GORILA IDI AMIN É LEMBRADO COM SAUDADE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Com a apresentação dos novos bebês gorilas no zoológico de Belo Horizonte, muitas pessoas têm procurado saber mais sobre a história do gorila Idi Amin, que faleceu aos 38 anos de idade, em 2012, e, que era carinhosamente conhecido como Idi, tendo sido um dos moradores mais célebres e queridos da capital mineira.

Idi foi capturado na África, de onde foi para um zoológico francês e depois veio para o Brasil, em 1975, juntamente com Dada, uma fêmea que morreu três anos depois de sua chegada ao Brasil. Após uma votação popular na capital mineira, a nova estrela do zoo recebeu o nome de Idi Amin, alcunha do conhecido ditador ugandense,  muito conhecido à época. Não que Idi tivesse algo a ver com o tirano, a não ser a sua origem africana.  Para lhe fazer companhia, uma nova fêmea, chamada Cleópatra, veio do zoológico de São Paulo, em 1984, mas, para azar de Idi, a nova namorada morreu 14 dias após sua chegada, obrigando-o a um infindável celibato.

Depois de 27 anos de solteirice e muita paciência, Idi recebeu duas novas companheiras. Em 2011, o zoológico de Belo Horizonte providenciou duas “moçoilas” inglesas para o  solitário gorila: Imbi e Kifta, com as quais viveu onze anos. Elas o acompanharam com carinho até os seus últimos dias de vida. E, quando se fazia necessário manterem-nas separadas, em razão da doença de Idi, ainda mesmo assim, elas se mostravam preocupadas, acompanhando-o à distância. Infelizmente, apesar de registros de acasalamento, Idi não deixou descendente.

Leon (nascido em Israel, vem do Zoo Loro Parque, em Tenerife, na Espanha) e Lou Lou (vem do Zoológico de Howletts – Fundação Aspinall, no Reino Unido) chegaram emprestados para fazer companhia a Imbi, que havia ficado sozinha com a morte do companheiro, pois Kifta havia morrido quase um ano depois dele, aos 13 anos de idade. Os novos moradores reacenderam a esperança de que poderia haver uma reprodução de gorilas na América do Sul, algo tão aguardado pela população belo-horizontina, e uma forma de dar continuidade à espécie, tão ameaçada no continente africano.

O gorila Idi Amin foi “mumificado”, segundo o processo de taxidermia, que consistiu na conservação de sua pele. Encontra-se exposto no Museu de História Natural da PUC Minas, ao lado da antiga companheira Cleópatra, imortalizando-se.

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6 comentaram em “GORILA IDI AMIN É LEMBRADO COM SAUDADE

  1. Edward Chaddad

    LuDias

    Infelizmente, estamos vendo o mundo mergulhar na extinção das espécies. A mumificação de Idi Amin já é uma demonstração de que, no futuro, iremos conhecer os gorilas em museus. O capitalismo, LuDias, é o algoz da vida em nosso planeta.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Ed
      Que malignidade é essa que trazemos na alma, que nos leva a querer sempre mais, se precisamos de tão pouco para viver? É preciso voltar o lirismo dos poetas para trazer paz ao planeta Terra, cantando a beleza da vida.

      Abraços,

      Lu

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      1. Edward Chaddad

        LuDias

        Lendo sua feliz expressão – “Que malignidade é essa que trazemos na alma, que nos leva a querer sempre mais, se precisamos de tão pouco para viver?” – lembrei-me que, quando era menino – um adolescente – escrevi um diário, que concluí no início de minha juventude.

        Nele escrevi sobre o Dia de Finados. Realmente estava – este escrito – uma pseuda poesia – pelo menos tentei versar. Nos versos do adolescente refleti, ao meio dos túmulos, sobre o significado da vida – como ela era boa, como podemos ser felizes com tão pouco – vendo aqui ou ali túmulos de pessoas que foram importantes, poderosas, orgulhosas, odiadas e de pessoas amadas, queridas, simples, humildes. Todos estavam lá. Lembro-me de ter escrito isto.

        Acho que não trazemos na alma a malignidade – ela foi adquirida na vida – e são as pessoas mais humildes, mais simples aquelas que mais amam e são amadas. E são felizes. O título da poesia era “Os mortos sábios”. Não sei onde deixei o diário e com ele os versos, vou ainda tentar achá-lo.

        Nos versos, vi – nos meus pensamentos – alguns mortos se levantarem de seus túmulos, falando coisas sobre a vida.

        De alguns versos eu me lembro:

        “Viver, viver não é sonhar”.
        “Como me iludi com o dinheiro.”
        “As homenagens não são inesquecíveis”
        “Sempre adorei o sorriso de meu filho.”
        “As flores – que lindas são as flores”
        “Como amava minha mãe”

        Ao final, escrevi algo assim:
        “Que bela é a vida, a que perdemos!”

        Pouca coisa resume tudo: a vida pode ser maravilhosa, não podemos deixar de aproveitá-la e viver com o pouco que Deus nos deu, diante do sentimento irritante do mundo consumista, que ama agora, como nunca, a matéria e não o espírito.
        “Que bela é a vida, a que perdemos!”

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        1. LuDiasBH Autor do post

          Ed

          Que experiência maravilhosa, ainda que através do sonho. É uma pena que tenha perdido esse precioso diário. Onde poderia tê-lo deixado? Procure melhor…

          Você tem razão quando diz que o mal é adquirido através da vida. A escolha é nossa. Talvez haja mais gente fazendo uma péssima escolha e, por isso, o nosso planeta Terra agonize.

          Ainda assim, temos que acreditar na vida!

          Abraços,

          Lu

  2. Messias

    Lu

    Participei da história do Ide Amin, quando trabalhava no Zoo. Era um animal fantástico, solitário mas muito receptivo. A administração do Zoo com o apoio da PBH foram muito éticos e responsáveis, tanto nos cuidados físicos quanto psico-sociais, requeridos por este grandioso símio.

    Messias

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Messias

      A eficiência do pessoal do Zoológico/BH é comprovada quando países emprestam seus animais para aqui permanecerem, como é o caso do Leon e da Lou Lou. Estão todos de parabéns!

      Abraços,

      Lu

      Responder

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