Autoria de Lu Dias Carvalho
A Amazônia com seus peixes elétricos, aranhas gigantescas, mamíferos que vivem submersos nos rios, sapos azuis, etc, foi sempre um lugar exótico para os pesquisadores estrangeiros. A primeira expedição científica realizada àquela região aconteceu em 1638, chefiada pelo naturalista alemão George Marcgrave. Os interesses dos estrangeiros variaram de acordo com a época:
- Até o final do século XVII deu-se a busca por animais exóticos.
- Nos séculos seguintes, a procura era pela coleta de animais desconhecidos.
- Até os anos 40, era feita a coleta de espécimes diferentes de nossa fauna e flora por coletores estrangeiros, pagos por museus internacionais.
Como podemos ver, somente há pouco tempo o governo brasileiro conscientizou-se de que precisava assumir a dianteira da pesquisa científica na Amazônia, ao invés de deixa-la nas mãos de estrangeiros. Antes disso, muitas das riquezas da região foram levadas a bel-prazer dos interesses estrangeiros, fato comum aos países subdesenvolvidos, e o nosso não estaria imune a isso. A visão brasileira era a de desfrutar das riquezas que ali existiam em abundância, sem nenhuma preocupação em preservar.
Temos vários estrangeiros radicados na Amazônia, muitos deles são naturalistas preocupados em conhecer, estudar e preservar a flora e a fauna. Um deles é o holandês Marc van Roosmalen, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia que vive em Manaus há quase duas décadas.
Foi Marc quem recebeu da mão de um caboclo uma lata de leite em pó, toda furada, com uma miniatura de macaco dentro. Ficou surpreso e encantado. O animal era totalmente desconhecido da Ciência. Seria preciso descobrir seu habitat. E assim se pôs a navegar com seu barco, em busca da região do Rio Madeira. Levava uma foto do macaquinho que era mostrada aos ribeirinhos. A maioria dizia nunca tê-lo visto, enquanto outros diziam conhece-lo, mas na verdade estavam confundindo-o com outro tipo de sagui.
A estrelinha da busca era um pequenino macaco, pesando cerca de 170 gramas e medindo 15 centímetros em idade adulta, possivelmente um parente do sagui-leãozinho. Conhecedor de que os rios são barreiras naturais para os macacos, pois esses não sabem nadar, Marc sabia que a distribuição geográfica dos macacos era bem delimitada, por isso, acreditava que o pequenino ser possivelmente estaria na margem esquerda do Rio Aripuanã, afluente do Madeira, local onde se encontram os saguis-leõezinhos. O mateiro que o acompanhava, Valquemar Souza Aguiar, tinha a intuição de que deveriam subir o rio Aripuanã. E assim fizeram.
Em Nova Olinda, vilarejo à beira do rio Aripuanã, onde viviam poucas famílias, um rapaz que ali vivia, Damião Lisboa Pereira, contou que animaizinhos iguais ao da foto estavam sempre numa árvore em seu quintal. Que alívio! Nova espécie descoberta.
O sagui-anão (Callibella humilis) foi descoberto em 1998. Habita principalmente as florestas de terras baixas, endêmico da Amazônia brasileira, restrito à margem oeste do rio Aripuanã, é abundante próximo a assentamentos humanos, sendo um pouco maior do que o sagui-leãozinho. Esse novo gênero descoberto tem sido considerado como um possível elo entre saguis e saguis-leõezinhos, os menores primatas do mundo.
Fonte
Ciência na Mata/ Veja
Nota: Imagem copiada de http://veja.abril.com.br/especiais/amazonia
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Eu quero um Sagui!
Maria Eduarda
Ele é muito fofinho mesmo.
Dá vontade de botar na palma da mão… risos.
Obrigada por sua visita.
Venha nos ver, sempre.
Abraços,
Lu
Claro que vou sim, quando puder… Sem falta.
Duda
Grande beijo,
Lu
Nel
O sagui-anão é uma gracinha.
Tão pequenino!
Os micos do seu sítio são uma gracinha.
Os olhinhos espertos são encantadores.
Beijos,
Lu
Lu
Depois eu gostaria que você escrevesse sobre o mico-estrela que existe muito lá no meu sítio. Estou achando ótima esta parte sobre animais.
Beijos
Nel