trás com o dedo, possivelmente para o doador da obra. Alguns personagens da classe média de Florença também estão aqui representados, usando, como disfarce, alguns detalhes orientais. Além dos visitantes ajoelhados, vê-se também um grupo de pé. Soldados, usando armaduras com capacetes e lanças, são vistos à direita e à esquerda, assim como inúmeros cavalos, inclusive no centro, onde também se encontram um boi, um jumento e duas ovelhas deitadas.

O pintor dividiu a história, em segundo plano, em episódios: os pastores nas rochas, à esquerda, em meio às suas ovelhas, recebem as boas novas através de um anjo, numa nuvem próxima; os cavaleiros na colina, à direita, cavalgando; o ancoradouro da baía, ao centro, lembrando Veneza. Ao fundo estão as ruínas de um edifício clássico, com sua arquitetura em arcos, sustentados por magníficas colunas. Uma cabana lembra a gruta onde se abrigou a Sagrada Família, acompanhada de um boi e um burro.

 Ficha técnica
Ano: 1487

Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 172 cm de diâmetro
Localização: Galleria deglu Uffizi, Florença, Itália

Fontes de pesquisa
A Enciclopédia dos Museus/ Mirador

1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.wga.hu/html_m/g/ghirland/domenico/7panel/06tondo.html
https://it.wikipedia.org/wiki/Adorazione_dei_Magi_Tornabuoni

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CASOS FAMOSOS DOS ANOS TRINTA

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Autoria do Prof. Rodolpho Caniato

O fato de morarmos num hotel frequentado por gente que vinha de outras regiões do Brasil e de outros países da Europa, além dos EEUU, fazia de nossa casa uma caixa de ressonância de fatos e histórias que circulavam pelo mundo. Meu pai, como gerente e intérprete, era quem recebia os principais clientes do hotel. O nosso principal hóspede, Mister Joseph, uma vez por ano passava alguns dias nos EEUU, mas preferia morar no Rio de Janeiro, no “nosso” Atalaia. O casal dinamarquês Fösker também voltava sempre da Europa. Meu pai, além de ler os jornais, estava sempre em contato com pessoas que traziam novidades do mundo. Era inevitável que conversasse em casa sobre os assuntos palpitantes.

Sacco e Vanzetti haviam sido executados na cadeira elétrica em 1927, depois de um longo, complicado e polêmico julgamento que ficaria na história. Tratava-se de dois imigrantes italianos que eram, como muitos outros que vieram para o Brasil, anarquistas. Além de tomados como subversivos, foram acusados de um assalto com uma morte em que foi roubado todo o dinheiro do pagamento dos funcionários de uma fábrica de calçados em Massachussets. Depois de muitos anos de julgamento e apelações, ambos foram executados na cadeira elétrica. Como não havia tido flagrante do assassinato, sempre permaneceu a dúvida sobre sua culpabilidade de morte, ou, se o processo não havia sido “contaminado” por um sentimento contra imigrantes “subversivos”, que tomavam o lugar dos operários americanos, e por uma espécie de “caça às bruxas” contra anarquistas.

Outro rumoroso caso discutido em todo o mundo nos anos trinta foi o Lindbergh-Hauptman.   Charles Lindbergh era um herói nacional nos EEUU. Havia feito sozinho a primeira travessia solitária do Atlântico, dos EEUU para Paris, num avião monomotor, o “Spirit of St. Louis”. Era o maior herói americano da época, uma figura de prestígio mundial. Em 1932, um filho seu de menos de dois anos foi raptado e morto. Não houve testemunhas oculares nem provas cabais. Havia, no entanto, fortes indícios ou provas indiretas que recaíram sobre um carpinteiro alemão imigrante: Bruno Richard Hauptman.  Durante quatro anos o processo contra Hauptman foi discutido não só na justiça americana como no mundo todo. Por fim, o veredicto foi de pena capital na cadeira elétrica. Em abril de 1936 Hauptman foi executado, protestando inocência até o fim. A repercussão se estendeu a todo o mundo. Também no Rio ela se fez sentir pela difusão do medo e restrições das mães em deixar as crianças livres para brincar pelas ruas.

Em meados de 1935 faleceu Alfred Dreyfus, um ex-oficial de artilharia do exército francês. Talvez nenhum outro caso na história moderna do mundo tenha agitado tanto a opinião pública quanto esse. Foi esse o tema que celebrizou Émile Zola com seu “J´accuse” (Eu acuso) e a provável causa de sua morte trágica e misteriosa. Embora o caso tenha tido seu início nos últimos anos do século XIX, as questões que ele levantou com as marchas e contramarchas de um processo complicado, provocaram movimentos apaixonados e consequências graves em várias partes do mundo. Um manuscrito encontrado numa cesta de papéis, e levado às autoridades do exército francês, indicava a existência de um oficial de alta patente e traidor. As suspeitas caíram sobre Dreyfus, o único alto oficial de origem judia.   Instalou-se uma corte marcial e Dreyfus foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, bem perto do Brasil.

Dreyfus foi submetido à cerimônia de degradação, sendo-lhe arrancadas as insígnias de oficial e quebrada sua espada. O fato de ele ser judeu e a inconsistência da acusação levantaram as suspeitas de uma perseguição contra os judeus na França que, junto com boa parte da Europa, ainda vivia a tensão entre monarquistas e republicanos. A França estava dividida entre opositores e favoráveis a Dreyfus. Muitas empresas de judeus foram depredadas. Foi nesse clima de grande polarização política que Émile Zola publicou seu artigo “J´accuse”, pondo em evidência que se tratava de uma farsa montada e destinada a incriminar Dreyfus, pelo fato de ser judeu.

Zola, condenado à prisão e pagamento de multa, teve que se refugiar na Inglaterra. Outra vez a polarização levantou protestos e graves episódios em várias partes do mundo. Por fim descobriu-se que um oficial francês havia escrito o papel incriminador, visando eliminar da alta oficialidade francesa um judeu. Quando faleceu, em 1935, Dreyfus havia sido reabilitado, sem que nunca tivesse reivindicado reparos pelos grandes danos que havia sofrido.  Seu caso havia contribuído para que se compreenda até onde podem ir a xenofobia e o racismo. Foi uma das coisas de que muito ouvi em minha infância. Meu pai era especialmente interessado em questões envolvendo os grandes processos jurídicos.

Nos anos trinta, outro assunto de que muito ouvi falar foi das greves de fome do grande líder indiano Ghandi. Falava-se de um homem franzino, coberto apenas com uns panos brancos e que estava pondo em cheque a autoridade Real Britânica sobre a Índia. Esse líder tão frágil e desarmado estava mobilizando seu país para a independência e sem o uso de armas, sem nenhuma violência, mesmo verbal.  Sua pregação contava, segundo ele mesmo dizia, com a força da Verdade. Ele se tornara internacionalmente conhecido pela sua militância na defesa de seus compatriotas indianos, na África do Sul, também vítimas do  “apartheid”.  Esse meu ouvir falar de Ghandi, desde minha infância, deixou um germe de curiosidade e fez que, muitos anos mais tarde, eu voltasse a procurar saber mais  sobre  a  vida  de um dos grandes homens do século XX.

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Renoir – MENINA COM REGADOR

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A extraordinária composição intitulada Menina com Regador é uma obra-prima do pintor impressionista francês Pierre Auguste Renoir, que pintou inúmeros e maravilhosos retratos de crianças. Este é um dos primeiros retratos do artista. Trata-se de um trabalho modesto em seu objetivo, sem falar na singeleza do cenário e da composição, se levarmos em conta outras de suas obras, mas que encantou e continua maravilhando pessoas em todo o mundo.

Uma doce menininha de cabelos dourados e enfeitados com um laço de fita vermelho está parada no caminho de um jardim. Seus olhos azuis parecem emitir faíscas. Suas bochechas são rosadas e a boca carmesim mostra um delicado sorriso. Ela usa um vestido azul, que parece aveludado, todo enfeitado com rendas brancas, fechado com enormes botões. Calça botinhas pretas, adornadas com metais, e meias rendadas. Na mão direita traz um regador verde, preso pela alça, e na esquerda um galho de flores brancas e amarelas.

A garotinha, que ocupa a parte central da tela, tem à sua direita um canteiro de flores e às costas um segundo canteiro, ambos separados por um gramado verde. As flores vermelhas às suas costas têm o mesmo tom de seu laço de fita.

A pintura emana pureza e alegria. As cores cintilantes, que refletem a beleza da paleta impressionista, são banhadas por uma luz morna que parece filtrada por uma suave névoa. O uso das cores nas composições figurativas do artista apresenta mais regularidade nas pinceladas do que em suas paisagens. Esta menininha, por exemplo, é pintada com pinceladas delicadas, principalmente em seu delicado rosto.

Ficha técnica
Ano: c. 1876

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 100 x 73 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/art-object-page.46681.html
http://www.aaronartprints.org/renoir-agirlwithawateringcan.php

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