A ARTE ERA PRIVILÉGIO DE UMA MINORIA

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 Autoria de Lu Dias Carvalho

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Nem sempre a arte esteve à disposição dos mortais comuns. As coleções de arte das cortes europeias só eram vistas por convidados especiais, estudiosos e artistas bem relacionados com a nobreza. Em 1750, os habitantes de Paris foram autorizados, durante dois dias por semana, a visitar as coleções de arte reais. Tal situação só mudou depois que a Revolução Francesa, em 1789, aconteceu, quando se deu a queda da monarquia. O novo governo declarou que os tesouros artísticos da Coroa passariam a ser patrimônio nacional, ou seja, as pessoas comuns teriam acesso a eles. A arte deixou de ser um bem privado, privilégio das minorias, para se transformar num bem coletivo, acessível a todos. O British Museum de Londres foi o primeiro museu a ser fundado pelo Estado, em 1753. O primeiro edifício construído para abrigar uma coleção de arte foi o Museum Fridericianum, na Alemanha, em 1779. Em 1793, o Louvre foi aberto como museu (foto acima).

Ao ser transferida para os museus, transformando-se em propriedade coletiva, a arte passou a exigir sua própria identidade arquitetônica. Muitos edifícios neoclássicos foram construídos, baseados nos princípios arquitetônicos da Grécia antiga. A National Gallery de Londres abriu-se para o público, em 1824. Daí para frente, numerosas instituições europeias fizeram o mesmo. Os museus procuravam dar ao público uma visão genérica da história da arte, através de cópias das pinturas famosas. Não existindo, portanto, a preocupação em se ter obras originais, executadas por artistas famosos. O propósito era, sobretudo, didático: cativar e educar os visitantes nas tradições artísticas.

A apresentação das coleções de pintura do século XIX não obedecia a uma organização única. As coleções podiam ser organizadas de acordo com:

  • escolas,
  • ciclos artísticos,
  • temas,
  • tamanho das molduras,
  • ou meramente expostas onde houvesse espaço, no momento em que foram adquiridas.

Atualmente, a maioria das pinturas vistas nas galerias de arte na Europa, muitas vezes, parece não seguir qualquer lógica. São apresentadas em vários níveis, que vão do chão ao teto, com breves espaços entre as filas de quadros.

Termos relacionados à pintura:

  • Aquarela – técnica de pintura com cores aguadas e transparentes. Os pigmentos são misturados com uma cola, de forma que as cores continuam solúveis em água mesmo depois de secarem. Suas principais características: renúncia ao desenho e às linhas, bem como a inclusão do fundo como forma autônoma.
  • Anatomia (em arte) – representações anatômicas baseadas em estudos exatos da natureza e da figura humana nua, bem como profunda compreensão dos elementos corporais sob a forma externa do corpo. Excelência dos pintores do Renascimento.
  • Arabesco – ornamento clássico com folhas e parras estilizadas, que incluía frequentemente cabeças, máscaras ou figuras.
  • Arte Bizantina – arte que emerge em finais do período da Antiguidade e se forma na Cristandade Ortodoxa, no âmbito do Império Bizantino.
  • Arte sacra – pinturas religiosas cujos motivos e temas são determinados por preocupações e regras de culto e liturgia.
  • Artes gráficas – produção artística baseada no desenho.
  • Barroco – seus traços característicos são a idealização, a deificação e o exibicionismo. O termo barroco provém da ourivesaria portuguesa, significando originalmente uma pérola irregular.
  • Busto – escultura sobre uma base, mostrando o colo, ombros, pescoço e cabeça de uma pessoa. O termo foi utilizado também na pintura de retratos.
  • Composição centralizada – pintura em que todos os elementos dirigem o olhar do observador para o acontecimento principal, que está no meio da tela.
  • Deesis – tipo de pintura que mostra Cristo entronizado como rei e juiz do mundo, geralmente colocado entre a Virgem Maria e São João Batista.
  • Ecletismo – em Belas Artes e arquitetura, normalmente um termo pejorativo indicando que um artista adotou formas, motivos ou técnicas já vistos em obras anteriores. Implica geralmente falta de imaginação e criatividade por parte do artista.
  • Fresco (al fresco) – pintura mural feita segundo uma técnica na qual as tintas são aplicadas sobre o gesso fresco.
  • Gótico – estilo de arte medieval.
  • Ícone – pequenas pinturas de figuras religiosas, portáteis, comuns na Igreja Ortodoxa do Oriente, contendo frequentemente formas e cores muito idealizadas.
  • Natureza morta – representação realística de objetos em repouso. Já foi considerada uma forma menor de arte.
  • Pintura a óleo – técnica em que os pigmentos (pós de cor) são misturados com óleo. Essas cores não desvanecem perante a luz e podem ser opacas ou, quando aplicadas em camadas finas, permitir que se vejam as camadas inferiores, sem que as tintas se misturem entre si.
  • Pintura a Pastel – técnica de pintura e desenho que utiliza pequenos paus de uma só cor, compostos por pó de cor e giz.
  • Pintura ao ar livre – refere-se às obras realizadas ao ar livre.
  • Pintura de gênero – apresenta cenas típicas de acontecimentos da vida quotidiana, de certa profissão ou de uma classe social. Também chamadas de “pinturas de vida e costumes”.
  • Pintura profana – pintura feita para propósitos mundanos em vez de um propósito religioso; o oposto de sacra.
  • Pintura votiva – dedicada a um santo ou a Deus.
  • Verniz – camada final transparente aplicada às pinturas para selá-las e protegê-las.

Nota:  Biblioteca Vaticana (www.vaticanlibrary.va)

Fonte de pesquisa
1000 Obras Primas da Pintura

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