Autoria do Dr. Telmo Diniz
O acidente vascular cerebral (AVC) é a maior causa de mortes no País, segundo estudos e dados do Ministério da Saúde. Em seguida, estão a doença isquêmica do coração (infarto agudo do miocárdio), as neoplasias malignas (que são vários tipos de câncer), as doenças do aparelho respiratório, a doença hipertensiva e a insuficiência cardíaca. As vítimas fatais pelo AVC já ultrapassam os 100 mil casos por ano. Popularmente conhecido como derrame, o AVC já atinge 16 milhões de pessoas em todo o mundo.
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas. Ele é o resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais, com consequente morte dessas células. O déficit neurológico com menos de 24 horas de duração leva o nome de ataque isquêmico transitório (AIT).
O AVC pode ser do tipo isquêmico, quando há o entupimento de artérias cerebrais, ou hemorrágico, quando há o rompimento arterial com extravasamento de sangue para o tecido cerebral. Vários são os fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral:
- hipertensão arterial,
- doença cardíaca,
- fibrilação atrial (arritmia cardíaca),
- diabetes,
- tabagismo,
- hiperlipidemia (colesterol ou triglicérides aumentados),
- uso de pílulas anticoncepcionais,
- abuso de álcool, etc.
O mais importante é a pessoa saber quais são os sintomas de um AVC para que procure imediatamente um serviço de pronto atendimento médico. Claro que os sintomas vão depender se o AVC é isquêmico ou hemorrágico, sua localização, a idade da pessoa, etc. Porém, alguns sinais nos devem alertar que o problema pode estar ocorrendo:
- Fraqueza ou súbita perda de força em um braço e/ou perna é um forte indício.
- Junto a esta perda de força muscular, o indivíduo pode relatar “dormência” no membro afetado.
- Outro sintoma, que leva várias pessoas a procurar ajuda médica é a súbita perda de visão ou alterações visuais, como sensação de ter uma “sombra” ou uma “cortina” na frente do olho afetado.
- Sintomas muito comuns são alterações súbitas da fala e linguagem. A pessoa pode ter uma fala arrastada, dificuldade para expressar frases e até palavras, sintoma conhecido pelo nome afasia.
- Menos comum, porém grave, é a presença de episódios de convulsões, mais presentes no AVC hemorrágico.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25% dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos. Portanto, o controle dos fatores de risco, citados acima, é de suma importância.
Com um reconhecimento mais rápido dos sintomas, a pessoa poderá ser encaminhada mais rapidamente ao serviço de urgência. Por consequência, terá um tratamento mais rápido e de melhor prognóstico. Pois, o maior problema do AVC são as sequelas residuais que podem permanecer pelo resto da vida e que irão deixar a pessoa mais dependente do cuidado de terceiros, o que reduz de forma drástica sua qualidade de vida. Reconhecer rapidamente os sintomas dessa doença pode representar literalmente a vida ou a morte.
(*) Imagem copiada de drjarinaldiacupuntura.blogspot.com
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Lu
Muito útil este artigo.Temos que ficar sempre alertas.
Abraços
Matê
Matê
Realmente, quanto mais informação sobre o assunto, melhor.
Estava com saudades suas.
Abraços,
Lu