Arquivo da categoria: Vida Saudável

Temas diversos sobre saúde

OS RISCOS DO TABAGISMO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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No Brasil, o hábito do tabagismo é grande e com números ainda alarmantes. Cerca de 200 mil mortes anuais são contabilizadas e 18% da população com mais de 15 anos é fumante, bem como as mortes pelo uso do cigarro já têm uma prevalência quase igual entre homens e mulheres (antes era um hábito mais masculino). Para que tenhamos noção do impacto do hábito tabágico na vida das pessoas, observamos que quem fuma tem 25% mais chances de ter angina de peito ou infarto do miocárdio, 85% mais chances de ter bronquite ou enfisema pulmonar, 90% mais chances de ter câncer de pulmão (outros 10% são dos fumantes passivos), 30% mais chances de ter outros tipos de câncer (boca, esôfago, pâncreas, rim, laringe e bexiga) e 25% mais chances de ter um acidente vascular cerebral, assunto abordado neste blog.

Se ainda não bastasse, o tabagismo causa mais impotência sexual nos homens, complicações na gravidez entre as mulheres, úlceras no estômago e infecções respiratórias. Podemos então ver que é uma espécie de suicídio lento, onde a maior dificuldade é a de largar o vício.

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, ela atua no sistema nervoso central como a cocaína, a heroína e o álcool, com uma diferença: chega ao cérebro, em média, apenas 13 segundos após a tragada. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia. Para que o leitor tenha uma breve ideia, se parar de fumar agora, terá muitos benefícios, o que poderá servir de impulso e estímulo inicial para suspender este hábito nefasto.

Suspendendo as tragadas, em 20 minutos a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal. Em duas horas, não há mais nicotina no sangue. Em oito horas, os níveis de oxigênio estão normalizados. Em dois dias, a pessoa percebe melhora do olfato e do paladar, bem como ocorre melhora geral no sistema circulatório em três semanas. Em dez anos, o risco de infarto do miocárdio fica igualado a quem nunca fumou e, por fim, em 20 anos o risco de câncer se iguala também a quem nunca colocou um cigarro na boca. Com estes dados, o fumante deve ter uma noção de que precisa correr contra o tempo.

A primeira coisa que o fumante deve ter em mente é que precisa parar de fumar e procurar ajuda médica e/ou psicológica. Sozinho é sempre mais difícil. O apoio medicamentoso tem um importante e definido papel no processo de cessação do tabagismo para controlar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.

Atualmente, os medicamentos de primeira linha com eficácia comprovada cientificamente no tratamento do tabagismo são a Terapia de Reposição de Nicotina, a TRN – sob a apresentação de adesivo transdérmico e goma de mascar, além do medicamento cloridrato de bupropiona, que tem importante função de reduzir a compulsão pela nicotina, mais conhecida por “fissura” ou “craving”. Os esquemas terapêuticos podem ser adotados isoladamente ou em combinação, dependendo de cada caso. Portanto, dê o primeiro passo: “Quero parar de fumar!”.

(*) Imagem copiada de smsdccmssantamaria.blogspot.com

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DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE

Autoria de Dr. Telmo Diniz

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Uma grande causa de cegueira em idosos é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), ainda de causa desconhecida, na qual ocorre crescimento anormal dos vasos sanguíneos sob a retina. A mácula, que é uma região da retina, é afetada e o resultado é a baixa súbita ou progressiva da visão central. É comum em pacientes com mais de 55 anos e chega a atingir mais de 25% dos pacientes acima de 75 anos. A DMRI é a principal causa de cegueira central em pessoas com mais de 60 anos. Estima-se que 10% das pessoas entre 65 e 75 anos e cerca de 30% das com mais de 75 anos tenham a doença em todo o mundo. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 3 milhões de pessoas com mais de 65 anos sofrem do problema no Brasil atualmente.

Existem duas formas da doença, a seca e a úmida. Entre 85% e 90% dos portadores de DMRI apresentam a forma seca da doença, mais branda e de evolução mais lenta. Entre 10% e 15% apresentam a forma úmida, mais agressiva. Cerca de 90% dos casos de cegueira ou de incapacitação ocorrem entre os que sofrem da forma úmida da doença.

Existem os tratamentos convencionais para a DMIR, que não me cabe descrevê-los, pois é de competência dos oftalmologistas. O que me levou a escrever o presente texto é que existem evidências científicas de melhora na progressão da doença com uso de alguns tipos específicos de suplementos alimentares.

Pesquisadores da Universidade de Harvard constataram que o consumo de uma combinação de vitaminas B6, B12 e ácido fólico parece diminuir o risco de DMRI em mulheres. Em um grande estudo realizado com mais de 5.000 mulheres com mais de 40 anos, verificou-se que aquelas que ingeriram os suplementos tinham 34% menos risco de qualquer tipo de degeneração macular e 41% menos chances de desenvolver uma degeneração visualmente significativa.

O Areds (Age-Related Eye Disease Study, “Estudo de Doenças Oculares Relacionadas à Idade”, em tradução livre) foi um dos mais extensos estudos sobre o assunto, que envolveu pacientes com mais de 55 anos de idade e não fumantes, por mais de dez anos. A conclusão do estudo mostrou que a combinação dos antioxidantes vitamina C, vitamina E, beta-caroteno (ou vitamina A), zinco e cobre, em doses previamente definidas, diminuiu o risco de progressão para a forma avançada da patologia em 25% e reduziu o risco de diminuição da visão em 27%.

Vitaminas

Outras conclusões, ainda preliminares, mostraram que a ingestão de ômega-3 na dieta regular ou encontrado nos peixes diminuiu o risco de progressão para a forma úmida da doença. É importante frisar que os pesquisadores afirmam que essa descoberta se aplica ao estágio inicial da doença e pode ser a primeira forma identificada de reduzir riscos de piora da visão. Outra forma já conhecida é abandonar o hábito do tabagismo.

Portanto, recomenda-se que pacientes com mais de 55 anos, não fumantes e portadores de formas intermediárias ou avançadas da DMRI, sejam tratados com suplementações vitamínicas baseadas neste estudo. É importante salientar que não basta a pessoa comprar um suplemento multivitamínico para estar protegida, pois são suplementos específicos e dosagens também definidas. Então, converse antes com seu médico.

(*) Imagem copiada de www.iofs.com.br

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VOCÊ SABE O QUE É NARCOLEPSIA?

Autoria de Dr. Telmo Diniz

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Ao sono incontrolável durante o período diurno dá-se o nome de narcolepsia, que é uma doença neurológica crônica que se inicia geralmente em torno dos 20 a 30 anos, podendo também começar na adolescência. A narcolepsia não é uma doença rara, sendo descrita com prevalência de cerca de 0,5% na população.

As principais características da narcolepsia são:

  • Presença de ataques de sono incontroláveis e a cataplexia, episódios de perda súbita de controle muscular, principalmente, associados a emoções como riso, susto ou choro.
  • Também são sintomas as alucinações hipnagógicas, em que o paciente vê imagens ou escuta sons inexistentes, como se fossem reais, geralmente quando está iniciando o sono (alucinações hipnagógicas) ou, quando está acordando.
  • Pode apresentar ainda a paralisia do sono, em que o indivíduo acorda durante o sono e percebe que não consegue movimentar braços, pernas e cabeça.
  • Pode ter também a fragmentação do sono (sono interrompido), quando o indivíduo acorda várias vezes durante a noite.

A sonolência diurna ocorre em todos os casos, com diferentes graus de severidade; a cataplexia ocorre em aproximadamente 70% dos narcolépticos; e a paralisia do sono e as alucinações hipnagógicas são observadas ao redor de 25%. A narcolepsia possui como principal sintoma a Sonolência Excessiva Diurna, mas a ausência de outros sintomas associados é importante, já que a Sonolência Excessiva Diurna ocorre também em outras doenças. Portanto, o diagnóstico diferencial deve ser feito pelo médico.

Não é preguiça!

A principal consequência da narcolepsia é o sono incontrolável no período diurno, o que faz com que o paciente tenha dificuldade para a realização de atividades da vida diária, sendo muitas vezes chamados de preguiçosos. Na grande maioria dos casos, este transtorno é incompreendido por familiares, amigos e patrões que o associam, mais comumente, à displicência, negligência, preguiça e coisas assim.

A sonolência da narcolepsia geralmente é confundida com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade de diagnóstico. Esses pacientes também possuem dificuldade de concentração e maior chance de sofrerem ou causarem acidentes, como dirigir, operar certos tipos de máquinas e outras ações que exigem concentração. Isso faz com que a pessoa passe a apresentar dificuldades no trabalho, na escola e, até mesmo, em casa.

É comum que portadores da narcolepsia passem a vida inteira sem se darem conta que o seu quadro é motivado por uma doença, sendo tachados de preguiçosos e dorminhocos. No entanto, se o narcoléptico procurar ajuda especializada, vai descobrir que é vítima de um mal crônico, cujo tratamento é feito por meio de medicações especificas.

O mais importante é que, se você tem sintomas como os descritos acima, saiba que existem tratamentos para controle dos sintomas, ou seja, tanto para o controle do sono excessivo quanto para as crises de cataplexia. Para o primeiro, são usados estimulantes, como o metilfenidato e, para o segundo, usa-se comumente medicações antidepressivas. Claro que a forma e dosagens vão depender de cada caso. Para uma boa qualidade de vida é preciso um bom sono noturno e boa disposição diurna.

(*) Imagem copiada de: http://soloparareir.wordpress.com

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AVC – COMO AGIR EM TEMPO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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O acidente vascular cerebral (AVC) é a maior causa de mortes no País, segundo estudos e dados do Ministério da Saúde. Em seguida, estão a doença isquêmica do coração (infarto agudo do miocárdio), as neoplasias malignas (que são vários tipos de câncer), as doenças do aparelho respiratório, a doença hipertensiva e a insuficiência cardíaca. As vítimas fatais pelo AVC já ultrapassam os 100 mil casos por ano. Popularmente conhecido como derrame, o AVC já atinge 16 milhões de pessoas em todo o mundo.

O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas. Ele é o resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais, com consequente morte dessas células. O déficit neurológico com menos de 24 horas de duração leva o nome de ataque isquêmico transitório (AIT).

O AVC pode ser do tipo isquêmico, quando há o entupimento de artérias cerebrais, ou hemorrágico, quando há o rompimento arterial com extravasamento de sangue para o tecido cerebral. Vários são os fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral:

  • hipertensão arterial,
  • doença cardíaca,
  • fibrilação atrial (arritmia cardíaca),
  • diabetes,
  • tabagismo,
  • hiperlipidemia (colesterol ou triglicérides aumentados),
  • uso de pílulas anticoncepcionais,
  • abuso de álcool, etc.

O mais importante é a pessoa saber quais são os sintomas de um AVC para que procure imediatamente um serviço de pronto atendimento médico. Claro que os sintomas vão depender se o AVC é isquêmico ou hemorrágico, sua localização, a idade da pessoa, etc. Porém, alguns sinais nos devem alertar que o problema pode estar ocorrendo:

  • Fraqueza ou súbita perda de força em um braço e/ou perna é um forte indício.
  • Junto a esta perda de força muscular, o indivíduo pode relatar “dormência” no membro afetado.
  • Outro sintoma, que leva várias pessoas a procurar ajuda médica é a súbita perda de visão ou alterações visuais, como sensação de ter uma “sombra” ou uma “cortina” na frente do olho afetado.
  • Sintomas muito comuns são alterações súbitas da fala e linguagem. A pessoa pode ter uma fala arrastada, dificuldade para expressar frases e até palavras, sintoma conhecido pelo nome afasia.
  • Menos comum, porém grave, é a presença de episódios de convulsões, mais presentes no AVC hemorrágico.

A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25% dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos. Portanto, o controle dos fatores de risco, citados acima, é de suma importância.

Com um reconhecimento mais rápido dos sintomas, a pessoa poderá ser encaminhada mais rapidamente ao serviço de urgência. Por consequência, terá um tratamento mais rápido e de melhor prognóstico. Pois, o maior problema do AVC são as sequelas residuais que podem permanecer pelo resto da vida e que irão deixar a pessoa mais dependente do cuidado de terceiros, o que reduz de forma drástica sua qualidade de vida. Reconhecer rapidamente os sintomas dessa doença pode representar literalmente a vida ou a morte.

(*) Imagem copiada de drjarinaldiacupuntura.blogspot.com

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COMO SE ALIMENTA O BRASILEIRO

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Uma pesquisa divulgada há cerca de um ano, pelo IBGE, já indicava falhas severas na dieta dos brasileiros. Segundo o estudo, o cardápio da população é carente de vitaminas e ainda abusamos do sal. Quase não comemos verduras, frutas e leguminosas. A dieta também é carente na ingestão de vitamina D, cálcio, de vitaminas A e E, além das fibras.

A partir destes dados, podemos ver e vislumbrar o porquê do aumento das chamadas doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial e diabetes. O consumo exagerado de sal ocorre em cerca de 69% das mulheres e 88% dos homens brasileiros. Isto por si só provoca elevações dos níveis de tensão arterial, que se traduzem no futuro em um infarto do miocárdio e isquemias cerebrais.

A falta ou a deficiência na ingestão de cálcio e vitamina D está sabidamente ligada a ossos mais fracos e, consequentemente, osteoporose à vista. Ainda sobre a vitamina D, que já abordamos neste blog, a falta não só na dieta, mas a pouca exposição ao sol, está levando as pessoas a apresentarem níveis alarmantes quando mensuradas no sangue. A falta de vitamina A também foi constatada no estudo, pois a deficiência desse nutriente chega a alcançar mais de 80% entre os adultos. Sua deficiência crônica é causa de doenças da visão, incluindo cegueira.

Vilões

O maior consumo de carboidratos e alimentos processados no prato dos brasileiros, como biscoitos recheados, salgadinhos, pizzas, doces e outros de altos teores calóricos e baixo valor nutricional, são os responsáveis pelas altas do colesterol, dos triglicerídeos e pelas elevadas taxas de obesidade. É importante o leitor entender que o que mais engorda é o consumo de alimentos que contenham carboidratos, pois esses se transformam rapidamente em açúcar no sangue, que se não forem utilizados como energia, serão estocados em nosso corpo em forma de gordura.

A deficiência de vitaminas na alimentação, em médio prazo, provoca alterações no nosso metabolismo, pois são elas (as vitaminas) as catalisadoras das reações químicas, em especial as do complexo B. Sem elas, as reações metabólicas não ocorrem ou o fazem de forma deficitária. Portanto, em médio prazo, aparecem quadros inespecíficos de fadiga ou uma indisposição sem explicação aparente, baixas do sistema imunológico com infecções de repetição ou alergias variadas, entre outras queixas. O consumo de fibras, também abordado nesse estudo, ficou abaixo do recomendado em quase 70% dos brasileiros.

Um novo estudo do IBGE demonstra que os gastos dos brasileiros com alimentação, cultura e educação encolheram no orçamento familiar. Segundo o instituto, a fatia destinada à alimentação baixou de 16,9% para 16,1%, a educação de 3,3% para 2,5% e para a cultura e recreação de 1,9% para 1,6%. Classes menos favorecidas, como a C, estão em ascensão e consumindo mais. Porém, as pesquisas apontam para uma população cada vez mais obesa, mal nutrida, constipada e menos culta. Temos de parar para refletir que algo esta errado, quando se pensa que saúde e educação são a base de sustentação de uma sociedade desenvolvida

(*) Imagem copiada de www.coletivoverde.com.br

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IDOSOS – O CUIDADOR FAMILIAR

Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Há quase duas décadas no trato diário com idosos, tenho visto com frequência um alto índice de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, e outras doenças que acometem os cuidadores de idosos. Com o envelhecimento da população, está havendo um aumento proporcional de doenças crônicas que estão deixando as pessoas mais dependentes para o cuidado de terceiros. São os sequelados de Acidente Vascular Cerebral (AVC), demências tipo Alzheimer, fraturas de fêmur ou qualquer outra patologia que deixe o idoso com limitações físicas e/ou psíquicas. É aí que entra a figura do cuidador, seja ele contratado ou alguém da família. No primeiro caso, em rotinas de revezamento 12 por 36 horas, normalmente é necessária a contratação de quatro profissionais. Claro que isso acarreta uma série de problemas, como perda de privacidade, faltas, atrasos e outros transtornos inerentes à presença de pessoas estranhas ao convívio familiar. Sem contar o custo que, normalmente, é alto. Na segunda escolha, com o cuidador familiar fica “tudo melhor”, pois é alguém de confiança, com baixo custo, sem perda de privacidade, entre várias outras vantagens. Porém, o cuidador normalmente fica sobrecarregado e precisa ser auxiliado para não adoecer.

No Brasil, geralmente os cuidadores são pessoas da família, especialmente mulheres, que, normalmente, residem no mesmo domicílio e se tornam as cuidadoras de seus maridos e pais. Entretanto, em quase 70% dos casos, os cuidadores prestam esses cuidados sem nenhum tipo de ajuda. A faixa etária de 59% dos cuidadores está acima de 50 anos e 41% tem mais de 60 anos. Isso nos mostra que pessoas idosas estão cuidando de idosos. As condições físicas desses cuidadores nos leva a pensar que são doentes em potencial e que sua capacidade funcional está constantemente em risco. Queixas como dores lombares, ansiedade e depressão, hipertensão arterial, diabetes, artrites, entre outras são uma constante entre os cuidadores. Cuidar de um indivíduo idoso e incapacitado durante 24 horas sem pausa não é tarefa para uma mulher sozinha, geralmente com mais de 50 anos, sem apoios nem serviços que possam atender às suas necessidades.

Orientação

O cuidador familiar de um idoso dependente precisa ser alvo de orientação de profissionais da área da saúde (médico, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, etc). É extremamente comum que o peso dos cuidados seja deixado a cargo de uma só pessoa da família e o restante se exime de qualquer tipo de responsabilidade. Há muitas críticas ao cuidador. Porém, quando ele propõe que “alguém pode ajudar”, a grande maioria “não tem tempo” ou tem outra desculpa qualquer.

Além da ajuda externa, os cuidadores familiares devem ter a nítida noção de que eles têm seus deveres, mas, acima de tudo, têm seus direitos: o direito de cuidar de si. Têm de receber ajuda e a participação de outros familiares. Têm direito de procurar ajuda externa. Pode ficar triste e aborrecido. Não permitir que outros familiares tentem manipulá-lo com sentimentos de culpa. Deve proteger sua individualidade e seus interesses pessoais. Têm o direito de ser feliz.

(*) Imagem copiada de noticias.uol.com.br

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