Arte de Rua – ACOMANCHI

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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O grafite para mim é uma linguagem universal em sua forma mais pura, independentemente de como ele é feito e as razões pelas quais aparece em uma superfície. Grafite é também um estado de espírito. (Acamonchi)

O artista gráfico mexicano, Gerardo Yepis, conhecido como Acamonchi, uma gíria para andar “às cavalitas” (a cavalo) no norte do México, usa a arte de rua para dar vida ao seu belo trabalho artístico, além de trabalhar como designer gráfico com vários clientes, tais como Vans, Adidas, MTV, vinho Rioja, Electra Bikes, etc. Para enfatizar as questões políticas e culturais sérias, ele usa o humor, através de ilustrações, cartazes ou adesivos, combinados ao grafite.

A carreira de Acamonchi teve início em meados dos anos de 1980, quando se inspirou na cultura “undergroud” existente na fronteira entre o norte do México e os Estados Unidos, assim como no movimento punk. Seus primeiros trabalhos focavam a imagem do apresentador de televisão Raul Velasco, candidato à presidente do México, que foi assassinado por Luís Donaldo Colosio. Atualmente, Acamonchi tem voltado a sua atenção para a pintura, compondo painéis e murais, em que usa tinta em aerossol, canetas de tinta e pigmentos tradicionais, inspirados na arte de rua, explorando novas formas de expressão. O artista também usa o seu trabalho para criticar a cultura popular de seu país.

O artista mexicano sonha ganhar dinheiro suficiente no tipo de arte que faz, mas sem ter que sacrificar sua integridade, de modo a continuar fazendo arte de rua nas mais diferentes partes do mundo. Diz gostar mais da arte de rua, da arte do stencil, etiquetas, cartazes e postagem, mas também aprecia o grafite. Para ele, o ideal é fazer algo novo em cada cidade, usando estilos originais e complexos, pois há sempre algo diferente por que se interessar, e aprecia, preferencialmente, uma mistura de elementos com composições fortes. Surpreende-lhe a persistência dos escritores do grafite, que, mesmo sendo presos, voltam sempre com uma mensagem mais forte ainda e mais ousada.

Segundo Acamonchi, embora haja hoje uma grande tecnologia disponível para o artista, ele gosta do trabalho de serigrafia, stencils, em suma, do método “faça você mesmo”, pois aprecia a técnica e estética com as suas limitações, inclusive, gostaria de fazer mais experimentos com carimbos de madeira, dados de metal, mimeógrafo, etc. Diz também não ser um fã da impressão digital, apesar de essa apresentar inúmeras vantagens. É o toque artesanal, com suas possibilidades e imperfeições encontradas nas técnicas arcaicas de reprodução, que o estimula.

Fontes de pesquisa
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz
http://blog.canyon-tech.com/2010/09/profile-acamonchi-graffiti-artist
http://usanaco.wordpress.com/2010/08/19/entrevista-a-gerardo-yepiz/

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