Autoria de Lu Dias Carvalho
O livro é um instrumento cultural que libera informação, sons, imagens, sentimentos e ideias através do tempo e do espaço. (Martin Claret)
Existem fatos muito interessantes sobre a história do livro. Comecemos pela definição dada pela UNESCO, na década de 60: “Livro é uma publicação impressa, não periódica, que consta no mínimo de 49 páginas, sem contar com as capas”. Observem que a palavra “impressa” não mais condiz com o nosso tempo, depois da internet, com a chegada do e-book.
O homem começou a escrever em fibras vegetais, placas de barro, pergaminhos, tecido, etc. As bibliotecas daquela época estavam cheias de textos gravados em tabuinhas de barro cozido. Hoje, esta maravilha chamada “livro” está espalhada pelo mundo todo, transmitindo fatos, acontecimentos históricos, tratados, códigos, conhecimento científico, entretenimento, etc. Como mercadoria, ele pode ser vendido, trocado, comprado e emprestado. O livro, em muitos aspectos, retrata a época histórica e cultural em que foi escrito. E é de suma importância para os historiadores que virão depois, no estudo da sociedade de um determinado tempo.
No início, o escritor vivia em contato direto com seus leitores, uma vez que o número de letrados era muito pequeno. Isso até o século XV. Mesmo assim, os analfabetos foram muito importantes para a transmissão oral da cultura. Com o reflorescimento do comércio europeu, em fins do século XIV, burgueses e comerciantes viram nos livros um grande filão. O analfabetismo foi decrescendo e o número de escritores aumentando. Até então, as obras que eram escritas ora em latim, ora em grego, passaram a ser escritas em outras línguas. E a população letrada foi aumentando.
Gutenberg surge como o deus das letras, com o seu sistema de impressão na Europa, dinamizando a fabricação de livros. Em 50 anos, foram impressos cerca de vinte milhões deles, quando a população beirava a cem milhões de habitantes. Como percebemos, a imensa maioria continuava analfabeta. Mas nem por isso podemos tirar o mérito de Gutenberg na história da palavra impressa.
A princípio, os temas favoritos eram, sobretudo, obras religiosas, anedotas, novelas, receitas e manuais técnicos. Somente no século XIX houve um aumento relativo no número de leitores, principalmente na Inglaterra e na França, com os preços mais acessíveis, mesmo para os livros de escritores famosos. O livro passou a ser visto como símbolo de liberdade, conseguida através de conquistas culturais. Nos outros países, tal aumento aconteceu apenas com o término da Primeira Guerra Mundial (1918), com as primeiras grandes tiragens, prevalecendo os romances, novelas e textos didáticos. Até 1950, somente os livros de bolso eram destinados às pessoas de baixo poder aquisitivo.
Apesar dos avanços da tecnologia no século XXI, a palavra escrita dificilmente deixará de ser uma das mais importantes heranças culturais da humanidade.
Nota: Imagem copiada de http://vanessinhafigueiredo.com
Fonte de pesquisa:
A história do livro – A Obra-Prima de Cada Autor/ Martin Claret/ Editora Martin Claret
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A herança de nossos livros é a manutenção de nossos conhecimentos. Ainda, mesmo agora com o advento da informática, os livros devem permanecer, pois a internet, aparentemente livre, é administrada, gerida por homens que, por vezes, buscam o domínio de povos e raças, uns sobre os outros. As informações podem desaparecer, serem irreais e até desastrosas para o correto conhecimento humano.
Os livros não. Foram escritos e os guardamos em nossas bibliotecas. Não há poderes que os possam modificar. E foi, através deles, que o conhecimento humano, adquirido durante séculos e séculos, foi preservado para o homem.
Ed
Segurar um livro nas mãos tem lá o seu lugar.
Mesmo com o crescente número de e-books na rede, confesso que ainda prefiro manusear um livro.
Não acho que venham a desaparece, na forma como se apresentam.
Eu amo livrarias!
Abraços,
Lu