Autoria de Lu Dias Carvalho
Antonio del Pollaiuolo (1431-198) iniciou sua carreira como ourives, vindo a interessar-se pela pintura, assim como seu irmão Piero Pollaiuolo. A obra pictórica foi centrada mais em afrescos e pinturas sobre madeira. Em seu estilo, chama a atenção o forte movimento das formas e linhas claras. O seu trabalho como ourives contribuiu para que ele fosse um dos primeiros pintores italianos do Renascimento a criar gravuras em cobre.
Em sua composição denominada Apolo e Dafne, o artista narra uma passagem do mito grego que conta a perseguição do deus Apolo à ninfa Dafne. A cena pintada traduz o momento em que o deus Apolo, terrivelmente apaixonado, começa a segurar Dafne, e o início da transformação da ninfa num loureiro (Laurus nobilis), como mostram seus braços já transformados em galhos. Em segundo plano desenrola-se uma imensa paisagem.
O artista, em sua composição, amainou a impetuosidade do mito (encontrado qui no site), mostrando as duas figuras como se fossem dois jovens enamorados, quando na verdade a selvageria de Apolo, segundo a mitologia, levou Dafne a um fim terrível.
A postura diagonal das duas figuras reforça a impressão de que se encontram suspensas no ar, o que dá grande intensidade ao quadro. Os dois braços levantados, transformados em galhos de loureiro, também mostram que a ninfa os tinha para o alto, antes de serem transformados, na tentativa de fugir do ímpeto amoroso do deus.
Ficha técnica
Ano: c. 1470-75
Técnica: têmpera sobre madeira
Dimensões: 29,2 x 19,7 cm
Localização: Galeria Nacional, Londres, Grã-Bretanha
Fonte de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
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