Arquivo da categoria: Mestres da Pintura

Estudo dos grandes mestres mundiais da pintura, assim como de algumas obras dos mesmos.

Dufy – CORRIDA EM DEAUVILLE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Corrida em Deauville é uma obra do artista francês Raoul Dufy, que nutria grande fascínio pelas corridas de cavalo, pois essas lhe proporcionavam um espetáculo de cor, formado pelas pessoas que a elas acorriam, pelos ginetes e seus cavalos, assim como pela natureza em volta, formando um todo.

O quadro acima trata-se de uma grande tela, em que pessoas, cavalos, grandes árvores e relva, com a casa vermelha ao fundo, formam um espetáculo multicor, iluminado pelo crepúsculo matutino.

Ainda que as figuras humanas, presentes na composição, não gosem de nenhum privilégio, pois o pintor via-as como um mero elemento decorativo ou como a continuidade de uma paisagem, elas podem ser distintas. As figuras de mulheres elegantes com seus chapéus e sombrinhas, dos jóqueis e dos homens vestidos com fraques chamam a atenção. Algumas dessas figuras não passam de pequenas manchas de cor, que muitas vezes misturam-se ao verde em derredor, como mostra um dos cavalos à esquerda, próximo a uma árvore, cuja parte da frente é marrom e a da trás é verde.

Um casarão avermelhado, com telhado amarelo, ergue-se ao fundo. Todos se encontram em frente a ele, enquanto a pista de corrida, à esquerda, mostra-se desértica. Duas enormes árvores frondosas, ultrapassando a construção, ocupam grande parte da tela. O galho de uma terceira, tão grande como estas, é visto à direita, no alto da composição. Árvores bem menores aparecem em volta. O céu é de um azul intenso. O dia é propício para o divertimento. Os presentes aguardam o início da corrida.

Ficha técnica
Ano: c. 1931
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 55 x 81 cm
Localização: coleção particular

Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural

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Mondrian – ARTE, DESIGN, MODA E PUBLICIDADE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Sua obra, muitas vezes copiada, continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade, que dela se apropriam, sem necessariamente levar em conta sua fundamental e filosófica recusa ao uso da imagem. (Fonte desconhecida)

A composição denominada Composição em Vermelho, Amarelo e Azul é uma obra do pintor holandês Piet Mondrian, artista cujo trabalho trouxe grande inspiração ao design, à moda e à publicidade. A pintura em questão tem a forma de um quadrado, onde se inserem linhas que se cruzam na vertical e na horizontal, formando ângulos retos, em divisões assimétricas. As cores usadas são o vermelho, o azul, o preto, o branco e o amarelo.

Ao lado da obra de Mondrian está um exemplo de sua influência no mundo da moda. O estilista francês Yves Henri Donat Mathieu-Saint Laurent, que foi um dos nomes mais conhecidos da alta-costura do século passado, baseou-se, em 1965, neste quadro do artista para criar o vestido tubinho, em jersey,  cujo sucesso foi imediato. O vestido de Yves Saint Laurent tornou-se um dos mais famosos da história da moda, um ícone.

Quem quiser ter mais conhecimento sobre a influência de Piet Mondrian no design, na moda e na publicidade, basta buscar no Google, em imagens, por “Mondrian e a moda”.

Ficha técnica
Ano – 1921
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 59,5 x 59,5 cm
Localização: Haags Gemeentemuseum, Haia, Holanda

Fontes de pesquisa
Mondrian/ Abril Cultural
http://artedescrita.blogspot.com.br/

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Seurat – O CANAL DE GRAVELINES

 Autoria de Lu Dias Carvalho

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As linhas traçadas de baixo para cima e da direita para a esquerda são estimulantes, dinâmicas, vivas. As de sentido contrário provocam tristeza, abatimento, mal-estar. Da mesma forma, as cores, devido aos diferentes comprimentos de suas ondas cromáticas, podem produzir sensações alegres – no caso do vermelho, alaranjado, amarelo – ou deprimentes – verde, azul, roxo. (Charles Henry)

 A composição O Canal de Graveline é uma obra pontilhista do pintor francês Georges Seurat, que acreditava que o artista podia e devia unir-se ao conhecimento científico em suas criações. Nesta pintura, melancólica e poética, ele tenta aplicar as teorias do cientista Charles Henry, autor de “Introdução à Estética Científica”.

Seurat fez predominar em sua paisagem os traços horizontais e a presença do azul-claro, do verde-pálido e do branco matizado de cinza, pois, segundo o cientista Henry, as linhas horizontais e tais cores estimulavam a melancolia e a tristeza. É bom que o observador entenda que o emprego das linhas e das cores não dizia respeito ao estado emocional do pintor, mas dizia respeito a um experimento, à aplicação de conhecimentos científicos, buscando os efeitos psicológicos que a percepção visual produziria em quem observasse a composição. Em seu outro trabalho, denominado Port-en-Benssin aos Domingos, Seurat fez o inverso deste, ao aplicar linhas verticais e cores quentes para suscitar alegria.

Ficha técnica
Ano: 1890
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 73 x 93 cm
Localização: Rijksmuseum Kröller-Müller, Oterlo, Holanda

Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural

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Dufy – AS TRÊS BANHISTAS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição As Três Banhistas é uma obra do artista francês Raoul Dufy. Faz parte de uma série com a mesma temática. As figuras humanas presentes na composição não gosam de nenhum privilégio. Em sua pintura, o artista via-as como um mero elemento decorativo ou como a continuidade da paisagem.

A visão do artista era panteísta em relação às figuras humanas. As vistas acima apresentam volume, contudo, não mostram nenhum traço de sensualidade. Estão ali apenas com o intuito de compor a paisagem e, portanto, faz parte dela, sem nenhuma necessidade de sobressairem.

As mulheres de As Três Banhista são feitas com linhas moduladas, o que as coloca em sintonia com a paisagem, ou seja, são unidas pelo ritmo. Ao fundo, um navio a vapor navega junto à linha do horizonte.

Ficha técnica
Ano: c. 1919
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 273 x 180 cm
Localização: Museu de Arte Moderna, Paris, França

Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural

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Seurat – JOVEM A EMPOAR-SE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Jovem a Empoar-se é uma obra pontilhista do pintor francês Georges Seurat, que acreditava que o artista podia e devia unir-se ao conhecimento científico em suas criações. A pintura é uma demonstração de amor à mulher que fazia parte de sua vida e, que lhe deu dois filhos – Madeleine Knobloch. Indiferente à opinião dos outros, o pintor fez sua homenagem à mulher que o acompanhou em sua  breve existência e no seu isolamento social.

O artista, através de algumas incursões pela noite, em Montmatre, Paris, travou conhecimento com o mundo boêmio, onde circulava Toulouse-Lautrec. Foi nesse cenário que ficou conhecendo Madeleine Knobloch, que primeiro tornou-se sua modelo e depois, amante, dando-lhe dois filhos. Isso viria trazer a Seurat problemas com a família, que não quis aceitar a origem desconhecida de sua companheira.

 Ao retratar sua mulher, mostrando seu gosto duvidoso, empoando-se em frente à sua penteadeira, o artista deixa expressa certa melancolia. No lugar da janela, que se encontra no canto superior esquerdo, dando vista para outro cômodo, onde se vê parte de uma mesa com um vaso de flores, havia um autorretrato do pintor, que acabou optando por eliminá-lo, colocando no lugar algo mais descomprometido, talvez em função da indignação de sua família, por ele ter escolhido uma mulher intelectualmente pobre, de origem duvidosa e de temperamento doméstico.

Esta pintura é uma demonstração impressionante da técnica pontilhista usada por Georges Seurat. Chama a atenção a modulação da luz e da sombra na parede, obtida com a utilização de pequenos pontos de cor pura, justapostos em concentrações e intensidade variável.

 Ficha técnica
Ano: 1890
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 26 x 16 cm
Localização: Courtauld Institute Galleries, Londres, Grã-Bretanha

 Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural
http://www.artandarchitecture.org.uk/images/gallery/6007ba8c.html

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Dufy – VISTA DE SAINTE-ADRESSE

Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Vista de Sainte-Adresse é uma obra do artista francês Raoul Dufy, captada durante a hora do crepúsculo, quando ele se encontrava no sul da França.

Impregnadas por uma atmosfera envolvente, casas, torres, árvores, casas e barcos possuem apenas o objetivo de demarcar as grandes áreas de cor, em que predominam grandes faixas de verde e azul. As ondas do mar, como nos desenhos infantis, são representadas por triângulos pretos. A intensa luminosidade mediterrânea prende os olhos do observador nesta lírica composição à beira-mar.

À direita ergue-se a cidade, cuja base alcança a lateral esquerda da tela. Pequenas casas coloridas, em que predomina a cor branca, parecem descer por uma encosta, até atingir o mar. Próximas à lateral direita da tela erguem-se duas igrejas, em tons diferentes de amarelo, com suas torres elevadas. Toda a cidade encontra-se tomada por árvores de um verde escuro. Inexiste a presença de ruas.

O grande mar azul, margeando parte da cidade, abrange um espaço semelhante ao ocupado por ela. Apenas uma linha separa céu e mar, mostrando uma pequena faixa do primeiro. As ondas, em torno da cidade, estão representadas por pequenos triângulos escuros e alguns traços brancos, como se o mar estivesse encapelado. Atingindo as casas veem-se algumas ondas sinuosas. Em alto mar não se vê ondas, portanto, os dois navios, com suas grossas nuvens de fumaça, encontram-se próximos à cidade, assim como um barco a vela.

 Ficha técnica
Ano: c. 1924
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 53 x 65 cm
Localização: Museu de Arte, Basileia, Suíça

Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural

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