Arquivo da categoria: Vida Saudável

Temas diversos sobre saúde

A OBSOLESCÊNCIA DA SAÚDE

Autoria do Dr. Telmo Diniz escravo1234

A obsolescência é um termo normalmente empregado para designar um produto ou serviço que deixa de ser útil (fica obsoleto), mesmo estando em perfeito estado de funcionamento, geralmente devido ao surgimento de outro produto ou serviço tecnologicamente mais avançado. Para que o leitor fique mais atento ao tema, podemos citar como exemplos de obsolescência: a substituição do telégrafo pelo telefone, do disquete que foi trocado pelo pen drive, ou quando uma máquina de lavar roupa é programada pela fabricante para deixar de funcionar dentro de cinco anos, o que se denomina de obsolescência programada. Esses são alguns exemplos, dentre vários outros, utilizados principalmente no mundo corporativo.

Como médico, estou formado há 20 anos e observo que a saúde no Brasil pouco mudou. O Sistema Único de Saúde (SUS) funciona mal e os mais necessitados sofrem nos corredores dos hospitais públicos. De outro lado, as operadoras dos planos de saúde fazem o que querem e sufocam o trabalho dos médicos, pagando valores que aviltam quem estudou e continua estudando continuamente a favor de uma saúde mais justa e melhor para todos.

 Os planos de saúde floresceram diante da incompetência e enorme ingerência de nossos governantes, pois, sua obrigação constitucional é a de oferecer assistência médica e hospitalar à população. Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil.

O que se vê é que nossa saúde é completamente obsoleta. É um sistema que remunera mal quem mais trabalha por ela. Para se ter uma ideia, a remuneração média de uma consulta médica paga pelas operadoras está em torno de R$ 45. Para efeito comparativo, sem desmerecer as classes trabalhistas listadas, podemos citar: sapateiro (troca de solado inteiro) R$52; pet shop (banho e tosa em cachorro pequeno) R$51; eletricista (instalação de chuveiro elétrico) R$57; faxina (8h/dia) R$ 67; pintor (pintura de 10m2) R$80; cabeleireiro (escova progressiva) R$204; encanador (reparo de válvula de descarga de banheiro) R$69; pedreiro (instalação de batente de porta) R$167; animador de festa (palhaço por duas horas de trabalho) R$251; animador de festa (mágico por 40 minutos de trabalho) R$385. (Dados de maio/2012)

Nossa saúde é mal gerenciada. Está obsoleta, caduca, mas não há movimentos que tentem mudar o atual cenário. Salvo exceção do Conselho Federal de Medicina (CFM) e respectivos Conselhos Regionais que vêm de forma incisiva lutando por condições mais dignas de trabalho para os médicos e a saúde como um todo. Vamos ter paciência para que algo de novo possa surgir e tornar nossa saúde mais condizente com o Brasil atual, mais eficiente, menos corrupto e mais justo. É isso que espero para meus filhos.

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O QUE É UM ALIMENTO FUNCIONAL?

Autoria do Dr. Telmo Diniz

escravo12 (*)

Inúmeros fatores afetam a qualidade da vida moderna, de forma que a população deve se conscientizar da importância de alimentos contendo substâncias que auxiliam na promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional.

A incidência de morte devido a acidentes cardiovasculares, câncer, arteriosclerose, doenças do fígado, dentre outros, pode ser minimizada por meio de bons hábitos alimentares.

Um alimento funcional é aquele que, se consumido como parte da dieta, irá produzir benefícios específicos à saúde. As substâncias biologicamente ativas encontradas nos alimentos funcionais podem ser classificadas em grupos tais como:

  • probióticos e prebióticos,
  • alimentos sulfurados e nitrogenados,
  • pigmentos e vitaminas, compostos fenólicos,
  • ácidos graxos poli-insaturados
  • e fibras.

Nossa atual alimentação do tipo ocidental é rica em alimentos processados, ou seja, alimentos de que, durante sua produção, foram retirados boa parte dos nutrientes. Normalmente são produtos de sabor agradável, porém pobres do ponto de vista nutricional. Dois bons exemplos são os açúcares refinados e o arroz branco comum; são alimentos com alto teor de carboidratos, mas com poucos constituintes nutricionais.

Os alimentos funcionais, por sua vez, têm características totalmente opostas, ou seja, são consumidos geralmente “in natura” e possuem altos teores de substâncias biologicamente ativas. Em outras palavras, uma alimentação funcional garante melhor saúde, prevenção e tratamento contra diversas doenças.

É importante entender que um alimento funcional só tem função benéfica se consumido regularmente. É como se fosse uma dose de um “remédio natural”. Para que o leitor compreenda melhor, vamos citar como exemplo o chamado “paradoxo francês”. Os franceses e os americanos têm em comum uma alimentação bastante gordurosa, porém, os franceses têm índices de infarto bem inferiores. Uma das explicações seria o fato do hábito francês de consumir diariamente vinho tinto, alimento funcional que é rico em resveratrol, substância que sabidamente faz bem ao sistema cardiovascular.

Alguns alimentos funcionais:

  • alho e cebola (reduzem a pressão arterial e o colesterol);
  • extrato de tomate (preventivo de vários cânceres, em especial o de próstata);
  • repolho, couve e brócolis (possuem poderosas substâncias anti-câncer);
  • frutas cítricas (ricas em antioxidantes, que combatem os radicai livres);
  • romã (boa para o coração);
  • soja (boa para as mamas, na fase da menopausa, protetor do intestino e próstata);
  •  chá verde (possui inúmeros benefícios);
  • cereais em geral (contém fibras para um intestino saudável);
  • suco de uva e vinho tinto;
  • peixes (ricos em ômega 3).

Estes são apenas alguns exemplos, pois o tema é bastante abrangente. O importante é que tenhamos em mente que uma alimentação saudável é base de sustentáculo para uma saúde perfeita. Nosso remédio está em nossa despensa e não nas prateleiras das farmácias.

(*) Imagem copiada de www.dietaebeleza.com

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A MEDICINA ORTOMOLECULAR FUNCIONA?

Autoria de Dr. Telmo Diniz

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Vários pacientes e outras pessoas me questionam o que faz a medicina ortomolecular, se tem reconhecimento científico, “se funciona”, etc. Espero esclarecer aqui algumas destas dúvidas.

A ortomolecular é reconhecida como prática médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1998 e teve seu referendo em 2010, por meio da Resolução 1938/10 como atividade médica. Portanto já é reconhecida pelo órgão competente. No caput da resolução, diz: “Estabelece normas técnicas para regulamentar o diagnóstico e procedimentos terapêuticos da prática ortomolecular e biomolecular, obedecendo aos postulados científicos oriundos de estudos clínico-epidemiológicos”. Portanto, já têm reconhecimento científico com centenas de artigos publicados nos mais diversos periódicos em inúmeros países.

A comunidade científica, com atuação nessa área, celebra a importância atribuída a esta prática médica e aos benefícios que ela pode trazer para a saúde do indivíduo, uma vez que seu foco está na prevenção como forma de vida e envelhecimento saudáveis. A prática ortomolecular se baseia em amplos conceitos bioquímicos e da fisiologia humana para prevenir e tratar doenças, ou seja, utilizam-se da reposição de nutrientes, como as vitaminas, aminoácidos e minerais para equilibrar o organismo da pessoa. A grande parcela da população não se alimenta de forma balanceada. Tem estilo de vida desregrado.

O paciente típico para esta prática médica é aquele que tem queixas clínicas, porém, sem um diagnóstico estabelecido, pois os exames complementares ainda não detectam uma doença. Na verdade, o que pode estar havendo é uma “disfunção” em um determinado órgão ou tecido, mas que ainda não evoluiu para uma doença franca.

Prevenção

A abordagem da ortomolecular dá grande ênfase na prevenção, uma vez que cuidar da saúde dos pacientes envolve a vigilância e o equilíbrio do organismo. Vale reforçar que não se trata de substituir os tratamentos tradicionais, mas, sim, de complementá-los. A prática ortomolecular defende justamente a prevenção, como forma de manter o equilíbrio do corpo e precaver o aparecimento de patologias. Entre os tratamentos propostos estão:

  • a correção nutricional e de hábitos de vida,
  • a suplementação das deficiências nutricionais
  • e a remoção de minerais tóxicos no organismo, quando detectados em exames específicos.

Assim, não é necessário que a pessoa manifeste alguma queixa clínica para procurar um médico. Não espere a doença aparecer. Preocupe-se com os mínimos sintomas para os quais seu corpo está alertando.

A ortomolecular não atua só na prevenção, mas também como aliada em inúmeras patologias tais como:

  • hipertensão,
  • diabetes,
  • doenças neurológicas,
  • TPM, obesidade, depressão,
  • anemia, etc.

Entretanto, antes de qualquer intervenção terapêutica, é preciso ter em mente que os hábitos de vida da pessoa influenciam diretamente em seu estado de saúde. Assim, além de complementar a medicina alopática, a ortomolecular estimula a prática de atividades físicas, melhoria do padrão alimentar, o controle médico periódico e a melhora no estilo de vida, de forma enfática e insistente.

(*) Imagem copiada de www.linkmedica.com.br

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A FAMOSA DIETA DO MEDITERRÂNEO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O conceito de dieta mediterrânea foi introduzido em 1993 pela Escola de Saúde Pública de Harvard e pela Organização Mundial de Saúde. Eu, particularmente, não gosto do termo “dieta”, que nos remete a alguma restrição alimentar, o que não é o caso aqui. É uma alimentação que se baseia num conjunto de tradições alimentares de países do Mediterrâneo, como a Grécia, Itália, Espanha e Portugal. Essa alimentação inclui, essencialmente, azeitonas e azeite, grãos inteiros, especialmente em pães e cereais, pouca carne vermelha, maior quantidade de peixe e mariscos. Os queijos estão presentes, mas o consumo de leite é pequeno. Grande quantidade de vegetais variados, legumes e frutos secos, além, é claro, do vinho tinto.

As pessoas que vivem nessas áreas do Mediterrâneo tendem a comer alimentos ricos em gordura, mas também têm uma incidência menor em doenças cardiovasculares e câncer. Uma das explicações está no fato de um maior consumo de azeite, em detrimento do consumo das gorduras saturadas. O azeite é uma gordura monoinsaturada, que ajuda a manter as artérias saudáveis. Contudo, esta diferença deve-se à alimentação como um todo e a sua complexidade nutricional, e não apenas ao uso de azeite. A alimentação dos povos do Mediterrâneo é também muito rica em fibras e antioxidantes, derivados de vegetais, legumes e frutos secos.

Um dos mais longos trabalhos científicos sobre a alimentação mediterrânea sugere que ela pode reduzir o risco de problemas cardíacos e derrames em pessoas mais velhas e com mais probabilidade de sofrer desses males. O estudo levou cinco anos e envolveu 7.500 pessoas na Espanha. Quem comia com muito azeite e/ou castanhas teve um risco 30% menor de sofrer problemas cardiovasculares graves do que os que receberam a orientação de seguir uma alimentação com menor quantidade destes nutrientes.

Dicas

Uma dica para introduzir a alimentação do Mediterrâneo é:

  • Substituir o óleo por azeite, que só pode ser esquentado. Se ele fritar, perde suas propriedades.
  • Comer vegetais variados (quanto mais colorido o prato de saladas, mais substâncias nutritivas ele contém).
  • Optar por grãos inteiros, eliminando o pão branco refinado. Os grãos inteiros e cereais são ricos em fibras.
  • Comer mais aves e peixes. Esses últimos, ricos em ômega 3, são excelentes para o coração e o cérebro. As aves e ovos são também uma fonte poderosa de proteínas.
  • Cozer ou grelhar o peixe e as aves, não os fritar. As frituras não se encaixam no modelo do Mediterrâneo.
  • Impor um limite para o consumo de carne vermelha, pois possui gorduras saturadas pouco saudáveis para o coração.
  • Comer legumes e frutos secos. Os legumes são ricos em fibras, proteínas e outros nutrientes que podem substituir uma refeição completa. Frutas frescas podem ser utilizadas como sobremesa.
  • Evitar bolos, bolachas e biscoitos. As frutas possuem poucas calorias e são ricas em vitaminas e outros nutrientes essenciais.
  • Come iogurte e queijo, fontes de cálcio.
  • Água e vinho são os que acompanham esse cardápio. Seis copos de água por dia e um ou dois copos de vinho tinto.
  • Quem se interessar por uma receita típica do Mediterrâneo e deliciosa – penne com bacalhau – confira:

Receita*
Penne com bacalhau , manjericão, tomates e azeitonas pretas
300 grs de bacalhau já limpo, dessalgado, cozido e desfiado em lascas grandes
20 azeitonas pretas cortadas em quartos
8 folhas de manjericão grandes rasgadas com a mão
2 latas de tomate pelado
4 colheres de azeite extra virgem
2 dentes de alho picado
500 grs de penne
sal e pimenta a gosto

Refogue o alho no azeite, junte o tomate pelado e deixe reduzir, acrescente as azeitonas pretas, o bacalhau, o manjericão e corrija o sal. Cozinhe o penne em água abundante com sal até ficar “al dente”. Misture 2/3 do molho ao penne ainda no fogo para que incorpore ao molho. Arrume em uma travessa ou em pratos individuais. Coloque o restante do molho e decore com folhas de manjericão.

*Receita da Daniela Prata, minha esposa e ótima na cozinha.

(*) Imagem copiada de www.knobel.com.br

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O QUE TEM SIDO FEITO PELOS IDOSOS?

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O Brasil é um país que envelhece a passos largos. Em 2011, a população idosa era de 20,5 milhões, o equivalente a quase 11% da população total. Projeções indicam que, em 2020, a população idosa brasileira será de quase 31 milhões, representando 14% da população total. Esse envelhecimento acelerado vem produzindo necessidades e demandas sociais que requerem respostas políticas adequadas do Estado e da sociedade.

Dentre os inúmeros desafios a serem enfrentados, está a questão do cuidado. As políticas públicas de amparo aos idosos consideram a família, o Estado e a sociedade igualmente responsáveis pelo cuidado para com os idosos. Mas o que vejo no dia a dia é que este cuidado fica a cargo das famílias, materializada na figura da mulher.

Este artigo tem por objetivo demonstrar o quão inadequado é esse modelo que elege as mulheres como únicas responsáveis pelo cuidado para com os idosos e explora as possibilidades de um modelo que permita um envelhecimento com cidadania, no qual atuem não apenas a família, mas o Estado e a iniciativa privada.

O aumento da expectativa de vida apresenta duas facetas. Por um lado, reflete mudanças culturais e avanços obtidos em relação à saúde e às condições de vida, tais como redução da taxa de fecundidade, queda da mortalidade infantil, hábitos alimentares mais saudáveis e maior cuidado com o corpo. Por outro, aponta para a possibilidade do idoso ser acometido por doenças degenerativas e crônicas, que o torna sem autonomia, ou seja, dependente de cuidados de alguém.

Um idoso dependente em casa significa montar uma estrutura de uma microempresa, pois logo de cara tem de contratar a figura do cuidador em regime de trabalho de 12×36 horas mais os encargos. É um verdadeiro tormento cuidar do cuidador, pois boa parcela deles ainda não tem treinamento adequado e se ausenta com frequência do trabalho.

O Estado não cuida ou cuida mal de nossos idosos. Aquela figura da filha solteira ou separada, designada quase que obrigatoriamente pelo resto dos familiares está em franco declínio, pois uma boa parcela foi para o mercado de trabalho. Então, quem vai cuidar de nós, futuramente?

No meu entendimento, deve haver uma política verdadeiramente focada para os idosos. Digo verdadeiramente, pois leis já existem. Falo de fazer a coisa acontecer. Os antigos asilos estão dando lugar para as chamadas ILPI’s (Instituições de Longa Permanência para Idosos), com melhorias ano a ano. Devemos deixar de pensar que ir para uma ILPI é o “fim da linha, o abandono”. As boas e modernas instituições estão chegando para fortalecer os laços familiares, dar aconchego e acolhimento. Carinho e atenção são o que nossos idosos de hoje e do futuro necessitam.

(*) Imagem copiada de www.oficinadocuidado.com.br

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NÃO À AUTOMEDICAÇÃO!

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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A automedicação é a prática de ingerir medicamentos sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um médico ou outro profissional habilitado. Em outras palavras, é a ingestão de medicamentos por conta e risco do indivíduo. É uma prática bastante difundida não apenas no Brasil, mas também em outros países. Medicamentos de uso mais “simples” e comuns estão disponíveis em farmácias ou supermercados e podem ser obtidos sem necessidade de receita médica, como analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, entre outros.

Os medicamentos são comprados por indicações de amigos, estimulados pela mídia, internet ou indicação do balconista, não farmacêutico. A onda das depressões, na busca por “um mundo mais feliz”, fez a classe média abusar dos psicotrópicos, sem a recomendação dos médicos. Antitérmicos, anti-inflamatórios e analgésicos são os medicamentos mais utilizados, sem qualquer tipo de orientação especializada. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, a automedicação é responsável por 25% dos casos de intoxicação no Brasil.

Tendo em vista os problemas decorrentes da automedicação e, principalmente, quando esta é feita com uso de antibióticos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em outubro de 2010, modificou algumas regras para a venda desses medicamentos, que a partir de então passaram a ser vendidos em farmácias e drogarias apenas com retenção de receita. Uma resolução bem tomada, mas que deveria ser estendida a outras classes de medicamentos, que são responsáveis pela maior parte das intoxicações detectadas nos prontos de atendimentos de todo o país.

Para que os leitores tenham uma ideia do perigo da automedicação, cito alguns casos bastante comuns no dia a dia. Por exemplo:

  • uma pessoa que tem “incômodos” no estômago e passa a usar, por conta própria, medicamentos a base de antiácidos ou da família do omeprazol, pode estar mascarando ou escondendo doenças mais sérias como úlceras ou mesmo tumores;
  • outro exemplo bastante corriqueiro é o uso indiscriminado de medicações à base de paracetamol, que podem causar sérios prejuízos ao fígado, como hepatite ou cirrose. A pessoa que, após o consumo de etílicos faz uso desse medicamento, pode sobrecarregar ainda mais a função hepática;
  • o uso de fitoterápicos também deve ter orientação adequada. Só para citar dois exemplos: o uso concomitante do ginkgo biloba com o AAS (aspirina) aumenta o tempo de sangramento nas pessoas, podendo ocorrer hemorragias e, algumas delas, podem ser fatais como nos derrames cerebrais. Já o ginseng usado como estimulante natural pode aumentar a pressão, pode piorar os sintomas dos hipertensos.

O próprio modelo regulador (Anvisa) continua estimulando, indiretamente, a automedicação, com frases do tipo “a persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”. No meu entendimento, esta frase só vem reforçar o consumo de medicamentos, ou seja, o recado é “use primeiro o medicamento”. Caso os sintomas persistam, procure o médico. Em vez de ser uma frase de alerta, na prática é uma frase de estímulo à automedicação. Melhor seria usar a frase de Paracelso, médico do século XVI: “A diferença entre um remédio e um veneno está na dose”.

Converse antes com seu médico!

(*) Imagem copiada de blogs.jovempan.uol.com.br

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