Constable – WIVENHOE PARK ESSEX

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Autoria de Lu Dias Carvalho

Estou pintando uma vista do parque […] com um maravilhoso bosque e uma área com água. (Constable em carta à sua noiva)

 O céu é o principal instrumento para se expressar sentimento. (Jonh Constable)

A composição intitulada Wivenhoe Park Essex retrata uma paisagem inglesa. É uma obra excepcional do pintor romântico inglês John Constable, que amava a vida simples em contato com a natureza. É também uma das atrações da National Gallery of Art, em Whashington, EUA. Trata-se de uma das obras mais bonitas do artista, em que cada elemento dá a sua cota de poesia à pintura, num todo silencioso e calmo. Uma atmosfera dourada e líquida banha a composição. As longas horizontais, formadas pelas margens do lago, dão o ritmo da obra.

A paisagem é tão nítida que chega a parecer-se com uma fotografia. Dela emana uma sensação de prazer e harmonia. O céu é um deslumbramento à parte. As nuvens densas movimentam-se para a esquerda, como se fossem cortinas douradas bordadas com pontos pretos – as aves. A luz encontra-se no ar, na água e na terra. O artista dispôs com maestria as áreas ensombradas e as iluminadas pelo sol. Uma cerca de madeira delimita o espaço das reses, à esquerda. Três delas encontram-se a pastar e uma a tomar água. Mais para a esquerda,  Mary Rebow, filha de sete anos do major-general Rebow, que encomendou a pintura, brinca com uma amiga num carrinho puxado por um burro.

O lago espelha luz e também a sombra das árvores, que se distribuem em grupos, à direita, ao meio e à esquerda. Um casal de cisnes brancos passeia tranquilamente pelas águas. Mais atrás, um grupo de patos nada em fila indiana. Dois pescadores, num barco, lançam suas redes em busca de peixes. Na margem do lago, em oposição à que se encontra próxima ao observador, duas vacas descansam debaixo de uma árvore, aves domésticas e silvestres encontram-se na relva e na água, homens trabalham no que parece ser a pesca. Até mesmo os vultos de uma criança e de uma mulher podem ser divisados. Uma pequena ponte, mais à esquerda, permite a travessia do lago.

Ao fundo, ocupando a parte central da composição, vê-se a casa cor-de-rosa de dois pavimentos, com seu telhado inundado pela luz solar, principal edificação da propriedade. Um vulto parece surgir em uma de suas janelas.

Ao encomendar a pintura, o major-general Rebow transmitiu a Constable o que gostaria de ver incluído na composição. Em razão disso houve a necessidade de mudar a localização de alguns elementos da propriedade, de modo que tudo fosse visto numa única visão. A casa e o lago, por exemplo, fazem parte da necessária transposição.

Obs.: Para melhor visão e compreensão da pintura, o leitor deverá ampliar a imagem o máximo possível, ou acessar o link abaixo que, com zoom, permitirá que ele vasculhe cantinho por cantinho da obra. Enquanto houver uma lupa com o sinal +, significa que a imagem pode ser ampliada.

https://www.google.com/culturalinstitute/beta/asset/-/vAG0ovJU1U65Rw?hl=pt-BR

Ficha técnica
Ano: 1816

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 56 x 101 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

https://www.nga.gov/content/ngaweb/Collection/highlights/highlight1147.html

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