Arquivo da categoria: Janelas pro Mundo

Artigos excêntricos de diferentes partes do mundo

ÍNDIA – MULHER ESTRANGEIRA X INDIANO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Um dos textos mais lidos deste site é “ÍNDIA – GOLPE DA UNIÃO COM ESTRANGEIRAS”. Também recebo muitos e-mails de brasileiras predispostas a viverem na Índia uma grande história de amor. Mas entre a ilusão e a realidade existe um abismo cultural intransponível, capaz de engolir qualquer romance num oceano de arrependimento. Imaginem o que é viver num país, onde qualquer demonstração de afeto em público é vista como imoralidade, além de causar um grande escândalo, inclusive levar à prisão! Os casais nem mesmo podem andar de mãos dadas. E o Kama Sutra? Isso é coisa da Índia antiga, não da moderna, portanto, esqueçam-se do Kamassutra.

Muitas estrangeiras não sabem que, mesmo em casa, o casal não possui liberdade para viver “um grande amor”, naquele país. As famílias são numerosas, vivendo todas sob o mesmo teto, pois, ao se casar, a nora deixa a casa dos pais para se agregar à família do marido, sob a batuta da sogra, que vê a oportunidade de se vingar de tudo pelo qual passou. Portanto, só resta aos pombinhos as quatro paredes na calada da noite, isso quando essas não são feitas de tecidos, onde qualquer ruído ultrapassa a trama da fazenda. O “romance” tem que se desenvolver debaixo da tradição indiana e ponto final.

É bom que toda brasileira, ávida por um romance com um indiano (eles são bons de lábia, assim como os heróis dos filmes de Bollywood), saiba que naquele país até o Dia dos Namorados entrou na berlinda, visto como um atentado ao pudor. Os moralistas de plantão, e olhe que não são poucos num país de superpopulação, chegam a apedrejar as lojas que vendem cartões de namorados, bombons de coração e coisa e tal. Até os coitados dos ursinhos de pelúcia com o batido “Eu te amo!”, em híndi ou em uma das muitas línguas do país entraram na polêmica.

Mas por que tanto exagero, podem perguntar alguns? A origem de tudo está no desditoso, malfadado e desgraçado “dote” que, ardilosamente, certos indianos juram não mais existir, às bobinhas estrangeiras. Men-ti-ra! O dito está lá, vivinho da silva, querendo abocanhar o maior conjunto de bens possível, entregue pela família da nora. E, se a garota é mal-afamada seu dote cai na cotação do mercado, ou seja, vira mercadoria de segunda mão ou lixo, mesmo. E a “camisinha” para impedir a gravidez? É assunto tabu. Para que servem, se as garotas devem se casar virgens? Os homens podem se abraçar nas ruas, darem beijinhos, entrelaçar mãos e braços. Eles podem tudo! Elas, nadinha! Mesmo assim, algumas tontas estrangeiras ainda pensam que conseguem viver ali um grande amor. Maldita inocência que só trará sofrimentos.

Ainda hoje, à exceção da elite, em um caso ou noutro, quem escolhe o genro ou a nora é a família, mesmo em se tratando de filhos que estudam ou moram no exterior. Quase todos voltam à Índia para se casar, depois de namorarem, e até viverem, às escondidas da família, com um monte de estrangeiras, sugando-lhes todo o dinheiro. O que conta é a vontade dos pais, pois o amor vem depois do casamento, explicam eles. Segundo pesquisas naquele país, os jovens indianos acham correta essa forma de casamento, onde entram inúmeras variáveis, desde a casta até o horóscopo.

Bem, amigas brasileiras, se vocês não acreditam no que foi dito acima, e acham que o amor “vence” qualquer barreira, então deem uma olhadela nos classificados dos jornais indianos, verdadeiro mercado casamenteiro. Se ainda assim,  optarem por se amarrar a um indiano, não deixem de conferir o próprio horóscopo com o do fulano, pois na Índia, quem dá a cartada final são os astros. Se eles acharem que a ligação não é auspiciosa, e se vocês não tiverem um bom dote, tratem de achar um brasileiro honesto, trabalhador e construir uma família dentro de sua própria cultura. Felicidades!

Minhas caras leitoras, nós podemos ajudar, fazendo com que um grande número de mulheres no nosso país tomem ciência desse problema, que vem se alastrando como erva daninha também em outros países. Muitas mulheres, com vergonha do que lhes aconteceu, não expõem seus comentários no blog, mas me enviam e-mails sofridos. Peço a todas aquelas que participam de redes sociais, que postem o link deste artigo, assim como o outro a seguir. E quem não participa, que envie os links, via e-mail, para seus contatos, pedindo-lhes para repassá-los. Vamos fazer uma corrente e desmascarar esses “caça tesouros” fora da lei. Leiam também, sobre o mesmo assunto:

ÍNDIA – INDIANOS VIRTUAIS JURAM AMOR ETERNO
ÍNDIA – BRASILEIRAS, ACAUTELAI-VOS!
ÍNDIA – COMO SÃO OS INDIANOS
ÍNDIA – GOLPE DA UNIÃO COM ESTRANGEIRAS

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ÍNDIA – DEFECANDO A CÉU ABERTO

Autoria de Lu Dias Carvalho def.

Para quem chega à Índia pela primeira vez surpreende-se com as condições higiênicas de suas cidades, que se encontram entre as piores do mundo, ainda que o mantra ali seja a “pureza”, daí a razão de tantas castas e a vida miserável dos “intocáveis”. É realmente um estranho paradoxo! Além do mais, como um país tão decantado pelo crescimento de sua economia global ainda leva uma vida medieval no quesito higiene? Por que ainda existem centenas de milhares de pessoas defecando nas ruas com a maior naturalidade? Por que não possuem banheiros em casa? Segundo o censo de 2011, mais da metade da população indiana não possui banheiros no domicílio. É muito traseiro nu visto a céu aberto e cocô espalhado pelo país. Enquanto isso, o celular está presente até mesmo entre os “sadhus”, os chamados “homens santos”, que dizem viver na pobreza absoluta.

Os indianos esvaziam seus intestinos ao ar livre sem nenhum constrangimento. A própria cultura hinduísta, que apregoa a “pureza” aos quatro cantos do país, contribui para que a Índia torne-se um banheiro público a céu aberto. O hinduísmo, que tem os excrementos humanos como “impuros”, não aceita que banheiros sejam feitos dentro de casa, para não “poluir” o ambiente. Assim, no segundo país mais populoso do mundo, a coisa fica deveras complicada com tal tabu. O que nós ocidentais não conseguimos entender é a preocupação tão grande que essa gente tem com a “pureza” do corpo, enquanto convive com a imundície que jaz fora das casas, com montanhas e montanhas de sujeiras espalhadas pelas ruas. Se nas grandes cidades é assim, imaginemos nos povoados. Somente os “intocáveis” podem ter contato com o lixo. Enquanto isso…

Em razão da pregação moralista dirigida às mulheres, que não podem se expor como fazem os homens nas ruas, encostados aos muros, na beira dos trilhos, nas margens dos rios e nas praias, elas acabam sendo as maiores vítimas, ao terem que realizar suas necessidades fisiológicas. Precisam esperar o cair da noite para encontrar um lugar oculto onde possam esvaziar intestinos e bexiga, correndo risco de perderem a saúde, por segurarem tanto tempo suas necessidades fisiológicas e também o de serem estupradas, risco comuníssimo na Índia, principalmente se forem de pele clara.

Muitas cidades indianas não possuem esgotos tratados, que por sua vez são despejados nos rios, lagos e mares. Além disso, as chuvas das mansões, que acontecem entre junho e setembro, alagam cidades e vilarejos, contaminando tudo, virando literalmente um “mar de bosta” junto à urina de ratos, provocando um número alarmante de doenças, dentre as quais está a leptospirose, responsável por um número incalculável de mortes.

O que vemos na Índia é a hipocrisia de uma sociedade que divide sua gente numa pirâmide casteísta, de acordo com o grau de “pureza”, enquanto a imundície grassa solta pelas ruas do país. Sem falar na crítica que fazem a nós ocidentais, por usarmos o papel higiênico, assim como o uso da mão esquerda para tocar nos alimentos. Talvez não saibam que aqui usamos água e sabão. Enquanto lá…

 Nota: imagem copiada do blog Indi(a)gestão

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ÍNDIA – SADHUS: NÃO TÃO SANTOS ASSIM!

Autoria de Lu Dias Carvalho sadhus

Durante muito tempo, o imaginário popular mundial debruçou sobre uma Índia “espiritualizada”, sem levar muito em conta a pobreza extrema da imensa maioria de sua população, erguida sobre um país de solo riquíssimo. Os sadhus, os chamados “homens santos”, eram buscados (e ainda são) por pessoas das mais diversas partes do planeta, que se dirigiam para aquele país, embevecidos com tanta “santidade”. Mas aconteceu um contratempo na vida desses homens: a mesma tecnologia que faz ascender a Índia, deu-lhes um xeque-mate, desmistificando a maioria deles.

A existência dos sadhus antecede a alguns séculos antes de Cristo, quando eram vistos pelos gregos, que os visitavam em seus país, como “filósofos nus”. Mas, atualmente, eles não andam filosofando tanto assim, e não abrem mão do conforto tecnológico advindo do uso de celulares, relógios, rádios e outras coisinhas mais, não rezando conforme a cartilha da “espiritualidade hindu”, que diz que o sadhu afasta-se dos prazeres do mundo, levando uma vida de ascetismo, em busca da iluminação espiritual. Talvez tenha sido sempre assim, ou não, mas é comum encontrar, nos dias de hoje, “homens santos” que de santo só possuem o nome. Muitos deles são farsantes, outros fugitivos da polícia até mesmo por assassinatos, e alguns outros são pessoas desajustadas que foram postas para fora de casa por suas famílias. Poucos são verdadeiros. Portanto, ao contatá-los, todo cuidado é pouco por parte do turista desavisado, em busca de iluminação. Melhor seria que se assentasse no quintal de sua casa e falasse com a natureza em derredor, refletindo sobre seu comportamento em relação à Mãe Terra e seus bichinhos.

Embora possa parecer inadmissível para os mais crédulos, mesmo sabendo que os sadhus são uma fonte de turismo para o país, governantes sérios conclamam o povo indiano a olhá-los com mais reserva, não se deixando levar por uma crença fanática e cega. Outra coisa difícil de acreditar é que existe uma grande rivalidade entre tais “homens santos”, dependendo de qual deus cada grupo representa. No fundo, lá está a miséria da espécie humana: o poder e a pecúnia, encontrados na tentativa de controlar os lugares sagrados do hinduísmo, onde os fins lucrativos são imediatos e mais profícuos. Dentre os sadhus existem pessoas bem simplórias, enquanto outras são bem articuladas sobre o que acontece na Índia e no mundo. Como todos nós já sabemos, a cremação faz parte da cultura hindu, mas, no caso de sadhus e crianças, ela não acontece, pois são enterrados sob a alegação de que não possuem apego ao mundo terreno, ou seja, são seres puros.

Outros que vêm sendo desmistificados são os gurus. Tem sido comum encontrar alguns deles nas páginas policias dos jornais diários da Índia, sob vários tipos de acusação, inclusive a de dirigir negócios relacionados com a prostituição de devotos em seu “ashram” (termo usado para designar uma comunidade formada intencionalmente com o intuito de promover a evolução espiritual dos seus membros). Muitos têm se transformado em megaempresários, fazendo parte da elite indiana. Há também os “gurus da yoga”. Um deles chegou a comprar uma ilha na Escócia. Os astrólogos também possuem uma grande força entre os indianos. Eles são os responsáveis pelos horóscopos de um povo extremamente supersticioso, onde os astros governam a vida das pessoas muito mais do que as leis. Tudo precisa ser “auspicioso”. Nada é feito sem que o astrólogo dê a sua posição favorável. Coitados dos astros, que responsabilidade enorme, gerir o segundo país mais populoso do mundo.

E assim caminha a humanidade!

Fonte de pesquisa:
Os Indianos/ Editora Contexto

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ÍNDIA – ONDE É IMPOSSÍVEL SER PURO

Autoria de Lu Dias Carvalho touro1234

A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, ficando atrás apenas da China. Além de possuir tantas criaturas em seu espaço, que corresponde a 1/3 do território brasileiro, existe no país uma grande pobreza, sem dúvida alguma fomentada pela divisão de castas. As ruas das cidades são infestadas por hordas de miseráveis atrás dos turistas, em busca de esmolas. O mais paradoxal, contudo, é que a cultura indiana sedimenta-se na “pureza”. E, por isso, de um lado ficam os “puros” e do outro os “poluídos”. E de que lado poderia vir a “poluição” senão dos pobres e miseráveis? Esse é um jeito muito bizarro, para não dizer perverso, de dividir um país entre os “bem nascidos” e os “deserdados da sorte”. É verdade que, nas grandes cidades, alguns indivíduos de “castas altas” vêm saindo a campo para combater tal contrassenso, responsável pelo atraso e pela miséria de parte daquele povo.

Como vimos em textos passados, é o nascimento o divisor de águas entre a “degradação” e a “limpidez” tão proclamada pelos indianos que professam o hinduísmo. Unicamente o fato de ter nascido nessa ou naquela família, ou herdado esse ou aquele sobrenome,  meleca a vida do sujeito para sempre ou o torna um privilegiado. A origem do indivíduo faz-se presente, sobretudo, na divisão de trabalho, o que fortalece ainda mais o casteísmo. Imagine você, caro leitor, que para nós ocidentais não faz diferença alguma entre trabalhar num escritório, chegar a nossa casa e lavar as louças ou o banheiro. Somos polivalentes, pois fazemos de tudo um pouco. Consideramos que a “pureza” vem da alma, do caráter e da água. Um banhozinho relaxante torna-nos tão puros quanto uma virgem do Monte Olimpo. Tampouco nos importamos se a pessoa é coveiro, curtumeiro ou um artesão de trabalhos em couro.

Os indianos possuem um verdadeiro asco em relação a certos tipos de trabalho que são relegados às castas inferiores ou aos “dalits” (intocáveis). Trabalhar com corpos sem vida é tido como o mais poluente de todos os serviços, ainda que esses pertençam às vacas sagradas do hinduísmo. E o maior contrassenso é que os oprimidos, pertencentes às castas inferiores também oprimem outros, seguindo o princípio da “pureza” numa pirâmide maluca. Os “dalits”, por exemplo, que nem castas possuem, tamanho é o estado de “poluição” que ostentam, discriminam outros “dalits”, de acordo com a sua origem e o trabalho que fazem. Ou seja, alguns são mais “poluídos” do que outros, num verdadeiro disparate, em pleno século XXI. Haja excentricidade!

Segundo a escritora Florência Costa, em seu livro Indianos, escrito em 2012 (ver resenha em LIVROS), existem na Índia mais de 500 mil “dalits” que trabalham limpando latrinas secas (sem água, pois não há sistema hidráulico). Ela assim escreve:

“Diariamente, eles vão de latrina em latrina, nas pequenas cidades, retirando os excrementos, colocados em uma cesta de palha, levada sobre suas cabeças.”.

Os limpadores de latrina, que sequer usam qualquer espécie de proteção, conforme mostra a imagem do texto, e os que cremam corpos à margem dos rios são os mais discriminados dentre os “dalits”, onde uns podem ser ainda mais miseráveis do que outros, numa corrente de injustiças que atravessa os séculos. Eles também se subdividem, escravizam e tiranizam, achando que assim estarão caminhando em direção à purificação tão decantada pelas classes altas.

A essa gente tão espezinhada pelo sistema, só resta uma alternativa: fugir da cadeia de força do casteísmo hinduísta. E isso já vem acontecendo desde os tempos de Gandhi. Milhares de “dalits” estão buscando o islamismo, ou o cristianismo e, principalmente, o budismo como religião. Mesmo assim, ainda existem aqueles que são devotos fanáticos do hinduísmo e acreditam que precisam penar na Terra, para se purificarem das coisas ruins que fizeram em outras vidas, de modo que assim retornarão em castas superiores.

Nota: imagem copiada de blogtriunfo.blogspot.com

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ÍNDIA – SAIBA ANTES DE VIAJAR

Autoria de Sandra Duarte ind.

Na semana passada, eu escrevi no Jornal da Economia, dizendo que viajar é preciso, mas que a pessoa deve primeiramente ler, pesquisar e estudar sobre o local escolhido para sua próxima viagem.

Eu moro na Índia desde 1999 e percebo que muitos brasileiros vêm para cá todos os anos. Infelizmente, vejo muitos deles voltarem ao Brasil, tendo verdadeira aversão pela Índia. Uns chegam a antecipar a passagem aérea, pois não querem ficar aqui nem mais um minuto.

Para que isso não aconteça com você, caso escolha a Índia como seu destino de viagem, é bom que saiba algumas coisas sobre esse país antes de vir, como por exemplo:

A maioria da população indiana é extremamente pobre e, portanto, temos pedintes aos milhares, que o seguem pelas ruas, pedindo dinheiro em euro ou dólar, pois a rúpia indiana não é benquista nem pelos próprios indianos. Se você não gosta de pobreza e de mendigo, não venha.

A Índia é um país com 5 mil anos de história. Se você gosta de história, palácios, fortes e monumentos antigos, aqui é um prato cheio, mas se não gosta dessas coisas, não venha.

Nem nos parques e reservas florestais é possível encontrar o famoso tigre de bengala, pois os indianos os mataram para vender aos chineses; mas temos muitos cachorros de rua, elefantes e camelos no Rajastão.

Eu andei somente uma única vez de elefante e jamais andarei novamente, pois fiquei chocada com as marteladas que o mahoot  (condutor de elefante) dá na cabeça do animal, para que esse o obedeça. Se você não se importar com o sofrimento dos animais, pode vir para a Índia, mas se você for um defensor deles, não venha.

Se você adora uma comida apimentada de fazer sair lágrimas dos olhos, fazer seu nariz escorrer, a boca queimar e o estômago doer, saiba que a Índia é o lugar certo. Caso tenha algum problema digestivo, gastrite, colite, úlcera, diverticulite entre outros, não venha, pois, com certeza, você vai sofrer muito.

A famosa diarreia indiana é inevitável e atinge tanto os viajantes que ficam em hotel 5 estrelas assim como os mochileiros, portanto, traga consigo muitos remédios.

Um aviso especial às mulheres:

A Índia é o país asiático com o maior índice de estupros de turistas estrangeiras brancas. Se você for afro-brasileira, não tem problema, pois os indianos são extremamente racistas e não irão querer estuprá-la, mas se tiver a pele clara, com certeza vai sofrer muitas investidas por parte dos homens indianos e pode até mesmo ser estuprada.

Nunca viaje sozinha para a Índia, se não quiser correr riscos. E saiba que brasileira é sinônimo de “prostituta” por aqui; graças às fotos das cariocas nas praias e às fotos do Carnaval.

Para maiores informações sobre a Índia, leia o blog  www.indiagestao.blogspot.com
Nota: artigo copiado do blog em questão.

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ÍNDIA – DALITS INICIAM REVANCHE

Autoria de Lu Dias Carvalho cas1

Imagine você, meu caro leitor, sendo humilhado e desrespeitado por seu patrão, até que um dia, por um golpe de sorte, os papeis invertem-se. Pois é isso que vem acontecendo na Índia, ainda que timidamente, com alguns dalits que passaram de empregados a patrões. Dentre os seus empregados estão até brâmanes, os nascidos na casta mais desejada e prestigiada, mas, pelo visto, com os bolsos vazios. Ainda assim, eles se sentem superiores ao chefe dalit. São como aquele conhecido provérbio: “Perdem as posses mas não perdem a pose.”.

Mesmo com curso superior, a vida de um dalit não é fácil. À simples menção de seu sobrenome e lugar de origem as portas fecham-se para ele, o que leva muitos deles a criarem nomes falsos para poderem tocar seus negócios. O preconceito contra os dalits é um estigma enraizado na cultura indiana e que se alastra como um cancro, em quaisquer que sejam os tempos. Não há nada que abale as tradições milenares desse povo. Nem mesmo a tecnologia.

Como sabemos, os dalits são tidos como “impuros“, logo, não podem ser tocados e nem tocar naqueles pertencentes a outras castas ou mesmo em suas coisas, segundo o hinduísmo. Se um negociante dalit lidar com comida e tiver sua casta revelada, além de perder os seus clientes, ainda pode sofrer todo tipo de violência, inclusive ser queimado.

É fato que a situação relativa aos dalists nas grandes cidades, com milhares e milhares de pessoas com as mais diversas procedências, vem sofrendo mudanças, até por incapacidade de se descobrir o sobrenome e a origem das pessoas. Em contrapartida, nos vilarejos no interior do país, onde se localiza mais da metade do povo indiano, a situação parece piorar cada vez mais. Antes mesmo do cumprimento, pergunta-se qual é o sobrenome da pessoa, para descobrir a que casta ela pertence, e saber que tipo de tratamento deve ser dado ao visitante.

Mesmo tendo a possibilidade de dar o troco ao melhorar de vida, um dalit precisa ficar de boca fechada, para não ser perseguido pela inveja. Agressões brutais, como ser queimados vivos, continuam existindo. São muitas vezes violentados porque ascenderam socialmente, como se isso fosse um insulto às castas altas, pois reza a tradição que o dalit é “a poeira dos pés de Brahma”. Eles nasceram para servir, e devem ser mantidos em seus lugares, pensam aqueles que se sentem insultados com o sucesso deles. Muitos dos ditos intocáveis têm seus negócios queimados, sem que os governantes tomem medidas severas.

O preconceito contra os dalits continua mais que visível, contudo, ainda não é visto pelas autoridades mundiais como uma forma de racismo. O que mais elas querem? Esperam que mais de 300 milhões de seres humanos sejam trucidados, extintos? São essas coisas que nos fazem desacreditar ainda mesmo em organismos sérios, que dizem trabalhar em prol dos direitos humanos. Enquanto isso, o governo indiano deixa as injustiças correrem a bel prazer, sem punir os agressores oriundos das castas altas, agindo conforme reza o O CÓDIGO DE MANU.

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