Autoria do Dr. Telmo Diniz
Existem centenas de causas de dores de cabeça e a enxaqueca é a sua máxima expressão. Ela se caracteriza pela presença de cefaleias recorrentes, uni ou bilaterais, geralmente de caráter pulsátil, com intensidade de moderada a intensa, podendo ser acompanhada de náuseas, vômitos, intolerância aos barulhos, luz e cheiros fortes.
Apesar de ser de natureza incerta, acredita-se que a causa da enxaqueca seja multifatorial, apresentando um caráter hereditário. Estudos demonstram que pacientes com esta patologia apresentam um desequilíbrio de neurotransmissores, o que acarreta uma dilatação das artérias cerebrais, dando início aos sintomas.
O diagnóstico da enxaqueca é eminentemente clínico, com um histórico bem detalhado associado a um exame físico e neurológico completos. Eventualmente, pode ser necessária a realização de exames complementares, como ressonância magnética de crânio e o eletroencefalograma.
As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por inúmeros fatores como:
- estresse físico e emocional,
- insônia,
- alterações hormonais súbitas, como ocorrem no período pré-menstrual,
- ingestão de inúmeros alimentos como: bebidas alcoólicas, produtos lácteos, embutidos em geral, chocolate, amendoim, adoçantes que contêm aspartame, entre vários outros.
O que observo comumente no consultório é que vários pacientes, que têm o problema, estão em uso das medicações para reduzir as crises e/ou abortá-las. Porém, poucos são os que se preocupam em detectar as possíveis causas que desencadeiam as mesmas. Qual foi gatilho? O que levou a iniciar aquela crise? Iniciou uma leve “dor de cabeça” e imediatamente lança mão do analgésico? Se a resposta for sim, é importante ressaltar que uma das causas de cefaleia crônica é justamente o uso crônico e indiscriminado destas substâncias. Portanto, se você é daquelas pessoas que andam carregando a neosaldina ou outro analgésico similar na bolsa, e os usa com muita frequência, algo de errado deve estar ocorrendo. A automedicação, sem um acompanhamento, é muito comum e errada. Quem tem enxaqueca deve buscar de forma insistente, junto a seu médico, as possíveis causas desencadeantes.
Combate à enxaqueca
O tratamento da enxaqueca é também individualizado. Deve-se olhar atentamente caso a caso. As medicações para abortar as crises são importantes, porém, uma ação conjunta e coordenada de alterações dos hábitos alimentares, de uma adequada “higiene” do sono, equilíbrio das funções hormonais e atividades físicas são de suma importância. Como citado, a alimentação é ponto crucial para controle de uma boa parcela das crises. Tem-se observado um aumento crescente de pessoas com este mal. Nossa atual dieta, baseada em uma alimentação rica em carboidratos, com produtos refinados, conservantes e aditivos químicos está intimamente ligada a um percentual elevado das crises. Nós somos únicos e, portanto, com sensibilidades químicas diferentes. Por exemplo, um determinado alimento que faz bem para uma pessoa pode ser desencadeante de enxaqueca para outra.
Dê a devida importância à sua alimentação. Nós somos, literalmente, aquilo que comemos. Melhorando sua enxaqueca, você certamente irá melhorar seu humor, sua retenção de líquidos, os sintomas da TPM, etc. Com certeza sua qualidade de vida será outra. Acredite!
(*) Imagem copiada de receitasdetodososdias.blogspot.com
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Cunhada, se todo mundo comesse a comida de sua casa, que não sei como não consigo que ela tenha o mesmo paladar na minha, estaria com a saúde zerada…eu tenho muita saudade da comida daí… Paz e graça!
Karla
Como Beagá é menos quente, a gente tem mais apetite e a comida parece mais gostosa.
Mas você faz um peixe como ninguém.
Volte para cá.
Beijos,
Lu
Dr. Telmo
Tenho pena das pessoas que precisam conviver com a enxaqueca.
Já tive algumas crises causadas por ter exagerado no álcool em encontros com amigos.
Durante a crise, prometo que nunca mais tomarei nenhum tipo de bebida alcoólica.
Grande verdade:
” Nós somos, literalmente, aquilo que comemos.”,
Abraços,
Lu