Autoria de Lu Dias Carvalho
Tudo o que eu faço, eu faço desenhando; considero-me um repórter da vida. (Aldemir Martins)
Na obra Cangaceiros, três homens encontram-se sentados no chão, formando uma roda. O uso do chapéu de couro e a presença de uma cabaça de água à direita, repassa ao observador a sensação de que eles estão comendo ou descansando.
A obra do pintor cearense Aldemir Martins está recheada de retratos de cangaceiros, bandos de homens armados, comuns ao interior nordestino na segunda metade do século XIX e início do XX. Eram famosos pela coragem e também vistos como símbolo da vida miserável no sertão. Dentre os vários grupos estava o comandado por Lampião, cantado em verso e prosa na literatura brasileira.
O artista usa lápis crayon sobre o papel e faz uso de texturização, dando uma aparência tosca à obra, como se quisesse ligá-la à vida rústica da região de caatinga e a dureza de vida que levavam esses homens, vagando de um lado para outro do sertão. A não ser os três homens, a cabaça é o único elemento presente na composição.
O homem que se encontra em primeiro plano, é bem maior do que os outros. Ele parece alheio aos outros dois, que dão a impressão de conversarem entre si.
Esta obra deu ao artista o Prêmio de Aquisição Olívia Guedes Penteado, na I Bienal de São Paulo.
Ficha técnica
Ano: 1951
Dimensões: 32,2 x 50,3 cm
Técnica: crayon sobre papel
Localização: Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Fonte de pesquisa
Aldemir Martins/ Coleção Folha de São Paulo
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Ótimo. Aguardo atualizações.
Oi, Daniela!
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Lu