No Japão antigo, as artes tradicionais eram quatro: a harpa, o xadrez, a caligrafia e a pintura. Por serem parte essencial da educação dos jovens da nobreza, os artistas usavam-nas como motivo de seu trabalho. As pinturas que chegaram até nossos dias foram apenas as dos nobres jogando xadrez ou tocando harpa.
Apesar de serem tidas como parte das artes tradicionais, a pintura e a caligrafia eram consideradas trabalhos manuais, ou seja, não gozavam da mesma reverência que a harpa e o xadrez. Os cavalheiros não se deixavam imortalizar exercendo uma delas. Em razão disso, as pinturas que representam a pintura e a caligrafia são normalmente alegóricas, ou seja são representadas simbolicamente através de objetos.
A caligrafia era representada por um pajem ou um servo preparando a tinta, enquanto a pintura era personificada por pessoas a admirar um quadro ou objeto de arte. A pintura acima é um detalhe de um biombo com seis painéis, pintado a cores sobre papel.
Ficha técnica
Ano: fim do séc. XVI
Autor: Kaiho Yusho
Período Momoyama
Dimensões: 153 x 364,2 cm
Localização: Museu Nacional de Tóquio, Japão
Fontes de pesquisa
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
O Japão/ Louis Frédéric
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