Autoria do Dr. Telmo Diniz
Entramos no século XXI, trabalhamos numa correria danada e ficamos conectados 24 horas por dia. Queremos mais tempo livre, mas isso está cada vez mais difícil de ser atingido devido às exigências do dia a dia. Quem não deseja curtir o ócio, com a mente vazia e nenhum compromisso na agenda? Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, é a mente ocupada com uma tarefa, mesmo que sem importância, que faz a pessoa ficar mais feliz.
Ao contrário do que muitos pensam e desejam, a mente vazia e o tempo ocioso parecem atrair pensamentos e sentimentos ruins, de acordo com o estudo da universidade norte-americana publicado no jornal da Association for Psychological Science. O sentimento de “mais felicidade” ou mais satisfação aparece quando a pessoa está envolvida com tarefas que lhe tragam a sensação de se sentir produtiva ou, quando a realização da tarefa lhe traz sentimentos positivos. Executar uma tarefa de forma mecânica, automática, ou fazer algo que traz desprazer não afasta as emoções negativas.
O ócio em si não é nem bom nem ruim. Tudo vai depender do estado emocional da pessoa naquele momento. Se ela está ansiosa, tensa, preocupada com algo, o ócio vai colaborar para que ela fique mais ansiosa. Por outro lado, se ela está em paz consigo mesma, ela terá prazer no ócio. É o que podemos chamar de estado de espírito.
A conclusão do estudo é que as pessoas gostam de estar ocupadas, mas apenas se tiverem uma justificativa para isso. Mente ocupada melhora também pessoas com pensamentos negativos. Toda ocupação tem efeito terapêutico. Estamos constantemente pensando. Nesse sentido, aquelas pessoas que vivem ocupadas com pensamentos negativos sentem-se melhores, quando se ocupam, justamente porque ocupam o seu pensamento com outras diretivas. É simples assim!
Tente se ocupar com coisas que lhe deem prazer. Faça algo todos os dias, mesmo que você ache que seja inútil. Parafraseando o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Ocupar a mente é uma forma de sair um pouco dos problemas ou da tristeza. Seria algo como um intervalo para fazermos coisas mais prazerosas ou interessantes. Entretanto, a pesquisa também revela que não podemos deixar de lado os momentos de ócio, de contemplação, etc. Enfim, ocupar-se, relaxar e contemplar são facetas da vida e devem ser alternadas entre si para que se mantenha o equilíbrio emocional.
Enfim, quem estiver trabalhando de forma excessiva, com altos níveis de estresse, com problemas de saúde, etc, pense: seu trabalho é um meio de vida ou de morte? Por outro lado, se você já estiver aposentado, sem compromissos para os dias, semanas, meses ou anos, pense: “mente vazia, oficina do diabo”. Trabalhar de forma demasiada ou não fazer nada trazem consigo problemas a médio e longo prazos.
Nota: Obra do pintor brasileiro Di Cavalcanti
Views: 7
Verdade! O ser humano tem que viver com um objetivo. Não só para trabalhar e se aposentar, precisa viver em função de algo. O objetivo pode ser espiritual ou material . Ajuda fazer parte de uma ONG, fazer exercícios, escrever um livro, mas enfim tem que ter um uma meta.
Tiago Rafael
Você tem toda a razão, pois viver sem objetivo é passar pela vida em branco. O melhor é buscar viver um dia de cada vez, da melhor forma possível, pondo em prática aquilo em que acredita.
Agradeço o seu comentário e visita. Será recebê-lo sempre neste cantinho.
Abraços,
Lu
Àqueles que acordam cedo e durante todo o dia nada programaram para fazer, tenho um bom conselho, inspirado no quadrinho à direita, do início do belo texto que gerou esses comentários, de autoria do Dr. Telmo Diniz.: (abaixo do espaço ARTE, definida pelo escritor inglês William Somerset Maugham. Minha sugestão é a seguinte – Aproveitar o dia lendo o belíssimo romance desse escritor, cujo título em português é “SERVIDÃO HUMANA”. Livro esse de pinceladas autobiográficas, no qual descreve o amor impossível, apesar de profundo, entre Philip e Mildred)
Ayrton
O livro “Servidão Humana” é mesmo fantástico. Tenho a certeza de que a sua sugestão será de boa valia para muitos de nossos leitores. Inclusive vou aproveitar para relê-lo. Quando quiser escrever sobre algum livro e postar no blog a sua resenha, esteja à vontade, pois temos uma categoria específica para livros. Será um prazer para todos nós.
Um grande abraço,
Lu
“Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar” (Seu Madruga)
Vinícius
Seu Madruga tinha toda a razão, porque amanhecer o dia sem saber o que fazer é realmente muito “cansativo”, dispendendo a mente muita energia. Nada mais “trabalhoso” do que passar o dia questionando-se: “O que eu faço? O que eu faço?”. E pior ainda é quando a falta de trabalho dá-se por conta, não do indivíduo, mas pela condução inepta do país.
Obrigada por sua visita e comentário.
Abraços,
Lu
Quanto ao mais, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Aos filipenses, capítulo 04, verso 08)
Valter
Agradeço a sua visita e comentário.
Grande abraço,
Lu
O ócio só é gostoso depois de um período de trabalho. Seria como a hora do “recreio”, para refazer as energias e fugir da rotina.
Abraços
Matê
Matê
Você tem toda a razão.
Mas o ócio permanente cansa.
Sempre é preciso o equilíbrio.
Abraços,
Lu
O doutor Telmo traz-nos bons temas; realmente devemos andar sempre com algo saudável na mente, pois com ela vazia, por vezes, há pessoas que chegam a extremos, e até se podem tornar perigosas. Devemos ter a alma saudável e cuidar de nossa mente.
Abraços, Lu
Rui Sofia
Rui
Quanto mais ocuparmos nossa mente com pensamentos bons, menos tristes seremos.
É por isso que eu gosto da arte, pois ela nos leva para outros horizontes.
Só de observarmos um quadro, já viajamos no tempo.
Fico feliz em poder contribuir com coisas boas.
Grande abraço,
Lu
Gostei muito deste texto. Parabéns!
Ricardo
O blog agradece a sua visita e o seu comentário.
O doutor Telmo está semanalmente aqui, com artigos imperdíveis.
Veja outros dele no ÍNDICE, em VIDA SAUDÁVEL.
Abraços,
Lu
Lu,
Este texto do doutor Telmo Diniz é muito importante. Num casal, qualquer dos dois que ficar aposentado vai trazer algum tipo de consequência para o convívio no lar. Ela, se não trabalhar fora irá sentir a mudança. E ele, se ficar direto, sem ocupação extra, também sofrerá consequências. O ócio pode implicar dificuldades. E o mesmo ocorre quando a agitação é grande. Tudo passa a fazer diferença. A Dra. Cristina Pereira, psicóloga e terapeuta familiar, propõe que seja exercitada a tolerância e obtidos passatempos para os dois ou para um deles, do tipo: serviço voluntário e esporte. Eu, da minha parte, indico ocupações/diversões em conjunto e a busca de novos talentos, realizar aquele sonho de fazer algo diferente, o que nunca foi possível enquanto trabalhava. Que tal escrever? É uma dica.
Abraço,
Alfredo Domingos
Alfredo
O doutor Telmo está sempre a nos brindar com textos muito bons.
A ociosidade permanente é inconcebível para quem quer ter uma vida sadia.
As crianças dão-nos um exemplo disso, ao ficarem agitadas quando não têm nada para fazer.
Ao preencher nossos pensamentos com uma atividade agradável, estamos nos distanciando dos pensamentos negativos, que rondam todos nós.
A sua dica é ótima: escrever…
Grande abraço,
Lu