Arquivo da categoria: Arte de Viver

São assuntos relativos ao nosso cotidiano, que têm por finalidade ajudar-nos a levar uma vida com menos estresse.

A ÁGUA E NOSSO CORPO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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No dia a dia de consultório, costumo observar em mulheres adultas, de forma bastante comum, queixas de infecção urinária e formação de cálculos renais, sendo que a causa geralmente está ligada a um consumo deficiente de água. Em idosos com quadros de confusão mental, a causa mais comum também é a falta de uma hidratação adequada, em especial porque, nesta faixa etária, eles costumam aceitar ou pedir pouco líquido. Sempre há uma desculpa para uma hidratação insuficiente: “Dr., eu me esqueço; não me lembro; não tenho sede; o banheiro do trabalho é muito sujo (no caso de pessoas que evitam beber água para não terem de ir ao banheiro), etc.”

A água compreende 70% do corpo humano e, portanto, é essencial para todas as atividades do nosso metabolismo. A todo instante, temos diversas reações químicas ocorrendo em nosso organismo, sendo que muitas dessas reações necessitam de água e todas elas são vitais para manter o organismo em equilíbrio. Além disso, a todo instante eliminamos água do nosso corpo, seja pelo suor, urina ou até mesmo pela respiração. Portanto, a hidratação adequada é fundamental para o funcionamento de todo o organismo e, para tanto, a ingestão de líquidos deve ser constante e ao longo do dia.

Precisamos ficar atentos aos sintomas de quando não estamos bem hidratados, tais como boca seca, urina de cor e cheiro fortes, cansaço e indisposição, dificuldade de concentração, falhas na memória e dor de cabeça. A mulher que quer uma pele bonita, cheia de viço e bem hidratada precisa entender que o “remédio vem de dentro pra fora” e, portanto, o uso de cremes para a pele sem uma adequada hidratação é dinheiro jogado fora. A expressão maior da falta de líquidos no corpo é a desidratação, que geralmente está ligada a quadros de vômitos, diarreia, febre e a um consumo insuficiente de líquidos.

A recomendação média, para um adulto, é da ordem de 2 a 3 litros de líquido ao dia ou de 35ml/kg de peso corporal. Porém, devemos salientar que estas necessidades são individuais, ou seja, atletas e praticantes de atividades físicas devem hidratar-se mais do que pessoas sedentárias. O consumo de líquidos deve ocorrer antes, durante e após os treinos. A melhor hidratação é feita com água, sucos naturais ou água de coco. Os isotônicos devem ficar reservados para os praticantes de atividades físicas, e sempre sob orientação, pois há restrições a seu uso.

No inverno

No inverno, muita gente acha que a hidratação não é tão importante quanto no verão, principalmente porque sentimos menos sede. O que é um grande erro. Devemos ficar muito atentos aos mais frágeis, como as crianças e os idosos.

O hábito de estar se hidratando durante o dia deve ser uma constante. Medidas simples podem ser tomadas como pedir à secretária que coloque a água a sua frente na mesa de trabalho ou o celular para tocar lembrando; colocar a garrafinha de 500 ml em um ponto estratégico de casa, onde você sempre possa estar vendo. Para quem não gosta de água, uma medida bacana é adicionar na mesma, folhas de hortelã, rodelas de limão siciliano ou alecrim para torná-la mais palatável. Fica ao gosto do freguês.

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Dr. Telmo – O HOMEM DAS BOAS PALAVRAS

Autoria de Celina Telma Hohmann

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O homem das boas palavras, da observação atenta do que rodeia a alma e consegue, com doces  toques, fazer-nos avaliar nosso estado anímico! Amo textos que provêm desse homem! Sou fã, e já adianto, nem acreditava que houvesse profissionais da área médica voltados às nossas carências, além do conforto físico, e, acrescente-se, um psiquiatra que vê além daquilo que carece somente de medicação.

Como sei o que é a falta de ânimo! E, vergonhosamente digo, passo por essa fase com relativa frequência. Não, não devia, afinal, o que me falta? Grosso modo, nada! Tenho bem mais que uma grande parcela dos que conheço e sei de uma parcela enorme que não conheço, mas estão aí, talvez ao meu lado, sem que eu os veja. Minha linha de conforto é não confrontar-me com esses desconhecidos e ficar com pena somente dos que estão ao alcance.

Sou um tanto paradoxal. Por vezes, arrependo-me do que deixei de fazer, noutras, pelo que fiz. Não deveria arrepender-me de nada! Não fiz o que não quis fazer e fiz o que quis, então, tive todas as chances. Fica então a pergunta: onde estou errando? Tenho a dádiva da vida, uma relativa inteligência (confesso que me julgo inteligente, sim!). Meus problemas são inerentes à condição humana,  nada tão sofrível ou temeroso, são os obstáculos que contorno, às vezes, com algumas tropeçadas, mas ainda assim, tudo é contornável.  Mas esse medo vem de onde? Do conformismo em não pular do penhasco, mesmo sabendo que lá embaixo há uma rede de proteção chamada Fé e Fé absoluta?  Ou a síndrome do “coitadismo” me rodeia? Não pensei nisso até ler o texto.

Não tenho paciência para sentir pena de mim própria e nem me dou esse direito, mas o tal desânimo se instala e ruge, paralisa e faz-me viver por horas. Nas madrugadas, quando o silêncio se instala, resolvo meus problemas (na cama, claro, e sozinha, lógico, rs!), com   os olhos fechados e a mente passeando por todas as coisas pendentes, que nessas horas, eu resolvo que resolverei pela manhã. Resolvo nada!  A casa continua sem a reforma que fiz na meditação da madrugada e nas falsas promessas de que sairia à busca da forma de fazê-la. O exercício matinal – que também programei – fica à espera e os ossos, ah, esses reclamam, somando-se às reclamações caladas que acompanham a falta de ânimo!  Por sorte, mantenho a benção de saber que amanhã pode ser tarde, mas…

Obrigada pelo belo texto! Um alerta para os meus conformismos que não levam à nada. Já comecei a sair dele: li o texto e expus meu comentário, sincero, sofrido#nemtanto, e estapeei minha incompetente vontade de extrapolar. Vou que vou. Prometo: volto!

Nota: imagem de Dr. Telmo Diniz

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A SAÚDE E A FÉ

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Inúmeras pesquisas têm buscado avaliar os efeitos da espiritualidade sobre o nosso organismo. Não importa qual é a crença religiosa da pessoa. O fato é que práticas como oração e meditação vêm se tornando cada vez mais alvo de estudo de pesquisadores da área da saúde, que investigam, em vários países, os efeitos da fé sobre a nossa saúde.

As perguntas básicas que os estudos apresentam são:

  1. Como a fé religiosa atua como um recurso na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar?
  2. Um relacionamento de amor com Deus é uma característica das pessoas saudáveis?
  3. A religiosidade é um fator de proteção contra doenças ao longo do processo de envelhecimento?
  4. Existem efeitos terapêuticos ou preventivos de se ter mais fé sobre a saúde?

Para ser benéfica, a fé em Deus teria de estar associada a uma prática religiosa, onde a pessoa deveria participar de um grupo religioso estruturado – seja ele católico, budista, judeu, evangélico, espírita, entre outros. Esse apoio social é algo extremamente valioso para a saúde física, inclusive para a sobrevivência e longevidade.

Pesquisas demonstram que as pessoas altamente religiosas têm 30% a mais de chance de serem mais longevas, em especial pelo estilo de vida que levam. Porém, a oração, reza ou qualquer outra forma de elevação do nível de consciência, como na meditação, realizados fora de um ambiente templário, também têm efeitos benéficos para a saúde.

Existem centenas de estudos sobre a “prece à distancia”, ou seja, pessoas que recebiam a prece, desconheciam que estavam recebendo o referido benefício e, mesmo assim, melhoravam, isso comparado ao grupo controle (aqueles que não foram contemplados com as preces). Em outras palavras, isso é evidência científica de que orações à distância têm um efeito mensurável e benéfico.

Particularmente, acredito que a fé, independentemente da crença religiosa, tem um papel importante na recuperação do doente. A doença não é só física. Tem uma dimensão psíquica e uma dimensão espiritual. Portanto, ela deve ser vista de forma globalizada. Existem mais de 5.000 estudos na literatura médica comprovando que a evolução da doença pode ser modificada pela fé.

Consenso

Algumas áreas do cérebro são ativadas no momento da oração. Essas áreas estão conectadas aos centros da imunidade. Melhorando o sistema imunológico, combatemos doenças crônicas como o câncer, melhoramos estados psíquicos como ansiedade e depressão. A influência da crença em Deus na redução do estresse já é quase um consenso entre os médicos.

As doenças relacionadas ao estresse, especialmente as cardiovasculares, como a hipertensão, o infarto do miocárdio e o derrame, parecem ser as que mais se beneficiam dos efeitos de uma espiritualidade bem desenvolvida.

Não cabe ao médico prescrever uma religião em particular ao paciente, e sim, encorajá-lo em trabalhos espirituais de sua escolha. Independentemente dos mecanismos envolvidos na melhora da saúde através de práticas religiosas, essas devem ser incentivadas, respeitando-se a individualidade de crença, contribuindo dessa forma para a melhora dos pacientes com a utilização de uma medicina humanística e integrativa.

(*) Imagem copiada de blog.cancaonova.com.cancaonova.com

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SEXO ENTRE AMIGOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Não se trata de uma fórmula de química ou de uma expressão matemática, mas novos termos para falar de sexo. Não de qualquer coito, mas daquele regado meramente a prazer passageiro, sem carregar compromisso algum na mochila, ou discutir o relacionamento. A amizade colorida já ficou démodé, pois exigia mais tempo e sentimento do que devia e era creditada apenas aos homens, como soberanos do gozo e da liberdade plena. Mas agora são outros os tempos.

O que mais causa conflitos numa relação a dois é o sentimento de posse, a preocupação que os enamorados possuem um pelo outro e a eterna cobrança. Por isso, pensam os modernosos, que uma vez eliminado o nascedouro do delito, o barco do prazer haverá de navegar em águas tranquilas. Então, a pedida é curtir um tipo de relação em que os envolvidos não cultivam nenhuma espécie de compromisso entre si. Nada de amarras e tampouco de ancoradouros com encontros marcados. Qualquer um pode pegar carona no barco, desde que seja conhecido ou amigo. E, de preferência, um amigo gatão (ou gatona) com muito tônus muscular, capaz de arrancar muitos uis e ais.

Mas, quando o P.A. ou a X.A. é solicitado? Não tem segredo algum. Apenas quando o tesão acumula e bate aquele carecimento, aquela penúria daquilo e mais aquilo outro. Mas, que fique bem claro, o embeleco é relampejante e jamais está sujeito a chuvas e trovoadas, para não complicar a deliberação do acasalamento: liberar e libertar, sossegar e relaxar. Quer mais o quê, sô? Pensam os modernosos.

Os defensores do P.A. e do X. A. juram por todos os santos e por aqueles que ainda vão ser santificados, que é muito melhor copular com um amigo ou conhecido de que biscoitar uma pessoa estranha e se dar mal. Estar (e transar) entre amigos é outra coisa, troçam. E, é claro, que se pode ter sintonia física com uma pessoa, sem necessariamente se interessar por suas ideias (de jerico). Ou seja, o fueiro nada tem a ver com as calças.

Aqueles, que achavam que a mulher jamais seria capaz de remar na mesma canoa do homem, e que os hormônios masculinos davam ao macho o direito de pular de galho em galho, enquanto a fêmea deveria ser santa e sacrossanta para a nobreza da espécie, vão ter que tomar muito cloridrato de certralina ou fluoxetina, para não ficarem entibiados. Pois, com o aparecimento do P.A. toda a filosofia romanesca está indo para o brejo. As mulheres até dividem os marmanjos em duas alas bem distintas:

  • aqueles que servem tão somente para se emparelhar e se desenfadar;
  • e aqueles especiais para se enrabichar e ajudar a parir um monte de catarrentinhos.

Mas, nem todas as mulheres rezam na mesma cartilha. Algumas podem se contentar sexualmente, sem a necessidade de se envolver emocionalmente com o companheiro e sem nenhuma preocupação com o futuro. Outras, no entanto, só são capazes de fazer sexo, se houver envolvimento emocional ou um mínimo de entrega por parte do parceiro. Caso contrário, preferem enfrentar bravamente a penúria, até que venham bons tempos.

Para que o P.A. e o X. A. atinjam o objetivo, dizem os adeptos, é preciso que as cartas sejam colocadas na mesa e que o jogo seja limpíssimo. E nada melhor de que um amigo (a) para não transgredir as regras do entretenimento sexual. Pois, na verdade, é um mano (a) como outro qualquer. Só há uma diferença ínfima, irrelevante e imperceptível: fazem sexo. E, para se chegar ao orgasmo, basta tão somente conexão e disposição. E é muito melhor, pois não há necessidade de dar prazer, mas apenas de receber. Trocando em miúdos, cada um que cuide de seu quintal nesse jogo egóico.

Segundo especialistas no assunto, a busca por P.As. ou X.As. acontece nos entremeios de namoros, quando as pessoas encontram-se desacompanhadas. A relação tende a ser mais honesta de que num relacionamento convencional. Não havendo a exigência da fidelidade, também não haverá traição. De modo que entre mortos e feridos salvam-se todos. Mas, se alguém notar uma comichão resvalando para o romance, não deve hesitar: caia fora. Corra como o diabo corre da cruz. E nem olhe para trás, para não virar uma estátua de sal.

Tradução:
P.A. = Pau Amigo
X. A. = Versão feminina de P.A.

Nota: Imagem  copiada de http://www.dominiojovem.com.br/?p=26507

Fonte de pesquisa:
Marie Claire/ fevereiro de 2011

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