Arquivo da categoria: Vida Saudável

Temas diversos sobre saúde

UNHAS FRACAS E QUEBRADIÇAS

Autoria do Dr. Telmo Diniz

UNHAS

Queixa muito frequente entre o público feminino, a fragilidade das unhas tem pouca relação com problemas locais, ou seja, normalmente está ligada com algum problema de saúde ou de alguma carência na nossa alimentação. As unhas refletem a saúde do organismo, possuem muita queratina (substância que deixa a unha dura) e estão envolvidas no processo de proteção do organismo, além, é claro, da função estética.

O crescimento das unhas é contínuo e recebe estímulos hormonais e nutricionais diversos. A unha pode interromper seu crescimento ou apresentar alterações no seu formato uma vez que, em casos de doenças ou situações de carências nutricionais, o organismo redistribui sua fonte de proteínas e vitaminas para os órgãos vitais. Portanto, os nutrientes ficam escassos primeiramente nas unhas e nos cabelos e ambos ficam enfraquecidos, opacos e sem vida em situações diversas.

Inúmeras são as doenças que podem estar associadas com unhas quebradiças. Só para se ter uma ideia, o enfraquecimento das unhas pode se dar na presença de doenças cardíacas, do fígado, hematológicas, doenças da tireoide, reumatismo, leucemias, distúrbios hormonais, entre várias outros. Quando todos os exames estiverem normais, devemos pensar em alguma carência que estamos deixando de consumir na nossa dieta. São várias as substâncias envolvidas na formação das unhas, porém, algumas em especial, como a vitamina A (betacaroteno), o ferro e o zinco são imprescindíveis.

Outras condições, que também têm haver com o enfraquecimento das mesmas, dizem respeito a pessoas que fazem o manuseio de produtos químicos. Trabalhadores em geral, que lavam as mãos com muita frequência, e usam produtos abrasivos, podem ter suas unhas fragilizadas e quebradiças.

Quem tem unhas fracas e quebradiças deve relatar esta queixa ao seu médico para que seja feita uma rastreabilidade no diagnóstico. Como falei antes, caso esteja tudo normal nos exames devemos considerar algum problema na alimentação. Para garantir o fortalecimento das unhas, recomenda-se a inclusão de nutrientes na alimentação, como carne vermelha e verduras de folhas escuras como o agrião, couve e brócolis. Também é importante deixar as unhas sem esmalte por um período, para que consigam obter uma hidratação ideal.

Em casos específicos e selecionados, algumas pessoas podem também se beneficiar do uso de suplementos. Já existem no mercado cápsulas de reposição nutricional e fortalecedores de unhas que podem ajudar na resolução do problema. Há também suplementos que podem ser feitos em farmácias de manipulação, ou seja, dependendo da carência da pessoa, é feita uma receita específica, com nutrientes selecionados. Entretanto, é importante salientar que a suplementação deve ser feita e acompanhada por profissional qualificado.

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ÁGUA – O BEM MAIS VALIOSO DA VIDA

Autoria de Dr. Telmo Diniz

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Composta por dois átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O, a água é a principal substância para a manutenção da vida de todas as espécies. Ela corresponde a aproximadamente 70% da superfície terrestre e também o mesmo percentual do nosso corpo.

Apesar da abundância de água no planeta, é importante ressaltar que esse recurso natural deve ter seu uso racionalizado, visto que sua quantidade e qualidade estão sendo afetadas drasticamente em virtude das ações humanas, sobretudo pelas atividades industriais, expansão urbana, agricultura, mineração e uso doméstico inadequado. É neste último ponto que gostaria de falar um pouco mais.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia. Ou seja, gastamos o dobro de água, sem necessidade. É perda de dinheiro e de recursos hídricos. Portanto, é importante uma mudança de hábitos para preservar o bem mais valioso do planeta.

Dicas simples que todos podemos seguir incluem:
• O banho deve ser rápido. Cinco minutos são suficientes para higienizar o corpo. A economia é ainda maior se, ao se ensaboar, fechar-se o registro. Isto economiza 90 litros.
• Fazer a escovação dos dentes com a torneira fechada. Só isto pode evitar o desperdício de 11 litros em quem faz a higienização bucal por 5 minutos. A mesma economia se dá durante o barbear.
• O ideal é ter em casa bacia sanitária com caixa acoplada, que é mais econômica. Bacias com válvula gastam muitos litros de água a mais.
• Ao lavar a louça, primeiro limpe os restos de comida dos pratos e panelas com esponja e sabão e, só aí, abra a torneira para molhá-los. Ensaboe antes e, só então, abra a torneira. Só ligue a máquina de lavar louça quando ela estiver cheia.
• Junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque. Não lave poucas peças por vez.
• As plantas devem ser regadas durante o verão logo pela manhã ou à noite, o que reduz a perda por evaporação. No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho-revólver também ajuda. Assim, pode-se chegar a uma economia de 96 litros por rega.
• Adote o hábito de usar a vassoura, e menos a mangueira, para limpar a calçada e o pátio da sua casa. Lavar calçada com a mangueira é um hábito comum e que traz grandes prejuízos. Em 15 minutos são perdidos 280 litros de água.

Devemos ter a consciência de que há um limite de água potável no nosso planeta e, que esse recurso é fundamental para a manutenção e desenvolvimento da vida. Sendo assim, temos que lutar pela preservação da água, mudando nossos hábitos e exigindo políticas de saneamento ambiental. Se cada um fizer sua parte poderemos ter água de boa qualidade por mais tempo, para nós e para as futuras gerações.

Nota: foto do australiano Bill Gekas, premiado e renomado fotógrafo de belas artes. Autodidata, sua admiração pelo trabalho de ‘velhos mestres holandeses’, como Rembrandt e Vermeer, influencia fortemente seu trabalho.

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COMA CINCO VEGETAIS AO DIA

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Uma pesquisa recente realizou um amplo estudo mostrando que, em média, em todo o mundo, devemos comer o dobro da quantidade de frutas e verduras que atualmente ingerimos. Estamos consumindo mais alimentos industrializados e processados em detrimento do consumo dos alimentos frescos, incluindo aí as frutas e vegetais. O estudo foi publicado na revista científica British Journal of Nutrition e destaca uma queda significativa no consumo de frutas e legumes na dieta das pessoas. Ele constata que a maioria teria que duplicar o consumo atual, para atender à recomendação mínima da Organização Mundial de Saúde, que é de cinco porções (400 g) por dia.

Os pesquisadores da University College London analisaram a alimentação de 65 mil adultos da Grã-Bretanha durante 12 anos. Quem comia 400 g, a quantia recomendada, reduziu o risco de morte em 36% em relação a quem não ingeria vegetais. Esse risco foi reduzido em 42% para quem aumentou a porção para, no mínimo, 560 g (sete porções ao dia).

Outra pesquisa divulgada em 2011, esta pelo IBGE, já indicava falhas severas na dieta dos brasileiros. Segundo o estudo, o cardápio da população é carente de vitaminas e ainda abusamos do sal. Quase não comemos verduras, frutas e leguminosas. A dieta também é carente na ingestão de vitamina D, cálcio, de vitaminas A e E, além das fibras.

A deficiência de vitaminas na alimentação, em médio prazo, provoca alterações no nosso metabolismo, pois são elas (as vitaminas) as catalisadoras das reações químicas, em especial as do complexo B. Sem elas, essas reações metabólicas não ocorrem ou o fazem de forma deficitária. Portanto, em médio prazo, aparecem quadros inespecíficos de fadiga ou uma indisposição sem explicação aparente, baixas do sistema imunológico com infecções de repetição ou alergias variadas, entre outras queixas. O consumo de fibras, também abordado neste estudo, ficou abaixo do recomendado em quase 70% dos brasileiros.

Mas, como comer de cinco a sete vegetais ao dia? Existe um programa chamado de “Os 5 ao dia”. Segundo alguns nutricionistas, o ideal é fazer cinco refeições diárias: café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar. Então, basta que acrescente um vegetal, suco ou fruta em cada uma dessas refeições. Para exemplificar: No café da manhã, um suco de melancia; no lanche, uma maçã; no almoço, uma salada de alface; no lanche da tarde, uma banana; e no jantar, um creme de abóbora. Claro que com variações no dia a dia. A sugestão é de uma nutricionista. Não me parece nada problemático! Eu particularmente utilizo um rico suco verde (laranja + maçã + couve + hortelã + gengibre + cenoura + castanha do Pará + Gogy berrie) logo pela manhã. No almoço, e muito frequentemente no jantar, uma salada variada. A receita de segue a baixo.
Faça uma boa semana.

Receita Suco Verde Funcional:

– couve ( 2 molhos)
– hortelã ( 2 molhos)
– 1 maçã
– ½ cenoura
-1 colher café de Gogi Berry
– 2 castanhas-do-pará
– 2 cm de gengibre
– suco de 2 laranjas ou de outro suco (a gosto)

Bata tudo no liquidificador.

Obs.: Bata no liquidificador a couve e a hortelã e coloque em formas de gelo. E, ao preparar o suco, inclua-as, já congeladas (2 a 3 cubos/pessoa). É mais prático e não perde nutrientes.

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VITAMINA D, SOL E SAÚDE

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Todos nós, ou pelo menos a maioria, sabemos que a falta de vitamina D provoca fragilidade óssea com consequentes fraturas, em especial na terceira e quarta idades. Entretanto, vários estudos e evidências científicas têm apontado no sentido de que a hipovitaminose D pode ser causa ou fator de piora de inúmeras doenças.

Nos anos 80, éramos estimulados a ficar por horas a fio debaixo do sol escaldante e, não satisfeitos, também fomos induzidos a usar bronzeadores solares. Tínhamos que ficar com aquela pele dourada, tipo churrasco! Com o surgimento dos cânceres de pele, devido a este mau comportamento, foi o sol relegado a instâncias inferiores de importância. Se não bastasse não tomar sol, fomos estimulados a usar protetor/bloqueador em todo o corpo. Não haveria nada de errado com as providências tomadas, porém, as decisões extremadas têm suas consequências. E a principal delas foi a deficiência desta importante vitamina.

Quase todos os tecidos do corpo possuem receptores de vitamina D, entre eles intestinos, cérebro, coração, pele, órgãos sexuais, mamas, linfócitos, placenta, etc. Sabe-se que essa vitamina, que atua como um hormônio, influencia a expressão de mais de 200 genes. Portanto, teoricamente, várias doenças podem estar ligadas à sua deficiência. Existem fortes evidências que sugerem que a falta de vitamina D desempenha um papel na asma, na fadiga muscular, no diabetes tipo II, em doenças autoimunes como a esclerose múltipla e a artrite reumatoide. Distúrbios neuropsicológicos como o autismo, a esquizofrenia, a depressão e a perda de memória têm também relações pontuais com essa hipovitaminose.

Parcimônia
É importante que o leitor entenda onde podemos adquirir esta vitamina. Ela está presente no óleo de fígado de bacalhau e em peixes de água gelada (salmão, sardinha, anchovas, atum e cavala). O primeiro tem um gosto horrível e, no segundo grupo, não temos peixe fresco desta qualidade, nas nossas Minas Gerais. Nutricionalmente falando, podemos consumir alimentos que são enriquecidos com essa vitamina, especialmente o leite, que também teve seu consumo reduzido na população em geral. Por fim, sobrou-nos o sol. Sem ele, não há vitamina D ativa, ou seja, mesmo que a gente consuma alimentos ou suplementos com vitamina D, essa só estará ativa na sua forma biológica, caso tenha o estímulo dos raios ultravioleta. Porém, muito sol é risco de câncer de pele. Pouco ou nada de sol, vários problemas à vista. Pense sempre no que é razoável. Nem oito, nem 80. Dez minutos por dia de sol, no mínimo três vezes na semana, parece ok.

Detectando-se baixos níveis da vitamina D nos exames de rotina, a suplementação, se recomendada, deve ter acompanhamento médico, pois é uma vitamina lipossolúvel e, portanto, passível de acúmulo no organismo e com potencial de toxicidade.

Nota: imagem copiada de www.europacolon.pt

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AS MARAVILHAS DO VINHO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Como tantas outras descobertas humanas, o vinho, provavelmente, foi fruto do acaso. O esquecimento de algumas uvas em um recipiente, resultando numa fermentação natural, foi o pontapé inicial da tão famosa bebida. Seu local de aparecimento mais provável foi a região do Cáucaso. Dali, ele se disseminou para Síria, Palestina e Egito. E então, para a Europa, de onde partiram os vinhos portugueses, que regavam a corte nos primeiros anos de nossa colonização. Histórias à parte, o vinho vem tomando conta de várias pesquisas, dando sinais positivos em relação a seus benefícios para saúde humana.

Os polifenóis, substâncias encontradas nos vinhos, são as implicadas como responsáveis por esses benefícios. Sendo que o polifenol de maior importância recebe o nome de resveratrol, um antioxidante natural presente na casca da uva. Diversos são os benefícios atribuídos a essas substâncias. Nas doenças coronárias, por exemplo, o consumo moderado de vinho controla os níveis sanguíneos de substâncias químicas inflamatórias no sangue. O vinho é capaz de reduzir os níveis de LDL e aumentar os de HDL (colesterol bom). Em relação à coagulação, o vinho torna as plaquetas presentes no sangue menos aderentes, evitando que este se coagule em locais errados. Estes efeitos poderiam prevenir o entupimento de uma coronária, evitando um infarto.

Segundo alguns especialistas, os polifenóis presentes no vinho (principalmente nos tintos) seriam os responsáveis por evitar o envelhecimento das células cerebrais, pois são antioxidantes. E, além desta ação antioxidante, os vinhos melhoram a circulação cerebral, como fazem com a circulação coronária. Sabe-se, ainda, que as chances de apresentar depressão são menores em consumidores moderados de vinho. Devido a sua propriedade antimicrobiana, os polifenóis reduzem as chances de pneumonia e outras infecções do aparelho respiratório. Do mesmo modo, seu consumo moderado combate a bactéria H. Pilori, responsável por úlceras no duodeno.

Alguns estudos mostram que o vinho é capaz de reduzir em até 60% o risco de formação de cálculos urinários, ao estimular a diurese. Não podemos esquecer de que este consumo deve ser moderado e aliado à ingestão concomitante de água. Acompanhando a tendência de melhora do sistema cardiovascular, estudos avaliam como benéfico o consumo de vinho em pessoas portadoras de diabete mellitus tipo II. Os mesmos polifenóis, devido a sua atividade antioxidante, reduzem a degeneração macular, que é a principal causa de cegueira em idosos. Por fim, estudos “in vitro” demonstram importante atividade antitumoral dos polifenóis do vinho.

Mesmo com tudo isso, nós não podemos achar que tomar vinho diariamente, mesmo que de forma moderada, será a resolução para as moléstias do mundo moderno. Bem como seu consumo tem contraindicações formais em vários casos. Entretanto, é um “remédio” sempre prazeroso de se degustar.

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COMO O VÍRUS EBOLA SE ESPALHA

Autoria do Dr. Telmo Dinizpedra1

A África Ocidental enfrenta o maior surto do vírus ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, número de mortos e extensão geográfica. O surto atual começou na República da Guiné, em março deste ano, e se espalhou para os países vizinhos, Serra Leoa e Libéria. E no Brasil, será possível que o vírus possa chegar até aqui?

Nos países africanos, é tradição lavar o corpo de uma pessoa que falece. E isto aumenta de forma significante a exposição, pois a transmissão se dá pelos fluidos corpóreos. O membro da família, que lavou o corpo, pode também preparar a refeição para a celebração do funeral, piorando a situação ainda mais. Se a pessoa morrer em uma tenda médica, o corpo normalmente será queimado e, logo após, enterrado. Isso traz uma enorme agonia para as famílias, o que faz com que eles escondam a doença das entidades de ajuda médica internacional. Portanto, cultura, tradição e falta de recursos locais têm influência determinante na disseminação da doença.

Para um melhor entendimento do leitor, a transmissão ocorre pelo contato de sangue, secreções e outros fluidos corporais dos doentes, não pelo ar. Inclusive por secreções das roupas da pessoa infectada. Por esse motivo, quem corre mais risco de contaminação são os familiares e os profissionais de saúde. Quando a pessoa é infectada, o vírus pode ficar no organismo de dois a 21 dias, até o início dos sintomas.

A possibilidade da chegada do vírus ebola ao Brasil é considerada baixa pelo Ministério da Saúde. Especialistas brasileiros defendem que um dos motivos é que a gravidade dos sintomas dificulta a locomoção de doentes e o contato com muitas pessoas. Os sinais da doença são perceptíveis e o paciente fica extremamente debilitado, pois a doença começa a se manifestar com febre, fraqueza, dores musculares, de cabeça e de garganta. Em seguida, vêm vômitos, diarreias, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa. É um quadro clínico extremamente visível, o que, teoricamente, impediria uma pessoa de viajar ou, de outra forma, logo seria detectada pelas autoridades médicas do país.

Quando uma pessoa é infectada pelo vírus ebola, em até dez dias ela morre ou o organismo começa a combater o vírus. É como uma gripe. Não tem remédio para matá-lo. É nosso sistema imunológico que reage e mata o vírus. A diferença é que o vírus do ebola é muito mais agressivo que o da gripe. Pacientes graves recebem cuidados intensivos, que incluem reidratação oral e intravenosa. Eles devem ser isolados e receber a visita apenas de profissionais de saúde. Até agora não há nenhuma confirmação do ebola no país. Apenas algumas especulações não confirmadas. Seguindo as informações do MS, nada de pânico! Entretanto, no mundo globalizado em que vivemos, todo cuidado é pouco.

Nota: Imagem copiada de www.topmidianews.com.br

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