Autoria de Lu Dias Carvalho
O aparecimento do patriarcalismo foi um golpe quase que fatal na vida da mulher. Ela assumiu a posição legal de escrava, juntamente com seus filhos. Passou a ser a besta de carga de direito e de fato.
Para se casar, a mulher era levada à feira como escrava, pelo pai, que gozava do direito de dispor de suas mulheres e filhas como quisesse: vender, trocar, presentear, matar, etc. A vítima passivamente deixava-se ser examinada por dezenas de mãos, como se fosse uma égua à venda. Seus dentes eram olhados, a grossura das pernas, a força dos braços, as ancas, e etc e tal. Uma vez comprada, ela passava a fazer parte da herança do marido, de modo que, quando esse morria, caía no ninho de aranha da família dele, como se fosse um objeto. Isso quando não era estrangulada e em seguida “piedosa e santamente” consumida com o esposo morto, ou obrigada a matar-se, em nome do falecido, para servi-lo em outro mundo.
O macho exercitava o sexo fora de casa, mas a besta de carga tinha que permanecer na mais estrita castidade antes do casamento e fidelíssima depois dele. Nascia assim, a moral na sua duplicidade, de acordo com o gênero em questão. Vejamos alguns exemplos:
- Na velha Rússia, quando uma filha se casava, o pai batia nela levemente de chicote, e depois a entregava ao marido, como uma transmissão de poder.
- Nas ilhas Fiji, o preço de uma mulher era o valor de um mosquete.
- Em certas tribos, o marido dormia separado da mulher, porque seu bafo enfraquecia o homem.
- Na Nova Caledônia, a mulher dormia num cômodo feito do lado de fora da casa.
- Em alguns lugares, as mulheres não tinham acesso aos templos, mas os cães sim.
- Quanto mais mulheres um homem tivesse, mais tranquilo estava em relação a seu futuro, pois tinha quem trabalhasse por ele.
- Em algumas tribos da Índia, a mulher era nivelada aos animais domésticos nos casos de herança.
- No continente africano, as mulheres só diferiam dos escravos quando davam prazer ao homem ou satisfação econômica.
O casamento, na verdade, começou como forma de lei de propriedade, parte do instinto da escravidão.
- Muitas mães matavam as suas filhas, com medo de que viessem a sofrer tanto quanto elas. Ainda vemos isso, nos dias de hoje, em certas culturas.
- Qualquer deslize por parte da mulher era severamente punido pelo macho.
- Ao barão feudal cabia deflorar a noiva de cada um de seus servos, bem antes que ela fosse tocada pelo futuro noivo, numa prova de consideração.
- Após uma temporada trabalhando a serviço do pai da moça, o pretendente tinha permissão para levá-la para o seu clã.
- Os eslavos da Rússia, até o século passado, ainda praticavam o casamento por captura.
- Com o crescimento da riqueza, o noivo passou a oferecer ao patriarca um presente, ou uma quantia em dinheiro, em troca de sua filha, enquanto em outras culturas, o dote era responsabilidade da família da mulher. Ainda é comum, em diversas culturas, a existência do famigerado dote.
Nota: Imagem copiada de http://amarjunqueira.blogspot.com.br
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Por vezes penso que tenho cães e gatos mais bem tratados que essas pobres mulheres; uma pergunta que me fica sempre: por que que elas têm de sofrer tanto? Nunca chego a uma resposta.
Lu se se tens essa resposta dá-me. Será que a mulher vai ser sempre o burro de carga?
Rui Sofia
Rui
Tenho a certeza de que seus animaizinhos são bem melhor tratados.
O que faz as mulheres sofrerem é a falta de cultura que permite a submissão.
A maioria delas é analfabeta e dependem dos homens.
O conhecimento liberta o ser humano, enquanto a ignorância subjuga-o.
Quanto mais atrasado for o país, mais a mulher é tratada como escrava.
Abraços,
Lu