Chagall – O SOLDADO BEBE

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Autoria de Lu Dias Carvalho

osobe

Chagall é um colorista com muito talento, dedica-se a tudo aquilo a que sua imaginação mística e pagã inspira. A sua arte é muito sensitiva. (Guillaume Apollinaire)

A composição O Soldado Bebe  é uma obra do pintor russo Marc Chagall, que deixa patente a grande capacidade do artista, tido como um exímio colorista.

Um soldado de uniforme verde encontra-se sentado diante de uma mesa azul, mas com o rosto voltado para o observador. Diante dele se encontra um samovar (espécie de caldeira portátil, de uso na Rússia, na qual se põem brasas a fim de ferver e manter quente a água para usos domésticos, especialmente para a feitura do chá.).

O solitário soldado coloca o dedo indicador da mão esquerda abaixo da torneira, enquanto suspende seu boné com a direita, em continência. Sobre a mesa surge sua imagem dançando com uma jovem. É uma dança regional de seu país. Trata-se de um encontro entre o passado e o presente, dando vida ao “agora”.

Ficha técnica
Ano: 1911-12
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 109 x 94,5 cm
Localização: Solomon R. Guggenheim, Nova Iorque, USA

Fontes de pesquisa
Marc Chagall/ Taschen
Gênios da Pintura/ Editora Abril Cultural

Views: 43

2 comentaram em “Chagall – O SOLDADO BEBE

  1. Celina Telma

    Lu, amada!
    Cheguei há pouco de uma rápida saída. Tempo feio, carrancudo, pessoas indo e vindo e eu observando. Cada um com sua postura, seu andar, seu lado desconhecido. Vida num dia comum…

    Bateu a saudade. Talvez o céu nublado, não sei. Acredite, um dos textos que li há muito tempo veio-me à mente. Título: O amor que poderia ter sido. Não me lembro quem o escreveu, mas fazia parte de uma revista, dessas femininas, onde havia um espaço destinado a que contássemos nossas histórias ou coisa que o valha. Escrevi muito para aquele espaço. Nem todos foram publicados, mas não é esse o motivo de recordar-me do texto. Na verdade, uma mulher – mais de meia idade ao que parecia – havia escrito sobre uma passagem de sua vida. Citava ela que no passado, aguardando um trem, havia descoberto um lindo jovem, uniformizado, com destino à guerra. Uma troca de olhares profundos, longos em instantes, mas rápidos no tempo. E a sensação de que aquele era o homem de seu futuro, o amor de sua vida. Partia o trem, e o soldado, grudado à janela, meio que pendurado, a olhava e ela, paralisada, fazia o mesmo. Encerrava-se ali o encontro que poderia ter acontecido e dado continuidade a uma linda história de amor. Não aconteceu e ela, por anos, lembrou-se dele. Viveu a vida que teve para viver, mas sempre presa àquele instante e acreditando que perdera a chance de viver o grande amor! Entro em seu site para tentar escrever o que a alma grita e deparo, de cara, com a pintura do soldado e seu comentário sobre o artista. Menina, desnecessário dizer que o tomei como um aceno para não deixar de postar o que hoje o coração grita!

    Escreverei e agradeço por inspirar ainda mais minha imaginação, ou, colocando melhor, perceber que escrever ainda é a melhor forma de chorar sem lágrimas!

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Miss Celi

      O que dizer mais diante de um pensamento tão profundo, como o que ora deixa aqui, e que eu tomo como uma verdade indiscutível:

      “Escrever ainda é a melhor forma de chorar sem lágrimas!”

      Talvez seja por isso que tenho dificulade em chorar. As palavras secaram minhas lágrimas.

      Beijo grande, maravilhosa filósofa!

      Abraços,

      Lu

      Responder

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