Autoria do Dr. Telmo Diniz
Labirintite é um termo muito utilizado quando a pessoa tem algum desequilíbrio. A primeira reação de alguém que tem algum tipo de tonteira costuma ser o famoso “sentar uns minutinhos para ver se passa”. Às vezes, essa técnica pode funcionar. Porém, uma alteração do equilíbrio corporal pode indicar doenças sistêmicas e, portanto, deve ser investigada a fundo e não só ficar “tomando um remédio para a labirintite”.
As alterações do labirinto ocorrem com mais frequência a partir dos 40 anos de idade, mas podem também surgir em qualquer faixa etária e em ambos os sexos. O labirinto é formado por dois componentes: a cóclea, responsável pela audição, e os canais semicirculares, responsáveis pelo equilíbrio. Quando ocorre uma falha no funcionamento desse conjunto, principalmente devido à falta de suprimento de sangue e de oxigênio (daí serem muito frequente em idosos), o cérebro recebe informações erradas a respeito da posição do corpo e é daí que ocorrem os sintomas de desconforto. Nem sempre a pessoa apresenta vertigem clássica, que é a tontura rotatória, mas muitas vezes ela surge com desequilíbrios vagos, com a sensação de cabeça vazia, de estar flutuando ou embriagado.
Várias vezes as tonturas, vertigens ou zumbidos nos ouvidos, não são problemas diretos do labirinto e, portanto, não é uma labirintite e sim um labirintopatia, que em última análise denota um problema sistêmico causando os desequilíbrios. Entre as causas da labirintopatia estão algumas doenças como a diabetes, colesterol e/ou triglicérides altos e a hipertensão arterial. Do mesmo modo, o consumo de alguns remédios, que têm efeitos colaterais tóxicos para o ouvido, podem causar os desconfortos. O ácido acetilsalicílio (AAS) e os antibióticos aminoglicosídeos são bons exemplos. O abuso de cafeína, presente no café, de chocolate, de chá e de refrigerantes também são fatores que podem contribuir muito para o desenvolvimento e piora dos sintomas.
A labirintopatia não deve ser tratada como uma anomalia isolada. O médico clínico, ao atender um paciente com mal-estar, desequilíbrio ou sensação de ouvido tampado, deve indicar um medicamento adequado que alivie os sintomas e solicitar exames que possam detectar as possíveis causas. Descartando todos os problemas sistêmicos que possam causar esse desconforto, o médico especialista deverá ser consultado.
É muito importante o leitor entender que o labirinto sofre influência direta de todo o organismo. Portanto, seguir regras e ter bons hábitos faz a diferença, como manter o peso ideal, fazer caminhadas diárias três a quatro vezes por semana, evitar períodos longos de jejum, ter uma alimentação equilibrada com baixos índices de açúcar e de gorduras saturadas, fazer check-up anual com o médico assistente, etc. São ações que ajudarão e muito para o controle do problema. Lembre-se que as medicações para labirintite são tão somente para controle dos sintomas. As causas devem ser investigadas.
Nota: imagem copiada de dexaketo.wordpress.com
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Lu
Eu tenho um tímpano furado. Na minha primeira cirurgia ele foi furado. Eu acordo como se tivesse bebido álcool. Já faz parte do meu dia a dia. Eu sou muito disciplinado na minha alimentação e também gosto de fazer caminhadas com minha mãe e a Sandra. Eu sou acompanhado pelo otorrino, não há cura, como tu dizes, devo levar uma vida disciplinada.
Abraços
Rui Pedro
Rui Pedro
Realmente não há como reconstituir o tímpano furado, ainda.
Coloca-se apenas uma membrana para proteger o ouvido médio.
Mas com cuidados não há problemas.
Caminhadas são muito importantes para a nossa saúde.
Devem ser feitas, pelo menos, três vezes por semana.
E à beira-mar é uma delícia.
Grande abraço,
Lu