Arquivo da categoria: Saúde Mental

Fórum para debate sobre problemas de saúde mental, com textos alusivos ao tema.

A SEROTONINA AUMENTA A PACIÊNCIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A serotonina é um dos neurotransmissores mais importantes em nosso cérebro. Sua função é a de conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Quimicamente, a serotonina, também conhecida por 5-hidroxitriptamina (5HTP), é uma substância que, em última análise, é a biotransformação do aminoácido L-Triptofano, proveniente da dieta. Os níveis de serotonina e o quadro psíquico podem determinar se a pessoa está deprimida, propensa à violência, com humor irritadiço, com atitudes impulsivas e, até mesmo, com gulodice. Mas fazer sua ligação com falta de paciência é novidade.

Estudo recente, realizado em Portugal, revela que serotonina pode aumentar a paciência, em vez de provocar “bem estar e felicidade”. Ela foi conduzida por pesquisadores da Fundação Champalimaud de Lisboa, conforme um estudo publicado na revista científica norte-americana “Current Biology”. A conclusão final dá conta de que a serotonina tem ligação mais direta com a paciência do que com o bem-estar. Apesar de normalmente ser relacionada à sensação de “alegria”, na verdade, o que a serotonina provoca de forma mais global e visível é um aumento da tolerância.

A serotonina parece ter funções diversas, como o controle da liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite. Diversos fármacos, que controlam a ação da serotonina como neurotransmissor, são atualmente utilizados, ou estão sendo testados em patologias como a ansiedade, depressão, obesidade, enxaqueca, esquizofrenia, entre outras. Em geral, os indivíduos deprimidos têm níveis baixos de serotonina no sistema nervoso central. Alimentos como banana, tomate, chocolate amargo (ou meio amargo) e vinho são ricos no precursor da serotonina – o triptofano. Porém, em casos em que os quadros de ansiedade, irritabilidade e “estopim curto” ocorrem de forma mais acentuada, o uso do suplemento à base de 5HTP deve ser considerado pelo profissional.

São bem conhecidos alguns dos efeitos adversos da serotonina em nível cerebral, como a redução da fome e do impulso sexual. Um dos pesquisadores levantou uma questão importante: “se o efeito fosse deixar as pessoas mais felizes, os efeitos colaterais seriam mais fome, mais energia e maior frequência da atividade sexual”. Porém, o que ocorre é justamente o contrário, trazendo um desconforto em relação ao que sabemos, até o momento, sobre esta substância.

O uso de antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da receptação da serotonina (ISRS) nas pessoas melhora o estado de humor, porque reduz a intolerância e a alta irritabilidade que acompanham esses casos. Tenho certeza de que os antidepressivos nunca trarão felicidade a ninguém, mas, sim, maior tolerância frete às adversidades do dia a dia, onde os problemas irão ficar mais amenos, para os enfrentamentos e batalhas diárias. Justo seria falar na classe dos “medicamentos” anti-impacientes e anti-intolerância.

Nota: imagem copiada de imagensparafacebook.org

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A MELATONINA E O MAL DE ALZHEIMER

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Há algumas semanas, falei sobre o uso da melatonina no diabetes mellitus. De forma semelhante, já estão, a cada ano, saindo várias pesquisas da utilização da melatonina na Doença de Alzheimer (DA), que é a desordem neurodegenerativa mais prevalente e a principal causa de demência após os 60 anos, caracterizando-se por um crescente declínio na função mental e na memória da pessoa. O aumento da longevidade da população tem como consequência direta uma maior prevalência de doenças neurodegenerativas, em especial a DA. E a melatonina tem demonstrado grande potencial na neuroproteção. Qualquer ajuda é bem-vinda.

Em uma pesquisa divulgada na “Clinical Interventions in Aging”, foi estudada uma amostra de 80 pacientes, com idade média de 75 anos (variando de 52 a 85 anos), com diagnóstico de DA de leve a moderada, com e sem insônia, e recebendo terapia padrão (inibidores da acetilcolinesterase). Uma parte dos pacientes foi tratada com placebo e outra recebeu 2 mg de melatonina de liberação prolongada, a cada noite, durante 24 semanas. Os doentes tratados com melatonina tiveram melhora cognitiva significativa em relação aos tratados com placebo. A eficiência do sono também foi melhor com melatonina. No subgrupo com insônia, o tratamento com melatonina de liberação prolongada produziu efeitos clinicamente significativos em comparação com o placebo.

Em outro estudo, publicado em julho de 2013, na revista “International Journal of Molecular Sciences”, concluiu-se que a melatonina protege as células neuronais da toxicidade mediada pelas placas Beta-amilóide. Assim, não é surpreendente que a melatonina seja protetora em numerosos sistemas experimentais e tenha sido proposta para o tratamento de Alzheimer.
Experimentos com ratos mostraram ganhos na instituição precoce do fármaco, impedindo a formação das placas de amilóide, mas não mostraram vantagens após o início da formação dessas placas. Esse experimento joga luz para a possibilidade de que a melatonina funcione na prevenção de Alzheimer, mas não no seu tratamento, uma vez que a doença já esteja instalada.

Pesquisa da Universidade de Barcelona, feita em cobaias, mostrou que uma dose diária do hormônio, combinada a exercícios físicos, retardou a progressão da enfermidade. A melatonina é um poderoso agente antioxidante, e evidências mostraram seu efeito benéfico contra os danos induzidos pelo estresse oxidativo.

Enfim, os dados da literatura falam a favor do uso benéfico da melatonina como tratamento coadjuvante para doenças neurodegenerativas, incluindo-se a DA. Se ainda estamos longe da cura, ao menos a melatonina poderia ajudar a reduzir os efeitos danosos dos radicais livres no tecido cerebral e, de quebra, melhorar a qualidade do sono nos portadores da DA, tão prejudicado nesta fase da vida.

Nota: imagem copiada de hardcoreladies.com.br

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O DOMINGO E A DEPRESSÃO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Inicio esta coluna falando sobre uma queixa bastante comum entre as pessoas, mais conhecida como depressão de domingo. Para exemplificar, transcrevo trecho de um internauta desesperado:

“Prezados doutores, rogo-lhes que me ajudem ou me deem uma orientação. Sou bancário e sofro de depressão de domingo, e quem sofre disso sabe que, no domingo, a tristeza cresce em progressão geométrica conforme o dia vai passando. A tardinha cai e, às 17h, mais ou menos, quando tem futebol na televisão e os bares ficam cheios de cachaceiros vendo o jogo, a coisa fica crítica… uma característica comum é o calafrio que a música do ‘Fantástico’ dá, mas quando passa a vinheta final do programa e as letras começam a subir, é pra fechar o caixão. A angústia é enorme, um troço ruim por dentro dizendo que o fim de semana acabou e agora só resta ir pra cama dormir, porque a segunda-feira vai vir com tudo. Eu gostaria de saber dos doutores da categoria se depressão de domingo tem tratamento, e qual remédio a gente toma”. 

A palavra depressão provém do termo latim depressus, que significa abatido ou aterrado. Trata-se de um distúrbio emocional, podendo traduzir-se num estado de abatimento e infelicidade. A depressão é uma entidade clínica reconhecida, formada por um conjunto de sinais e sintomas, dentre eles o rebaixamento do estado do humor, porém, esse deve persistir por duas semanas ou mais. Portanto, somente um dia com alteração no estado de humor não caracteriza depressão e, sim, um estado de ansiedade antecipatória e/ou angústia com os problemas que estão por vir como: levantar mais cedo, pagar as contas, tarefas a serem realizadas e prazos a ser cumpridos, levar as crianças para a escola… A pessoa já começa a sofrer por antecedência com tudo o que tem de ser feito logo no início da semana e, literalmente, perde os domingos de descanso.

Pensando nisso, coloco abaixo algumas dicas para que este estado de ansiedade e angústia não o pegue no domingo:

  • Comece o dia lendo um bom jornal, como o Pampulha. Na publicação, você encontra uma série de programações para toda a família e para todos os gostos.
  • Saia para dar uma caminhada, praticar algum exercício físico ao ar livre.
  • Separe um tempo para ouvir suas musicas preferidas. Uma boa música libera endorfina e combate o mau humor.
  • Um almoço com familiares e amigos também é uma boa medida.
  • Para os que gostam de praticar momentos de meditação, vá em frente. O mesmo vale para os que praticam algum tipo de religião.
  • Os programas de TV devem ser evitados, pois não acrescentam nada em nível cultural e nem informativo. .
  • Se você está muito preocupado com os afazeres da segunda-feira, uma saída pode ser escrever o que tem de ser feito para organizar, sistematizar o dia.
  • Você também pode antecipar alguma tarefa do dia seguinte, caso isso lhe traga tranquilidade.
  • À noite, na hora de deitar, procure praticar a “higiene do sono”, assunto já abordado aqui, que irá favorecer uma noite de sono repousante para acordar bem disposto e enfrentar a semana que se inicia.

Nota: Imagem copiada de www.educacaofisicadadepressao.com

 

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SERETONINA X PACIÊNCIA

Autoria do dr. Telmo Diniz

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A serotonina é um dos neurotransmissores mais importantes em nosso cérebro. Sua função é a de conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Quimicamente, a serotonina, também conhecida por 5-hidroxitriptamina (5HTP), é uma substância que, em última análise, é a biotransformação do aminoácido L-Triptofano, proveniente da dieta. Os níveis de serotonina e o quadro psíquico podem determinar se a pessoa está deprimida, propensa à violência, com humor irritadiço, com atitudes impulsiva e, até mesmo, gulosa. Mas fazer sua ligação com falta de paciência é novidade.

Estudo recente, realizado em Portugal, revela que serotonina pode aumentar a paciência, em vez de provocar “bem estar e felicidade”. Ela foi conduzida por pesquisadores da Fundação Champalimaud de Lisboa, conforme um estudo publicado na revista científica norte-americana “Current Biology”. A conclusão final dá conta de que a serotonina tem ligação mais direta com a paciência do que com o bem-estar. Apesar de normalmente ser relacionada à sensação de “alegria”, na verdade, o que a serotonina provoca de forma mais global e visível é um aumento de tolerância.

A serotonina parece ter funções diversas, como o controle da liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite. Diversos fármacos que controlam a ação da serotonina como neurotransmissor são atualmente utilizados, ou estão sendo testados, em patologias como a ansiedade, depressão, obesidade, enxaqueca, esquizofrenia, entre outras. Em geral, os indivíduos deprimidos têm níveis baixos de serotonina no sistema nervoso central. Alimentos como banana, tomate, chocolate amargo ou meio-amargo e vinho são ricos no precursor da serotonina, o triptofano. Porém, em casos em que os quadros de ansiedade, irritabilidade e “estopim curto” ocorrem de forma mais acentuada, o uso do suplemento à base de 5HTP deve ser considerado pelo profissional.

São bem conhecidos alguns dos efeitos adversos da serotonina em nível cerebral, como a redução da fome e do impulso sexual. Um dos pesquisadores levantou uma questão importante: “se o efeito fosse deixar as pessoas mais felizes, os efeitos colaterais seriam mais fome, mais energia e maior frequência da atividade sexual”. Porém, o que ocorre é justamente o contrário, trazendo um desconforto em relação ao que sabemos, até o momento, desta substância.

O uso dos de antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da receptação da serotonina (ISRS) nas pessoas, melhora o estado de humor, porque reduz a intolerância e a alta irritabilidade que acompanham estes casos. Tenho a certeza de que os antidepressivos nunca trarão felicidade a ninguém, mas, sim, maior tolerância frete às adversidades do dia a dia, onde os problemas irão ficar mais amenos para os enfrentamentos e batalhas diárias. Justo seria falar na classe dos “medicamentos” anti-impacientes e anti-intolerância.

Nota: obra de Fernando Botero

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TERAPIA EMDR APONTA NOVOS CAMINHOS

Autoria de Vívian Stipp

EMDR

A terapia EMDR, ainda pouco conhecida no Brasil, é uma psicoterapia baseada no cérebro, desenvolvida há 25 anos pela psicóloga norte-americana Dra. Francine Shapiro, com a colaboração de pesquisadores de diversas partes do mundo.

A sigla EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) significa, em português, “Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares”. Através da estimulação bilateral ocorre uma mudança enorme na forma como as pessoas percebem emocionalmente seus problemas. Vivências dolorosas são reprocessadas pelo cérebro do paciente e situações, que causavam dor e sofrimento, passam a ser vistas de uma maneira diferente, sem a carga emocional e dor que muitas vezes paralisavam a pessoa.

A terapia EMDR vem sendo aplicada com sucesso em cerca de 70 países. É recomendada como tratamento eficaz para trauma e transtorno de estresse pós-traumático, por várias organizações internacionais, inclusive a Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconheceu o método como o mais indicado para esses transtornos.

Uma das vantagens apontadas no uso da terapia EMDR, em particular, é que ela acelera a recuperação emocional, sendo mais rápida e mais eficaz do que a terapia convencional, em muitos casos. É até o momento uma das únicas terapias que apresenta resultados capazes de serem observados em exames de imagem do cérebro, como os vistos na ilustração do texto.

Na foto à esquerda, antes do tratamento, é possível ver uma grande ativação do cérebro em áreas de forte repercussão emocional, quando a pessoa recordava uma situação dolorosa. Após o tratamento, a mudança na ativação, ao evocar a mesma memória, indica mudança de percepção e a tranquilização do cérebro e das reações emocionais.

A realização e publicação de novos estudos, além da experiência clínica de diversos profissionais (a minha, inclusive) vêm indicando que a terapia EMDR está sendo muito eficaz em muitos tipos de problemas psicológicos além do trauma, como, por exemplo, ansiedade, depressão, fobias, síndrome do pânico, compulsão, uso de drogas, fibromialgia, dores crônicas, transtornos alimentares, doenças psicossomáticas (doenças com fundo emocional, como gastrite, por exemplo), dentre outras.

A terapia EMDR processa memórias que ficaram bloqueadas e tornaram-se lembranças dolorosas e disfuncionais. Essas informações normalmente são decorrentes de um ou vários eventos traumáticos, ou de situações difíceis, vivenciadas no passado. Tal terapia  promove alívio da perturbação emocional e física, e possibilita que o paciente consiga superar o sofrimento, e passe a viver de uma maneira mais saudável e integrada.

Durante o procedimento, o paciente é estimulado a mover os olhos de um lado para o outro, enquanto associa livremente, a partir de uma situação “alvo”, que foi previamente definida no início da sessão. Os movimentos oculares podem ser substituídos por estímulos táteis ou sonoros. A duração das sessões da terapia EMDR varia de 50 a 120 minutos, e só pode ser conduzida por psicólogos ou psiquiatras com formação específica, treinados por organizações autorizadas a promover o ensino e prática dessa terapia. Como profissional, desde que comecei a utilizá-la, observei mudanças fantásticas nos pacientes, muitos dos quais sofriam há muitos anos e estavam até desesperançados.

Aqui no Brasil, somos um grupo ainda pequeno (cerca de 1000 e poucos profissionais) treinado e apto para aplicar a terapia EMDR, mas em expansão, devido aos excelentes resultados obtidos.

Existe matéria disponível na internet sobre o assunto, e eu recomendo três livros para quem quiser saber um pouco mais a respeito: Curando a Galera que Mora lá Dentro, de Esly Regina de Carvalho, que é super didático e escrito numa linguagem bem informal, A Revolução EMDR: Mude Sua Vida Uma Lembrança de cada Vez – O Guia para Cliente, de Tal Croitoru, e Cura Emocional em Velocidade Máxima: O Poder do EMDR, de David Grand. O livro Curar – o Stress, a Ansiedade e a Depressão Sem Medicamento Nem Psicanálise, de David Servan-Schreiber também traz um capítulo sobre o EMDR. Mais informações são encontradas no site oficial www.emdrbrasil.com.br, que contém, inclusive, a relação de terapeutas habilitados em todo o Brasil.

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DOENÇA DE ALZHEIMER E DEMÊNCIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Os sistemas de saúde terão que fazer frente ao desafio que representa o envelhecimento da população, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma série de estudos publicados este mês na revista médica The Lancet. Em 2020, pela primeira vez na história, o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo superará o de crianças com menos de 5 anos.

A pirâmide etária está se invertendo. Uma em cada sete pessoas será idosa em 2020. E em 2050, a população acima dos 60 anos será de 2 bilhões de pessoas (uma em cada cinco) contra os 841 milhões atuais, revela o estudo. É um crescimento vertiginoso. As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, os problemas de saúde crônicos também ocorrem com maior prevalência, como a Doença de Alzheimer, por exemplo.

A demência tem um impacto avassalador não só para a pessoa, mas também na vida social e emocional em cada uma das famílias e seus cuidadores. Quem convive com um idoso com Doença de Alzheimer sabe do que estou falando. A falta de compreensão e conscientização sobre a doença resulta, em última instância, em prejuízo para o adequado cuidado ao idoso.

Pensando nisso, algumas dicas para quem está cuidando de idosos (e para a família) com demência parecem oportunas. Existem estratégias que podem ser utilizadas pelo cuidador para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e estabelecer um ambiente seguro e de confiança:

• Escrever rotinas das tarefas diárias, como horários para acordar, almoçar, tomar banho, medicamentos, dentre outros, estão na ordem do dia.
• O estímulo intelectual e os exercícios supervisionados são igualmente importantes.
• O cuidador (e a família) deve estar preparado para lidar com as diversas alterações cognitivas que fazem parte do quadro, incluindo os esquecimentos para fatos recentes, alterações de reconhecimento, dificuldade de fixação e de percepção, dificuldades na capacidade de julgamento, confusão mental e alterações de comportamento com irritabilidade, insônia, agitação, ansiedade, agressividades etc.

Portanto, o cuidador (e a família) deve estar pronto para se relacionar com alguém, que está progressivamente perdendo a memória, com muita paciência. Ouvir várias vezes “que dia é hoje”, falar de forma simples, utilizar bilhetes e colocar os objetos pessoais sempre no mesmo lugar são pontos importantes. Da mesma forma, deve utilizar calendários grandes, relógio com localização estratégica e quadro de horários. O cuidador deve ser o ponto de apoio e para as lembranças do idoso. São técnicas que ajudam bastante, porém, o essencial não pode estar “invisível aos olhos”: carinho, paciência e atenção por parte dos que rodeiam os idosos.

Nota: Idosa com um rosário, obra de Paul Cézanne

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