Autoria de Lu Dias Carvalho
O grafiteiro estadunidense Geser, também conhecido como Ges, começou a pintar em 1993, quando era ainda um adolescente e suas pinturas não passavam de mera diversão. Naquela época, conforme explica ele, a informação era muito limitada e o grafite constituía um mistério, tendo que ser descoberto um pouco a cada dia, ao contrário de hoje, quando não mais existem perguntas sem respostas, inerentes ao fato de ser um “escritor do grafite”.
Para Geser, o público ainda é muito ignorante quanto à compreensão da arte do grafite. E mesmo a mídia descreve-a como um elemento criminoso, repassando uma propaganda negativa sobre esse tipo de arte, influenciando as pessoas negativamente, sem nada conhecer do trabalho dos artistas.
Segundo Geser, o grafite tanto evolui através de alguns participantes quanto permanece tradicional e clássico entre outros, numa harmônica convivência entre o estilo anterior e o recente, o que torna essa arte muito atraente. Para ele, a Europa detém muito mais eventos organizados do que os Estados Unidos, apresentando estilos que variam de país para país, sendo a cidade de Barcelona, na Espanha, uma das mais admiráveis na arte do grafite.
Ao ser questionado se acreditava numa carreira como um “escritor do grafite”, ou seja, transpondo sua arte para as paredes, Geser afirmou que não se importa de fazer trabalhos ocasionais, sendo pago. Mas sente uma frustração ao lidar com os clientes, pois esses não sabem definir o que exatamente querem. O que lhe dá uma vontade de deixar aquilo que está fazendo e voltar a pintar um ponto num túnel, por exemplo, para se divertir. Mas, como possui compromisso com suas contas, precisa também ganhar dinheiro. Pintura para ele deve ser algo divertido, sem compromisso com o dinheiro, embora esse seja necessário.
Fonte de pesquisa
http://www.molotow.com/magazine/blog/blog/2012/07/23/interview-geser/
O mundo do grafite/ Nicholas Ganz
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Lu,
Gostei do chamamento de “escritor do grafite”, mas, na realidade, o que observamos são verdadeiras obras de arte.
Entendo que aqueles primitivos rabiscos em preto, feitos nas paredes claras, com jeito de quem fugia da polícia, foram abandonados, dando lugar às obras coloridas, representativas de mensagens, políticas e sociais. Trata-se de excelente forma de comunicação, ressalvada a invasão do muro alheio, quando não houver permissão! Parabéns pelo texto e pela escolha do tema bastante inusitado!
Abraço,
Alfredo Domingos.
Alf
Ao pesquisar sobre o tema, confesso que tenho ficado maravilhada com as obras de arte que muitos apresentam. É uma nova forma de arte popular, acessível a todos.
Se eu tivesse um muro, com certeza estaria disponível para ser pintado.
Aqui em BH existem uns espaços legais, em que os próprios moradores oferecem seus muros para o grafite e artes afins.
O ideal é que haja permissão, mas, na falta dessa, eles também se apropriam… pois a arte é vista como marginal, ainda.
Vejo que você é um homem do seu tempo, sempre aberto ao novo.
Abraços,
Lu