Autoria de Lu Dias Carvalho Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
As injustiças são cometidas sempre que alguns homens sentem-se melhores do que outros. Assim tem sido através de toda a história da humanidade.
Dentre os fatos mais terríveis e recentes de nossa história está o Holocausto, quando o governo nazista de Adolfo Hitler perseguiu e matou cerca de 6 milhões de judeus, transformando seu ódio num genocídio praticado contra aquele povo. Mas não podemos nos esquecer de que outros grupos, como homossexuais, ciganos e doentes mentais, também foram vítimas da “limpeza étnica” ou “purificação racial”, promovida pelo Partido Nazista, em toda a Alemanha e nos lugares ocupados por ele, durante a Segunda Guerra Mundial. No total, segundo pesquisas, estima-se que entre dez e onze milhões de pessoas foram mortas pelo governo nazista.
Os meios usados pelo regime de Adolf Hitler para exterminar tais populações eram os mais brutais possíveis. Iam desde o trabalho escravo, onde as pessoas eram mortas por exaustão, fome ou doenças; os fuzilamentos em massa; os guetos superlotados, imundos e insalubres; os campos de extermínios e as câmaras de gás. Ainda assim, adeptos do nazismo em várias partes do mundo, idiotas que acreditam na superioridade da raça ariana, negam a existência do Holocausto que matou 2/3 dos judeus existentes apenas na Europa. Mas, em 2010, a União Europeia, para coibir tal injustiça, sancionou uma lei que pune com prisão quem negar a existência do Holocausto. E a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, fato que vem acontecendo desde 2005. A escolha dessa data deveu-se ao dia em que os prisioneiros do abominável campo de concentração de Auschwitz foram libertados.
Mas por que tamanho ódio aos judeus? – poderão perguntar alguns dos leitores. É que certos pensadores, que nem merecem ser citados, membros de um movimento denominado Völkisch, que tinham a raça ariana como pura e a única capacitada para governar o mundo, basearam-se numa pesquisa pseudocientífica, que mostrava que os judeus era uma raça perigosa, a única capaz de roubar a supremacia da raça ariana no domínio da Terra. Portanto, era preciso combatê-los tenazmente. Tal teoria deu vida ao antissemitismo, ou seja, ao ódio mortal a tudo que dissesse respeito ao povo judeu, chamado, dentre outras denominações, de “bacilos da cólera”. O lema comum do nazismo passou a ser “exterminá-lo a qualquer preço, para o bem da raça ariana”.
Muitas pessoas ainda se enganam ao achar que “judeu” e “israelense” possuem o mesmo significado. O que não é verdade. “Judeu” é aquele que pratica a religião judaica, enquanto “israelense” é aquele que pertence ao Estado de Israel. Em suma, um israelense pode ser judeu ou não, dependendo da religião que praticar. Mas, à época do nazismo, “judeu” era todo aquele que professasse o Judaísmo e, também, qualquer indivíduo que tivesse, ao menos, um avô judeu. E, se não tinha, os carrascos criavam um parentesco para levá-lo à morte. O mais curioso é que o próprio Hitler, segundo pesquisas, tinha descendência judia.
Promessa feita por Adolf Hitler:
Assim que eu realmente estiver no poder, minha primeira e mais importante tarefa será a aniquilação dos judeus. Tão logo eu tenha o poder de fazer isso, eu terei forcas construídas em fileiras – na Marienplatz em Munique, por exemplo, tantas quantas o tráfego permitir. Então os judeus serão enforcados indiscriminadamente, e eles continuarão pendurados até federem; eles ficarão pendurados lá tanto tempo quanto os princípios da higiene permitirem. Assim que eles tiverem sido desamarrados, o próximo lote será enforcado, e assim por diante da mesma maneira, até que o último judeu em Munique tiver sido exterminado. Outras cidades farão o mesmo, precisamente dessa maneira, até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus.
Cabe a cada um de nós, meu querido leitor ou leitora, vigiar e vigiar, para que tais crueldades não tenham mais lugar no nosso mundo.
Nota: a imagem que ilustra o texto mostra prisioneiros famintos no campo de Mauthausen, em Ebensee, Áustria, libertados pelas forças estadunidenses em 5 de maio de 1945.
Obras sobre o Holocausto:
- Livros
Diário de Anne Frank/ Anne Frank
É Isso um Homem?/ Primo Levi
Em Busca de Sentido/ Viktor Frankl
Teologia do Holocausto/ Ariel Finguerman
- Filmes
O Diário de Anne Frank (dir.: George Stevens, 1959)
A Lista de Schindler (dir.: Steven Spielberg, 1993)
O Trem da Vida (dir.: Radu Mihaileanu; 1998)
Cinzas de Guerra (dir.: Tim Blake Nelson, 2001)
O Pianista (dir.: Roman Polanski, 2002)
A Queda – As últimas horas de Hitler (dir.: Oliver Hirschbiegel, 2004)
A Espiã (dir.: Paul Verhoeven, 2006)
O Menino do Pijama Listrado (dir.: Mark Herman, 2008)
O Leitor (dir.: Stephen Daldry, 2008)
Operação Valquíria, (dir.: Bryan Singer, 2008)
Os Falsários (dir.: Stefan Ruzowitzky, 2008)
Um ato de Liberdade (dir.: Edward Zwick, 2009)
Bastardos Inglórios (dir.: Quentin Tarantino, 2009)
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Infelizmente estamos preste a presenciar um novo holocausto global.
Francelino
Este holocausto já começou, como temos visto milhares de inocentes tombarem sob a mira extremista. E não apenas através da religião, mas também através da tirania dos governantes, das doenças e da fome que assola grande parte da humanidade. Há o holocausto ocasionado pela destruição da natureza, que gera um clima instável, mudando radicalmente a vida no planeta Terra, para pior. E o holocausto maior é o da sede de riqueza e poder, que gera a guerra e todo o mal.
Amiguinho, obrigada por sua visita e comentário. Volte sempre.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Não concordo com o Dia Internacional do Holocausto, apesar de saber que ele existiu, e foi uma vergonha mundial, que felizmente foi parada pelos aliados.
Stalin matou 50 milhões de soviéticos contrários ao regime e não foi ou é tratado como facínora pelo status quo mundial e (cinco vezes mais que Hitler – não que eu tenho admiração por esse Átila, que também matou mais que ele).
O massacre de mouros (muçulmanos) também não é lembrado pelo status quo mundial e beira um bilhão de mortos pela história, principalmente por causa do ouro negro.
Quando o Japão (que fazia parte do eixo) invadiu a China, também matou mais que Hitler, cadê a lembrança disso?
Vou parar por aqui, senão tu vais me chamar de chato da história… é que pra mim ela é muito mal contada, principalmente a do Brasil.
Abração
Mário Mendonça
Mário
Eu entendo quando você diz:
“Não concordo com o Dia Internacional do Holocausto, apesar de saber que ele existiu, e foi uma vergonha mundial, que felizmente foi parada pelos aliados.”
Ou seja, você não aceita que outras atrocidades não sejam lembradas, também.
De fato, você quis dizer que concordaria com o Dia Internacional do Holocausto, se outros terríveis acontecimentos, pelos quais passou a humanidade, também tivessem o seu dia lembrado.
Realmente não podemos nos esquecer dos crimes hediondos do passado, de todos eles, para que não voltem a se repetir.
Abraços,
Lu