Autoria de Lu Dias Carvalho
Acabo de ler o livro O Problema com Deus, do escritor estadunidense Bart D. Ehrman, o mesmo autor de O Que Jesus Disse? O Que Jesus Não Disse?, que até agora já vendeu 100 mil exemplares no Brasil. É surpreendente ver um homem com um conhecimento tão profundo, dono de uma posição privilegiada dentro dos setores do Cristianismo, ter a coragem de se desnudar, colocando às claras seu ponto de vista em relação à fé que norteou sua trajetória por um longo tempo, apesar das críticas recebidas dos “donos da verdade”. Segundo o autor, o problema que vem o atormentando ao longo da vida, justamente por ser um dos maiores pesquisadores sobre a Bíblia, estudioso das origens do Cristianismo, Ph.D em estudos do Novo Testamento e, até então, chefe de um do Departamento de Estudos Religiosos de uma famosa universidade americana, é o sofrimento. E ele não mais conseguia conviver com isso.
O foco central do livro é o sofrimento e o porquê de Deus permitir que os homens sofram tanto, principalmente os mais inocentes e os mais frágeis. Bart D. Ehrman joga por terra todas as explicações fáceis, inclusive aquela sobre o livre-arbítrio, dadas até agora pelos mais diferentes segmentos religiosos cristãos, na tentativa de explicar por que um Deus todo poderoso permite a presença do mal e do sofrimento humano em níveis tão excruciantes. Ele não concebe a ideia de que “Deus pode fazer o bem a partir do mal, que o sofrimento pode ser benéfico, que a própria salvação depende do sofrimento.” Mostra também as inúmeras incoerências contidas no mais importante livro cristão e critica as mega-igrejas que só falam de riqueza material e do sucesso, sem se aterem ao real sofrimento humano.
Ao falar dos diversos tipos de sofrimento pelos quais tem passado a espécie humana, o escritor começa citando o Holocausto:
“É relativamente fácil citar os números convencionados daqueles que foram assassinados pela máquina nazista, mas quase impossível imaginar a intensidade do sofrimento produzido. Seis milhões de judeus assassinados a sangue-frio, simplesmente por serem judeus. Um em cada três judeus da face da Terra, foi eliminado. Cinco milhões de não judeus – poloneses, checos, ciganos, homossexuais, “aberrantes” religiosos e outros. Um total de 11 milhões de pessoas mortas, não em batalha como combatentes inimigos, mas como seres humanos considerados inaceitáveis por aqueles que detinham o poder, e brutalmente assassinados. Ter conhecimento dos números de certa forma disfarça o terror. É importante lembrar que cada um de todos aqueles mortos era um indivíduo com história pessoal, um ser humano de carne e osso, com esperanças, medos, amores, ódios, famílias, amigos, bens, saudades, desejos. Cada um tinha uma história a contar – ou teria, se tivesse vivido para isso.”.
No seu livro, O Problema com Deus, o escritor Bart D. Ehrman trabalha as seguintes questões, numa linguagem clara e acessível:
• O que os autores bíblicos dizem sobre o sofrimento?
• Eles dão uma resposta ou muitas respostas?
• Quais de suas respostas contradizem umas as outras, e por que isso é importante?
• Como nós, pensadores do século XXI, podemos avaliar essas respostas, que foram escritas em diferentes contextos, tantos séculos atrás?
Livro: O problema com Deus
Autor: Bart D. Ehrman
Editora: Agir
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Estou a ler um livro (O Mestre da Vida) que fala das emoções, do amor de Jesus e a capacidade que Jesus tinha para pensar, ele mostra-nos que é no amor e na palavra da verdade que está a nossa religião; o livro é do psiquiatra Augusto Cury; aconselho a todas as pessoas a lerem, pois nos ensina a termos mais amor pelo próximo e a utilizar mais o cérebro, pois o só utilizamos 10%.
É verdade temos que ter muito cuidado com as religiões, porque elas só querem angariar o dinheiro do ser humano.
Um abraço Lu,
Rui Sofia
Realmente nós como pensadores do século 21 deveremos analisar as perguntas e as respostas das religiões e do próprio ser humano. Quanto ao holocausto, todos os países sabiam e tinham fotografias de que se passava naquela linha ferroviária, para onde levavam as pessoas. Quanto às religiões, tratava apenas de um grande negócio, havia pouca preocupação com o ser humano.
Abraços Lu
Rui Sofia
Pedro Rui
Todas as religiões, se não forem olhadas com cuidado, fazem-nos muito mal, pois nos privam da capacidade de pensar por conta própria.
Estão todas na mesma panela: hinduísmo, catolicismo, judaísmo, protestantismo (com as mais diferentes denominações), islamismo, etc.
Elas estão mais voltadas para o crescimento material, com seus belos templos e em retirar dinheiro dos fiéis.
Penso que a melhor religião é a caridade e o amor ao próximo, pois é aí que encontramos Cristo, de verdade.
Grande abraço,
Lu